Lara 11/08/2020
Mais forte do que nunca, terceiro livro da Texana Brené Brown, conhecida aqui no Brasil, ao meu ver, majoritariamente devido a uma palestra no TEDx, você provavelmente já viu esse nome em algum lugar, pois bem, o título me chamou atenção e apesar de não ter tido contato com nenhuma obra introdutória da escritora, como os dois livros que o antecedem, resolvi lê-lo.
Autoajuda, como tantos outros, vem oferecer uma boa e viável opção para nós que queremos viver plenamente e aprender a lidar tanto com a vergonha, ressentimento, trauma, luto, baixa estima, quanto com emoções positivas como a integridade, honestidade, responsabilidade, confiança, ética, autenticidade, caráter e valores, tudo isso trabalhando com a sua vulnerabilidade.
Apesar de ser o terceiro livro, ela cita bastante os primeiros, como ‘’a coragem de ser imperfeito’’, o que faz com que entendamos melhor os conceitos que apresenta. Esses livros são sempre uma surpresa boa, definições e perspectivas diferentes para coisas das quais já estamos familiarizados.
Devo dizer que demorei um pouco para ler, mas não é uma leitura arrastada, se deve também ao fato de que se você quiser realmente implementar mudanças, tem que dar um tempo a si mesmo para digerir e praticar os métodos propostos, ela trás em cada capítulo um boa e humorada história real para ilustrar como é feito, e insiste bastante no que diz respeito a assumirmos nossa própria história e na compreensão de como nós criamos fabulações e romantizamos nosso passado para que fique palatável.
A título de exemplo, aqui estão algumas das melhores reflexões do livro e suas respectivas páginas: “Quando rejeitamos nossa história e nos desligamos das emoções difíceis, elas não vão embora; ao contrário, apoderam-se de nós e passam a nos definir.” (P.65)
“Vulnerabilidade não é ganhar ou perder; é ter a coragem de se mostrar e ser visto quando não se tem controle algum sobre o resultado.” (P.23)
“(...) lista de todas as maneiras pelas quais podemos nos entorpecer, há sempre a falta de tempo: permanecer ocupado e viver de maneira tão intensa que as verdades da nossa vida não consigam nos alcançar.” (p.77) Super me identifiquei com essa.
“(...) que uma das partes mais difíceis de amar alguém é acreditar que o outro retribui nosso amor.” (P.106)
“(...) penso na frequência com que todos tentamos resolver problemas intensificando medidas que não estão funcionando – simplesmente fazendo o mesmo com mais força” (P.178)
“quando sentimos vergonha, deixamos de ser próprios para consumo humano e nos tornamos particularmente perigosos para as pessoas sobre as quais exercemos algum tipo de poder” (p. 194)
“De tudo que o trauma retira de nós, o pior é nossa disposição de sermos vulneráveis – ou mesmo nossa capacidade de sê-lo.” (P. 232)
Um dos temas abordados que mais achei interessante foi a explanação dela sobre passarmos a maior parte do tempo achando que somos melhores do que todo mundo ou que não somos bons o bastante, não obstante, sendo os dois lados de uma mesma moeda, e com que facilidade e rapidez nós passamos de um para o outro, né?