Bia 24/05/2020
O Loney é um lugar misterioso, meio isolado e confuso. Tonto é o nosso protagonista, ele é de uma família e comunidade extremamente religiosas, do tipo rigorosos e obsessivos. Seu irmão mais novo, Hanny (Andrew) é mudo e sua família acredita que Deus está testando a fé deles com o fato de Hanny ser mudo e que se eles rezarem e fizerem muitas celebrações, Deus irá trazer a voz de Hanny.
Com isso eles fazem um retiro para Loney, uma espécie de lugar bem escondida e pequeno onde o mar é violento e extremamente perigoso com alto numero de morte de afogamento. Mas têm uma casa lá onde a comunidade passa um tempo, e durante esse tempo eles visitam igrejas e espaços “sagrados” na esperança de que Deus faça um milagre com Hanny. Mas talvez não seja Deus quem vai trazer um suposto milagre... Talvez nem seja um milagre, talvez possa ser outra coisa. A final, as pessoas e as coisas no Loney são muito estranhas.
Quando comprei esse livro estava super mega ansiosa para ler, mas acabou que as criticas gerais eram super negativas e fiquei com medo de ler o livro e entrar de ressaca. Acabou que o livro ficou esquecido na minha estante por anos até finalmente tomar vergonha na cara para ler. O livro foi algo interessante, mas... Estranho e sem sentido. Interessante, porém sem sentido. Tentei começar o livro de boa, tirando todos os pensamentos negativos e o medo do livro ser chato e me deixar de ressaca. Li o livro inteiro de boa e em nenhum momento fiquei de saco cheio, porém a parada toda não estava lá grande coisas... Como eu disse o livro foi algo interessante, mas confuso.
O livro traz por inteiro a religião, a força da crença da família de Tonto e Hanny e como tudo o que acontece é um milagre, é todo o poder de Deus, ou a punição de Deus por qualquer coisa ruim, estranha ou inconveniente que se faça.
Eu nãos sei muito bem o que falar dos personagens, todos eles foram tão vagos, tão misteriosos, sem muito o que entregar... Tonto é um personagem muito seco, ele é daqueles que observa, daqueles neutros, recebe ordens e as cumpres sem nenhum pio. Ele é bem quieto, é bem estranho e tranquilo demais.
Hanny é bem mais agitado que o irmão, ta sempre cheio de energia e querendo ir de um lado para o outro. É um personagem que não entendi muito bem, principalmente no final depois do que aconteceu, eu só fiquei olhando para a parede e... tipo: Mas hem? Kkkkkkk
A Mãe de Tonto e Hanny é uma mulher muito extrema. Principalmente quando o assunto é religião, ela é super severa e organizada/certinha quando se trata da religião, das orações, missas e costumes, tudo precisa ser exato e o mesmo de sempre, nada pode mudar. E quando o padre Wilfred morre e o padre Bernard o substituía, ela fica muito em cima do padre Bernard sempre dizendo: “o padre Wilfred não fazia desse jeito” “o padre Wilfred fazia assim para depois fazemos as orações” “o padre Wilfred primeiro sempre nos fazia orar antes de tal coisa” “com o padre Wilfred as coisas eram assim e assado”, etc. Era bem chato e perdi as conta de quantas vezes quis enforcar ela kkkkkk.
As coisas nesse livro foram uma variação de suspense e um pouquinho de terror kkk. Houve momentos que foram meio macabros que deixou meu coração a mil só esperando uma criatura sair das sombras, outros momentos eu ficava intrigada apenas com o mistério de: “quem pôs aquilo ali?” “qual o propósito daquilo ali?” “porque fizeram isso?” etc.
Esperava bem mais, muito mais, desse livro. Mas okay, não foi algo ruim, nem exatamente decepcionante... Foi algo meio termo. Não achei ruim, mas não adorei esse livro.
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