Eu Sou Jack, O Estripador

Eu Sou Jack, O Estripador James Carnac




Resenhas - Eu Sou Jack, O Estripador


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Laís 29/10/2022

Eu sou Jack, o estripador
O livro Eu sou Jack, O Estripador, traz o suposto relato da vida do famoso assassino em série inglês.

James Willoughby Carnac, relata os fatos de forma autobiografara 40 anos após os acontecimentos ocorridos no final do ano de 1800.

Em seu relato ele conta a sobre a sua infância, adolescência e idade adulta, relatando de forma concisa como fora todas as fases, até chegar a sua fase adulta, onde sua sede por sangue aflora.

O relato de James é único, te leva de fato a acreditar que se trato do assassino, ele tenta explicar os motivos pelos quais o levou a cometer os crimes, afirmando que tais motivos são de origem genética, uma vez que em sua árvore genealógica há uma vasta linhagem de carrascos, chegando até o seu pai, que em determinado ponto da história, cometeu um crime de homicídio e depois se suicidou.

A história te prende do início ao fim, dando nuances sobre a personalidade do homem e monstrando o seu interesse desde muito jovem por facas e apatia ao sangue.

O que cabe destacar, é que são relatos em detalhes, não sendo indicados para pessoas sensíveis a obras nessa seara.

Para aqueles que gosto de criminologia e descobrir sobre crimes, indico demais.

Mas, deixo aqui o meu questionamento, será que de fato James Carnac foi o assassino mais famoso de Londres? Ou a história não passa apenas de uma ficção? Essa questão deixo para você descobrir lendo esse livro incrível!
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Lila Martins 22/01/2024

Interessante, criativo, mas cheio de falhas e pouco verossímil, tenta tanto se levar a sério que acaba se perdendo no meio.
Se fosse publicado apenas como uma ficção seria muito melhor!
Mas na tentativa de se passar por real, vai se perdendo aos poucos.
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Conchego das Letras 05/07/2016

Resenha Completa
Antes de começar a resenha de Eu sou Jack, o Estripador, preciso dizer que amo ler sobre assassinos seriais e crimes insolúveis. Se não fosse jornalista, queria ser a Rizzoli – dos livros, não a do seriado.

Isso dito, vamos à resenha.

Jack, the Ripper – Jack, o Estripador – realmente existiu. Foi um assassino que agiu em Londres, mais precisamente no distrito de Whitechapel, na segunda metade de 1888 e que nunca foi identificado. Alguns suspeitos foram – e ainda são – apontados ao longo dos anos, mas existe nenhuma certeza da identidade dessa pessoa.

Isso posto.

O livro parte do princípio que existiu uma pessoa chamada James Carnac, que essa pessoa deixou um manuscrito detalhando crimes cometidos por Jack e que ele – James Carnac – é o estripador de Whitechapel.


Bom, como obra de ficção eu achei o livro até interessante, mas levar à sério? Nem em sonho. Por que tia Bel, você é perita criminal, tem conhecimentos forenses ou conheceu o verdadeiro Jack? A resposta para todas essas perguntas é NÃO. Até porque não sou tão velha para ter conhecido o verdadeiro assassino.

Como disse lá na abertura, sou viciada em ler e estudar sobre assassinos em série e nessa pseudoautobiografia temos a confissão de um assassino em série que simplesmente cansou e parou de matar. Oras, de acordo com alguns estudos, serial killers não param de matar: ou eles são capturados – quando se cansam do jogo de gato e rato – ou morrem.


O que me incomoda nesse relato, tratado como não-ficção, é que já li muitos estudos sobre os assassinatos – assim como vi fotos bem “nojentas” dos crimes – e mesmo não sendo criminologista concordo com alguns dos estudos que dizem que não houve UM Jack. Dos cinco crimes atribuídos a Jack, em pelo menos um há provas de que os cortes não condizem com os outros quatro. Claro que a análise foi feita mais de um século depois do crime, através de fotos e anotações. Eu e o técnico podemos estar enganados.

Para quem tem estômago fraco, não aconselho a leitura, assim como não aconselhei Tess Geritsen, que amo de paixão. Papel amarelo, letra altamente legível, diagramação interessante e de fácil leitura. Nota 10 para essa parte.

Se resolverem encarar como ficção, leiam e divirtam-se – cuidado com as imagens, algumas fotos são muito, muito nojentas.

site: https://conchegodasletras.blogspot.com.br/2016/07/resenha-eu-sou-jack-o-estripador.html#more
Arlete 05/04/2017minha estante
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Brenda 24/10/2018

Infelizmente... adorei
Um serial-killer que jamais foi capturado, conhecido pelos 6 assassinatos que cometeu em Whitechapel, em 1888.

Ele já na faixa de seus sessenta anos sabe que sua morte está próxima e resolve documentar sua história para que o Jack Estripador seja revelado como um fechamento necessário em sua vida.

Não se sabe dizer a veracidade dos fatos abordados pois o autor James Willoughby Carnac como se chamava Jack Estripador, não tem registros. Sua existência é uma grande incógnita.

Esses relatos detalhados sobre sua vida e sobre os crimes tem uma riqueza e informações que fazem com que seja tudo questionável.

RESENHA COMPLETA:
aceitacafe.com ?

site: http://www.aceitacafe.com/2018/10/eu-sou-jack-o-estripador.html
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Filino 22/01/2019

Interessante relato de/sobre uma mente criminosa
O tal "James Carnac" seria o famoso Jack, o estripador. Já no século XX e passado dos 60 anos de idade, o autor dos célebres crimes de Whitechapel teria escrito uma autobiografia em que narra sua vida marcada por uma tragédia (perdeu os pais de maneira sangrenta aos 18 anos), uma obsessão (por facas) e uma "Voz" que o acompanhou em momentos cruciais de sua "carreira" - e ao final dela, o que fez essa figura.

A história que cerca o manuscrito não deixa de atender a um enredo de ficção: os papéis foram confiados a uma pessoa - no caso, Sydney George Hulme Beaman, uma celebridade inglesa do início do século XX que fez muito sucesso em um programa para crianças - e, após a morte desta, o manuscrito cai nas mãos de outra pessoa e, finalmente, das duas figuras que o lançaram como livro (Paul Begg e Alan Hicken).

"Eu sou Jack, o estripador" divide-se em três partes, antecedida de uma explicação e, ao final, de três apêndices: o primeiro, escrito por Paul Begg, em que se levantam discussões sobre a autoria do manuscrito, a vida e os ancestrais de Sydney Beaman (e o porquê dessa figura não ser creditada como verdadeira autora da obra); o segundo, com fotografias das páginas datilografadas; o terceiro, com breves informações acerca dos crimes e das vítimas. Há ainda fotos da época, inclusive das próprias vítimas e dos locais dos crimes.

De tão envolvente que a obra é, a questão da verdadeira autoria pode ser relegada a segundo plano. Ainda que o autor afirme que não é literato e não domina a arte de bem escrever, é impossível não se deixar envolver pela atmosfera criada pela obra, bem como no verdadeiro mergulho que o leitor faz no interior de uma mente criminosa, com os cinismos e reflexões curiosas que lhe são próprias. Muito bom!
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girlbetweenbooksandcoffee 25/08/2021

RESENHANDO 'EU SOU JACK, O ESTRIPADOR'.
De 1888 até o ano atual, muitas pessoas alegaram saber quem era Jack, o Estripador'. Aquele que foi, e ainda é, o maior mistério da investigação criminal moderna.

No livro da @editoraseoman, James Carnac alega ser o infame assassino, em um diário escrito à próprio punho.

Aqui, Carnac apresenta um histórico de sua infância até algum período antes de sua morte, e deixa subentendido o motivo de ter assassinado tantas mulheres de uma forma tão cruel.

Acreditando ou não no fato de James ser o assassino, é preciso elogiar o fato de seu diário ser muito bem escrito. Dá a sensação de ter sido escrito para tornar-se um romance de sucesso, ainda que seja sob a sombra de um caso tão horrendo.

A construção de James enquanto criança, até o desfecho do diário é feita de forma profissional e bastante objetiva.

Embora tenha feito a leitura em tempo recorde (para a minha rotina atual), não fiquei convencida de que James Carnac realmente fosse o assassino. Tive a impressão de que ele orquestrou tudo para ficar com a fama de algo que não foi realizado por ele. O motivo de querer assumir a culpa por algo tão sangrento? Jamais saberemos.

Mas, caso ele realmente tenha sido o assassino, foi de um atrevimento sem tamanho ter escrito este livro, e debochar do fato de jamais ter sido pego.

Você já conhecia esse livro? Já leu ou quer ler? Me conta nós comentários!

site: www.instagram.com/pequenasmemoriasliterarias
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Bordiga 28/06/2016

Eu sou Jack, o Estripador - James Willoughby Carnac
Um dos maiores assassinos em série da história? Como ele matava? Porque ele matava? como ele vivia? Onde ele vivia? Afinal de contas quem foi Jack, o Estripador? Todas suas perguntas sobre ele podem ser respondidas nesse livro (ou pelo menos, formar mais perguntas).

Eu Terminei de ler esse livro e fiquei um pouco pensativo sobre o que acabara de ler, pois ele é muito convincente mas ao mesmo tempo duvidoso, então resolvi fazer uma resenha tendendo mais para a minha área profissional (História) afim de conseguir abordar as coisas mais importantes para que você leitor não fique confuso ao ler este livro, caso se interesse por esse assassino sádico.

Como toda autobiografia ela começa com a sua infância, que pelo que li e e pelo conhecimento básico que temos em assassinos em série, foi conturbada, parece também que sua infância pode ter sido em torno de 1860, pois no livro ele cita bem no início que está escrevendo ele aos seus 69 anos que seria em torno de 1928 (isso não é spoiler ok, é evidente no livro) o suposto assassino se nomeou James Willoughby Carnac (seria seu nome verdadeiro? seria um nome inventado para começar a autobiografia, pensando também em não prejudicar sua família que ainda existe?).

Após contar sua infância, ele aborda sua "adolescência" que também não foi calma, ele começa a ter gosto pelo macabro e seus sentimentos parecem começar a sumir e ele por sua vez, a ficar mais frio, já em sua fase adulta, ele vai para a faculdade de medicina (a anos todos acham que Jack pode ter sido médico ou teve conhecimento da anatomia humana, até aí nenhum mistério) no entanto ele mostra seu "amor" insano pela garganta e pelo sangue, e como todos sabem ele começa a matar insanamente no ano de 1888, ele explica como abordou as vítimas, porque matava apenas aquelas e o que fazia depois de matá-las, se você se pergunta se ele dá os detalhes mórbidos de seus assassinatos está enganado, ele apenas conta como as escolheu e como agiu mas não dá detalhes, exceto pelos locais que ele as matou, ele dá detalhes completos, confesso que fiquei muito ansioso em dizer que este livro é mesmo de Jack mas em base no que li não posso afirmar isso, mas não fique triste eu também não posso afirmar que não é dele, ele deixa um ponto de interrogação gigante na sua cabeça.

"- Oh, meu Deus! - vazou uma espécie de grito sufocado por entre meus dedos; e então a golpeei rapidamente para baixo. Senti o corpo dela estremecendo rapidamente e os calcanhares baterem contra o chão de madeira. Golpeei-a de novo e de novo. E então puxei o bisturi..."

No livro você encontra análise de 3 pessoas que o leram em primeira mão, são eles: Alan Hicken, Paul Begg (historiador de crimes), e nas notas explicativas do livros vemos Sydney George Hulme Beaman (ele teria sido o testamenteiro de Carnac, no entanto à controversas que acham que ele escreveu o livro se inspirando na história de Jack, ou que ele era o Jack? É bom vocês lerem o livro e pensarem bem).

No início do livro você tem tem um mapa para consultar os assassinatos e os demais lugares que Jack possa ter passado, na metade do livro você encontra fotos das vítimas e dos locais onde elas teriam sido encontradas, no final do livro você também encontra fotos do manuscrito real para não deixar dúvidas sobre a autenticidade desse livro.

O livro é muito bom, a capa nem se fala... fantástica... A diagramação é bem boa, além disso não encontrei nenhum erro ortográfico, dá a impressão de que foi escrito em uma máquina de escrever, além do livro ser tranquilo de ler em qualquer momento, não é cansativo, primeira vez que li um livro assim e gostei bastante achei extremamente intrigante. Recomendo para os historiadores, não irão se arrepender.

site: http://www.historiaterapia.com.br/2016/06/resenha-eu-sou-jack-o-estripador-james.html
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Tatiana 02/07/2016

Eu sou Jack, o Estripador: a autobiografia do mais famoso assassino da história, de James Carnac
Há determinadas personalidades, reais ou fictícias, que mexem de tal forma com o imaginário popular, que acabam tornando-se inesquecíveis, por mais que o tempo passe. Eu sou Jack, o Estripador - a autobiografia do mais famoso assassino da história, de James Carnac, publicado pela Editora Seoman, traz a história real, em uma obra supostamente autobiográfica, daquele que talvez tenha sido o maior assassino de todos os tempos. E o mais incrível de tudo é que ele nunca foi descoberto. O verdadeiro nome de Jack, nunca se soube. Esse pseudônimo, com o qual o assassino tornou-se conhecido, foi dado a partir da assinatura de uma carta, enviada à Agência Central de Notícias de Londres, em que o autor da carta apresentava-se como o responsável pelas atrocidades cometidas em Whitechapel, distrito londrino. As vítimas de Jack eram prostitutas, que tinham suas gargantas cortadas e seus corpos mutilados e, algumas vezes, os órgãos retirados, o que levava a crer que o assassino tinha conhecimentos consideráveis de anatomia. Em virtude de tanto mistério envolvendo a personalidade do serial killer, surgiram inúmeras histórias e teorias conspiratórias sobre ele. Há vários livros e filmes a respeito, contribuindo para a formação de um mito em torno de Jack, o estripador.

Então, Eu sou Jack, o Estripador não passa de mais um livro sobre o assunto? Não! Na verdade, este livro possui um grande diferencial em relação aos demais, pois trata-se, supostamente, de uma autobiografia, ou seja, seria o próprio Jack, o Estripador, contando a sua história. E quando eu digo "supostamente", quero dizer que, na realidade, não sabemos se é mesmo uma autobiografia ou um romance, um texto ficcional, escrito com base na história de Jack. Tampouco sabemos quem escreveu, já que o autor, James Carnac, não deixou registros de sua existência, o que nos leva a crer que se trate de um pseudônimo. O manuscrito foi encontrado entre o espólio de Sydney George Hulme Beaman, autor e ilustrador que viveu entre 1887 e 1932, e teria sido deixado a ele por James Carnac, em testamento, com uma carta, pedindo que o manuscrito fosse enviado a um agente literário após a sua morte. Ao final do livro, há uma análise do historiador criminal, especialista em Jack, o Estripador, Paul Beeg, que nos traz uma série de informações que podem nos ajudar (ou não) a concluir se o livro é, de fato, uma autobiografia, ou se é um texto ficcional.

James Carnac inicia a sua obra com uma dedicatória que deixa bem claro o seu caráter cínico: Dedico com admiração e respeito aos membros aposentados da Força de Polícia Metropolitana que, a despeito de sua energia e eficiência, me permitiram viver para escrever este livro. De acordo com a história narrada, aos 69 anos, James Carnac, ou, como ficou conhecido, Jack o, Estripador, resolve deixar registrada a sua história, na qual conta como surgiu, ainda na infância, o seu fascínio pelo sangue e pelas facas. Carnac nasce em Tottenhan, em uma família problemática, com pai médico fracassado e alcoólatra. Aos 12 anos, frequentava uma escola dirigida por um fanático religioso. Aos 17, o jovem carnac perde os pais de forma trágica e vai morar com um tio, de quem foge após algum tempo, para não ceder à tentação de cortar-lhe a garganta. Apaixona-se pela jovem Julia Norcote e, após perceber que não poderia viver próximo da moça sem representar perigo a ela, foge da noiva também.

A partir desse ponto, Carnac começa a narrar o seu mergulho nessa vida de crimes. Acompanhamos todo o planejamento minucioso de cada ação de Jack, o Etripador, tudo pensado com frieza, nos mínimos detalhes. Descobrimos, também, a razão pela qual ele parou de cometer os crimes, uma espécie de aposentadoria forçada. E quando pensamos que mais nada poderia acontecer, já que o serial killer encontrava-se velho e impossibilitado de atuar em suas matanças por uma limitação física, temos um final surpreendente. Devo confessar que não cheguei a uma conclusão definitiva quanto ao fato de Eu sou Jack, o Estripador ser ou não uma obra autobiográfica, mas estou bem quedada a achar que se trata mesmo de um texto ficcional, do qual gostei bastante, aliás. O medo que tive foi de que houvesse um excesso de cenas sangrentas, mas isso não aconteceu, é uma leitura muito tranquila, não há cenas fortes, pois não há descrição detalhada dos atos de Jack, o Estripador. Recomendo a obra, sobretudo a quem pretenda conhecer um pouco mais sobre o lado obscuro da alma humana.

site: http://leituras-compartilhadas.blogspot.com.br/2016/06/jack-estripador-autobiografia.html
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Caverna 26/08/2016

Quem nunca ouviu falar de Jack, o Estripador? Com horror, espanto e, até, um quê de curiosidade: "onde viveu? Onde morou? Morreu? O que fazia? O que comia? Hoje, no Caverna Literária".

Começamos o livro não diretamente com a autobiografia, mas com algumas explicações sobre 3 pessoas que tiveram a oportunidade de ter um primeiro contato com o livro. Alan Hicken, do Mantacute TV, Radio and Toy Museum; Paul Begg, historiador de crimes e, além: Sydney George Hulme Beaman, que teria sido o tutor do testamento de Carnac, nosso Jack.
Antes da breve introdução dos três que possibilitaram que os livros chegassem às mãos do público, temos um mapa da região de Whitechapel, onde ocorreram os assassinatos para que o leitor possa se situar durante as passagens que citam nomes de ruas, etc.

O livro começa, então, com a narração de James Willoughby Carnac, assumindo a autoridade dos crimes e contando sua história de vida. O livro é dividido em III partes: o antes, o momento Jack e o depois.
Contando sua história como criança, apesar dos problemas familiares, é possível identificar em Carnac alguns pensamentos que seriam considerados desvios para uma sociedade de bem, como ele gosta de chamar.

Na adolescência, esses desejos estranhos e atração pelo macabro de James pioram e aumentam: ele cria um fascínio por facas, o que o faz ingressar na faculdade de medicina, puramente pelo desejo de dissecar carne humana. Apesar do livro possuir poucos diálogos, a sensação que nos é passada, é que ele tinha contato com poucas pessoas e era bastante introvertido. Chegou a quase noivar, mas foi quando as coisas apertaram um pouco: James começou a ter alucinações e desejos malucos por gargantas pulsantes. Mais especificamente, cortá-las.

Não achem que isso é um spoiler, por favor, porque é meio óbvio considerando tudo que ele fez com suas vítimas. Mas o que me chamou a atenção foi a lucidez da mente de James, mesmo quando sentia um desejo incontrolável de cortar gargantas e enquanto tinha suas alucinações. Ele sabia que não era real, ele conversa com o leitor, o tempo todo, falando sobre como a "sociedade de bem" o julgaria e o que você, leitor, uma pessoa sensata, acharia do pensamento dele. Ou seja, não é alguém simplesmente maluco que acha que está certo: ele sabe tudo o que há de errado, mas encontra sua justificativa dentro disso.

Aqui eis um ponto que muito me chama a atenção: o porquê de ele assassinar prostitutas. Que, em sua concepção, são uma vergonha para a sociedade e para si mesmas, e só podem contribuir espalhando DSTs.

Sendo assim, James assassina sua primeira vítima tentando se livrar um pouco de seu desejo insano de cortar gargantas, para tentar não matar "acidentalmente" um membro verdadeiramente útil da sociedade. Além, a moral dele é tão conturbada ao ponto de quando a polícia prendeu o primeiro suspeito, ele ficou apreensivo porque não queria que um inocente fosse preso em seu lugar.

Os assassinatos, entretanto, não são tão descritos quanto eu achei que seriam. Em partes, talvez, porque o tal Beaman, do testamento, disse ter tirado as partes horrendas. Mas fica aquela dúvida "se ele tirou, por que ainda tudo se encaixa tão bem? Não ficou aquela lacuna?"

O motivo dos assassinatos terem parado me surpreendeu, foi realmente algo que nunca pensei. Achei interessante, mas considerando que não há provas de que James Carnac foi de fato Jack, ou que sequer existiu, tudo deve ser colocado na balança.

Na balança do livro, por fim, de toda a sua história, até a terceira parte, após os assassinatos e já durante sua velhice, fiquei pensando... Existe, também, no final do livro fala dos historiadores para nos ajudar a refletir.

Por fim, não sei. James pode muito bem ter sido Jack, como também pode ter sido que Beaman escreveu o livro a partir das memórias de Jack, o seu conhecido. Por que não? É bem interessante a análise sobre o livro ter sido datilografado em máquinas diferentes, e gostei muito da editora ter usado uma letra que imitasse a datilografia. Mas, no fim, só quem lê pode, sozinho, opinar.

Eu marquei um número de quotes absurdo nesse livro, desde frases absurdas à frases que eu ficava "nossa!"

Aliás, no meio do livro há fotos de algumas localidades e fotografias mortuárias (tenso!) das assassinadas.

É difícil para mim, associar o livro à algo que aconteceu de verdade, talvez por ter sido há tanto tempo. Porém, Jack ou não Jack, ele aterrorizou Whitechapel durante o ano de 1888 e fez suas vítimas: Martha Tabram, Mary Ann Nichols, Annie Chapman, Elizabeth Stride, Catherine Eddowes, Mary Jane Kelly.
Independente da vida que levaram à época, tiveram um fim perturbadoramente trágico e, para trás, restaram apenas memórias e a tristeza da família.

Parabéns à Seoman pela edição gráfica. A capa do livro é SENSACIONAL, eu não consigo parar de olhar pra ela! As páginas amareladas e a escolha da fonte foi sensacional. Poucos erros de digitação foram encontrados, mas a leitura com certeza não foi prejudicada.

Posso apenas indicar a leitura para quem gosta de livros policiais/criminais, já avisando que esse livro é muito mais para tentarmos analisar uma mente perturbada e pesar se James existiu, ou não.

site: http://caverna-literaria.blogspot.com.br/2016/08/eu-sou-jack-o-estripador.html
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Clube do Livro 25/10/2016

Resenha do blog clube do livro e amigos por Katerine Grinaldi (Completa)
Há algo sobre Jack, o Estripador, que o mantêm vivo nas mentes de todos nós: a sua oculta identidade. Acredito eu que com o passar dos anos, Jack vai cada vez mais se tornando um personagem e não realmente um serial killer que assolou Londres em 1888. Podem observar que muitos se perguntam: Jack realmente existiu ou veio de uma obra fictícia?! Nesta autobiografia você vai, não apenas entender que Jack está longe de ser uma ficção, como vai observar tudo do ponto de vista dele.
Vou apenas lembrar mais esta vez que essa obra é uma suposta autobiografia. Bem, só poderíamos ter 100% de certeza perguntando ao próprio. Acho que ninguém teria a ousadia de fazê-lo naquela época, menos ainda agora, afinal, seria necessário um contato com o além. Com certeza, ainda vamos encontrar muitas obras sobre Jack por aí porque, afinal, ninguém nunca foi capaz de encontrá-lo. Ou será que estamos realmente diante do fim deste mistério?
James Carnac, autor da autobiografia que narra suas próprias atividades ilícitas como Jack o Estripador, divide sua obra em três partes e faz questão de deixar bem claro que não é um escritor e que, portanto, não possui qualquer das técnicas que nós autores batalhamos em estudar, porém James surpreende, mantendo você preso e ansioso por cada linha. Cada parte tem um motivo de existir.
Antes de continuar, quero passar algo dito por ele.



Parte I
Conta a vida de James desde criança até a maior idade, onde ele passa a morar sozinho, sustentando-se da quantia recebida de uma herança transmitida ao seu pai e passada a James com a morte do genitor.
Nesta parte não temos uma narrativa enfadonha do tipo: eu brincava de carrinho ou todo dia eu fazia isso e aquilo. James pontua os detalhes que são importantes e decisivos para a sua formação como pessoa. E a cada informação repassada, vamos tecendo nossas especulações dos motivos que o levaram a ser Jack, o Estripador. Você fica se perguntando: foi aquela vez que ele assistiu um porco sendo abatido para um açougue? Sendo esgoelado? Foi o fanatismo religioso da mãe que mais parecia uma coisa de classe do que propriamente um amor a Deus ou aos ensinamentos religiosos? Foram as atitudes do pai? Herança genética? Ou nada disso?

Acredito eu que, mesmo tendo Jack escolhido os seus próprios motivos para suas atitudes, caro leitor, você pode continuar especulando aquilo que de fato o levou até lá. O que entendo é que James ou Jack, vou chamá-lo das duas maneiras, era alguém que assassinava e cabia a ele tentar se compreender, mas isso não significa que sua autoanálise tenha sido a correta. Compreende? Talvez seja a razão que o fizesse se sentir mais justificável.
Desde a primeira parte, Jack já demonstra uma capacidade analítica impressionante da sociedade. Volte ao aviso que dei anteriormente para entender que mesmo mentes assassinas podem ser inteligentes. E confesso, sem vergonha alguma, que a visão que ele tem da ‘humanidade’ é em muitos pontos parecida com a minha.
James consegue observar o quanto de hipocrisia há na sociedade, consegue detalhar comportamentos humanos que nós mesmos não fazemos. Já parou para pensar por que temos aversão à sangue? Será que você tem mesmo aversão ao sangue ou ao que ele representa?
E é nesta primeira parte que ele nos mostra como tudo realmente começou, como descobriu que poderia ser uma mente anormal. Sabe o que é mais incrível? Que Jack não se faz de vítima, ele entende perfeitamente que é errado, compreende que seus desejos não o tornam uma pessoa comum. A questão ruim é o modo como ele lidou com isso, não é mesmo?




Parte II
A segunda parte talvez seja a mais atrativa para os leitores porque é o momento em que James resolve confessar seus crimes. Apesar de não ser escritor, como já comentei anteriormente, ele finaliza a primeira parte de maneira direta, preparando o leitor para o início desta nova etapa de sua vida, onde já inicia sua narrativa com o momento marcante que o levou a tomar a atitude de matar. Entenda que até o momento havia apenas o desejo e, depois deste ápice, o que era apenas um querer transformou-se em realidade.
As opiniões de James continuam tão ou mais inteligentes do que antes e, nesta parte, ainda continuo me identificando com ele em muitas observações. Já repararam no quanto nossa sociedade é contraditória? No quanto nossa sociedade é celetista? Jack retira vidas, ok? Mas até que ponto a sociedade realmente considera a vida como sagrada? A vida de um animal é sagrada? Ou somente a humana?! Por que condecoramos nossos soldados por matarem seus inimigos? Por que nos preparamos para guerras? Por que criamos armas? Queremos preservar a vida, queremos a paz, mas o que fazemos pelos nossos desejos? Nada. Absolutamente nada. Nós continuamos repetindo tudo que já nos é dado como certo: preparar soldados, possuir as melhores armas, matar animais com requintes de crueldade... Alguém realmente levantou a bandeira branca?
Podemos observar também o quanto a mídia auxilia, de certo ponto, um assassino. Foi através de jornais que noticiavam crimes e julgamentos que James conseguiu estabelecer um plano. Se você sabe como a polícia pode lhe pegar, não se torna fácil escapar dela? Pense bem... Basta você analisar todos os furos que levam à revelação da identidade do assassino e não praticá-los. Ficou fácil para Jack, bastava que ele fosse calmo, natural e agisse com frieza. Você acha isso difícil para alguém que tem coragem de matar?
Até hoje vemos isso: a imprensa noticia onde a polícia fará uma inspeção, onde vai acontecer uma invasão à procura do criminoso X, e realmente acreditamos que o X vai estar lá esperando sentado? É sério?! Se acreditamos nisso, X é muito burro, seria simplesmente mais fácil se entregar, né? Daria até para reduzir a pena.
Então, depois de estudar os métodos necessários para manter sua identidade oculta – o que funcionou, não é verdade? – Jack parte para a execução dos seus planos. Até neste ponto, ele vai surpreender o leitor com o motivo pelo qual o levou a escolher prostitutas. Acredito eu que muitos devem pensar que o fanatismo da mãe o fez enxergar essas mulheres como a escória da sociedade, ou talvez outros acontecimentos em sua infância. Pasmem. Vocês não vão conseguir adivinhar. Entretanto, posso dizer que a escolha condiz perfeitamente com a personalidade dele que já vem sendo detalhada nesta resenha.
Quero deixar claro que não concordo com as atitudes dele! Por favor, não confundam as coisas. James demonstrou durante a autobiografia uma personalidade incrível, cheio de pensamentos e observações inteligentes ainda mais levando em conta a época em que viveu, até as escolhas das prostitutas foi realmente surpreendente, mas isso não faz com que eu aprove ou concorde com as atitudes tomadas por ele. Continua sendo errado. Digamos que você, leitor, consegue apenas entender sem necessariamente julgá-lo. O que também é um pouco difícil na sociedade, né?! Muitos adoram levantar os dedos para os próximos, mas não fazem isso quando estão de frente para o espelho.
Na execução dos assassinatos, James conta com mais detalhes a caçada, ou seja, a busca pela vítima perfeita, pelo local perfeito, pelas circunstâncias perfeitas, deixando poucos detalhes para o momento do homicídio em si. Conta também seus sentimentos ao fazê-lo. Em determinado ponto da narrativa, há uma situação complexa e confusa, algo que acontecia na mente do JACK. Você vai entender depois.
A segunda parte finaliza com seu último assassinato, em 10 de novembro. O mais sanguinário, na minha opinião. E descobrimos o motivo pelo qual Jack parou de atuar.
É importante lembrar também que nesta parte entendemos de onde vem o apelido Jack, o Estripador, e algumas revelações sobre mensagens deixadas pelo assassino. Vieram mesmo dele?



Parte III
Sinceramente não sei muito o que falar da terceira parte. Digamos que notei uma diferença na narrativa dela para as anteriores e, ao ler o apêndice, acho que confirmei minhas dúvidas, apesar de que nada neste livro possa ser de fato confirmado, é claro.
A partir daí, vemos um Jack que não mata mais, que passa a viver seus 40 anos após o último assassinato de maneira comum. É o momento da sua vida no qual ele decide escrever o manuscrito contando tudo afim de deixá-lo a cargo de seu testamenteiro de modo que possa ser publicado após sua morte. Vemos que Jack, o Estripador, já havia virado uma figura representada em filmes, vemos o aumento das narrativas policiais (momento em que surge Agatha Christie), vemos a sociedade mudando um pouco.
Porém, nesta parte há um ar de lição de moral, o mesmo que encontramos ao final de um conto de fadas, o mesmo que encontramos na ficção. Parece que James quer nos dizer algo com as situações que narra como importantes deste período de sua vida. Talvez mostrar o quanto suas ações cruéis tenham influenciado pessoas que nem imaginava, induzindo certo arrependimento por parte dele. Também há quase uma trama policial no final do livro. Diante de uma situação de risco, James precisa tramar um homicídio bem diferente dos que costumava tramar e bem... você precisará ler para saber porque não posso entregar o final. Confesso que estou ansiosa para trocar figurinhas com outros que tenham lido este livro ou que venham a ler.
É uma história enriquecedora sob vários aspectos, a maior parte deles já citei anteriormente, e vem da própria personalidade do James. Há também um ganho cultural já que através dos olhos dele podemos ver a Londres da época, podemos ver a sociedade daqueles anos e, infelizmente, observar como muitas mentalidades ainda não saíram de lá. Foi uma das melhores leituras que fiz neste ano, ou até mesmo na minha vida. "Eu sou Jack, o Estripador", ganhará um espaço especial na minha estante com toda a certeza.



Como esse manuscrito surgiu?

Achei importante finalizar a resenha explicando como essa autobiografia surgiu. É um breve resumo. James preparou seu manuscrito e o deixou a cargo do testamenteiro, alguém que na época era um ilustrador famoso e que, por coincidência, veio a conhecer James Carnac no clube. Entretanto, este ilustrador morreu cedo e o manuscrito, guardado em sua cômoda, foi leiloado para o Radio and Toy Museum, de propriedade de Alan Hicken. A partir daí, podemos voltar para a primeira parte, ok? (rs).

OBS: Quero dizer também que achei oportuna a colocação das vítimas nas últimas páginas com o intuito de mostrar que, apesar de qualquer coisa, Jack O Estripador foi um assassino que vitimou mulheres em 1888.
OBS 2: Não encontrei erros de revisão! Uau!


site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2016/10/outubro-sangrento-resenha-eu-sou-jack-o.html
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Peterson 08/07/2018

Muito bom
Narrado em primeira pessoa o livro te prende do início ao fim. Suposto Jack Estripador (James Carnac) nos conta o pq começou a assassinar garotas, porém de uma forma não sanguinolenta, pois não entra em detalhes de como "operava" as vítimas. Em muitos momentos o livro é perturbador nos faz entrar na mente de um serial killer. Agora se James Carnac foi realmente Jack... é melhor ler e tirar suas próprias conclusões. O que posso dizer é que o livro é bastante intrigante, uma obra para ser consumida em poucas horas.
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dayukie 11/12/2019

Resenha completa no blog
"[...]
O fato é que o livro, sendo real ou não, é realmente incrível! Narrado em primeira pessoa, vemos o fascínio de Jack por sangue, algo que surgiu antes mesmo de se dar conta sobre a disfuncionalidade da própria família e nos oferece informações importantes até chegar no momento em que começou a planejar friamente cada estripamento de forma melindrosa, o que nos leva as mais diversas sensações desde a curiosidade até a repulsa.
Adianto que para quem gosta da temática, esse livro é super indicado, porém, não me convenceu como autobiografia, tive a sensação de ser apenas uma pesquisa extremamente exaustiva e minuciosa a respeito do serial-killer e uma tentativa de instigar o leitor a dar ao autor o benefício da dúvida com relação a sua verdadeira identidade.
O fato é que o livro foi escrito por alguém usando de um pseudônimo e que possui uma vasta experiência e conhecimentos de escrita profissionais que convencem, nós leitores que os relatos vieram de fato de uma mente psicopata e cruel.
Não encontrei nenhum erro ortográfico, a diagramação está impecável, pois é como se o autor tivesse utilizado uma máquina de escrever para registrar sua história, a capa está incrível e muito bem feita, o que só me atraiu mais a querer ler este livro. Além de claro, a temática ser algo que gosto muito.
O livro também oferece um mapa de Whitechapel com a marcação dos lugares onde os assassinatos ocorreram, ilustrações de lugares, fotos de vítimas, cópias do manuscrito (em inglês) o que, de alguma forma, nos faz ter credibilidade na trama toda em si.
Recomendo a leitura!"

Resenha completa no blog

site: http://bit.ly/EuSouJackOEstripador
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Livros Livres 30/09/2021

Um ótimo livro! Leitura rápida.
Senti falta de mais detalhes.
Resenha completa dele lá no instagram do projeto livros livres.
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