Asas Negras

Asas Negras Pat Kovacs




Resenhas - Hybrida


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Celly 08/04/2014

Asas Negras Um curioso livro de Alta Fantasia.
Quando de se trata de literatura fantástica já ficamos de sobreaviso, sabemos que podemos esperar de tudo, ainda assim não tem jeito, tem livros que acabam nos surpreendendo. Há mais de 4 anos atrás conheci a saga Asas Negras, na época uma Web Série que a autora disponibilizava em capítulos na internet. Uma coisa que chamava atenção era que ela tinha uma legião de leitores, logo depois esses mesmo leitores se tornaram seus betas, após elas parar de disponibilizar na internet depois de ter sido descaradamente plagiada. Como estava no rol de suas leitoras entrei também para o clube das betas, que por sinal era um clube mesmo, onde a gente trocava figurinhas e tudo em uma rede muito apropriada para construir clubes privados chamada Ning, naquela época a Ning não era paga. Era bem divertido. Acabei conhecendo pessoas muito legais ligadas a literatura.

Mas enfim, largando o momento nostalgia, alguns anos depois a autora terminou o primeiro livro e publicou pelo Clube dos Autores um sistema editorial que te permite publicar seus livros de forma independente. Acho que fui uma das primeiras a comprar o livro. Não por que gostava da autora ou por que o livro já me proporcionou muitos encontros legais, mas por que gostava realmente da história e como não tinha tido a oportunidade de ver o desfecho, tinha a curiosidade de saber como o romance terminava.

Deixemos os fatos biográficos de lado e vamos ao livro. Lembra que eu disse que o Clube dos Autores era um sistema editorial que proporcionava a publicação independente? Pois bem independente nesse caso é no sentido literal, se o autor quiser publicar ele terá que se responsabilizar por todos os pormenores do processo editorial do livro: capa, diagramação, revisão, copidesque e todo o resto de trabalho que existe no processo de publicação de um livro que eu não faço ideia. Então, o que chama atenção em Asas Negras é que todos esses detalhes ficaram por conta da Patrícia Kovacs e o resultado disso é a personalidade da autora bem visível em cada página. Eu particularmente achei tudo muito bonitinho, sobretudo por que gosto de prestar atenção em detalhes e ela deixou muitos detalhes para prestar atenção, embora em alguns casos ela tenha exagerado no uso dos brushes e perdido a suavidade, mas é um daqueles momentos em que se perde a formalidade para se deixar entrever a personalidade.

Agora vamos ao que realmente interessa; a trama. O primeiro sabor que se tem ao ler Asas Negras é de um toque nipônico, como se você estivesse lendo um Mangá, você não saber dizer exatamente por quê, mas é essa a impressão que dá. Depois fiquei conhecendo um pouco da coleção desses livrinhos japoneses da autora e deu para entender de onde veio tal influência. Tem também uma série de termos que vem do Kabbalah, ou da doutrina espírita, não sei dizer. Entretanto não se trata de um livro de cunho religioso, não me deu a impressão de parecer levar em questão uma religião em detrimento de outras, alguns termos comuns são ali colocados de maneira ilustrativa, tomando-se de partida apenas o conceito para se construir um ambiente Fictício. Asas Negras é, sobretudo um livro carregado de misticismo.

Aliás, a trama se passa em dois mundos, o nosso mundo real insosso e sem graça e um mundo místico cheio de magia e criaturas exóticas. As partes em que se passa no mundo místico são particularmente as melhores, onde se descortina aos nossos olhos uma realidade inimaginável, rica e surpreendente, digna dos melhores enredos de fantasia, mas com o decorrer da trama essa diferença se perde a partir do momento em que elementos dos dois mundos se misturam.

Pode ser que a partir daqui haja spoilers

No geral, contudo trata-se de um romance adolescente, no melhor sentido da palavra romance. A trama se passa em volta da colegial Yashalom, (sim, os nomes dos personagens são todos assim engraçados). Yashalom é uma jovem de 15 anos que está passando por um difícil momento de transição muito diferente da puberdade (isso mesmo, ainda pior do que a puberdade), que lhe vem perturbando psicologicamente e prejudicando seu rendimento escolar, isso faz com que ela seja obrigada a receber a ajuda de um tutor, um misterioso aluno polonês do terceiro ano, Jósef Wojtyla (esse nome não faz lembrar um certo papa?). Acredito que a autora tenha arranjado os nomes de maneira que o leitor o ligasse ao seu correspondente no mundo místico, o Karol, e assim matasse algumas charadas a respeito da trama.

Entretanto Wojtyla e Yashalom não conseguem construir um bom relacionamento fazendo com que a situação de Yashalom só piore trazendo riscos a si mesmo e aqueles a sua volta, acontece que na verdade Yahsalom está experimentando o despertar de seus poderes psíquicos, o que significa que não se trata de uma adolescente comum. No decorrer da trama vamos descobrindo mais sobre sua origem e sobre aqueles que a cercam, entendendo um pouco mais sobre a conexão entre o mundo real e o mundo místico, descobrimos que Wojtyla e Enzo, seu amigo, são os únicos que podem ajudar Yashalom a aprender a lidar com esse momento de transição. Mas para isso a garota teria que aprender a confiar neles, algo que diante de sua personalidade arisca e seu gênio difícil parece uma tarefa quase impossível (acredito que a autora doou um bocado da personalidade ariana dela para a personagem).

Tudo se complica ainda mais para Wojtyla quando percebe que não é indiferente ao charme da garota mesmo quando tudo no seu passado faz com que aquele seja um amor impossível. Para completar o triangulo amoroso Yahalom desperta o interesse de uma figura misteriosa, o sedutor e enigmático Victor, filho de uma rica freguesa da floricultura onde Yahalom trabalha. Victor é outro personagem que é mais do que aparenta ser, mas em meio a sua confusão psíquica Yahalam não sabe diferenciar dentre aqueles que são amigos ou ameaças.

Enquanto isso no mundo místico Zach, o guardião das terras do sul, o Daemon mais poderoso do seu mundo, arquiteta um plano para proteger o seu filho mestiço, filho seu e de uma humana, fora do seu alcance no mundo dos homens, Zach se vê impotente diante das novas forças que os ameaçam e para protegê-lo precisará da lealdade e da ajuda de dois antigos companheiros de batalha.

Asas Negras é uma história que se passa em um tempo posterior a grandes batalhas travadas no mundo místico, o destino dos seus personagens foram delineados por esses conflitos e por isso suas páginas estão cheias de lembranças do passado, impregnadas de magia, bravura e artimanhas sinuosos de seus personagens, fazendo dele mais do que um simples romance adolescente. Trata-se de um livro rico de alta fantasia.

No final ficamos sabendo por que a escolha do titulo. Mas a história não para por aqui, o livro é o primeiro de uma série que ainda está sendo produzida.
comentários(0)comente



Pat Kovacs 02/11/2009

Um ser de dois mundos.
Dois mundos paralelos e, teoricamente, intransponíveis, são unidos nos ossos e na carne de um ser único, um híbrido, fruto do amor de dois seres de mundos distintos, que a guerra, num desses mundos, faz com que se separem para quase todo o sempre.

E a criança híbrida nasceu, mas foi separada da mãe. E agora, com 15 anos, seus poderes sobrenaturais começam a despertar e ela não tem o amparo nem da mãe e nem do pai, contando, apenas, com ajudas suspeitas de um garoto soturno que esconde alguns segredos, inclusive da própria criança híbrida, que não sabe sobre a sua condição.

O livro ainda não está concluído, mas achei que o autor, Snake Eye's, merece ter sua obra configurada aqui.
Jossi 07/09/2012minha estante
Oi, Pat!
Eu já tinha feito uma leitura prévia, quando o livro fora postado no Orkut (não completo, mas boa parte) e tinha gostado demais... Agora, então, que tenho o livro impresso, estou relendo: desde o prólogo (que você adicionou depois), o qual conta as origens de Yasha, seus pais e o grande amor deles, os conflitos enfrentados por ambos. E depois, os primeiros capítulos, que começa a história de Yashalom - tema central do livro - sua vida na escola e a entrada do belo e misterioso Wojtyla em sua existência. Uau, além de romance, muita fantasia e magia, mundos paralelos, dimensões psíquicas inimagináveis! É realmente excelente!
:)


Pat Kovacs 05/07/2013minha estante
Veja o grau de "vergonhez" a que estava naquela época... comentando sobre a minha própria obra como se fosse de terceiros!
Na época, ainda me utilizava do pseudônimo das fanfics, Snake Eyes, e quando comecei a escrever AN, ainda assinava com esse nick.
Bem, AN está completa e publicada, finalmente!




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