Meio Rei

Meio Rei Joe Abercrombie




Resenhas - Meio Rei


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@APassional 20/12/2016

* Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
A narrativa em 3ª pessoa sob o ponto de vista de Yarvi é coloquial, fluída, repleta de diálogos afiados, destacando pensamentos e lembranças em fonte diversa [o que nos coloca em contato com a essência do protagonista em uma proximidade que beira a cumplicidade, hahaha!] com reviravoltas de cair o queixo, nós torcemos e nos contorcemos pela vitória desse “pequeno príncipe” em busca de justiça!

Confira a resenha completa no blog Arquivo Passional.

site: http://www.arquivopassional.com/2016/09/resenha-meio-rei.html
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Anderson Tiago 13/06/2016

Padrão Abercrombie de qualidade [INTOCADOS]
Joe Abercrombie é um dos nomes mais importantes do subgênero grimdark da fantasia ou, como é mais conhecido no Brasil, dark fantasy. Por esse motivo fiquei meio reticente quando ouvi falar sobre a série Mar Despedaçado. Isso porque essa trilogia seria voltada para um público mais jovem. Logo, esperava algo muito diferente do que estava acostumado do autor. Se você leu a trilogia A Primeira Lei, sabe que ele não economiza na violência, com cenas bem visuais e não recomendada para pessoas de estômago fraco. Mas até que eu estava bem enganado.

Em Meio Rei acompanhamos a história de Yarvi. Ele é o filho mais novo do rei de Gettland, uma terra situada em torno do Mar Despedaçado, com uma cultura que lembra um pouco os povos vikings. Yarvi é considerado um “meio homem” por ter nascido com uma deficiência. Uma de suas mãos é mal desenvolvida, tornando-o incapaz de realizar ações esperadas de um “homem de verdade”. Desprezado pelo próprio pai por não conseguir responder às expectativas de ser um guerreiro e príncipe digno, o rapaz decide se tornar um ministro - um conselheiro do rei. Tudo muda, porém, quando seu pai e irmão mais velho são mortos em uma emboscada. Ao se tornar rei, Yarvi faz um juramento: vingar a morte de seu pai e irmão.

"– O que foi? – perguntou Yarvi, a garganta apertada de medo.

Seu tio se ajoelhou, apoiando as mãos na palha oleosa. Baixou a cabeça e sussurrou apenas duas palavras, com a voz rouca:
– Meu rei.

E Yarvi soube que seu pai e seu irmão estavam mortos."

No entanto, ele é vítima de uma terrível traição, acaba preso e vendido como escravo. Para conseguir cumprir o seu juramento, Yarvi terá que passar por um verdadeiro calvário e encontrar o respeito que nunca teve como príncipe nos lugares mais improváveis. Mesmo no fundo de poço, Yarvi só pensa em vingança e fará de tudo para consegui-la. Não importam quais sejam as consequências.

O fato do protagonista não ser aquele herói fodão clássico que resolve todos os problemas com o gume de sua espada é algo que torna a leitura bem mais interessante. Yarvi tem uma deficiência e, apesar de ter vários outros talentos, não consegue repetir os feitos de seu pai ou irmão na quadra de treinamento. Em uma sociedade predominantemente guerreira, isso faz com que ele seja visto como fraco e não seja respeitado, até mais por aqueles que deveriam servi-lo. Esse tratamento acaba afetando o príncipe psicologicamente, tornando-o amargo e sarcástico. São várias as vezes que vemos o próprio Yarvi pensar em si mesmo com desprezo e se mostrar sempre na defensiva quando tem que se envolver com outras pessoas. Os únicos momentos que ele se sente bem é treinando para se tornar ministro com a Mãe Gundring.

Os personagens secundários não são tão bem desenvolvidos quanto o protagonista, mas isso é decorrente da urgência narrativa do livro. E é esse o maior diferencial em relação às obras mais adultas do autor, no caso a trilogia A Primeira Lei. Se nela o autor constrói a narrativa detalhadamente, através de vários pontos de vista, e com muita atenção no desenvolvimento do cenário, em Meio Rei tudo é mais direto. A trama gira em torno de Yarvi, sem muita descrição e detalhes, mas com o selo Abercrombie de qualidade. O único ponto negativo foi que percebi qual seria a reviravolta final muito antes dela acontecer. Acredito que o autor não soube esconder bem os indícios e não causou aquele choque que deveria ter causado.

“– Posso até ser meio-homem, mas sou capaz de fazer um juramento por inteiro.”

Meio Rei é o primeiro livro da trilogia Mar Despedaçado, mas também encerra um ciclo em si mesmo. Meio Mundo, a sua continuação, traz outro protagonista e Yarvi em um papel secundário. Apesar de ter uma escrita mais amena do que seus livros anteriores, Meio Rei ainda traz as principais características que fazem de Abercrombie um dos mais geniais autores do gênero fantástico atual: uma história de ritmo acelerado, cheia de ação, personagens realistas, diálogos fantásticos e aquela dose de violência tão característica do autor. É um ótimo começo de uma série promissora.

site: http://intocados.com/
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Jessica599 17/07/2016

Uma aventura para jovens
Com uma narrativa bem rápida e direta ao ponto, Joe Abercrombie nos trouxe uma história de muita aventura e influencias culturais. Em Meio Rei, temos o protagonista Yarvi - filho mais novo do Rei de Gettland - que apesar de príncipe, jamais seria rei, pois tinha uma mão deficiente que o impossibilitou de segurar uma espada durante toda a vida. Entretanto, o destino ousou tomar as rédeas da vida do jovem e ele se viu obrigado a assumir o reinado de Gettland.

No início, Yarvi nos é apresentado como um rapaz fraco e sem carisma. Em alguns momentos, cheguei a pensar "pobre, coitado!", mas no decorrer dos capítulos, Yarvi mostrou que o que lhe faltava em força bruta e habilidade com armas, lhe sobrava em inteligência, sabedoria e poder de persuasão.

Obrigado a assumir um trono, totalmente despreparado para comandar, jovem demais, alvo de piadas devido a sua deficiência, traído e vendido como escravo, Yarvi - movido por vingança - cresce e amadurece de uma forma espetacular. Meio Rei é uma trama repleta de reviravoltas do início ao fim. A cada capítulo, algo novo acontece e você nunca sabe em quem deve confiar. Nada é o que parece e ninguém é aquilo que diz ser.

Já chegando no final do livro, fui surpreendida com o plot-twist. Lembro-me de dizer em voz alta: "o que foi isso, minha gente?", pois algo inimaginável aconteceu e acabou na melhor parte. Diante disso, só posso dizer: cadê o segundo livro??

"Escolha os seus inimigos com mais cuidado do que os seus amigos, eles vão estar com você por mais tempo."


site: www.arosadoprincipe.blogspot.com.br
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Nina 11/11/2016

Meio Rei foi um livro que não chamou minha atenção quando foi lançado. Apesar de adorar fantasia, na época tiveram outros títulos que me atraíram e ele acabou ficando. E agora, com a leitura finalizada, que arrependimento estou sentindo de não ter lido antes!

Yarvi é o filho caçula do rei e apesar do seu status de príncipe, ele é praticamente ignorado por toda a corte. O garoto nasceu com uma deformação na mão esquerda e por isso é incapaz de participar das batalhas, e como o país vive em constante guerra com o reino vizinho, esse é o pior defeito que um homem poderia ter. Entretanto, Yarvi tenta suprir seu defeito físico com inteligência e, já que sabe que não vai ocupar o trono, ele estuda para ser ministro e trabalhar aconselhando o rei. Mas quando seu pai e irmão são assassinados, a coroa cai em seu colo e não lhe resta outra alternativa a não ser assumir o trono.

O pior é que ele acaba fazendo um juramento de vingar a morte do rei, e para poder cumprir seu juramento, terá que aprender duras lições que, até então, não lhe foram ensinadas, como o peso da crueldade e da traição. Ao longo de sua jornada em busca de vingança, o doce Yarvi terá que crescer e endurecer se quiser continuar vivo.

Vocês não imaginam a quantidade de coisas que acontecem nesse livro. Isso que descrevi até aqui é só um pontinha do enredo, muito mais se desenrola na história e, quando você pensa que a coisa não pode ficar pior, o pobre do Yarvi toma mais um lambada. É tanta traição, maldade, humilhação, sofrimento, que o garoto que começa a jornada não é o homem que a termina. E eu sou louca por histórias assim, em que o personagem evolui, se transforma.

Joe Abercrombie tem uma narrativa ágil e envolvente e conseguiu criar um mundo fantástico. Gostei muito da maneira que ele descreveu, sem muita precisão e sem aqueles textos enormes, mas deixando muitos detalhes por conta da nossa imaginação e isso deixou a leitura bem mais dinâmica. O único ponto negativo da narrativa é que eu percebi a reviravolta que viria no final bem antes de acontecer e por isso não causou em mim todo aquele choque que deveria ter causado. Os personagens são muito envolventes, e eu gostei muito de todos eles, até mesmo dos vilões, só senti pelo fato de os personagens secundários não serem tão bem desenvolvidos quanto o protagonista.

Mas o que realmente me atraiu essa história foi o fato de Yarvi não ser não ser aquele herói clássico, super forte e que resolve tudo na ponta da espada. Sua única arma é a inteligência e isso tornou a leitura muito mais interessante para mim. O fato dele ter a mão deficiente faz com que ele não seja desprezado até mesmo entre seus súditos, e isso faz dele uma pessoa amarga e sarcástica.

“- O homem brande a foice e o machado, dissera o pai. O homem move o remo e ata o nó rapidamente. Acima de tudo, o homem segura o escudo. O homem sustenta a linha de combate. O homem permanece ao lado de seu braço direito. Que tipo de homem é incapaz de fazer qualquer uma dessas coisas?
- Eu não pedi para ter meia mão, retrucara Yarvi, encurralado onde se encontrava com frequência, no terreno estéril entre a vergonha e a fúria.
- Eu não pedi para ter meio filho.”

Apesar de fazer parte de uma trilogia, Meio Rei é uma história com início e fim, sem pontas soltas. O segundo livro, Meio Mundo terá outro protagonista e Yarvi como personagem secundário, então para quem não quer começar outra série ou não gosta de finais abertos pode ler sem medo. Repleto de ação, com personagens reais e uma trama envolvente, é difícil não amar esse livro. Leitura mais que recomendada.

site: http://www.quemlesabeporque.com/2016/11/meio-rei-joe-abercrombie.html#.WCYOjC0rLIU
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Emerson 19/10/2016

Divertido
"Posso até ser meio homem, mas fiz um juramento por inteiro."

Talvez eu não tenha gostado tanto quanto gostaria devido a proposta do livro ser voltada para um público alvo que acabou limitando a profundidade dos personagens e a exploração do worldbuilding criado pelo autor.

O livro começa bem e depois fica num ritmo estável. Achei alguns eventos previsíveis, e não consegui me identificar tanto com o protagonista quanto gostaria.

A parte final foi muito boa e deu um UP que o livro estava precisando.
No geral é uma boa história e garante uma boa diversão.
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Bela Lima 18/10/2016

Meio Rei é o primeiro livro de uma trilogia que ainda não decidi se irei ou não continuar.
Yarvi não é um bastardo, ele não é um filho ilegítimo do rei, é pior do que isso; ele nasceu com uma deformidade física na mão esquerda que o dificulta a ser um guerreiro, e, apesar de não ser o herdeiro ao trono, ele continua sendo uma decepção para o Rei. Seu pai.

“Um rei deve vencer. O resto é insignificante.”

“O alimento do medo é a ignorância, costumava dizer mãe Gundring. A morte do medo é o conhecimento. Quando você estuda uma raça de homens, descobre que são somente homens, como quaisquer outros.”

E a única coisa que Yarvi pode fazer é estudar com a Mãe Gundring para ser tornar o próximo Ministro, alguém que dá conselhos ao Rei, auxiliando em suas decisões, porque ele pode ser meio homem, como todos dizem, mas tem um cérebro completo (e maior do que a maioria).

Se tornar um Ministro significa abandonar quem é, abandonar seu nome e sua família, e se tornar Pai Yarvin, e isso é o que Yarvin quer, mas... As coisas não terminam como esperado.

Faltando poucos dias para fazer o teste que decidirá se ele está ou não apto para ser um Ministro, uma tragédia acontece e muda sua vida. Seu pai, o Rei, foi assassinado. E, seu irmão, o herdeiro ao trono, também. O que significa que Yarvi agora é o Rei.

“-O que foi? – perguntou Yarvi, a garganta apertada de medo. Seu tio se ajoelhou, apoiando as mãos na palha oleosa. Baixou a cabeça e sussurrou apenas duas palavras, com a voz rouca:
-Meu rei.
E Yarvi soube que seu pai e seu irmão estavam mortos.”

No leito de morte do pai e do irmão, Yarvi promete fazer os culpados pagarem, nem que seja começando uma guerra, não importando as consequências, só que elas se revelam maiores do que o esperado e suportado, envolvendo traições, sangue e morte.

Meio Rei é um livro de fantasia que não me encantou completamente. Pode ter sido tanto por eu achar lento quanto por estar esperando algo parecido com a Trilogia dos Espinhos (The Prince of Thorns é o primeiro), que tem muito mais morte, sangue e traição. (Nessa ordem).

“Yarvi havia enganado a Morte meia dúzia de vezes nas últimas semanas, mas não importa quanto você seja forte ou inteligente, não importa que os deuses lhe favoreçam no clima e nas armas, ninguém pode enganá-la para sempre. Heróis, Reis Supremos, avós do Ministério, no fim todos passam por sua porta: ela não abre exceção para rapazes manetas de boca grande e temperamento amargo.”

O final me surpreendeu? Sim. Quem imaginaria aquele desfecho? Eu não. E eu gostei da evolução do protagonista, de uma criança a um homem endurecido pelo frio e pelo sangue que o tocou, mas não achei algo completamente veredicto. Foi como se num momento ele fosse um e no outro, alguém diferente; não teve um período de duvida em relação a essa dualidade. E depois há, novamente, uma mudança repentina.

“Quem tinha sido. Menino ou homem? Teria morrido fugindo ou lutado com bravura? Qual era a diferença agora, afinal?”

“Uma vez, depois que seu pai havia batido nele, furioso, a mãe o encontrara chorando. O tolo bate, dissera ela. O sábio sorri, observa e aprende. Depois bate.”

Meio Rei é o primeiro livro de uma trilogia que ainda não decidi se irei ou não continuar. A leitura não foi ruim e também não foi maravilhosa, e o pior é sempre isso, essa duvida quanto ao que fazer. No momento, outros livros têm prioridade.

E a frase que eu mais amei:
"Não quero ficar livre; quero ficar em segurança."

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2016/10/resenha-meio-rei-mar-despedacado-1.html
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Diego 11/10/2016

Empolga no início, mas o final...
Não vou delongar até mesmo para evitar spoiler...
O livro me comprou pela sua premissa, um carinha que é rejeitado pela família, pronto para assumir um função que abre mão de todos os título e direito de repente torna-se rei e totalmente inesperiente (só eu enxerguei um toque de Jon Snow?), daí da o gatilho inicial para o hype... vingança sendo realizada por um estrategista, então você toma varios socos no estômago no decorrer da leitura... confesso que fiquei empolgado demais com a leitura e já imaginando o desfecho e as possíveis continuações, mas aí o autor te dá um final que da vontade de rasgar o livro de raiva e queimar o que sobrar para não ter mais vestígios dele...
Percebi muitas referencia de G.R.R. Martim, mas não com o toque requintado de crueldade dele (quem conhece a história do Nedd Star sabe o que quero dizer).
Por fim, o livro é interessante, rapidinho de ler, mas com o desfecho do primeiro volume, não sei se vou ler os outros dois, a não ser que não tenha mais nada interessante para ler quando lançar os outros, só o tempo poderá dizer.
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umbookaholic 21/09/2016

Parte da resenha do blog UmBookaholic.com
Vamos começar falando da melhor coisa desse livro: o personagem principal. Yarvi vai te fazer chorar e rir. Vai te mostrar que ainda há esperanças pra todos nós. Ele é, sem dúvida, um dos personagens mais bem construídos e carismáticos que já li em toda a minha vida. Eu senti dor com/pelo Yarvi, senti suas tristezas e alegrias, vibrei de emoção quando seus objetivos foram alcançados. Por toda a sua vida ele foi humilhado, tratado como lixo, mas, mesmo assim, ele não esmoreceu. Ver a maneira como ele lida com isso tudo, sempre acreditando que as coisas vão melhorar, é sensacional.

Uma das coisas mais bacanas desse personagem, é a maneira como ele acredita no bem de tudo e ainda assim não é um personagem burro. Yarvi transforma os ensinamentos de Mãe Gundrig (uma espécie de tutora) em arma, é isso é fantástico. O que falta em força física, ele tem de inteligência e coragem.

[ RESENHA COMPLETA EM WWW.UMBOOKAHOLIC.COM ]

site: http://www.umbookaholic.com/2016/08/meio-rei.html
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Fernanda | @psiuvemler 04/08/2016

Psiu, vem ler! | Meio Rei, Joe Abercrombie
Yarvi era um príncipe que, por ter nascido com deficiência em uma das mãos, nunca foi levado a sério como rei ou, sequer, como um bom guerreiro. As limitações sofridas por ele por conta de sua mão lhe renderam diversas piadas de mau gosto, inclusive do próprio irmão. Em uma época onde a força e a coragem eram alguns dos principais indícios de poder, Yarvi deixou a liderança para quem tinha capacidade e começou a estudar para tornar-se ministro, sempre determinado a rejeitar a herança que sua posição designava.
Seus planos corriam perfeitamente como o combinado e todos estavam satisfeitos com a decisão. Yarvi já dominava todos os ensinamentos e mãe Gundring, atual ministra do rei, e estava apenas se preparando para realizar o Teste Ministerial e deixar de vez o título de príncipe para tornar-se o pai Yarvi. Entretanto, a mesma época que via a força como principal característica, também seguia a lei da hereditariedade. Todos os planejamentos futuros foram destruídos quando Yarvi recebeu a notícia de que o pai havia sido vítima de uma armadilha e assassinado pelas mãos dos inimigos. Pela lei, seu irmão herdaria o Trono Negro e governaria Gettland e isso aconteceria se seu irmão não estivesse junto com o pai na emboscada. E assim, de repente, Yarvi se viu obrigado a assumir o trono como rei legítimo. E isso tudo aconteceu no primeiro capítulo...
Meio Rei, primeiro volume da trilogia Mar Despedaçado, é uma história repleta de intrigas misteriosas e reviravoltas impressionantes. Yarvi foi vítima de um golpe praticado pela única pessoa que já lhe demonstrou alguma afeição: seu tio. Todos acreditaram em sua morte e o reino passou por mudanças radicais sob a liderança de Odem. O rapaz foi de rei a escravo de um navio em um piscar de olhos e, diante das circunstâncias e dos descobrimentos que sucederam, ele lutou com garra para cumprir seu juramento de vingar a morte do pai.
Apesar de ter sido uma experiência sensacional, a leitura de Meio Rei só engatou perto da metade do livro. O início foi bem cansativo por conta de excessivas descrições de cenários que, em minha opinião, não eram tão necessários ao enredo. Isso, infelizmente, fez com que a leitura se arrastasse por quase um mês e meio. Mas, em compensação a isso, a partir do momento em que Yarvi se viu forçado a lutar por sua sobrevivência, enganando até mesmo os companheiros do navio acerca de sua verdadeira origem, não consegui mais largar o livro antes de descobrir o que aconteceria ao jovem em sua aventura.
Em parte, foi doloroso acompanhar o modo como Yarvi conheceu como funcionava o mundo além das enormes paredes do castelo. O jovem já estava ciente de algumas coisas, mas passar pela experiência de vivenciar tudo na pele foi algo transformador. E foi isso que fez com que a leitura se tornasse majestosa. Ok, o início foi chato sim e, ok, eu quase desisti (#shameonme), mas Yarvi evoluiu demais durante tudo isso e eu me apaixonei por cada um dos personagens que apareceram nessa jornada.
Queria poder citar e descrever todos os personagens que me encantaram, seja por sua coragem ou pelo seu jeito desprezível, mas acho que ninguém aguentaria, hahah. Nada (esse é o nome do cidadão...) foi alguém que representava muito bem o nome recebido enquanto limpava, incessantemente, o chão do navio no qual Yarvi foi escravo – e que também me provocou diversas gargalhadas. Foi essencial para a história do rapaz e teve um desfecho de vida que me deixou simplesmente embasbacada. Outras pessoas como Jaud e Rulf, companheiros de remo de Yarvi, que se tornaram seus melhores amigos, Shadikshirram, capitã do navio, e Sumael, Trigg e Ankran, almoxarifados e supervisores – escravos com uma condição um pouco melhor – também foram vitais para todo o desenrolar.
O trabalho da Editora Arqueiro ficou incrível. O livro é dividido em três partes, sendo elas O Trono Negro, O Vento Sul e A Longa Estrada, que definem muito bem a viagem do rapaz. Contamos, ainda, com um incrível mapa no início do exemplar, que facilita a definição dos diversos lugares que fazem parte da trama. Confesso que, inicialmente, o que mais me atraiu foi a capa (principalmente as sombras atrás de Yarvi), e depois a sinopse. As ilustrações possuem um acabamento fosco, com exceção do título, que recebeu um destaque. A diagramação segue o padrão da editora sem nenhum ornamento ou detalhe a mais nos inícios de capítulos. Não encontrei graves erros de revisão.
Essa é uma história que eu queria poder contar mais, mas nada do que eu escrever será suficiente para expressar a grandeza que o enredo traz, principalmente nas duas partes finais. É um livro que recomendo para quem curte uma boa aventura, sem muito espaço para romance, com bastante segredos e mortes e uma cultura própria e original muito bem trabalhada. E também para quem gosta de cenários bem detalhados ou que, ao menos, não se incomode tanto com eles.

site: http://www.psiuvemler.com.br/2016/08/resenha-meio-rei.html
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Carol 02/09/2016

Surpreendente
Hoje a resenha é desse livro do Joe Abercrombie que foi o meu primeiro contato com a escrita do autor, que já tem outros livros lançados por aqui. Meio Rei foi lançamento da Editora Arqueiro no mês de Junho, mas solicitei para resenha no mês de julho e não via a hora de chegar para conferir.

A história se passa em um mundo medieval, o Mar Despedaçado, governado pelo Rei Supremo, mas que possui vários reinos cada um com seu próprio rei que responde ao Rei Supremo, é pontuado por disputas políticas e territoriais. Yarvi é o filho mais novo do Rei Uthrik e da Rainha Laithlin do reino de Gettland, mas diferente de seu irmão mais velho e herdeiro do trono, Yarvi não é um guerreiro.

Ao nascer com sua mão esquerda deformada se tornou uma decepção para seu pai e seu povo, mas o que ele não possui em habilidades físicas compensa em inteligência e estuda para se torna Ministro e algum dia auxiliar o Rei. Porém, ao receber a notícia de que seu pai e irmão foram assassinados, Yarvi se vê coroado Rei e precisa assumir responsabilidades que nunca esperara, e tomar decisões duras e difíceis, além da promessa de vingar a morte de metade de sua família.

Mas há traições por todos os lados e uma conspiração para matá-lo faz com que Yarvi fuja por sua vida, mas acaba sendo preso pelo maior inimigo de seu Reino, Grom-gil- Gorm rei de Vansterland, mas sua habilidade e inteligência o levam a esconder sua identidade para sobreviver, mas é transformado em escravo e vendido com uma propriedade.

Passando por situações inesperadas e difíceis, Yarvi luta para sobreviver em um mundo cruel onde os seres humanos fazem as vezes de monstros, e encontra apoio em pessoas totalmente diferentes do que estava acostumado com sua vida tranquila de príncipe de Gettland e precisa se esforçar ao máximo para voltar para casa e cumprir a promessa de vingar sua família.

É uma leitura muito boa, com aventuras incríveis e reviravoltas marcantes! O mundo criado por Joe é fantástico e muito bem construido, mas sem elementos mágicos. Apesar dos elfos terem habitados as terras ao redor do mar despedaçado, há muitos e muitos anos que estes desapareceram, e o único monstro presente na história é o ser humano e a ganancia.

Yarvi à primeira vista é um personagem fraco e covarde, mas conforme o vamos conhecendo percebemos que ele não é feito da mesma fibra de seu pai ou irmão, ele é um jovem pacífico e a rejeição de seu pai sempre o marcou profundamente. É graças a essa natureza pacífica e sua inteligência que ele é direcionado a se tornar ministro e se torna aprendiz de Mãe Gundring, a ministra de seu pai.

Mas conforme a história se desenvolve, Yarvi amadurece e descobre todo o seu potencial, tanto para sobreviver quanto para manipular a situação a seu favor, percebendo que é mais parecido com sua mãe, a Rainha Dourada, do que imaginava. E é esse conhecimento dos ministros, o tempo de estudo com mãe Gundring que o ajudam a sobreviver, mais do que suas habilidades de luta.

A narrativa do autor é bem fluida e envolvente, em terceira pessoa, e os personagens criados são totalmente diferentes em si. Cada um de um lugar diferente ao redor do Mar Despedaçado, com suas características ímpares e muitos nos deixam completamente encantados. Confesso que certas coisas no livro foram totalmente previsíveis para mim, como por exemplo um personagem que é uma incógnita o livro inteiro, desde sua primeira aparição eu adivinhei quem era.

Entretanto a previsibilidade de alguns fatos não diminuiu em nada a qualidade da história, eu estava mais empolgada ainda para ler o final para saber se estava certa e mesmo assim ainda consegui ser surpreendida com outros fatos. =)

Adorei esse primeiro livro e super indico para quem adora uma aventura medieval, cheia de intrigas e traições, assassinato e poder. Já aguardo ansiosa para a continuação e o desfecho da trilogia!

site: http://aventurandosenoslivros.blogspot.com.br/
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Haroldo.Cacciolari 28/08/2016

Exelente livro
Gostei muito desse livro
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Lauro 27/08/2016

Uma aventura magnifica
Meio Rei é um livro incrível, prendeu minha atenção do início ao fim. O livro é muito bom de ler, sem descrições pesadas que o deixem monótono, e o personagem passa por uma série de provações que dão vontade de ler mais e mais para saber o desfecho de cada parte.
No início, somos apresentados ao protagonista, Yarvi, e ao mundo no qual ele vive. A história parece se desenrolar de uma forma e há uma reviravolta que dita o novo rumo a ser seguido.
Outro ponto forte do livro é o desenvolvimento do personagem e suas atitudes humanas, sendo o lado pessoal do protagonista muito bem trabalhado. Yarvi não é um herói infalível, ele não consegue encontrar saídas fáceis para todos os seus problemas e em diversas cenas o leitor espera um desfecho clichê que não acontece. Os outros personagens são interessantes, mas tomam atitudes padrões muitas das vezes.
O autor deixa algumas pistas do desenrolar da trama ao longo do livro, permitindo ao leitor atento adivinhar o que virá, mas não considero isso negativo, pelo contrário, criar diversas teorias e previsões enquanto lê é muito bom.
Recomendo bastante a leitura do livro, é realmente uma obra admirável.
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Juliana 01/08/2016

Meio Rei
"Meio Rei" foi escrito por Joe Abercrombie e publicado no Brasil em 2016 pela Editora Arqueiro. A obra possui 288 páginas e boa diagramação. Como sempre, a Arqueiro fez um ótimo trabalho editorial e revisional. Se há erros ortográficos na obra, os mesmos passaram despercebidos por mim. Além disso, esse é o primeiro volume da trilogia "Mar Despedaçado".


Na obra conhecemos Yarvi, filho caçula do rei Uthrik. Yarvi nasceu com a mão deformada e sempre foi considerado fraco pela família. Num mundo em que as leis são ditadas por pessoas de braço forte e coração frio, ser incapaz de brandir uma espada ou portar um escudo é o pior defeito de um homem.

Todavia, Yarvi é um jovem extremamente inteligente e, por isso, usa a inteligência para estudar para se tornar ministro.

Todavia, o jovem assume o trono por consequência do assassinato de seu pai e seu irmão mais velho e é a partir daí que a trama de "Meio Rei" se desenvolve.

Posso dizer que pela primeira vez me encantei de verdade por uma obra de Joe Abercrombie. Apesar de ser um autor renomado e internacionalmente conhecido, o contato que tive com outras obras do autor não foram lá muito satisfatórios.

Surpreendi-me ao me deparar com uma narrativa envolvente e de escrita objetiva. Nessa obra não há rodeios, é tudo direto ao ponto.

É interessante perceber, também, a evolução de Yarvis durante a história. Ele mostrou o amadurecimento esperado diante de uma situação tão trágica quanto a morte de seus familiares. Acredito que a vingança o motivou a se petrificar dessa maneira...

É uma obra intensa. Fez com que eu sentisse diversas emoções durante a leitura. Estou ansiosa pelo volume dois!! O final é surpreendente e te deixa com aquela sensação de "CADÊ A CONTINUAÇÃO? QUERO PRA ONTEM!"

Indico a obra para todos aqueles que gostam de histórias com reinos, superação e muita ação.


site: http://www.livroseflores.com/2016/08/resenha-meio-rei-joe-abercrombie.html
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Lina DC 01/08/2016


"Meio Rei" é o primeiro livro da série Mar Despedaçado e inicialmente se passa em Gettland. Narrada em terceira pessoa, a trama gira em torno de Yarvi, o filho mais novo do rei Uthrik e da rainha Dourada Laithlin. Yarvi é um jovem culto e curioso que está disposto a entrar no Ministério, pois não é bem aceito por seu próprio pai por ter nascido com uma mão defeituosa.
Enquanto crescia, Yarvi foi humilhado constantemente pelos soldados e todos o enxergam como um problema, um "defeito" ambulante. A única pessoa que sempre o tratou bem é o seu tio Odem e é ele que se torna o seu braço direito quando seu pai e irmão são emboscados e assassinados pelo Grom-gil-gorm, o quebrador de espadas, o fazedor de órfãos. Grom é o rei de Vansterland e o maior inimigo de Gettland.
Com a morte do rei, Yarvi precisa abrir mão de seus sonhos e assumir o trono. Mas será que alguém que nunca foi preparado para o cargo e que não tem confiança em si mesmo será capaz de liderar?
Yarvi assume o trono, começando com uma promessa que mudará a sua vida:

"- Eu, Yarvi, filho de Uthrik e Laithlin, rei de Gettland, faço um juramento! Faço um juramento solar e um juramento lunar. Juro diante d'Aquela que Julga, d'Aquele Que Lembra e d"Aquela Que Aperta o Nó. Que meu irmão, meu pai e meus ancestrais enterrados aqui sejam testemunhas. Que Aquele Que Vigia e Aquela Que Escreve sejam testemunhas. Que todos sejam testemunhas. Que isso sempre me acorrente e me aguilhoe. Eu me vingarei dos assassinos do meu pai e do meu irmão. Eu juro!" (p. 42)

É baseado nesse juramento que Yarvi irá buscar sua vingança, mas que irá se deparar com uma rede de traições e uma grande reviravolta o leva para a segunda parte do livro.
A segunda parte, chamada O Vento Sul. Vento Sul é o nome do navio onde Yarvi se encontra em uma situação lamentável. Ocultando sua verdadeira identidade e passando por situações humilhantes, é nessa parte que Yarvi cresce como personagem. Seu amadurecimento é visível e ele utiliza as lições que aprendeu durante seus estudos. Também é nessa segunda parte que irá aparecer personagens de destaque, que irão acompanhar Yarvi em sua longa jornada.
Sumael é uma navegadora. Inteligente, quieta e perceptiva, tem seus próprios planos e não confia em ninguém.
Jaud e Rulf são dois homens que passaram por muita coisa e mesmo assim conseguem estender a mão e demonstrar bondade e generosidade, apesar de seus comentários irônicos.
E o Nada é um homem misterioso, sombrio e com muitos segredos. Ele vive pelo aço e não teme a morte e tem como arquiinimigo a capitã Edbel Aric Shadikishirram, a capitã do Vento Sul.
Com muita ação, emoção e lutas, chegamos a terceira parte do livro, chamada de A Longa Estrada, onde este grupo improvável de aliados precisa fugir e seguir seus destinos. Essa parte é a mais lenta da obra, onde o grupo terá obstáculos da natureza em seu caminho, sofrendo privações ao mesmo tempo em que estão sendo caçados. Porém, mesmo em ritmo mais lento, temos cenas de lutas e observamos as habilidades de alguns dos personagens.
A quarta e última parte é chamada de "O rei legítimo" e é o momento de grandes revelações e o retorno de Yarvi à Gettland.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. O livro contêm vários detalhes internos e uma capa que combina perfeitamente com a história.

site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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Lu Oliveira 09/08/2016

Um livro que nos mostra que não precisa ser grande para ser bom.
Yarvi nasceu com uma deformidade na mão esquerda, e com isso, não pode ser o príncipe que seu povo espera. Todos o olham torto por causa disso. Conformado com as chances que os deuses lhe deram, ele resolve estudar para se tornar um ministro. Certo de seu destino, ele não esperava receber a terrível notícia de que seu pai e seu irmão foram mortos. De candidato à ministro, ele se torna rei de Gettland, ou meio rei, devido à mão esquerda.

No túmulo de seu pai e irmão ele jura vingança àqueles que destruiram sua família. Não muito tempo depois ele tem que liderar seu exército para um ataque ao inimigo. Só que tanto ele quanto nós leitores vamos ser surpreendidos.

Quem me conhece sabe o quanto sou viciada em livros de fantasia. Asssim que a editora Arqueiro lançou Meio rei, eu fui logo atrás de ler. Fui surpreendida positivamente, pois não esperava que em poucas páginas o Joe pudesse ter escrito um livro tão bom. Yarvi,apesar de ser muito novo, é extremamente inteligente e usa essa inteligência ao longo do livro para escapar das adversidades que ele encontra em seu caminho.

Por causa da mão defeituosa, Yarvi tem muita pouca confiança nele mesmo. O coitado tem uma auto-estima mais baixa que a minha. Algumas cenas dele são até divertidas, e isso, mais a escrita gostosa do Joe, tornou a leitura bem fluída. Ao longo do livro vamos conhecer vários outros personagens que vão dar seu sangue para ajudar a causa de Yarvi. Neles, Yarvi vai conhecer os verdadeiros amigos. Vamos ter também várias surpresas ao longo do livro.

O livro é narrado em 3ª pessoa, a leitura é rápida, a construção de mundo foi muito boa, e os personagens são cativantes. Esses foram os ingrediantes para dar início a esta série.
Não vejo a hora da Arqueiro publicar os próximos livros.

Recomendo!

site: http://cronicasdoslivros.blogspot.com.br
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