Vertigem

Vertigem JOSE EDUARDO GONCALVES




Resenhas - Vertigem


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Euler 27/05/2021

Primeiro, vem a voz que se perde em meio às crises existenciais e as reflexões sobre a vida. Depois, a personagem que se apresenta frágil, solitária e que aos poucos se transforma num asqueroso homem, obcecado por maltratar prostitutas - inclusive daí vem a cena que nunca esquecerei desse livro, onde o autor mescla a vertigem da Clarice com a violência do Plínio Marcos. Esse homem duplo, ambíguo em seus extremos é um andarilho entre cidades, que vive no oco de quartos de hotéis, invocando os fantasmas do pai e da mulher - ou de outros que você no processo de leitura dê corpo. Há um lirismo que se choca com uma agressividade abjeta e o resultado é um efeito muito inquietante. Do submerso de quem narra ao seu exterior confuso, nebuloso, a gente é chacoalhado entre pensamentos, fantasias e realidade do narrador e escrituras. A vertigem é o amor. Ou o abandono. Ou ser sempre estrangeiro. Ou não saber lidar com o passado. Ou escrever como punição, essa ideia assustadoramente bela. Leiam esse homem incrível??
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Carlinha 03/06/2022

Tendi nada não!
Não é pra mim!
Cada parágrafo narra uma cena diferente confusa, disconexa e sem sentido.
Não tem contexto, não fatos sem origem nem destino.
Devaneios e delírios de um narrador que precisa de ajuda!
Ás vezes ele narra fatos ocorridos consigo mesmo, às vezes com uma terceira pessoa, às vezes parece estar se dirigindo a alguém específico (que pode estar até lendo o livro)
Uma coisa ficou bem clara... o cara gosta de S3X0.
Cenas bizarras e explícitas, muito gráficas às vezes.
Enfim... não ganhei nada lendo este livro.
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dormideira 14/02/2010

O abraço forte de um homem nu
O livro está recheado de expressões fortes e aforismos. Obscenidades constantemente contrabalanceiam a agonia emocional crescente que acomete o protagonista.
Entre pensamentos, fluxos de consciência e crises, vai se montando a mudança constante do narrador-personagem. Chegou a ser surpreendente quando, na leitura vai-e-volta [sic] espaço-temporal, me deparei com a primeira descrição linear.
Na reta final do livro os constantes questionamentos internos podem ficar um pouco cansativos à medida que expressões também se repetem, e talvez por isso elementos importantes se percam.
Ainda que o livro tenha seus efeitos colaterais, é recomendável lê-lo sem a intenção de encontrar fatos táteis, levando todas as possibilidades na continuidade da história. Somente assim poderá ser explorado completamente o vasto campo criado pelas descrições e pensamentos.
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