O dono do morro

O dono do morro Misha Glenny




Resenhas - O dono do morro


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Tatiana88 24/04/2024

Faltou pouco para completar as 5 ??
Poucos livros ganham as 5 estrelas comigo, e se você acompanha minhas leituras e notas por aqui, pode ter ficado surpreso por um assunto TÃO diferentes dos outros, ter ficado perto da 5ª estrela ?

A realidade é que o tema me gera MUITA curiosidade, e conhecer mais sobre a história de um dos maiores traficantes da Rocinha já foi o que me fez ler esse livro, mas, durante o desenrolar das páginas, fui muito surpreendida positivamente.

O autor (que é jornalista) fez um exímio trabalho de pesquisa, e foi muito além da história de Nem, trazendo um retrospecto sobre toda a história do Rio de Janeiro, a chegada da cocaína como fonte de poder e dinheiro às favelas, a criação das milícias (e o estabelecimento desse tipo de prática por lá), e como tudo isso delineou as ondas crescentes e decrescentes da criminalidade das maiores favelas de um dos estados mais violentos do Brasil.

Sendo muito honesta agora, a meia estrela foi perdida pois apesar da excelente pesquisa de background, achei o livro ligeiramente tendencioso, buscando motivação e justificativas por trás de tantas atrocidades que acontecem e que são descritas ao longo do livro.

Mas sem dúvidas alguma, recomendo muito o livro.
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Giovanna.Monteiro 02/04/2024

Adoro ler sobre o crime no Brasil então foi super proveitoso. em um momento se tornou maçante, mas logo voltei a me envolver com a leitura
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ryascec 02/04/2024

?E o que você faria no meu lugar??.
"Foi a última geração da Rocinha cujas primeiras lembranças não trazem imagens de violência."

Sensacional. Apesar de ser uma leitura jornalística, se lê como uma história. Em fato se trata de uma, história de um grande nome no tráfico brasileiro e da maior favela do mundo.

Rico em fatos, matérias e acontecimentos reais, uma leitura bem formativa. Um livro sem lados e sem vilões, assim como também sem heróis. Muita coisa aqui não é novidade para mim, corrupção, milícias, crime organizado... Mas é singular ter a visão de um "envolvido", saber seus valores, motivos e ações.

Para futuros advogados, acho uma leitura muito válida, não para aprender sobre leis e crimes mas para entender a origem de cada futuro cliente que possa vir enfrentar o sistema penal brasileiro, pois, com toda certeza, ele virá da favela. Não existe lei quando se é rico.

A violência na periferia é nada além de uma resposta ao Estado, por todo o seu trabalho sujo e falho, esses traficantes são apenas a consequência de como falhamos como sociedade. O que você faria no lugar deles? Quem escolheria viver assim se pudesse ter outro destino? Eles não são inocentes, mas também não são os verdadeiros bandidos do Brasil. Estes, se encontram de terno e gravata comandando o mundo.
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Baconzitas 18/02/2024

Bastante interessante
Escrita fluida, não tem muito o que dar de opinião sobre a história porque é um livro reportagem né? Não é uma invenção

Eu acabei comprando junto do Abusado, do Caco Barcelos, e esse O Dono do Morro é ?bem mais leve?. Os relatos de violência de Abusado me deixaram assombrada e descabelada por um tempão ??

Em se tratando de algo praticamente igual, contar a história de um traficante das favelas
do RJ, será que foi uma escolha de cada autor, como fazê-lo? Nesse sentido dos relatos explícitos de violência

Enfim, um bom livro. Acho que ajuda um pouquinho a entender a realidade dos morros cariocas para quem, como eu, está de fora
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olivethaiss 28/01/2024

Vale a leitura
É um livro interessante, entender como surgiu o Nem da Rocinha, o que o levou ao crime, e quem foi ele na perspectiva para além do que sabemos. Ele se mostra um homem ?centrado?, muito inteligente e com grande habilidade de gestão de pessoas e ?negócios?, não à toa foi um ?dono? querido na comunidade.
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Emi 23/01/2024

Livro interessante para entender a dinâmica da Rocinha e todas as suas nuances, com a pobreza, falta de recursos, e como o tráfico acaba por suprir as ausências estatais.
O autor é um pouco prolixo, a leitura não é muito fluída
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totyy 18/01/2024

O livro nos conta a história de Nem, sobre como um jovem comum trabalhador, subiu o moro da rocinha e desceu como o homem mais procurado da Rocinha.

não focando apenas em Nem, o mas passando também um grande contexto histórico, assim vemos as quedas e glórias do Brasil e da cidade do Rio de Janeiro.


foi o primeiro livro que li desse estilo, não esperava ter gostado tanto.
totyy 18/01/2024minha estante
morro*




eschablau 16/01/2024

O Dono do Morro é um livro de Misha Glenny, um gringo muito disposto a estudar a história do Nem da Rocinha. A história de Nem é narrada ao mesmo tempo que o autor faz diversos paralelos com a história do crime organizado, do Rio de Janeiro e do nosso país. É surpreendente como um gringo pode ter uma análise profunda das estruturas do Brasil e do Rio de Janeiro, explicando de forma didática.
É nítida a pesquisa intensa que Glenny fez, tanto visitando a Rocinha quanto entrevistando muitas pessoas e principalmente o próprio Nem mais de dez vezes. Acho que é um bom livro para entender o emaranhado complexo que é o crime organizado, a vida das pessoas que participam dele e como no fundo o Estado brasileiro é nitidamente o grande culpado pelo abandono da população que vive no morro.
Em muitos momentos a dicotomia "bonzinhos vs malvados", associadas a policiais e bandidos, cai por água baixo e é nesses momentos que eu mais gostei do livro.
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Paula.Brener 04/12/2023

Ao apresentar a história de Nem da Rocinha, chefe do tráfico na Rocinha que se notabilizou ao longo dos anos - inclusive como figura caricata-, oferece um panorama sobre a história do tráfico no Brasil, principalmente Rio de Janeiro. Sem recair em estereótipos, permite a construção de um outro olhar sobre as consequências da desigualdade , da violência policial e da negligência estatal.

O texto jornalístico torna a leitura rápida e instigante, trazendo varias perspectivas, conforme as fontes acessadas, para a narrativa dos fatos.
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Rodrigo 29/11/2023

Sobre como surgiu o Estado Paralelo
O Dono do Morro é uma ótima biografia do traficante conhecido como Nem da Rocinha, antes um cidadão comum e pai de família, até que, nos anos 2000, por força de circunstâncias difíceis, acaba entrando para o crime na mais famosa favela carioca. Como pano de fundo, temos o recente e trágico histórico político e social do Rio de Janeiro.

3 fatores fizeram Nem ascender até o cargo de chefe: a sabedoria para manter a paz no morro, num ambiente estável para o tráfico, o carisma dispensado às pessoas da comunidade e a perspicácia de não se expôr em redes sociais, virando um anônimo digital, e assim evitando inveja alheia e operações policiais.

Nesse cenário, o leitor também se depara com a história do surgimento das grandes organizações criminosas no Brasil, a partir do encontro de traficantes comuns com gente da esquerda presa no presídio da Ilha Grande/RJ, durante o regime militar, dando origem ao Comando Vermelho, e, posteriormente, ao PCC.

Ao longo do livro, percebe-se uma leve tendência de se retratar traficantes como "Robin Hoods", a polícia genericamente corrupta e o Estado (ou a falta dele) como o culpado de tudo, o que, em se tratando de Rio de Janeiro, fica difícil discordar.  Por isso, há de se ter sempre em mente que bandido é bandido, pra início de conversa.

O texto em si é muito fluido, e algumas partes são sufocantes, no estilo "Tropa de Elite", como quando ocorrem invasões do morro por facções rivais, e sim, o BOPE faz algumas participações especiais na matança. As primeiras vítimas são sempre pessoas comuns que nada tinham a ver com a guerra, apenas estavam passando no lugar errado, durante o fogo cruzado.

A dualidade entre o traficante amado na comunidade, que realiza ações sociais e até circula livremente em festas de famosos como Gilberto Gil e Ivete Sangalo, e, ao mesmo tempo, comete estupros e execuções por motivos banais, ilustra bem o "Estado Paralelo" imposto pelos imperadores do tráfico, à luz do dia.

Em suma, um livraço carregado de tensão, que mergulha fundo no abismo social das favelas pra mostrar que, na guerra entre polícia e traficante, dos chefões aos vassalos, os muitos inocentes não estão protegidos no Leblon. Cariocas entenderão.
Gi 05/12/2023minha estante
Amei sua resenha! Já queria ler, agora com certeza estará no top da minha lista.


Rodrigo 10/12/2023minha estante
Tenho certeza que irá gostar... E me avise quando for iniciar




claire de lune 13/11/2023

O Brasil como terreno fértil para o enraizar do tráfico
?O Dono do Morro?, de Misha Glenny, traz uma visão muito bem construída sobre o surgimento das drogas no Brasil, seus efeitos e o papel protagonizado pelo Estado nesse meio.

O livro conta um pedacinho da história do nosso país enquanto, em uma linha do tempo, explica a ascensão de Nem e o crescimento da Rocinha. É uma leitura rica, que traz críticas relevantes a um sistema que prevalece até hoje privilegiando uma determinada parte da sociedade enquanto outras comunidades são marginalizadas e abandonadas pelo Estado.

Deveria ser considerada uma leitura obrigatória pelo modo que aborda a complexidade dos indivíduos e os humaniza. É importante frisar que o autor se abstém de qualquer opinião pessoal, as informações contidas no livro são apenas parte de uma realidade que, infelizmente, é rotulada com preconceitos e ignorada desde sempre.

?Tirando qualquer outra coisa?, diz Nem, ?eu queria mostrar ao mundo exterior que essa comunidade era em sua essência um local seguro, não um faroeste sem lei onde metade das pessoas andava armada.?
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Gabriel 26/09/2023

O dono do morro
Acho que jaja o meu skoob aparecia com teias de aranha KKKKKKK, feliz em ter voltado a ler, é que leitura maravilhosa.
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Gabriel1994 08/09/2023

É uma leitura muito educativa, dá pra entender parte da história do Brasil.

Outro ponto interessante é a maneira como a figura do Nem foi humanizada; eu só lembrava dele como a mídia pintou na época, lembro q sentia medo.
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b i a 07/09/2023

Eu não conhecia a história do Nem, apenas tinha ouvido falar sobre, esse livro não é apenas sobre o Nem, é um livro sobre a história do Rio de Janeiro, a história do Brasil e dos brasileiros.

Gostei de ler algo imparcial sobre alguém tão julgado e que trouxe nada mais nada menos que os fatos, com uma pesquisa bem feita e uma boa escrita!
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