Ariane 17/08/2016
Resenha
Na vida da Laura estava quase tudo bem...
Ela, que aos 33 anos mora sozinha, se sustenta, tem um emprego que acha que é bom, ops, ela tinha um emprego, porque acabou de ser demitida. E é ai que começa essa louca aventura.
"Fiz também um monte de coisas que eu não queria fazer, mas é assim com a grande maioria, todos nós temos nossas vidas cheias de altos e baixo: um dia nós estamos alegres por fazermos o que queríamos tanto fazer e em outros estamos tristes porque somos obrigados a fazer o que não queríamos, mas felicidade mesmo eu acho que ninguém conhece... nem sei o que é ou quem é essa tal felicidade. Ser alegre me basta. Não entendo o porquê de as pessoas correrem tanto a procura dela."
Após tomar um pé na bunda de seu chefe tarado, Laura que não tem um namorado, mas que também nunca foi algo que a preocupou, afinal não quer se casar, resolveu pegar seu acerto, quitar o apartamento e com o que sobrou seguir viagem de carro para a casa da sua avó, O trajeto de São Paulo à Bahia será bem divertido.
Por se tratar de uma viagem longa, Laura resolve que irá faze-la com calma, conhecendo vários lugares, admirar a paisagem.
Laura ficou órfã cedo, ela sempre foi uma filha exemplar, estudiosa, não teve problemas de rebeldia na adolescência, tem sua carreira, não bebe, não fuma e nunca usou drogas... Laura se sente feliz assim. Bem é o que ela pensava até começar sua viagem.
"É assim que é: uma hora as coisas se encaixam e tudo fica bem, para cada panela há uma tampa, não é mesmo? É mesmo nada! Não pra mim! Não sou panela, sou mulher, e não uso tampas. Em cima de mim no máximo um chapéu na praia ou um desses acessórios de inverno."
A boa notícia é que o livro terá continuação, porém ele é bem finalizado.
Vamos embarcar nessa viagem?
Quase tudo bem... - Adriana Rocha
Em sua primeira parada Laura conhece Lilian, uma linda mulher, que canta em bares à noite, uma voz linda e encantadora, uma mulher de espirito livre.
Ambas se identificam de primeira e Líli resolve que quer seguir viagem com Laura, Afinal, não tem nada nem ninguém que a prenda aonde está.
Líli é uma cantora maravilhosa e encanta a todos com sua música. É linda, estilosa, simpática, consegue muitas coisas com seu dom, até ganhar o almoço, jantar e a pernoite, já consegue imaginar as aventuras?
"Nascemos sozinhos e sozinhos morreremos, somos seres ímpares, capazes de viver, ser felizes, nós mesmos nos machucamos, em nós está a cura para a ferida que provocamos. Ninguém pode nos machucar se não permitirmos, ninguém pode nos sarar, as feridas permanecem lá até que nós mesmos resolvamos curar."
Então esculta essa. Enquanto as duas estão seguindo viagem, um policial para o carro e pede o documentos das três. Ué mas não eram só duas? É nesse momento que Líli e Laura descobrem Catarina escondida dentro do carro. Catarina se escondeu ali, porque estava fugindo de seu casamento indesejado.
"- Ah minhas queridas, o amor é uma coisa muito simples, tão simples que ninguém consegue encontra-lo, ele simplesmente nos encontra quando estamos dignos de desfrutar desse sentimento tão glorioso!"
Agora a viagem está completa com essas três garotas, diversão garantida, muitas loucuras, uma grande amizade que irá se formar, olha que tem até história de fantasma. Vale falar que não é uma história de amorzinho, não tem casal nesse livro, é realmente sobre superar seus medos, se abrir para coisas novas, amar aos outros, ser bom ao outro, se importar.
Embarque nessa viagem, aonde está quase tudo bem...
Veja resenha completa com fotos no blog
site: http://www.livrosdanane.com/2016/08/resenha-quase-tudo-bem-adriana-rocha.html