nathaliavirginia.meirelles 21/04/2024
Sem palavras
Tô tentando pensar em uma maneira de transformar em palavras tudo que senti ao longo da leitura desse livro. É uma história forte, dolorida, crua, que fala sobre o luto e ainda por cima um luto por causa de um suicídio e, pior ainda, cometido por um adolescente.
É doloroso demais acompanhar essa história, contada pela irmã de Ty, o rapaz que se suicidou. Acompanhamos Lexie, seu processo de luto, de superação e do perdão de si mesma, podemos ver o quanto a dor do luto dói de verdade e que não tem nada nesse mundo que possa tirar isso dela. É uma dor permanente, que as vezes pode até suavizar, mas que na maior parte do tempo, machuca.
Ty era um rapaz ainda, tinha apenas 16 anos então é muito difícil entender as motivações. Me vi questionando ele, tentando compreender, mas não tive muito sucesso. Quanto mais a história avançava, mais eu me chocava.
Mas de tudo que aconteceu nessa história, o que mais me doeu DE VERDADE, foi acompanhar a dor da mãe de Ty e Lexie. Uma mãe perder um filho não é natural. É a coisa mais antinatural do mundo, me arrisco em dizer. Sou mãe. E cada cena focada nela me tocava de um jeito, que no fim das contas eu já tava trazendo isso pra minha vida. Temi por minha filha. Sei que é só ficção, mas percebi nessa história que há detalhes que passam despercebidos, e que são pedidos de socorro de uma certa forma. E que é necessário estar atento.
É uma narrativa tão crua, que apesar de muito triste, eu só fui chorar mesmo nos últimos momentos. Antes disso tive outras emoções, até raiva da protagonista tive, do pai dela também e até mesmo raiva do próprio Tay eu senti!!! Enfim, recomendo a leitura, mas saibam que é CHEIA de gatilhos, então estejam bem quando forem ler!