Notas de um Megalomaníaco Minimalista

Notas de um Megalomaníaco Minimalista Matheus Peleteiro




Resenhas - Notas de um Megalomaníaco Minimalista


11 encontrados | exibindo 1 a 11


regis 18/03/2023

Um livro muito peculiar de bom.
Eu estou com milhares de opiniões mas não consigo pôr pra fora. Que livro extremamente lindo.
Me senti representado em quase todos as opiniões dos personagens.
Uma obra prima.
comentários(0)comente



Gabriel Perez Torres 05/04/2024

Reflexões sobre a insignificância humana
"Notas de um Megalomaniaco Minimalista" é uma obra que se destaca pela sua capacidade de mergulhar nas profundezas da introspecção humana, oferecendo ao leitor uma viagem íntima pelas incertezas e contradições da mente de seu protagonista. Matheus Peleteiro nos apresenta um narrador que flutua entre o grandioso e o trivial, buscando sentido em uma existência marcada pela efemeridade e pelo medo do esquecimento.

O livro é construído a partir de reflexões que vão desde o valor das pequenas alegrias cotidianas até questões mais amplas sobre o papel do indivíduo em um universo indiferente. Através de diálogos e encontros aparentemente simples, Peleteiro discorre sobre temas como amor, arte, vícios e a busca por um propósito. Em meio a isso, a obra não se esquiva de abordar a angústia e o niilismo, pintando um retrato crítico da sociedade contemporânea e da constante luta do ser humano para atribuir significado à sua existência.

O autor faz uso de uma prosa poética, carregada de metáforas e simbolismos, para explorar a complexidade das emoções humanas e a incessante busca por autoconhecimento. A narrativa, embora permeada por um tom melancólico, não deixa de oferecer momentos de luz e esperança, sugerindo que, apesar da insignificância individual diante da vastidão do cosmos, ainda há beleza e valor na experiência humana.

"Notas de um Megalomaniaco Minimalista" é uma leitura desafiadora, que exige do leitor não apenas a atenção aos detalhes, mas também a disposição para enfrentar suas próprias inquietações. Peleteiro consegue, com maestria, fazer com que suas reflexões sobre a vida, o amor e a morte ressoem de maneira profunda, marcando o leitor com questionamentos que persistem muito após o término da leitura. A obra é um convite para olhar para dentro de si mesmo, reconhecendo a vastidão do próprio universo interior, tão complexo e contraditório quanto o mundo ao redor.
comentários(0)comente



Rafael Mussolini 15/07/2020

Notas de um megalomaníaco minimalista
"Notas de um megalomaníaco minimalista" do Matheus Peleteiro (Edição do autor, 2019) é um livro que nos coloca numa espiral onde você não tem escolha a não ser refletir sobre a vida. Ouvimos muito que a verdadeira busca pelo entendimento, pelo conhecimento e saberia não se dá necessariamente pelas respostas, mas sim pelas perguntas. Às vezes essa afirmação parece um tanto clichê pelo seu uso demasiado, provocando esvaziamento. Acontece que esse uso se manifesta mais na fala que nas ações e é quando a expressão da dúvida se torna ação que nos conectamos com a força das perguntas. "Notas de um megalomaníaco minimalista" é exatamente isto, um convite para se fazer uso das dúvidas e das perguntas em um exercício que pode ser motivador, inquietante, doloroso, mas essencial para acessar redemoinhos internos.

A cada bom livro que leio, saio cada vez mais convencido do poder do texto literário de nos movimentar, de nos fazer conectar com questões de foro íntimo e estruturantes da nossa vivência. "Notas de um megalomaníaco minimalista" me pegou pela mão (nao que essa seja sua intenção) em um dos momentos mais difíceis da minha vida, agindo como uma dose de um remédio onde a bula já me avisava dos efeitos colaterais e mesmo assim eu bebi, porque precisava deles também. Ainda no prólogo Matheus avisa: "Por isso, escrevo este livro para mim mesmo, ainda que eventualmente o mesmo venha a calhar nas mãos de calorosos estranhos." Eis-me aqui.

Leio enquanto enfrento a melancolia, resignifico a própria existência, monitoro a saúde mental e revisito minhas "certezas". O livro do Matheus não poderia ter aparecido em melhor momento. Peleteiro fala sobre medo que aparece como indagação - "mas e o seu medo?". Fala sobre angústia, amor, crenças, desejos, culpa, arte, despedida, vida, morte, entre outros assuntos que se entrelaçam e que tornam a obra um debate existencialista que faz dos devaneios instrumento de auto análise.

Em um texto intimista, minimalista e de total entrega, Matheus narra um encontro inusitado entre dois jovens. Um rapaz e uma moça sentam lado a lado no mirante do Museu de Arte Moderna da Bahia. Eles não se conhecem e a moça inesperadamente pergunta o seu nome ao qual o jovem responde não dizendo seu nome, mas perguntando o dela. Mais tarde, no decorrer da leitura descobri que coloquei meu próprio nome ali.

Ela se chama Letícia e os dois iniciam uma conversa digna de sessões de terapia, pois os filtros vão caindo um a um, uma vez que percebem que o que vale naquele encontro é a entrega, a escuta e é lugar onde não cabe julgamentos.

A moça representa nessa obra a mão que guia personagem e leitor para uma auto investigação de suas próprias opiniões, sentimentos e certezas pré concebidas. Aqui neste ponto, volto à importância da dúvida ao passo que Letícia provoca o jovem a seu lado com perguntas que parecem estar sendo feitas também a nós que lemos o livro. A primeira grande pergunta de Letícia é devastadora, porque é simples e complexa. "Me conta, Sr. sem nome, qual a sua grande história de vida?" Impossível não se pegar pensando em como a gente mesmo responderia a isso e na obra essa mesma questão serve como chave de ignição para tantas outras perguntas que surgem.

"- Você sentiu muitos surtos de alegria e felicidade em sua vida até o presente momento? Fez coisas que te fez se sentir extasiado? Procurou o que ama mesmo sabendo que isso poderia te matar? - perguntou Letícia, num bombardeio, parecendo estar acostumada a fazer este tipo de provocação."

Terminei "Notas de um megalomaníaco minimalista" carregando em mim muitas identificações com as questões levantadas, elas vão tanto do que passo a enxergar como possíveis ações, como para um reencontro comigo nos variados defeitos, potências e visões de mundo. Deixei muitas citações marcadas a lápis e são muitas também as marcações que essa obra deixou em mim.

"A questão é que sempre me senti um misto de tudo. Uma confusão para os que põe estereótipos. Um intelectual que escuta rap, um leitor que foge de intelectuais e corre para se deliciar com coisas vãs e bobas; um liberal que se comove com os socialistas... sendo assim, alguns podem dizer que, por isso, por ser um pouco de cada, eu nunca tenha tido personalidade própria, mas eu digo que justamente por ter um pouco de cada é que me tornei um ser singular."

Na dedicatória que Matheus Peleteiro deixou no meu exemplar, em um certo trecho ele diz "espero que este livro possa levar um pouco de pólvora para a bomba que há dentro de ti." E eu só tenho que lhe responder usando suas próprias palavras Matheus:

"No fim das contas, o que importa é isto: sentir. Sentir com a alma, ter os pelos do corpo constantemente arrepiados, sentir a vida urrando e o coração palpitando no peito. Respirar fundo e contemplar a vida. Sentir, sentir, sentir e sentir."

site: https://rafamussolini.blogspot.com/2020/07/notas-de-um-megalomaniaco-minimalista.html
comentários(0)comente



brendafontes9 11/11/2016

Lenha para fogueira.
"É ele que me alimenta todos os dias. Porém é ele também a força que me faz levantar da cama, afinal, também morro de medo do tédio."
Gratidão. Gratidão a Matheus Peleteiro por hoje, especialmente hoje, dentre todas as coisas que perturbaram minha mente me dar um momento de paz. Gratidão por 82 páginas, que apesar de ser um pouco sobre um rapaz qualquer, é muito de mim e com certeza, de tantas outras pessoas que se deliciaram com o livro. É Pólvora para a lenha que há dentro do peito,calor pra alma.
Deixo aqui meu sentimento e indicação do dia porque coisa boa a gente divulga, a gente
compartilha.

Parabéns a Matheus por ser, independe do que seja, SER. Estarei presente no lançamento do próximo livro, nossa relação de leitora e escritor só começou.
comentários(0)comente



Krishnamurti 14/12/2016

A VOZ DE LETÍCIA...
“Estava sozinho e distraído naquele momento. Balançava as pernas e agitava a água com as pontas dos dedos, sentado no encantador mirante do Museu de Arte Moderna da Bahia, quando ela se sentou ao meu lado”.
Assim se inicia a instigante novela “Notas de um megalomaníaco minimalista” do escritor baiano Matheus Peleteiro (Editora Giostri – São Paulo, 2016, 84p). Obra que termina por se constituir num vibrante depoimento de um narrador (alter ego do autor), que nos relata um encontro que teve certa tarde, à beira-mar, com uma jovem, bela e enigmática, chamada Letícia. A voz narrativa denuncia a típica personalidade dos nossos grandes centros urbanos marcada pelo medo. “O medo me sufoca, e se existe algum sentimento que me compõe em grande parte, é ele. O medo do amanhã, o medo do hoje, do ontem, do agora. Vivo temendo sair de casa, distanciar-me do meu infinito particular que é a minha mente enquanto me sinto solitário. Vivo sopesando a importância do que vou fazer em relação às chances de morte que terei; seja num acidente de trânsito, num latrocínio, ou o que quer que seja. Posso dizer que vivo do medo”. Mas é também um sujeito que se indigna com a falta de reflexão, a falta de perspectivas e motivos para viver e revoltado com a mentalidade dominante de tristíssimo destino. Aceitar a resposta imbecil do “porque sempre foi assim”. Isto é o que ele pensa e sente, não o que diz à garota quando ela lhe perguntou: “Do que é que você mais tem medo?”. Todavia, é forçoso reconhecer; quem o faria diante de um tête-à-tête com uma linda mulher? O destino pode ser mesmo zombeteiro e traçar fios de expectativas e desejos mesmo através da dor e do desengano. Senão vejamos.
O narrador e Letícia se olham, se investigam, se auscultam, discutem semelhanças e relacionam opostos num diálogo inteligente. Ele menciona seu repúdio ao princípio hedonista em que assentamos a nossa sociedade que vai também se reduzindo a campo de desapiedadas competições, nos inclinando a crer no absurdo de que não há nem sentido nem utilidade na existência. Ela conta de seu desapego e das viagens que faz. Concordam na dúvida sobre o bem e o mal. Quem saberá? Se somos incapazes de entrar num acordo sobre o valor das mínimas coisas? Ele se inclina a fiar-se na morte, porque é sempre da indesejada das gentes que pensamos vir o alento, o descanso, a fuga da vida.
Um jogo de metáforas dentro de um mundo de reflexões. O tempo, a morte, o prazer, a violência, a indiferença... Aquelas sombras de que somos feitos e das quais não conseguimos nos livrar porque sem elas não existiríamos, acendem luzes nos dois, aproxima-os cada vez mais:
“O sol estava se pondo, e ela fixava o olhar em mim, o clima era romântico”...
Valendo-se de uma linguagem coloquial em que há variadas referências culturais contemporâneas – nas quais a “galera” de 20/30 anos de idade há de se identificar plenamente -, caminha a narrativa dessas “Notas de um megalomaníaco minimalista”. Megalomania daquele que possui ainda o transtorno psicológico dos delírios e fantasias de poder e perenidade. Minimalista (em pleno despontar do século XXI), porque paradoxalmente, já se inclina para aquilo que é simples e elementar. Busca também um estilo de vida com o mínimo possível de meios e recursos para sobreviver nesta ‘globalização desmedida’ em que tudo está fora de controle. Síntese do homem contemporâneo, amedrontado com as próprias monstruosidades que criou, e, entretanto, também um reflexivo, um indivíduo que discerne (afinal!) com mais propriedade. Já a consciência lhe amadurece à fórceps, tateante, capenga. Nem tudo está perdido.
Matheus Peleteiro com sua breve novela estruturada à maneira de uma sala de espelhos dos dramas humanos nos estimula a refletir. Após a última linha e, ao fecharmos o livro, sentimos em nosso íntimo como se uma brisa marinha nos trouxesse uma voz (seria a de Letícia?) a inquirir: “Que outra coisa senão esse jogo de espelhos te poderia arrancar da inconsciência ignorante?” – e prossegue a suave voz: “Tiras da própria mina de desejos, dessa insaciabilidade, desse gozo que sempre se lhe afigura como uma miragem, a força para avançar na linha evolutiva. O insaciável desejo te fará sempre avançar”.
comentários(0)comente



MILA 16/12/2016

Amei!
Eu não sei bem como fazer essa resenha, mas o mais importante a dizer é que este livro tocou minha alma, muito me impressiona a narrativa de Matheus, suas palavras me tocaram tão fundo que é como se eu fosse Letícia ou o próprio narrador neste diálogo existencialista ou não, porque este livro é muito mais que isso..

Neste livro conhecemos um belo rapaz, calmo, sereno e distraído que mal nota a aproximação de uma bela mulher, talvez vinte, talvez trinta, não importa, o que importa ali são os sentimentos, o se permitir, é enxergar de verdade, é olhar profundamente. Letícia e o rapaz começam a conversar, e entre diálogos e pensamentos o autor nos faz pensar, sorrir, concordar ou até discordar. É como se estivéssemos ali.


"O mundo é um círculo de injustiças cheio de bondade nas bordas."



Notas de um megalomaníaco minimalista é aquele livro curtinho porém cheio de sentimento, é um livro rápido de ler, a narrativa do autor conquista e vicia, além disso tudo sempre encontramos nos diálogos algo para pensar, separei diversos trechos que achei interessante desde o prólogo ao final do livro.

Resenha Completa no Blog Daily of Books Mila

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2016/12/resenha-notas-de-um-megalomaniaco.html
comentários(0)comente



Isabella| @abibliotecadeideias 18/12/2016

Leitura espetacular
Esse livro pra mim foi uma surpresa: tanto no sentido de o autor ter entrado em contato comigo quanto com a história, que aparentemente seria simples , mas se tornou um livro espetacular com diálogos poéticos sobre diversos aspectos da vida!
Um homem estava em um mirante na praia quando Letícia se aproximou. Após sua apresentação iniciam um diálogo afiado sobre humanidade, decisões , perspectiva de vida, cultura e a história de cada um. Sim, uma conversa despretensiosa que resultou em descobertas e novos questionamentos.
Pra mim não foi somente um livro, pois enquanto eles colocavam suas opiniões eu coloca a minha e foi como se eu participasse do diálogo e evoluísse com ele. Mas como Matheus menciona no livro , eu não desejava impor minha opiniões, e sim buscava entender o outro e compreender como seu conhecimento poderia ser aplicado em minha vida.
(...)
Continue lendo a resenha no post do blog : Quer uma ideia?


site: http://querumaideiablog.blogspot.com.br/2016/12/notas-de-um-megalomaniaco-minimalista.html
comentários(0)comente



Eduarda Rozemberg 18/01/2017

Intenso e inteligente
Notas de um Megalomaníaco Minimalista foi o meu primeiro contato com a escrita do autor Matheus Peteleiro e foi uma grata surpresa. Recebi o e-book em parceria com o próprio autor e é o tipo de leitura que dá para fazer em apenas uma sentada, e não somente pelas poucas páginas, mas também pela escrita fluída e profunda. Matheus usa um tipo de literatura com um gostinho de crônica juntamente com um estilo próprio.

A história gira em volta de apenas um cenário, onde o nosso narrador conhece Letícia na beira da praia. Ele se identifica imediatamente com ela e começam a conversar. Letícia é uma personagem muito interessante: misteriosa, cheia de segredos. Aos poucos eles vão dividindo opiniões e experiências, falando sobre coisas banais e outras nem tanto assim. E em meio a tudo isso, o rapaz (narrador) explora os seus pensamentos, trazendo profundas reflexões sobre o nosso mundo e a nossa forma de pensar.

Confesso que durante a leitura eu tive arrepios, pois os diálogos são inteligentes e instigantes, cheio de comentários polêmicos e que me fez refletir durante horas após a leitura chegar ao fim. Ao chegar ao fim, estava satisfeita, mas ainda queria muito mais, principalmente pelo fato das metáforas presentes no texto.

Matheus nos instiga a pensar e é isso é uma importante característica de bons autores (não que os livros leves e de entretenimento devam ser dispensados). Assuntos contemporâneos que qualquer um pode se identificar, ou não, e foi isso que mais me encantou: o mar de possibilidades, de caminhos, de futuros, passados e, principalmente, o presente da nossa sociedade. Pensei em assuntos que nunca pensei que passariam pela minha mente, e me senti grata por essa nova experiência.

Prefiro não dar detalhes a respeito dos temas, pois acabaria contando toda a história. Garanto que é como se participássemos da conversa entre Letícia e nosso narrador questionador. Além disso, podemos sentir uma pontinha de romance durante os capítulos o que nos instiga ainda mais, mas dessa vez para o lado da ficção. Tenho só elogios para dar para Notas de um Megalomaníaco Minimalista.

site: http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/2017/01/resenha-notas-de-um-megalomaniaco-minimalista.html
comentários(0)comente



Tati 09/02/2017

Livro incrível
Já tinha tido a oportunidade de ler outro livro do Matheus, mas Notas de um Megalomaníaco Minimalista, me surpreendeu muito, e é um dos livros mais diferentes que eu já li ♥
Sabe aquele livro que quando você termina acha que nada o que você escreva vai transmitir o real sentimento do que esta sentindo? Terminei esse livro agora, li tudo sem conseguir parar, e vou tentar(juro que vou) mostrar pra vocês o quão incrível ele é.
Não sabemos o nome do protagonista, ele está sentado no mirante do do Museu de Arte Moderna da Bahia e uma moça até então desconhecida senta-se do seu lado, sim ela lhe pergunta o seu nome, mas ele prefere saber o nome da moça e ela se chama Letícia.
Até onde você se abriria com uma estranha? Se ela já começasse te perguntando do que você tem mais medo, você responderia com sinceridade ou inventaria uma resposta?
O nosso protagonista inventou que não tinha medo de nada, mas todos temos medo de alguma coisa, por menor que seja, o medo está lá. Então ele mesmo que não compartilhando a sua real resposta com ela refletiu.

"O medo me sufoca, e se existe algum sentimento que me compõe em grande parte é ele. O medo do amanhã, o medo do hoje, do ontem, do agora."
...
Para a resenha completa é só clicar no link.

site: http://www.tatianecdesouza.com.br/2017/01/nao-e-uma-resenha-notas-de-um.html
comentários(0)comente



Literatura & outros blues 12/03/2017

Literatura nacional: Notas de um megalomaníaco minimalista, por Matheus Peleteiro
“Passei a carregar essa coisa em mim, essa vontade de não ser só mais um cara existindo.” (p.55)
Essa foi uma das razões as quais levaram o escritor baiano Matheus Peleteiro a publicar esse seu segundo livro, o Notas de um megalomaníaco minimalista. Narrada em primeira pessoa, essa novela nos relata sobre o encontro e os instantes vividos por Letícia e esse narrador megalomaníaco. Temos aqui um relato corajoso, inquietante e cativante.
Tarde de sábado. Eles estão de frente pro mar. Dialogam sobre suas experiências de vida. Debatendo como cada um se insere no meio em que vivem, eles fazem uma breve análise das “dores do mundo” – termo schopenhaueriano encontrado três vezes no livro, pra termos uma leve ideia do que se trata. Vários assuntos são abordados, e o autor nos revela o que pensa sobre temas como: humanidade, globalização, religião, amor, morte, artes – literatura, cinema, música, etc. Olhando mais de perto, esse narrador egocêntrico nos mostra seus medos, angústias, indiferença, desejo de imortalidade, a busca por um sentido da vida, suas referências artístico-históricas – ele escreve pra falar de si, e deixa isso claro logo nas primeiras páginas.
(...)
Continue com a leitura no blog:

site: http://www.ovinhododia.com/2017/03/literatura-nacional-notas-de-um.html
comentários(0)comente



O Colador de Resenhas 05/07/2018

Uma juventude ainda transviada
Kafka, em carta ao amigo Max Brod, comentou que um livro só vale a pena ser lido quando se parece com uma pancada na cabeça. É preciso, como bem disse Cortázar, vencer o leitor por rounds ou nocautes. A literatura é aquilo que está entre o autor e o leitor, um pacto sinistro de confiabilidade e segredo, na maioria das vezes. O escritor baiano Matheus Peleteiro entendeu bem o que isso significa exatamente. Seu segundo livro, Notas de Um Megalomaníaco Minimalista (Giostri, 82 páginas), é um grande painel das dúvidas, certezas pré-concebidas e autoconfiança moldada a fogo da geração de 20 anos.

Se em seu primeiro trabalho literário, Mundo Cão, Peleteiro sobe o morro para apresentar os conflitos da juventude marginalizada, em Notas cria uma casa de espelhos com os dramas da classe média. A preocupação do escritor não é esmiuçar as falhas de seus personagens, mas estabelecer um jogo de metáforas entre expectativa e realidade. O narrador, um homem sem nome, de repente encontra Letícia, uma jovem por quem se apaixona, ou deseja, como o próprio nos conta, e os dois iniciam um jogral de incompletude e devaneio.

Notas está, de alguma maneira, em sintonia com o que há de mais fino e precioso da arte brasileira.

Para Matheus, a mudança de perspectiva – da favela para os bairros longe das regiões de periferia – nasceu de uma necessidade de contar um pouco sobre si mesmo. Algo parecido vemos no cinema nacional, como em O Som ao Redor e Aquarius, que voltam seus olhares para a regiões mais nobre do Recife, mas sem perder o humanismo. “A falta de perspectiva sobre o futuro é gritante em todas as classes, e eu via a minha geração constantemente nocauteada, confusa. Sinto que tenho um compromisso comigo mesmo em registrar sob a minha ótica os temas que inquietam a estrutura das coisas. Resolvi fazer o trabalho de um fotografo, fotografei, e imprimi com o meu olhar”, reflete ao autor em entrevista exclusiva à A Escotilha. (leia a conversa completa abaixo).

Notas está, de alguma maneira, em sintonia com o que há de mais fino e precioso da arte brasileira.

Extremo

Como Christopher McCandless, o narrador é um homem em busca de sensações, que precisa chegar ao seu extremo parar quem realmente é. Pouco a pouco ele vai tateando o caminho para chegar à Letícia que, até certo ponto, ele sabe ser inatingível. Como K. n’O Castelo, sabe que não se chegará a lugar algum, ainda assim é preciso tentar, correr até um determinado objetivo, até quase alcançá-lo e ver os sonhos escorrer como areia nas mãos.

Por: Jonatan Silva

site: http://www.aescotilha.com.br/literatura/contracapa/notas-de-um-megalomaniaco-minimalista-matheus-paleteiro/
comentários(0)comente



11 encontrados | exibindo 1 a 11


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR