Brina.nm 26/07/2016O melhor até agora! Depois de um pouco de decepção (minha) com Fevereiro, Mia embarca para Chicago para ser acompanhante de um Italiano (seria meu ponto fraco?) e eu acabei devorando esse volume em menos de 1h e considerando o melhor livro da série até agora, não só pela jornada da nossa protagonista, mas pelos temas levantados pela autora com o Sr. Março.
Bom, Anthony Fasano é o único homem de uma família tradicional italiana, com uma mama super católica e conservadora, e que adora controlar os filhos. Ele e suas três irmãs controlam uma rede de restaurantes conhecida como a melhor comida italiana do país, e como herdeiro de tudo, sua mãe espera que ele arrume uma mulher logo, e que lhe dê lindos netos para seguir com o nome da família. Tudo isso seria uma imagem muito bela, se Anthony não fosse gay (isso não é spoiler ok?) e além disso já ter um relacionamento de 15 anos com Hector, o advogado da empresa que é considerado um filho para a mama.
Mia é contratada para aliviar o peso nas costas de Anthony, que é pressionado cada vez mais para arrumar uma noiva e filhos, porém com tantas coisas erradas nesse discurso dos parceiros, ela pode acabar atrapalhando ainda mais o relacionamento dos dois, que é tão estável. Como pode ela fingir para uma família inteira que é noiva de Anthony quando o verdadeiro amor dele está sempre ao lado, e sendo Hector tão legal com ela? Como pode uma família tão amorosa não aceitar que o filho seja gay?
Março foi o livro que mais senti profundidade na história de Mia, por mais que sejam poucas páginas, e que os acontecimentos dos 24 dias sejam bem corridos, foi o melhor livro até agora pra mim. A autora coloca as dificuldades de ser gay em uma família rica e tradicional de forma muito clara, e ver o que uma pessoa pode suportar para que a outra seja feliz é bem triste. O peso nas costas de Anthony por não se assumir, não assumir o relacionamento com Hector, não ser completamente feliz quando está com sua família é de pensar muito, principalmente quando levamos em consideração que isso é algo que acontece com muita frequência na vida de várias pessoas reais.
Mia aprende muito sobre o amor verdadeiro quando está com o casal, e principalmente com a família Fasano, que é tão calorosa e cheia de afeto o tempo todo, coisa que ela não estava tão acostumada. Ela também vê com outros olhos o que acontece quando assumimos riscos, que ás vezes as coisas que imaginávamos ser tão complicadas são mais fáceis quando colocamos tudo em panos limpos e nos permitimos ser mais felizes.
Não posso dar mais detalhes do acontece nessa história, mas em poucas páginas pude sentir que a jornada de Mia está fazendo um tremendo bem a ela, e que ela está encontrando pessoas maravilhosas nesses meses, mesmo que não sejam para ‘casos amorosos’. A garota do calendário – março é um livro para ser devorado em poucas horas, e para aprender muito mais sobre a plenitude que a vida pode oferecer quando corremos riscos, independente de sua forma de amar.
site:
http://www.gordinhaassumida.com.br/2016/07/a-garota-do-calendario-marco-audrey.html