Gen - Pés Descalços #10

Gen - Pés Descalços #10 Keiji Nakazawa




Resenhas - GEN Pés Descalços #10


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Cleber 11/04/2024

Crescer como o trigo
"Gen, o trigo germinado durante o frio inverno, quando desponta do solo, deve ser pisoteado várias vezes, para que produza raízes fortes, que se fincam à terra, permitindo que ele cresça alto e resistente, até produzir espigas grandes e robustas...Eu quero que você seja como esse trigo."

E chega ao fim a saga do Gen, pés descalços, no último volume da série. A frase de motivação do pai do Gen define toda a história do nosso protagonista. É sofrimento atrás de sofrimento e quando tudo parece que vai caminhar para algo melhor, surge mais dificuldades e sofrimentos na vida dos personagens.
Com toda certeza Gen é uma obra essencial para falar sobre os horrores da guerra, do perigo nuclear e principalmente sobre a resiliência do ser humano.

"É doloroso produzir um mangá que tem como tema principal a bomba de Hiroshima. Porém as crianças são puras e conseguem captar com clareza a verdade dentro da história.
Por isso resolvi relaxar e trabalhar sem elaborar muito, apenas torcendo para que elas se identifiquem com o mundo desta narrativa. Que os leitores possam entender realmente o que é a guerra e o que foi a experiência da bomba atômica.
---------- Keiji Nakazawa."
Vania.Cristina 13/04/2024minha estante
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maria 26/11/2023

War is over...
Eu me sinto numa mistura de emoções, ao ter acabado de ler o último livro da coleção , Gen pés descalços. Eu comecei a colecionar em 2021 e terminei em 2023, e o sentimento que me trás ao terminar, uma mistura de tristeza e felicidade.
Pra ser sincera nunca esperei muito desse mangá, mas ele me fez mudar minha percepção de mundo completamente.
E o mangá termina com um adeus a Hiroshima, o lar do nosso heroi, que está deixando tudo para trás, a bomba, o sofrimento e o trauma, para viver uma vida bela e digna
É com um pesar no coração que eu termino Gen, mas é com uma alegria que vejo um futuro para os sobreviventes da bomba atômica. Assim como o trigo que é pisoteado no inverno para que sua raiz fique cada vez mas forte, eu me despeço dessa obra, mais forte do que nunca.
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Gabriel Farias Martins 29/10/2023

Me tornei órfão dos órfãos da bomba
A história começa em 1953, com um salto temporal e Gen reencontrando seu antigo professor Oota, que está abrindo sua escola particular.
Vimos Ryuta e Musubi prosperando nos negócios de vendas com os belíssimos vestidos produzidos pela Katsuko.
A história segue no dia da formatura de Gen, que se recusa a cantar o Hino, a formatura se torna turbulenta e um grupo comandado por um estudante problemático chamado Yokomichi começa um linchamento aos professores, mas é impedido por Gen, que discursa contra o ciclo de violência.
Ao retornar pra casa uma garota esbarra em Gen e ele se apaixona profundamente por ela.
Na empresa de murais, Gen e o senhor Seiga se demitem em busca de melhores condições de trabalho. No caminho pra casa, Gen reencontra a menina por quem sofre amor platônico, e descobre que ela se chama Mitsuko, ele decide descobrir seu endereço e fica chocado ao descobrir que seu pai, é seu antigo chefe, um senhor desprezível.
Gen é notado pelo pai da moça e humilhado publicamente, ao retornar desolado pra casa, Ryuta se propõe a ajudá-lo, mas cansa rapidamente de dialogar com Mitsuko quando o faz. (Em uma sequência hilária na sua tentativa de convencimento, que apesar de não instantânea, motivou Mitsuko buscar por Gen posteriormente).
Após brigarem e Gen achar que foi o fim, Mitsuko segue pensando nele e decide procurá-lo, ambos se aproximam e criam um forte laço.

Nesse tempo, Musubi torna-se  ausente e é passado pra trás por um grupo de vigaristas Yakuzas, e perde o dinheiro de todos, se viciando em drogas.
Inesperadamente, somos surpreendidos com a morte de Mitsuko, uma perda pesada e instantânea, sem tempo para despedidas, mas carregada de ensinamentos. Gen fica desolado, e apesar de sempre tirar uma lição do sofrimento, tem pouco tempo para processar a situação, pois Musubi surge em um estado lamentável apenas para se despedir, ele foi brutalmente espancado pelos mesmos Yakuzas que o viciaram.
Antes de morrer, é perdoado por seus amigos e Ryuta sente sede de vingança
E vai diretamente atrás dos traficantes que viciaram seu amigo, em uma sequência de tirar o fôlego, Ryuta se vinga e mata 3 Yakuzas.
Inicialmente pensa em se entregar, mas Katsuko o convence a fugir e levá-la com ele, iniciar uma nova vida em Tokyo.
Gen fica sozinho por pouco tempo, e no caminho do túmulo de seus pais, reencontra o senhor Seiga, que o motiva à novos desafios, ir para Tóquio se aprimorar, e viver sua juventude ao máximo.
Acabamos a leitura na esperança de que todos prosperem e possam se reencontrar um dia, foi uma história rica e sem dúvidas, poderia ler mais e mais sobre eles.
Gen é um marco dos mangás, um grito contra a guerra com um nível de consciência fortíssimo.
Uma leitura abala estruturas e nos faz pensar em como o mundo pode ser cruel e maravilhoso ao mesmo tempo.
Espetacular.
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Rodrigo.Macedo 15/09/2022

Fechamento
Depois de muito sofrimento, a história não podia acabar diferente... com mais sofrimento. Fiquei feliz pelo Ryuta, um dos meus personagens favoritos. Gen, seguiu sua luta com muita determinação e com a filosofia do trigo mais forte do que nunca. Leitura imprescindível para se ter uma noção real das consequências de uma guerra e como ela afeta a sociedade, principalmente as crianças.
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Laura Nepomuceno 14/03/2022

Acabei de ler Gen
Finalmente, acabei de ler o último vol de gen - pés descalços! o primeiro vol li em 2016 e ao longo desses anos fui lendo à medida em que sentia vontade, pois é um tema pesado que demanda uma imersão que acaba, muitas vezes, te deixando mal, mas não to falando isso como demérito! acho inclusive importante e humanos nos afetarmos por essa história! adorei, na medida do possível, e recomendo DEMAIS! mais uma história para fazer com que a gente não esqueça o que aconteceu!
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Bastos 13/01/2022

Gen Pés Descalços
Um mangá excepcional e uma leitura obrigatória para os leitores de mangá. Nele acompanhamos toda a dor e sofrimento após os bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, vemos pessoas com a pele derretida, com cacos de vidro pelo corpo inteiro, o autor não censura nada.

Fiquei surpreso com o que aconteceu após a derrota do Japão, toda censura que eles sofreram sem poder falar sobre os efeitos da bomba e também os experimentos que os americanos faziam com as vítimas.
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andré 19/09/2020

O Paradoxo de Gen
Essa série me deixou extremamente desconfortável, mas não pelos motivos usuais. Acho que é preciso primeiro dizer que acima de tudo é uma HQ extremamente importante, primeiro por retratar e resgatar um período histórico que é culturalmente bastante distante de nós (ocidentais) e acima de tudo por ser uma das poucas obras da cultura pop que abordam com folego esse tema (sério, no cinema a coisa mais profunda em termos de blockbuster que temos é o Pearl Harbor do Michael Bay). Da mesma forma, é uma visão não americanizada da guerra, um depoimento de quem viveu o outro lado, sem enobrecer em nada as matanças do campo de batalha. O autor quer deixar claro que não existem heróis entre militares. É um resgate dos crimes cometidos pelos EUA no Japão, que dificilmente seriam lembrados em obras estadunidenses. Mas é uma obra que sofre todos os males de ser fruto de seu tempo em toda sua essência. Ou seja, ela é a síntese da linguagem gráfica da época em toda sua estrutura e isso cria um tremendo paradoxo nos dias de hoje, no sentido que é infantil demais para um adulto e pesado demais para uma criança. Sendo mais preciso, o autor usa uma linguagem extremamente didática (e uso essa palavra não em um sentido positivo), ele claramente quer ensinar algo para o leitor e faz de tudo para transmitir seus valores, ao mesmo tempo é super expositivo, toma licenças narrativas para ilustrar acontecimentos, como, por exemplo, para explicar os sintomas de uma doença, manifesta do nada e instantaneamente todos os estágios da doença simultaneamente em um personagem saudável até um segundo antes (afinal ele quer que as crianças entendam), e ele martela sem parar seus valores, é impossível ler mais de três páginas sem encontrar expressões como: "é culpa a guerra, se não fosse a bomba e a guerra, odeio quem fez a guerra". E que fique claro que não é uma oposição aos seus ideais e mensagem que faço, mas a maneira extremamente ingênua e catequista de se expressar. E é nisso que consiste minha inquietação, pois eu concordo com os ideais e me identifico com o posicionamento do autor, mas ver essas ideias posicionadas de forma tão abertamente panfletária e indutiva, retirando do leitor qualquer exercício de crítica, me parece um contrassenso a mensagem a qual a própria obra se propõe. Basicamente, Gen não confia em seus leitores, que, por mais jovens que sejam, são extremamente subestimados aqui. O humor envelheceu mal na obra, com piadas pastelonas, que vão de socos que fazem personagens voarem e galos enormes brotar em suas cabeças (o que destona do tom trágico e documental da obra), até muitas, MAS MUITAS piadas sobre mijar e cagar nos outros, ressaltando seu foco num publico jovem. Por outro lado, a violência gráfica expressa é super pesada. Indo da mutilação física, tortura, estupro, à pessoas sendo queimadas vivas, larvas passeando por feridas e homicídio. O segundo volume do mangá foi a única HQ que precisei fechar no meio para tomar um ar na vida. O que definitivamente faz com que a obra não seja para crianças. É paradoxo que vai além da compreensão da época em que foi feita, é preciso fazer concessões na leitura e por mais boa vontade que você tenha, em algum momento isso vai ser difícil. O autor também tem muita boa vontade no que diz respeito ao ser humano. Totalmente pacifista, o autor coloca toda culpa da maldade não no homem, mas nos governantes e na guerra. Sem a guerra, sem a bomba, todos os japoneses teriam sido ótimas pessoas. Essa visão, por sua vez, é tão ingênua quanto perigosa. Por exemplo: no mangá Gen perde uma irmã bebe após está ter sido sequestrada e ter sofrido maus cuidados, no entanto, nem os sequestradores, nem o pouco cuidado demonstrado com o bebe são vistos e forma negativa, ao contrário, o mangá ressalta que eles são boas pessoas sofrendo e só fizeram o que fizeram porque perderam tudo na bomba. E essa mentalidade se repete: um tio rouba o dinheiro dos sobrinhos que ficaram órfãos com a bomba, causa a morte da sobrinha e manda o sobrinho para um reformatório, e ele não é ruim, foi a guerra quem endureceu seu coração; em determinado ponto da narrativa o irmão de Gen o abandona para casar, deixando o irmão caçula morando na rua, e não existe nada demais nisso, é a vida por causa da bomba, o irmão mais velho não tem nenhum problema de caráter. A boa vontade por trás dessas ideias flerta com uma ingenuidade capaz de causar tanto mal quanto a própria maldade. Mas, no fim, o saldo foi positivo, é um mangá que todos deveriam ler. Apenas é importante não desligar o senso crítico, por mais validas que sejam as ideias do autor e por mais importante que seja esse registro.
Lucas.Fioravante 29/09/2021minha estante
Gen mostrar todos os tipos de problemas de uma sociedade ainda mais intensificados após uma bomba atômica, gen nakaoka é mais um marginalizado pelos grandes poderes e deixado a mercê das ruas para sobreviver. Ser como o trigo é uma tarefa mais difícil do que se parece




Vitor Cano 14/04/2020

O fim
O décimo e último volume da autobiografia de Keiji Nakazawa, contada através do personagem Gen. Depois do 9 volumes acompanhando esse personagem por tanta dificuldades e dilemas,o último volume tem quase uma promessa de que enfim teremos uma história mais leve, com um Gen mais maduro. Mas a verdade é que a vida não é fácil e nunca se torna mais fácil. Nesse volume, quando tudo parece bem, temos alguns dos acontecimentos mais chocantes e marcantes na vida de Gen e seus amigos. Prepare-se para despedidas, que certamente te deixarão com o coração apertado. Mas lembre-se que o trigo nasce firme e forte mesmo depois do pisoteado.

Gostei como elementos são colocados na trama e trabalhados aos poucos de forma a ir desenvolvendo os personagens. Em alguns momentos algumas das tramas ficam no plano de fundo enquanto outras vão sendo trabalhadas. Mas em seguida retornam trazendo todo o peso e impacto para a história. De certa forma, isso é algo presente durante todos os volumes e ao lembrar daqueles personagem que conhecemos nos primeiros capítulos percebemos o quanto a história avançou e quantas lições foram aprendidas.

Enfim, em minha opinião, essa é uma obra que todos deveriam isso, entender a importância do seu próprio papel no mundo.
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Lary.Souza 21/09/2018

Obra apaixonante
Eu senti na história a relação de amor e ódio, onde odiava a realidade de uma tragédia, mas admirava e amava como o protagonista da história gen nakaoka reage com toda essa historia de sofrimento e tristeza. Ele tira a força na lembrança e no amor que ele sentia por aqueles que se foram por causa da bomba ou por causa da radiação da mesma.
A história da guerra é tão cruel e devastadora que se não houve a esperança de gen e suas lições de moral provavelmente não terminaria a serie de 10 volumes.
A obra é brilhante, estratégicamente não tão pesada (pensando que estamos falando de uma bomba que acabou com a cidades Hiroshima e Nagasaki), divertida ( há momentos bem engraçados no decorrer da história entre os 10 vol) e que tem Romance (especificamente neste volume).
Recomendo e confesso que a obra me fez ser mais humana, percebendo quão desastrosas pode ser uma guerra, mas também mostrou como o amor e um conselho de pai de gen, poderia ser tão forte para suportar toda essa dor, e mostrar a esperança de um mundo melhor.
Gen pés descalços conquistou minha admiração.
Que pena que esse é o ultimo volume.
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Gláucia 19/01/2018

Gen Pés Descalços #10 - Keiji Nakazawa
Esse volume encerra a saga de Gen e seus amigos.
Foi ótimo conhecer essa trágica história (não me interpretem mal rss) através de uma forma de expressão bastante fluida que é o mangá e pelo olhar de alguém que sofreu as consequências da bomba. Tem algumas coisas um pouco estranhas na forma de expressão que tornam alguns acontecimentos um tanto quanto inverossímeis mas o saldo foi bastante positivo e estou certa que assimilei essa parte da História de forma definitiva.
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29/11/2017

Nesse volume você sente que já estava na hora de encerrar a série porque ela estava começando a ficar um pouco repetitiva.

O último volume começa em 1953 e cada vez mais vai se distanciando da bomba de Hiroshima. Claro que ela continua deixando suas sequelas, mas os personagens passam a ser mais otimistas em relação ao futuro. Gen chega a se apaixonar pela primeira vez e decide investir na carreira de ilustrador.

Ótimo encerramento para uma série extremamente relevante.
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Luca Coelho 16/07/2016

Coleção que devia ser leitura obrigatória!
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