Resenhas - A Jornada de Ruth

Daniele92 20/10/2023

Aonde estar aquela menina?
Ruth, que mulher incrível. É lindo ler sua jornada, é doloroso também, mas cada pagina é gostosa de se ler. Esse livro estar completamente marcado, porquê de 10 frases que a Ruth falava, 9 eu destacava.

Ruth uma mulher sabia, que via e ouvia e sempre sabia como se impor, e quando era a hora ideal para se falar. Um livro que tem bastante representativa do passado como pessoas negras. Um livro que me agarrou do inicio ao fim. Que eu fiz de tudo que ele durasse, mas como diz Ruth: Tudo acaba.

Sou grata por ter tido a chance de ler esse livro de inicio achei que não me agradaria, mas me prendeu do início ao fim, quando eu conhece a Ruth. Na minha cabeça Ruth de fato existiu. Se não existiu alguém na vida passada teve a chance de ter uma aia como ela.

Edméia 16/01/2022

Ki kote Pitit-la ?
Este livro conta a história de Ruth que nem esse nome tinha quando foi encontrada dentro de uma casa de uma das aldeias de negros pelo capitão Augustin Fornier e adotada por ele e por Solange, sua esposa !

"O cesto de mandioca virado para baixo não fora mexido. Os saqueadores haviam procurado, espalhado e jogado coisas longe, mas não viraram o cesto de mandioca, embora aquele objeto pudesse estar ocultando tudo o que procuravam. O cesto estava intocado : um presumido deus doméstico.
Quando Augustin o chutou, ele rolou para um canto.
E revelou uma menina negra ereta, sorridente e nua,
de 4 ou 5 anos. Os pés da criança estavam banhados de sangue, assim como seus joelhos no lugar onde ela ficara joelhada ao lado da família massacrada. Diante do olhar dele, ela escondeu atrás de si as mãos ensanguentadas e fez uma reverência.
- Ki kote pitit-la ? - perguntou ela em crioulo e em seguida acrescentou em francês . - Bem - vindo à nossa casa, senhores. Nossa cabra Héloise tem um bom leite. Estão ouvindo Heloiie balindo ? Eu ficaria feliz de ordenhá-la para os senhores.
O Capitão Augustin Fornier, que já vira de tudo, ficou boquiaberto.
A criança repetiu.
- Os senhores devem estar com fome. Eu posso ordenhá-la se quiserem.
Augustin fez o sinal da cruz.
O sorriso dela se iluminou com um transbordante encanto infantil.
- O senhor vai me levar junto ?
Ele levou. "

(Posição 351 - e-book da minha biblioteca da minha assinatura no Kindle Unlimited da Livraria Amazon ).

Ruth foi o nome dado por Solange Escarlette Fornier, esposa do capitão Augustin !
Ruth que posteriormente se autodenomina de "Mammy Ruth " é uma pessoa sábia, sensitiva, resiliente, inteligente e esperta ! É impressionante como ela domina as situações e se destaca, mesmo sendo uma escrava negra !!!
Esse livro fala da vida como ela é ! Da mulher que quer ser independente e nem sempre consegue se impor por causa de uma sociedade machista; do comércio de negros e da vida desumana que eles levam ; da guerra travada por Napoleão; do prenúncio de uma terceira guerra mundial ; da diferença entre a vidas das sinhás e das aias ; do fanatismo religioso que pode levar à morte ; de um talento que não é valorizado por causa da cor da pele da pessoa ... a vida como ela foi e continua sendo, apesar de estarmos no século XXI, no terceiro milênio !!!
Fiquei emocionada com o capítulo que narra a venda dos escravos no mercado ! Nossa ! Corta o coração da gente ao constatar como os brancos são CRUÉIS e como o negro é visto como uma mercadoria : homens, mulheres, jovens e crianças !!!
É muito interessante constatarmos o papel IMPORTANTÍSSIMO que as aias têm na educação dos filhos das sinhás !!! Enquanto elas bordam na varanda bebendo chá e conversando com as amigas , as aias, as escravas negras ficam com a parte mais importante da vida dos filhos delas !!!
Dói ver mães negras vendo seus filhos serem vendidos como se fossem coisas e homens negros aceitarem a venda das esposas amadas !!! Triste demais !!! (Famílias de pessoas negras são desfeitas, desestruturadas !!! Uma desumanidade !!! ).
Eu achei interessante o poder profético que acompanha Ruth ! Ela sabe de algumas coisas que irão acontecer, ela vê !!!
Mammy Ruth resolve a vida de muitos brancos e também chora ao lado das mulheres brancas porque ela sabe que de uma forma diferente, elas também são escravizadas !!!
A personagem feminina que eu mais gostei foi a da senhora Solange pela esperteza dela e o personagem masculino foi o do senhor Pierre, pela bondade dele !!!
Na língua crioulo, a mãe de Ruth brincava com ela com a frase : "Ki kote pitit-la ?" que significa : "Ah, onde tá aquela menina ?" é a única frase que a faz sempre se lembrar da mãe ! (A gente se emociona com essas coisas !!! ).
Ah, o livro também fala sobre o racismo em outras formas ! Constatamos isto quando o senhor Phillipe decide se casar com uma mulher que vive numa tribo de índios, a Osa muscogee.
Esse livro está na minha biblioteca da minha assinatura do Kindle Unlimited da Livraria Amazon e eu gostei dele, foi uma leitura tranquíla ! Dou quatro estrelas porque gamei na "Mammy Ruth" !!! Ela teve uma vida dura, difícil e mesmo assim, soube tornar melhor a vida de todos à sua volta !!!
Ah, Ruth é a Mammy da sinhá Scarlett O'Hara no filme "E o vento levou ... " (É aquela senhora negra, gorda e de cara de pessoa muito brava !!!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk).

*Guaratinguetá , Janeiro de 2022.

site: www.mesadeestudo.blogspot.com

Gigio 06/04/2021

Muito bom
Foi uma vida realmente muito rica em acontecimentos, a maior parte não muito felizes.
A leitura é fluída na maior parte do tempo, entretanto em alguns pontos a meada se perde por alguns parágrafos.
Recomendo a leitura, principalemente para quem conhece "E o tempo levou", pois conecta-se perfeitamente com essa.

Caroline Foletto 21/09/2020

Maravilhosamente, incrivelmente, indiscutivelmente PERFEITO! Amei saber mais sobre a história da famosa Mammy e não sabia o quanto eu queria isso até ler esse livro, foi muito importante descobrir como ela se tornou uma escrava nos Estados Unidos e todos os acontecimentos que precederam sua vida em Tara para entender o que motivava suas atitudes em E o Vento Levou.
Apesar de não ser escrito por Margareth Mitchell, tem o estilo dela. Capítulos longos, muitíssimas referências históricas e geográficas, diálogos divertidos e envolventes e personagens muito bem construídos. Ainda que o tema central seja "pesado" a história é contada com uma leveza surpreendente, eu amei!
Entretanto, algumas coisas no final do livro ficaram um pouco desconexas, não fizeram sentido com as informações do livro original, principalmente sobre a Scarlett, mas relevei pois ela era apenas uma personagem secundária, no que tange à Ruth, tudo foi impecável!

Miranda82 03/08/2020

Emocionante
Ponto forte: enredo (a obra retrata a vida de Mammy, personagem do clássico E o Vento Levou, num relato emocionante dos acontecimentos que precedem o famoso livro de Margaret Mitchell);
Ponto fraco: linguagem (o autor utiliza linguagem coloquial para dar voz a sua heroína e, na minha opinião, torna a leitura cansativa);
Imperdível: capítulo intitulado "como eu conheço o fio do carrasco" (narra os acontecimentos do churrasco de Twelve Oaks pela perspectiva de Mammy).

Simone de Cássia 15/07/2020

Chatinho, cansativo... To esperando a tal jornada de Ruth e até agora só falam da Solange. Talvez se estivesse lendo em um outro dia até aguentava... hoje não deu. Só sinto.

Dicas Literárias 23/12/2016

#Resenha 82, A Jornada de Ruth, do autor Donald MacCaig.
Sinopse:

Em São Domingos, colônia francesa consumida pelas chamas da revolução, um ataque cruel deixa um único sobrevivente uma linda garotinha negra. O capitão Augustin Fornier a encontra, leva-a para casa e fica satisfeito ao ver que sua esposa, Solange, se encanta imediatamente pela menina que decidiram chamar de Ruth. Ao fugirem da ilha, os Forniers levam a criança e começam uma vida nova na cidade americana de Savannah, e Ruth é para Solange companhia, ombro amigo e escrava. No auge da mocidade, Ruth experimenta o amor, o matrimônio e a maternidade assim como perdas e traumas indescritíveis. Quando Solange dá à luz uma filha, Ellen, é Ruth agora Mammy quem cria, educa e protege a criança, permanecendo a seu lado todo o tempo. Quando Ellen se casa com o irlandês Gerald OHara, leva Ruth a Tara, uma fazenda de algodão no interior da Geórgia, e a um novo capítulo de sua vida com uma nova geração de meninas OHara. Todos apreciam a hospitalidade de Tara especialmente os rapazes locais, quando a filha mais velha e rebelde de Ellen, Scarlett, cresce e se transforma em uma bela jovem.

#RESENHA


A jornada de Ruth é um livro que retrata a história de Mammy Ruth, personagem do Clássico “E O Vento Levou”, desde que ela foi encontrada em São Domingos por um casal francês em meio a uma rebelião de escravos por liberdade e as guerras napoleônicas.

Ao decorrer da jornada dessa personagem o livro vai introduzindo histórias adjacentes que se correlacionam entre si e o enfoque principal, ao mesmo tempo, que expõe todo o contexto histórico da época e seus efeitos sobre a vida dos personagens.

Um livro intrigante e imprevisível, uma história feita de momentos que acabam, de modo natural, correlacionando-se em uma teia de causa e efeito que torna a estrutura do livro complexa, de qualidade técnica e criativa. Tais requisitos tornam a obra uma ótima opção de leitura, pois ao proporcionar uma boa dose de entretenimento, também contribui para o enriquecimento histórico e, por vezes, cultural do contexto em que a história está inserida.

Espero que tenham gostado, apesar de ter sido curta, foi feita com carinho! Vale a pena ler a história, porém recomendo quem puder ler E o Vento Levou também, pois assim terá a visão completa de tudo, apesar de a Jornada de Ruth ser um livro independente.

Resenhado por Renata

site: http://dicassliterarias.blogspot.com.br/2016/07/resenha-82-jornada-de-ruth-do-autor.html