F de falcão

F de falcão Helen Macdonald




Resenhas - F de Falcão


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whatsmaryreading 04/03/2024

Um livro emocionalmente exigente.
? "F de Falcão" de Helen Macdonald ???

"O mundo é cheio de sinais e maravilhas que vêm e vão, e, se você tiver sorte, pode estar vivo para vê-los."

Uma obra sobre luto e reencontro consigo mesma. A autobiografia da autora foge completamente do habitual, por ser tão poético e profundo.

F de Falcão conta a trajetória de superação de Helen após perder o seu pai. Após encarar uma depressão avassaladora, ela decide adotar um açor, uma espécie de falcão, chamada Mabel, como um modo de ocupar a mente e o tempo para não precisar sentir a dor da perda. Ela quer uma fuga desta realidade.

No entanto, podemos ver como o luto se faz presente de diferentes maneiras, através de lembranças, troca de aprendizados, e como foi possível ressignificar essas sensações. O livro é sangrento, é intenso e o amor é apresentado de forma complexa e multifacetada, indo além do romantismo tradicional. A autora descreve a comunicação não verbal entre ela e a falcão, um idioma próprio que transcende palavras.

O livro explora o amor entre pais e filhos, entre humanos e animais e o amor pela natureza.

Tem muita referência a outros escritores, e foi incrível mergulhar em tantos livros a partir de um único. Vi muitas resenhas dizendo que a leitura é arrastada e eu não concordo, é sim difícil e doloroso, mas não é lento. Mas é uma leitura emocionalmente exigente.

Eu avaliei com 3 estrelas por simplesmente não ser o meu gênero favorito, mas é um livro incrível que eu com certeza recomendaria para quem estivesse vivenciando o luto.
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Ju Carvalho 14/01/2024

Luto. Sobre encontro de si mesma. Sobre a cura. Lenta, dolorosa.

Leitura arrastada, mas com momentos de muito significado.
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Juliane4 01/12/2023

F de falcão é uma obra autobiográfica em que Helen MacDonald narra sua experiência de treinar um falcão após a morte de seu pai. A obra explora temas como luto, natureza, identidade e a relação única entre humanos e aves de rapina.
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Marília 17/06/2023

Esse livro é bem profundo, não é uma leitura rápida como imaginei no princípio. Gostei de como a autora vai amadurecendo junto com a açor.
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Pâmela 21/05/2022

Luto 🖤
É um livro sobre LUTO. 🖤 Luto pela perda do pai, da escritora Helen Macdonald. E também é um livro sobre o amor por falcoaria, uma antiga prática de criar falcões. É uma história real, uma biografia que Helen nos conta desde da morte do pai, até adquirir um Falcão fêmea novo, ao qual ela chama de Mabel. Ela treina Mabel, até a estação mudar, quando outras coisas ocorrem. Belo Livro!!
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isabelle. 25/12/2021

"ensinou-me o que era paciência. ele disse que era a coisa mais importante de todas para se lembrar, dessa maneira: quando você desejava mais do que tudo ver algo, às vezes tinha que ficar imóvel, parado no mesmo lugar, lembrar-se do quanto você queria aquilo, e ser paciente."
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Yuririn 20/08/2021

esta autobiografia foi interessante e tocante, principalmente no final. Ver a Helen lidar com o luto após a morte do seu pai e o modo como a falcoaria, que desde sempre foi uma paixão p ela, a ajudou, nesse momento, a descobrir mais sobre si mesma e sobre o q estava ao seu redor foi bem bacana. As partes de falam sobre T.H. White e sua biografia tbm foram legais, me instigou a descobrir mais sobre ele e a querer ler suas obras. Além disso, o desfecho envolvendo este autor fez todas as comparações/contextualizações durante o relato terem bastante sentido. Esta leitura me deu mais bagagem sobre depressão, luto, história, empatia e relações interpessoais; gostei de poder ter conhecido essa fase vivenciada pela autora e das partes da vida de White tbm.
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Thomas.Jordao 15/08/2021

Já sinto falta
Um dos poucos livros que após ler, senti saudades de estar lendo. Uma conversa, uma divagação, uma jornada real na vida da Helen, de experiencia de luto. Além de dar um relato pessoal, ela também discorre sobre diversas literaturas que abordam o tema, seja freud ou Klein, e isso sem dúvida me conquistou. Uma bela leitura, que deixa um final no qual me senti abraçado de tantos arrepios. Sensitivos diriam ser espíritos kkkkk
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Renata.Paula 09/08/2021

Paciência
Assim como na falcoaria, na leitura deste livro também é necessário ter paciência. É um livro muito interessante independente se o leitor tem ou não conhecimento sobre o assunto. Mas ter um mínimo de interesse ajuda assim como paciência, pois a escrita um tanto quanto lenta.
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Coruja 03/08/2021

Se há uma certeza na vida, é a morte. É uma verdade inescapável e, nesse último ano e meio, provavelmente tivemos mais consciência que nunca de nossa própria mortalidade e também daqueles que amamos. Com mais de meio milhão de mortos apenas em nosso país, difícil encontrar alguém que não tenha perdido alguém próximo, parente, amigo, conhecido que seja. Através das notícias que nos chegam, vivemos diariamente o luto - um luto individual e também coletivo, um lamento pelas histórias e esperanças que se apagaram antes do tempo, pelos ídolos que se vão, por um senso de segurança que não sabíamos existir e que, agora sabemos, nunca voltará ao que era antes.

Foi nesse contexto que comecei a me embrenhar por livros sobre o luto: próximo a completar o aniversário de um ano da morte de tia Gilda - irmã mais velha da minha mãe, que se foi logo no início da pandemia e nos tirou o chão com a angústia de quase dois meses internada. Alguns deles estavam na minha lista há muito: C. S. Lewis e seu A Anatomia de um Luto desde que li a biografia do autor, para escrever o especial sobre Nárnia; Joan Didion e O Ano do Pensamento Mágico quando bati o olho no título e vi a sinopse; F de Falcão da Helen Macdonald, indicação reiterada de uma amiga querida. Notas sobre o Luto, da Chimamanda Adichie veio por último, mas amarrava tudo por ter sido escrito exatamente no auge da pandemia, e trazer as peculiaridades de uma perda no momento que estamos vivendo.

Escrevo sobre “as peculiaridades” do luto em quarentena e faço caretas para mim mesma. Mas não consigo deixar de pensar que viver o luto hoje - e é necessário vivenciá-lo para superá-lo - é muito mais difícil do que antes do covid. O isolamento nos obrigou a abrir mão de muitos dos rituais que fazem parte desse processo; rituais que consolam, que nos aproximam da memória daqueles que perdemos, que nos permitem buscar conforto naqueles que compartilham conosco essa ausência.

(...)

F de Falcão, da historiadora inglesa Helen Macdonald, foi o último dessa sequência de Memórias que li - e talvez o mais desconcertante de todos. Ao perder o pai de forma repentina, Helen mergulha numa depressão profunda que praticamente a desconecta da realidade (“O tipo de loucura que eu tinha era diferente. Era silencioso e muito, muito perigoso. Era uma loucura planejada para me manter sã. Minha mente lutava para construir por cima do vazio, criar um mundo novo e habitável”). Fascinada por falcões desde criança, ela decide que esse é o momento perfeito para treinar um açor.

Macdonald costura de forma desconjuntada a dor pela perda do pai - algo de que ela parece fugir o livro inteiro, mas está por trás de todas as suas escolhas do momento em que busca a ave -, com o treinamento de Mabel (como ela batiza sua açor) e memórias de leituras sobre falcoaria; sobretudo The Goshawk, relato autobiográfico de T. H. White (sim, o mesmo de A Espada na Pedra) sobre suas próprias tentativas de treinar um açor.

Não é um enredo sempre fácil de acompanhar: há muita informação sobre a falcoaria, sua história, a arte, os detalhes por trás do treinamento de uma ave de rapina. No começo, aqui e ali, a autora deixa escapar seu real estado mental, a forma como ela praticamente abandonou sua vida nos calcanhares da morte do pai - seu contrato de trabalho com a universidade está no final, ela rejeita convites de outros empregos; deixa de pagar contas, evita o convívio com outras pessoas. Exceto pelos momentos em que interage com Mabel, seus nervos estão em frangalhos.

O treinamento do açor é uma fuga, mas é também uma forma de se manter ancorada na realidade. Até compreender que precisa de ajuda para sair do estado que cavou para si mesma, Macdonald parece só existir realmente em seu corpo físico quando está com Mabel na luva. Numa sequência de livros sobre os efeitos do luto, F de Falcão foi o que mais me angustiou: algo na escritora se espatifou com a notícia do falecimento e todo o processo descrito ao longo do livro parece fragmentá-la cada vez mais… até o momento em que ela comparece para o serviço religioso em memória do pai.

Macdonald escreve no momento de sua epifania que “as mãos servem para outras mãos humanas segurarem”. Lembrei no ato de L’Engle, sobre como a morte de uma pessoa amada é uma amputação. Porque é justamente o que acontece com Macdonald, é o corte de uma parte de si da qual ela só se dá conta quando entende que, se quiser sobreviver ao seu luto, precisa de outras pessoas. As mãos servem para outras mãos humanas segurarem.

Todos esses livros de que falei tocam no problema da depressão, mas nenhum deles é tão cortante quanto o abatimento de que Macdonald fala em F de Falcão. Talvez por isso eu o tenha considerado o livro mais difícil da pilha, do qual eu às vezes precisava me afastar para respirar fundo.


(Essa resenha faz parte de um artigo maior acerca de livros sobre o luto. Deixei aqui apenas as referências diretas ao livro "F de Falcão", mas há uma certa conexão entre todas as leituras que não se costura tão bem com o corte. Para ler o artigo completo, segue o link abaixo, no blog Coruja em Teto de Zinco Quente)

site: https://owlsroof.blogspot.com/2021/08/quatro-reflexoes-sobre-o-luto-lewis.html
Roberta 03/08/2021minha estante
Muito interessante




San 22/06/2021

Amei esse livro!!!
Foi uma leitura tão vivida, tão real, foi como se estivesse lá, observando toda a história. Uma história emocionante, cativante.
Eu gostei imensamente de ler este livro, chorei várias vezes, porque também perdi meu pai e a perda dela pareceu a minha perda. Eu recomendo a leitura é uma escritora que com certeza leria outras obras.
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Julia4767 20/05/2021

<3
esse foi um dos livros mais bonitos que já li.

[...] "E depois, segurando o cartão nas mãos e sentindo suas beiras cortantes, todo o luto tinha se transformado em algo diferente. Era simplesmente amor." [...]

é tão lindo que dói.
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Arthuzin 13/05/2021

F de falcão é uma autobiografia que conta sobre a superação de um acontecimento muito dramático na vida de Helen, e para tentar superar o que aconteceu, ela pratica a falcoaria, o treinamento de falcões. Às vezes achava Helen muito emocionalmente dependente do seu açor, e me impressionava o quanto essa atividade a fazia bem, viva. Eu ficava meio confuso quando contava-se a história de White, mas isso contribui muito para a história. Achei o livro interessante e profundo, mas não me prendeu muito.
6,5/10
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