Nayana 09/01/2022MaravilhosoEu já sou fã da Brené Brown desde que li ?A coragem de ser imperfeito?. Recomendo tanto o livro quanto a palestra (disponível no Netflix) como porta de entrada. Depois disso, continuei vendo entrevistas e qualquer outro vídeo da Brené no youtube; para mim ela é uma daquelas pessoas que confortam meu coração.
A autora revela que por mais que fale muito de tentar, se mostrar vulnerável e atacar seus medos e desafios na arena da vida em ?A coragem de ser imperfeito?, muitas pessoas ainda acham que a vida é feita de únicas tentativas, então ela viu a necessidade de fazer um livro falando sobre as tentativas que não dão certo, sobre o ?falhar? e voltar a tentar ?mais forte do que nunca?, focado no seu objetivo e sem ter medo ou vergonha das coisas que não deram certo.
?É raro vermos feridas ainda em processo de cicatrização... Quando reunimos coragem para compartilhar nosso processo ainda incompleto de cura, as pessoas automaticamente desviam o olhar.?
?Em vez de dourar a pílula e tentar fazer o fracasso parecer elegante, é melhor aprender a reconhecer a beleza da verdade e da persistência"
?Mais forte do que nunca? me surpreendeu absurdos. A premissa do livro faz muito sentido para mim e se você se cobra como eu, imagino que também será importante.
?Às vezes a pior ameaça é a pessoa ficar de cabeça baixa, tão concentrada em desviar dos buracos que perde de vista o lugar para onde está indo e a razão pela qual o faz.?
O livro aborda tanto as pesquisas e entrevistas feitas pela autora (quem conhece sabe que a linha de pesquisa dela funciona dessa forma), quanto as suas reflexões, inclusive de temas que a própria autora revela que não é especialista e aprendeu muito nas pesquisas. A Brené transmite muito sinceridade e muita generosidade, escancara seus monstros (que não são tão diferentes dos meus), isso traz identificação e motivação.
?Aos poucos, estou aprendendo a dominar a tensão que vem com a compreensão de que sou duro na e meiga, corajosa e medrosa, forte e frágil - sou tudo isso, o tempo todo. Venho trabalhando para me libertar de ter que ser oito ou oitenta e para abraçar a totalidade da vida plena.?
?Nossa identidade está sempre mudando e crescendo, não foi feita para ser imutável. Nossa história nunca é inteiramente boa ou ruim, e fugir do passado é a maneira mais certa de se deixar definir por ele. É aí que ele passa a mandar em nós.?
"Você acha que, de modo geral, as pessoas dão o melhor de si?
Não sei. Não sei mesmo. Só sei que a minha vida fica melhor quando suponho que as pessoas estão fazendo o melhor que podem. Isso evita que eu faça julgamentos e permite que eu me concentre nas coisas como são, não em como deveriam ou poderiam ser. "
A autora cita muito as TRIs, (tentativas de rascunhos iniciais) como forma de pensar em problemas e as histórias que contamos a nós mesmos: colocando no papel tudo que você pensa e sente, ajuda a observarmos a verdadeira história e traz tona a verdadeira o que o nosso lado sabotador está tomando conta. Ela diz que suas TRIs são sempre compostas por seis itens: a história que ela criou, as emoções que sentiu, como o corpo dela reagiu, os pensamentos e crenças que surgiram e como ela reagiu. Assim, consegue se organizar para ser mais assertiva, seja para se desculpar ou como lição para a próxima situação.
? ?Viver sem arrependimentos? não significa viver com coragem, mas sim sem refletir. Viver sem arrependimentos é crer que você não tem nada a aprender, nada a corrigir e nenhuma oportunidade de ser mais corajoso na vida.?
Espero que esse livro te ajude tanto como me ajudou!