A guerra não tem rosto de mulher

A guerra não tem rosto de mulher Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - A Guerra Não Tem Rosto De Mulher


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ricardolclopes 25/11/2023

Perfeito!
Estamos acostumados a histórias de guerra. Geralmente os relatos mostram a história contada pelo vencedor, onde na medida do possível toda a insanidade é camuflada e alguns eleitos como heróis tem seus atos exaltados. Tanto insanos quanto heróis e vilões são, invariavelmente, homens.
Neste livro, organizado de forma magistral, o espaço é oferecido para as mulheres que lutaram para defender seu país na segunda guerra mundial. Vários relatos sobre a realidade da guerra na visão da mulher. Sem glamour ou heroísmo. Apenas sentimentos, dores e perseverança.
Ideia e execução geniais.
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Maira.Ferreira 20/11/2023

A natureza feminina e a guerra
O livro apresenta relatos surpreendentes sobre a mulher inserida na guerra. A guerra feminina é uma guerra diferente.

A autora consegue mais, por meio de fragmentos de histórias de diferentes mulheres, ocupando diferentes cargos na guerra, mostrar o que foi a Segunda Guerra Mundial pelos olhos dessas mulheres, enquanto populacão da antiga União Soviética.

Fui surpreendida pela luta, resistência e condições da população da antiga União Soviética. A guerra que conhecia, lia a respeito e via em filmes relatava o lado americano, mostrando como os EUA ganharam/acabaram com a guerra. A guerra que eu conheci agora, pelos relatos dessas mulheres, foi terrivelmente pior.

O livro "A guerra não tem rosto de mulher" é intenso, triste e perturbardor. Mostra a perda da alma e a tentativa de não enlouquecer quando isso acontece. Fiquei abalada e muito emocionada durante a leitura. Ainda continuo me perguntando como a humanidade pode fazer coisas desse tipo? E como as mulheres soviéticas aguentaram passar por tudo aquilo?
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Laura_f_sousa 16/11/2023

?Por acaso nós entendíamos o que é a guerra??
Fugindo do aspecto heroico das histórias sobre a guerra, Svetlana Aleksiévitch dá voz às mulheres que presenciaram o lado mais vulnerável e terrível do ser humano durante a Segunda Guerra Mundial.

A estrutura do livro é bem simples. A autora se limita a escrever alguns parágrafos de contexto e o restante são transcrições das vidas dessas mulheres que lutaram na marinha, na artilharia, como enfermeiras e médicas, dirigiram tanques e guiaram trens. Voluntariamente.

Depois de anos sem contar a verdade, elas anseiam pela oportunidade de falar e isso é nítido no livro. Aliás, o diferencial dessa obra para tantas outras que abordam o tema é a sensibilidade e a honestidade dos relatos.

Por serem muitas histórias, a maioria vira uma coisa só na cabeça do leitor, mas algumas realmente marcam a leitura e acho que nunca vou esquecer delas.
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Luan Oliveira 14/11/2023

Uma realidade não vista
Esse livro me prendeu por inúmeras razões - algumas de formas pejorativas. Muito forte, muito denso, muito angustiante mas muito importante.
Um livro que é voz das que não poderiam falar. Comovente, exaustivo e intrigante.
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luiza 09/11/2023

Livro incrível, de suma importância.
Sempre gostei de estudar a segunda guerra mundial , foi uma época sombria , como qualquer período de guerra . Sim , a terra sempre está em guerra . Sim , e sempre sombrio .
Mas a questão não é só essa , nos filmes nunca vi nenhum relato ou uma mulher na linha de frente , é esse livro traz inúmeros relatos de como a mulher teve envolvida como sempre em todas as áreas , mas nunca ganhou seu real valor .
O livro traz relatos diviseis de ser digerido , mas são necessários. Nem tanto , será que as guerras foram necessárias? Tanta morte e destruição por uma nação ? .
Podemos falar do valor que esse livro carrega , poucas mulheres ganharam o prêmio Nobel de literatura, e autora conseguiu esse feito .
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Morgoth Bauglir 04/11/2023

Brutalmente sensível.
Relato devastador do front soviético pelas memórias das mulheres que perderam pais, mães, irmãos, maridos e filhos, mas não perderam a coragem que queima no coração. Relatos das meninas que ao deixarem a escola trocaram diploma pelo fuzil e tanques de guerra. Apenas uma obra sincera e austera poderia trazer impacto no qual se propõe trazendo os louros e espaço merecido para quem foi deixado de lado no pós-guerra. Enfermeiras, Médicas, Tenentes, Tanquistas, Fuzileiros, Pilotos e tantas outras atividades desempenhadas sem nunca recuar, não pela glória, não pelas medalha, apenas pela liberdade de um povo. Jornalista ucraniana Svetlana Aleksiévitch é apenas um fragmento entre as combatentes e registro, pois cada narração, lembrança compartilhada acompanha uma sensibilidade feminina na qual nenhuma outra obra com registro dos combatentes masculino consegue trazer horror e esperança independente de todo medo. Cicatrizes da alma, onde pele esconde emerge entre uma página e outra.

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?Agora tenho pouca saúde, os nervos estão mal. Quando me perguntam 'Quantas condecorações você tem?, fico com vergonha de admitir que não tenho nenhuma, não conseguiram me condecorar. E talvez não tenham conseguido porque havia muitos de nós na guerra e todos faziam o que podiam... O que estava ao alcance de suas forças... Por acaso tinha como condecorar a todos? Mas temos o maior prêmio de todos: 9 de maio Dia da Vitória.?

Tamara Ivánovna Kuráieva, enfermeira.
-Rachel 04/11/2023minha estante
Ótima resenha!
Acompanhar suas postagens com trechos do livro, me deixou bem curiosa, com certeza lerei em um futuro próximo.


Morgoth Bauglir 04/11/2023minha estante
Obrigado, escrevo uma resenha simples, mas sincera. Rsrs? Super apoio essa provável leitura, pois vale cada centavo e principalmente tempo investido.




Julia 04/11/2023

Não pode existir um coração para odiar e outro para amar. O ser humano só tem um, e eu sempre pensava em como salvar meu coração.
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Cris 03/11/2023

03.11.2023
Gostei do livro, são depoimentos das mulheres que de alguma forma, participaram da guerra. O interessante é que não se trata somente como enfermeiras, umas pilotagem aviões, outras, lideraram equipes, outras manusearam armas e tiveram que atirar no inimigo, dirigiram tanques de guerra e as que ficaram em casa, cuidando da família, até que um membro lutasse pelo país.
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klaracrds 23/10/2023

Os outros rostos da guerra
Acho que a principal ideia desse livro é de como um mesmo evento pode ter muitas visões diferentes, uma para cada pessoa que o presenciou. Por anos o mundo tem recebido a visão masculina da guerra. Das duas, e na verdade de todo conflito que já aconteceu nesse planeta. Não entendem como uma mulher pode ter uma memória diferente da mesma situação, afinal ali todos eram "iguais"...

Só que não eram. Na verdade para as mulheres era um mundo completamente diferente e as vezes até mais difícil. Seu amor por seu país era forte o suficiente para te fazer ir pra linha de frente, lutar e sobreviver (talvez), voltar e ainda ser ridicularizada por ter estado lá. A visão feminina da guerra é cheia de detalhes que os homens não notavam. O sofrimento das pessoas fica mas visível a olhos mais amorosos. Claro que nem todas eram assim, mas é uma ideia geral do conteúdo dos relatos nesse livro. Simplesmente genial, talvez um dos melhores do ano.
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Marina149 21/10/2023

Esse livro é muito pesado... Aliás, todos os da Svetlana são como socos no estômago. Ela acabou se tornando uma das minhas escritoras favoritas, isso porque segundo ela mesma diz, ela só registra o que já estava ali. Mas ela toca em pontos muito interessantes. Quando falamos em guerra, logo pensamos no desespero de perder nossos pais e nossos irmãos. Mas e as mulheres nisso tudo? Também não há vestígios de guerra com elas?
Uma narrativa emotiva que precisei ler em doses homeopáticas para conseguir processar. Livro muito lindo ?
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Carlinha 16/10/2023

Um dos melhores do ano.
Essa leitura é extremamente necessária. Primeiro para tirar o pensamento predominante de que apenas homens tinham papéis importantes numa guerra e pegavam em armas, enquanto as mulheres apenas eram enfermeiras. É uma leitura chocante e muito emocionante, com bastante sentimento. Aqui temos várias visões sob diferentes perspectivas de mulheres que estavam simultaneamente vivendo cada uma, suas guerras, relatos de mulheres de diversas áreas que, lutando pela União Soviética, sobreviveram em nome do nacionalismo, e pela visão feminina de ver a vida.

Tidas como frágeis e medrosas, essas mulheres lutavam sob as mesmas posições na linha de frente, que os homens. É uma história que muitos não têm conhecimento, justamente pelos maiores nomeados serem os homens, apagando as mulheres que, lavavam incessantemente suas roupas sujas de sangue, e desde as cirurgiãs que faziam de tudo dia e noite para manter os soldados mais infames vivos, as pequenas soldadas que não tinham botas pequenas apropriadas ao seu tamanho, até as telefonistas que, encarregadas da comunicação, tinham uma enorme responsabilidade sobre as outras, são impedidas de contarem suas histórias por não ser relevante o suficiente quanto as histórias dos homens heróis.

A autora selecionou e coletou diferentes relatos, de muitos que ela jazia recebendo, transformando-os num livro de memórias. Vemos o nacionalismo exacerbado que as faziam cometer loucuras para chegar na guerra (muitas não eram recrutadas e insistiam até realizá-lo), a mudança biológica em meio a tanto sofrimento, a visão do amor e da maternidade, a amizade entre elas e a responsabilidade de carregar uma guerra em seu histórico, fato que afetou tanto suas relações familiares quanto amorosas e gerou traumas por toda uma vida. A enfatização do sofrimento é presente nesse livro. Só não dou 5 estrelas pois em alguns momentos fica confuso se é a autora quem está narrando ou alguma entrevistada, de resto é perfeito e muito importante.
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Ve Domingues 15/10/2023

Que livro impactante! É a segunda obra que eu leio da autora e a sensação é a mesma: ela tem uma escrita poderosa. No entanto, foi difícil chegar ao final, já que os relatos são bastante chocantes e difíceis. Leva um tempo para absorvermos tudo. É tudo muito triste e duro. Mas é uma leitura importante. Recomendo.
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Gabriele.Luciani 15/10/2023

Concordo com meu amigo querido Luís Eduardo quando ele diz que faltou tratamento com a memória das mulheres. sei que o objetivo da autora era dar espaço a elas, era permitir que elas falassem. na verdade, como ela mesmo diz, era fazer uma história "da alma", "dos sentimentos" das pessoas comuns na guerra, sem ocultar a parte feia. aí que tá. é claro que o livro não é composto de relatos que foram despretensiosamente jogados ali de qualquer forma. a autora fez seleções, organizou, ocultou, destacou, ordenou e não deixou de fazer comentários, de falar, algumas vezes, sobre os telefonemas, as viagens e os encontros com as mulheres que relataram. ela escreveu, inclusive, sobre seus objetivos e sobre seus próprios sentimentos com relação a memória da guerra. é claro também que não é um livro de história acadêmica. no entanto, gostaria que a autora tivesse discorrido um pouco mais sobre os problemas, os limites, as possibilidades e as sensibilidades de se trabalhar com história oral e memória. gostaria de ler mais sobre o não-dito também. obviamente isso tem tudo a ver com as minhas expectativas como historiadora em formação. isso fica mais claro ainda porque me peguei pensando, várias vezes, sobre como seria interessante ler um texto historiográfico que fizesse uso desses relatos pra debater papéis de gênero na união soviética, além de, claro, abordar questões como imaginário sobre a guerra, censura etc. na verdade, acho que mil coisas podem ser estudadas a partir desses relatos. enfim, de qualquer forma, o livro é muito bom. foi uma leitura gostosa, apesar de muito triste. perdi a conta de quantas vezes chorei. senti muitas coisas contraditórias também. obrigada, sol, pelo presente.
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Mariana_Dalmaso 05/10/2023

Obra poderosa
Livraço!!! A Guerra Não Tem Rosto de Mulher desafia os estereótipos tradicionais de gênero. A obra retrata a Segunda Guerra Mundial na versão das mulheres, mas, somente das mulheres que atuaram na batalha. Elas foram atiradoras, enfermeiras, mecânicas, pilotos e exerceram muitos outros papéis, que no cenário de guerra, são papeis normalmente associados aos homens. O que mais me impressionou foi a honestidade brutal com que essas mulheres compartilharam suas experiências. O legal é que esta é uma obra constituída basicamente de depoimentos. Elas não buscavam glória ou reconhecimento: queriam apenas que suas histórias fossem ouvidas. Em um mundo onde as narrativas femininas ainda não são comuns, o livro serve como um lembrete da importância de ouvir e valorizar essas vozes.
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