Prima Phillis

Prima Phillis Elizabeth Gaskell
Aline Cristina Moreira




Resenhas - Prima Phillis


12 encontrados | exibindo 1 a 12


Tamires 30/05/2018

Prima Phillis, de Elizabeth Gaskell
Prima Phillis, de Elizabeth Gaskell, foi lançado em português no formato digital há pouco mais de um ano pela Pedrazul Editora. Embora eu seja extremamente fã da autora inglesa e tenha decido ler tudo e qualquer coisa escrita por ela desde que traduzida para o português (enquanto o meu inglês não permite voos tão altos), alguns títulos já publicados ficaram no limbo, ultrapassados por outras leituras e afazeres. Felizmente, domingo passado, tirei algum tempo para ler Prima Phillis. Não sabia tanto da história, já não me lembrava da sinopse e foi maravilhoso ir descobrindo detalhes e me deixando levar pela narrativa sempre viciante de Gaskell.

Prima Phillis foi publicado originalmente em 1864. É uma novela narrada em primeira pessoa pelo personagem Paul Manning. Funcionário de uma ferrovia, ele se vê próximo a alguns parentes de sua mãe e, a pedido dela, passa a visitá-los ocasionalmente. Phillis é prima de Paul, filha única de um clérico-fazendeiro e de uma modesta dona de casa. A jovem moça e o pai têm em comum o amor aos livros e às línguas clássicas, o que surpreende e até incomoda um pouco Paul. Uma jovem vitoriana conhecedora de grego e latim? Um verdadeiro disparate!

Phillis, apesar de sua inteligência, é inocente e até infantil. Seus pais, como natural, tratam-na como um tesouro valioso, e acabam ressaltando ainda mais o caráter pueril da moça. A rotina da família na fazenda Hope era tranquila e previsível. Cada qual cumpria com seus afazeres e havia paz naquele lugar. Até que um dia Paul, que era deslumbrado com a perfeição de seu chefe na ferrovia, Mr. Holdsworth, resolve levá-lo até a fazenda, a fim de apresentá-lo à família Holman. A partir daí as coisas começam a mudar, conforme a família passa a admirar, sem reservas, o visitante.

“Minha prima Phillis era como uma rosa que floresceu totalmente no lado ensolarado de uma casa solitária, protegida contra tempestades. Li em algum livro de poesia:

‘uma donzela que não tinha ninguém para elogiar, e poucos para amar.’

E, de alguma maneira, essa frase sempre me faz lembrar de Phillis, embora elas não fossem verdadeiras a respeito dela também.”

Tenho lido, internet afora, algumas críticas à Prima Philis, no sentido de ser um livro razoável, mas que não mostra a genialidade de Elizabeth Gaskell. Certamente, Margaret Hale (Norte e Sul) e Esposas e Filhas estão em um patamar diferente, até por serem romances, histórias maiores e com (ainda mais) sutilezas as quais a autora conseguiu ser pontual e pertinente em suas obras. Se você ainda não leu nada de Gaskell, eu sugeriria o seguinte: em algum momento, leia Margaret Hale (Norte e Sul) e Esposas e Filhas, pois são romances indispensáveis para quem pretende ler ou já está lendo o cânone de literatura inglesa. Mas não pare neles! Charles Dikens, volto a repetir, não errou quando disse que Elizabeth Gaskell era uma verdadeira Sherazade. É simplesmente impossível abandonar um livro da autora. O enredo pode ser o mais simples, como no caso de Prima Phillis, que tem um final até certo ponto previsível, mas ela te envolve e você precisa ler só mais uma página para ver o que acontece, até que chega ao final.

Eu adorei Prima Phillis. A novela é um retrato do que a vida pode ser, de que nem sempre temos controle sobre nossos sentimentos e sobre as pessoas. Terminei melancólica que só vendo… mas uma melancolia boa, de satisfação por ler mais uma história bem escrita de uma das minhas autoras favoritas.

site: http://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-prima-phillis-de-elizabeth-gaskell/
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Dri 01/05/2021

Uma novela de Elizabeth Gaskell
Nessa novela acompanhamos Paul, um jovem assistente de engenharia, que ao trabalhar na construção de uma estrada de ferro no interior da Inglaterra do século XIX, aproxima-se de seus parentes, os Holman. Lá, faz amizade com a jovem Phillis, sua prima. Phillis é muito inteligente e foi educada pelo pai, um clérigo estudioso. Paul então, apresenta o engenheiro Mr. Holdsworth aos parentes. À partir daí nasce uma amizade improvável entre o engenheiro cosmopolita e poliglota com os Holman, fazendeiros reclusos do interior, mas fascinados por conhecimento. Achei um belo retrato da sociedade da época, e mostrou bem como a mesquinharia das fofocas também estava presente nas áreas rurais, e não apenas nos salões de baile londrinos. Achei o final um pouco abrupto. Parece que era para ter uma continuação, mas não teve. Leitura rápida para quem gosta do gênero. Recomendo.
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Rafaelle 09/05/2018

Fraco
Considero Elizabeth Gaskell genial desde que li Norte e Sul. Então depois li Esposas e Filhas e minha admiração pelo trabalho dela só aumentou. Gaskell tem a capacidade de nos prender na leitura com situações simples do cotidiano, sem precisar de grandes acontecimentos para que a leitura flua. Ela constrói personagens sólidos, profundos.

Quando vi que a Pedrazul ia lançar Prima Phillis fiquei louca pela história. Já adianto aqui que imaginei algo totalmente diferente do que o livro de fato é. E talvez foi aí que me decepcionei. Esperava mais conflitos devido à inteligência de Phillis, esperava mais paixão, esperava muito mais. E Prima Phillis é um livro suave sobre a vida como ela é, sem dramas enormes. Não gostei do rumo que a história tomou e menos ainda como terminou. Dou três estrelas porque mesmo não gostando da história, não conseguia parar de ler enquanto não soubesse o final. E esse sempre foi o forte de Gaskell pra mim: não dá pra largar um livro dela pela metade, ela consegue te prender por completo. Porém, caso você nunca tenha tido contato com a autora, não recomendo começar por esse livro, ele não mostra nem metade do potencial de Gaskell.
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Janaina Battisti 26/11/2021

Essa história mostra que devemos olhar com mais atenção para aquilo/quem realmente importa.
As vezes, por estarmos encantados com algo ou alguém, não notamos o que está acontecendo ao nosso lado, assim foi com Vigário, assim é com inúmeras pessoas.
Mas isso se aplica não só ao encantamento, mas com tudo em nossas vidas, seja trabalho, estudos, sonhos. Um sentimento que tive ao terminar essa leitura: ?olhe? mais e com mais atenção para os ?seus?.
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ramiromat 25/06/2022

Ai ai, o peso das palavras. A história é observada por Paul, que indo morar numa cidade, conhece os primos de sua mãe, acaba levando um amigo para visitá-los, este se apaixona pela prima Phillis e é correspondido, mas ele se afasta e tudo se desenrola. Acredito que na inocência do Paul, ele foi sincero e não o culpo por ter dito o que achava ser o certo (para a Phillis). Fiquei com raiva dos pais da moça, pois se acomodaram na forma de criá-la e não foram mais abertos com ela. Mais raiva ainda tive dos colegas do vigário. É a mesma situação que aconteceu em A pedra da Lua: nos momentos de provação, o que menos queremos é que levem para caminhos de obsessão religiosa. É uma leitura bem prazerosa e interessante.
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Gabriella440 28/02/2024

Prima Phillis não é uma história de amor, como eu esperava, portanto houve uma quebra de espectativa sobre a qual l, assuma mea culpa.
É a terceira obra que leio de Elizabeth Gaskell, e foi a que gostei menos, apesar de não poder dizer que é ruim.
Assim como em Cranford, temos um narrador personagem que nos conta a história de outras pessoas, que tem uma única ação decisiva na trama, para o bem ou para o mal.
Senti falta de um maior protagonismo da inteligente Phillis, como a Margareth, de Norte e Sul, e um desfecho melhor para ela.
No geral, é uma obra que nos mostra um interessante cenário da sociedade rural da época, contrastando com a ferrovia e as novas invenções, assim comoos estudos e a religião.
Nos leva a pensar sobre o poder de palavras não refletidas, o quanto devemos deixar que as ações de terceiros nos afetem.
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Taci.Souza 11/01/2019

"Devemos ter precaução com um homem quando ele é muito cativante. Alguns homens fazem isso tão fácil e inocentemente quanto os pombos arrulham."
...

Ambientado em meados do seculo XIX, Prima Phillis de Elizabeth Gaskel, retrata a pacata vida em uma comunidade rural no interior da Inglaterra. Através de uma narrativa leve e envolvente o leitor é levado a acompanhar o dia a dia de uma típica família interiorana inglesa, cuja rotina sofre uma significativa alteração com a chegada de um primo distante e seu amigo com ares estrangeiros.

A protagonista que dá nome à trama, é uma jovem sensível e delicada, dotada de uma inteligência afiada e curiosa sede de conhecimento. Tais características fogem um pouco dos padrões impostos às mulheres da época, e se tornam alvo de alguns julgamentos. Em mim, essas particularidades despertaram simpatia e admiração pela personagem, embora meus sentimentos tenham se tornado mais brandos, a medida que esses aspectos perdiam intensidade com o desenrolar da trama.

Ainda assim, a leitura desse livro se mostrou uma experiência agradável e aconchegante.
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Keylla 05/06/2019

Para que não leu Gaskell: não comece por esse livro.
Sou uma grande admiradora da literatura inglesa, mas admito: não conhecia Elizabeth Gaskell. Dickens era fã de Gaskell e a considerava sua "querida Scherazade", uma referência à esperta rainha árabe que é a contadora de histórias das Mil e Uma Noites. Gaskell, que viveu na Era Vitoriana, foi uma mulher à frente do seu tempo: explora temas de pobreza, relações de trabalho, exploração sexual, ilegitimidade e falta de moralidade na prática do ostracismo social. E eu não havia lido nada e comecei por Prima Phillis. Acredito que não fiz uma boa escolha de início.

Prima Phillis foi publicado em 1864 e é narrado por Paul Manning, um funcionário de uma ferrovia, que ao resgatar seu parentesco materno estreitará os laços familiares com visitas ocasionais à fazenda desses parentes. Phillis, é prima de Paul, filha única do um clérigo-fazendeiro e de uma dona de casa. Ela é inteligente, culta e adora livros, o que acaba incomodando Paul. Um despautério uma mulher saber italiano, grego, essas línguas que ele mal conseguia diferenciar uma da outra!

Phillis, é uma mocinha romântica e um pouco infantilizada até porque seus pais a tratam como uma jóia preciosa, e acabam ressaltando essa característica dela. Paul aumenta as idas à fazenda e tudo era calmo e tranquilo Até que um dia Paul, que admirava a perfeição de seu chefe na ferrovia, Mr. Holdsworth, resolve levá-lo até a fazenda, a fim de apresentá-lo aos seus familiares. O que Paul não esperava é que a família fosse admirar seu chefe, e que este, fosse se interessar romanticamente por Phillis.

Não é um livro ruim, mas não amei. Porém, senti falta de um protagonismo maior de Phillis. Ficamos sabendo dela apenas pela visão do narrador, e isso acaba sendo cansativo. Não vou desistir de Gaskell. Já tenho outras obras da autora para ler. Minha sugestão para quem quiser ler Gaskel é: não comece por esse livro.
Mrs. Helena Hawthorn 06/06/2019minha estante
Eu comecei por Norte & Sul. É a maior obra dela, vai por mim, vale muito a pena. O Chalé de Morland também é incrível! Mas este aqui é muito fraco mesmo.


Keylla 06/06/2019minha estante
Oi, Helena! Até comentei na tua resenha isso... Devia ter começado com Norte e Sul mesmo, como não tinha o livro em mãos fui na Prima Phillips ? Assinei o Kindle unlimited e vou ler sua indicação. Muito obrigada!


Mrs. Helena Hawthorn 08/06/2019minha estante
Magina! (Eu não tinha visto seu comentário na minha resenha, eita kkk). O Chalé de Morland é curtinho e muito bom. Às vezes vai dar raiva da protagonista por ser boazinha demais, mas foi um livro que me prendeu bastante e aprendi muitas coisas. Eu li Cranford e também não fiquei fã dessa obra, é bem fraquinha também. Eu tenho agora para ler Mary Barton, ouvi falar que é muito bom e parecido com Norte & Sul.


Keylla 09/06/2019minha estante
Puts, comprei Cranford kkkkkkkkkkk Oremos! Vou ler Norte e Sul e Esposas e Filhas tb ... Depois te falo o que achei. O chalé de morland já está nos meus desejados. Tem alguma outra escritora inglesa que vc gosta ou esteja lendo?




Livros da Julie 03/11/2019

Sutil lição
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"Eu estive à beira de desgostar dele uma ou duas vezes, receio, por culpa de afirmações aleatórias e expressões exageradas, do tipo que usamos com todos, e as quais não pensamos a respeito; mas tentei me policiar quando notei como isso chocava o bom homem; e realmente isso é um exercício sadio, tentar fazer com que as palavras de uma pessoa representem seus pensamentos, em vez de simplesmente observar o efeito que essas palavras causam a outras pessoas."
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"Eu tinha poucas esperanças. Os mesmos dias felizes não voltam."
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Paul Manning é um jovem sério, que sente muito orgulho por ter iniciado sua vida profissional cedo. Ele começa a trabalhar na construção de ferrovias em Heathbridge, no interior da Inglaterra. Dedicado e com grande potencial, ele faz amizade com seu chefe, o charmoso e sofisticado Mr. Holdsworth, a quem admira e busca aceitação.

Durante sua estada na cidade, descobre que possui parentes de sua mãe morando ali e decide prestar-lhes uma visita. Não imaginava, porém, que se veria encantado por sua prima Phillis, jovem recatada, mas muito sagaz e inteligente, por quem passa a nutrir grande afeição.

Satisfeito com a tranquilidade e a paz proporcionadas pelo tempo passado no campo e pelo convívio próximo com seus parentes, convida seu chefe a conhecê-los e compartilhar esses bons momentos, o que, sem querer, muda completamente o destino de Phillis.

O livro nos faz pensar sobre esses "acasos" do destino, as reviravoltas da vida e o nosso papel nesse desenrolar; o quanto que, conscientemente ou não, temos influência sobre as consequências de nossas ações ou o resultado final, o tanto que uma palavra dita ou um sentimento omitido pode vir a mudar tudo.

O que delineia o começo de um belo romance logo se transforma em um drama finamente construído. A autora nos deixa com o coração apertado à medida que a história se desenrola, mas traz uma mensagem final de superação e necessidade de tomarmos as rédeas de nossa vida.

site: https://www.instagram.com/p/B4V4hdyjKBV/
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Stefania 31/12/2022

Segundo livro da autora que tenho contato.

Uma pena Elizabeth Gaskell não ser tão conhecida nem divulgada como Jane Austen.

Este pequeno livro me surpreendeu.
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Mrs. Helena Hawthorn 26/05/2019

Chatinho...
Totalmente desapontada com esse livro! Eu não tirei nenhum aprendizado sequer dele. Muito fraco e, atualmente, o livro que menos gostei da Gaskell. Não recomendo a ninguém começar a ler Gaskell por essa obra.

O problema desse livro é que um personagem extremamente chato e com pouco o que mostrar ao leitor é o nosso narrador. Paul não tem acesso aos bastidores do que está de fato acontecendo com sua prima Phillis, nós ficamos apenas sabendo a sua opinião.

Phillis também é uma personagem muito fraca, não fala quase nada, mal há falas dela no livro.

O livro é extremamente chato, não gostei =(
Keylla 05/06/2019minha estante
Puxa, queria ter lido tua resenha antes. Quis começar a ler Gaskell e comecei por esse livro. Tive as mesmas percepções que vc. Achei chatinho e faltou focar na Phillis, ter um protagonismo maior. Mesmo assim não vou desistir da autora.




Karoline67 17/03/2022

Mano...
Eu fiquei um pouco confusa em 80% do livro. O nome é Prima Phillis, mas na verdade é um romance em que ela é quase um pombo. Achei a história fraca, várias vezes irritante e com final meio ruim. Não foi a melhor escolha começar Gaskell com essa leitura...
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