Barbara.Teodoro 28/11/2022
Sensível
Eu acho que esse caso é um dos mais tristes da história. E uma mãe escrever um livro como esse deve ter sido de uma dor imensurável. Primeiro: revisitar as atrocidades que o filho cometeu e PRECISAR sair do estado de negação, entender a morte como homicídio seguido por suicídio, sofrer pelas vítimas, aguentar diversos processos, julgamentos e um mar de culpa pelo resto da vida sem esquecer de que apesar de tudo, Dylan ainda assim sempre será seu filho.
Sue precisou ser muito forte, coisa que não consigo imaginar nem sequer penso se conseguiria agir como ela nessa situação. É muito triste ver como os pais foram massacrados por conta da loucura que os filhos decidiram cometer. As pessoas têm essa tendência de querer achar um culpado para tudo, tentar justificar coisas injustificáveis. Como a própria Sue fala no livro, ninguém conhece 100% o outro, mesmo que seja seu filho. Você conhece? Até abril de 1999, Sue afirma com todas as letras que achava conhecer todas as intenções de Dylan.
Acho sim que houve erros, obviamente. A própria Sue admite a negligência com a saúde cerebral de seu filho Dylan, o quanto ela se culpa e se arrepende amargamente de não ter sondado com mais energia os sentimentos do filho, o que é insanamente triste e surreal.
No mais, o que fica são as questões que essa história bizarra nos traz e nos faz pensar: o fácil acesso às armas, a prevenção ao suicídio e à depressão, os traços de transtorno de personalidade que com terapia e bom direcionamento, talvez se consiga evitar que tragédias como essa se repitam.