O dono do morro

O dono do morro Misha Glenny




Resenhas - O dono do morro


99 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Rodrigo 29/11/2023

Sobre como surgiu o Estado Paralelo
O Dono do Morro é uma ótima biografia do traficante conhecido como Nem da Rocinha, antes um cidadão comum e pai de família, até que, nos anos 2000, por força de circunstâncias difíceis, acaba entrando para o crime na mais famosa favela carioca. Como pano de fundo, temos o recente e trágico histórico político e social do Rio de Janeiro.

3 fatores fizeram Nem ascender até o cargo de chefe: a sabedoria para manter a paz no morro, num ambiente estável para o tráfico, o carisma dispensado às pessoas da comunidade e a perspicácia de não se expôr em redes sociais, virando um anônimo digital, e assim evitando inveja alheia e operações policiais.

Nesse cenário, o leitor também se depara com a história do surgimento das grandes organizações criminosas no Brasil, a partir do encontro de traficantes comuns com gente da esquerda presa no presídio da Ilha Grande/RJ, durante o regime militar, dando origem ao Comando Vermelho, e, posteriormente, ao PCC.

Ao longo do livro, percebe-se uma leve tendência de se retratar traficantes como "Robin Hoods", a polícia genericamente corrupta e o Estado (ou a falta dele) como o culpado de tudo, o que, em se tratando de Rio de Janeiro, fica difícil discordar.  Por isso, há de se ter sempre em mente que bandido é bandido, pra início de conversa.

O texto em si é muito fluido, e algumas partes são sufocantes, no estilo "Tropa de Elite", como quando ocorrem invasões do morro por facções rivais, e sim, o BOPE faz algumas participações especiais na matança. As primeiras vítimas são sempre pessoas comuns que nada tinham a ver com a guerra, apenas estavam passando no lugar errado, durante o fogo cruzado.

A dualidade entre o traficante amado na comunidade, que realiza ações sociais e até circula livremente em festas de famosos como Gilberto Gil e Ivete Sangalo, e, ao mesmo tempo, comete estupros e execuções por motivos banais, ilustra bem o "Estado Paralelo" imposto pelos imperadores do tráfico, à luz do dia.

Em suma, um livraço carregado de tensão, que mergulha fundo no abismo social das favelas pra mostrar que, na guerra entre polícia e traficante, dos chefões aos vassalos, os muitos inocentes não estão protegidos no Leblon. Cariocas entenderão.
Gi 05/12/2023minha estante
Amei sua resenha! Já queria ler, agora com certeza estará no top da minha lista.


Rodrigo 10/12/2023minha estante
Tenho certeza que irá gostar... E me avise quando for iniciar




Bruno.Defaveri 20/08/2021

A verdade brasileira
Através do relato desde o começo das habitações na favela da rocinha, até chegar nos dias atuais e através de entrevistas com Nem, um dos chefes do tráfico, conhecemos a dura realidade brasileira, crime, drogas, corrupção etc.
comentários(0)comente



botaprapocar 23/07/2022

O Dono do Morro
A história de Nem talvez seja diferente dos outros traficantes, pela essência e inteligência dele. Se tudo relatado for verdade claro, estamos diante do clássico caso onde o protagonista poderia ser um homem de sucesso em qualquer área lícita.

É lógico que o livro romantizou um pouco o currículo do Nem, mas em compensação mostra bem a realidade da favela, confrontando todos pontos de vista possíveis. Apesar de todas as nossas referências, baseadas em filmes e notícias, o livro traz informações inéditas e curiosas.

A leitura é muito fluída, mesmo tendo sido escrita por um gringo. Seria legal se fosse transformado em documentário.

Fica a dica para quem tem vontade de conhecer mais sobre tema.
comentários(0)comente



Eduardo1127 27/09/2016

LIVRO INSTIGANTE
Esse livro foi um dos livros que li mais rápido em minha vida. Altamente intrigante, estimulou-me a procurar um pouco mais sobre a história e pesquisar sobre o debate da legalização das drogas.
Escrita envolvente que faz a leitura passar depressa. A história e sua abordagem feita pelo o autor é demais.
Entender como funciona o tráfico, sua relação com as polícias, com a cidade, política e com a própria comunidade, com questões históricas, são categorias importantes para fazer qualquer pessoa, independente de sua visão política, tentar olhar despido de um amor ideológico. A história de Nem da Rocinha é algo muito especial, pois é a história de um trabalhador, que por questões objetivas acaba se tornando o dono do morro.
Izabela.Felizardo 30/06/2017minha estante
Como faz pra baixar?


Eduardo1127 23/01/2018minha estante
Vc pode baixar no lelivros




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

O dono do morro: um homem e a batalha pelo Rio - Misha Glenny - Nota 8,5
A princípio, com a leitura da sinopse, o leitor pode achar que irá encontrar “apenas" a história de Nem, um dos mais conhecidos líderes do tráfico da Rocinha. No entanto, o autor conseguiu ir muito além dessa proposta, apresentando um verdadeiro panorama sobre a evolução do tráfico no Rio de Janeiro, o fortalecimento das facções criminosas e o crescimento das favelas nos morros cariocas. É um relato jornalístico que, além de se basear em fatos históricos, foi construído a partir de entrevistas que o autor teve com o próprio Nem, enquanto cumpre pena em um presídio de segurança máxima. É uma leitura rápida, instigante e que traz reflexões envolvendo temas importantes como a legalização das drogas, papel da polícia no combate ao tráfico e a visão da comunidade sobre o poder das facções nas favelas. Um ponto que me chamou bastante atenção é nacionalidade do autor. Misha Glenny não é brasileiro, mas sim britânico. E, na minha opinião, ele conseguiu se livrar muito bem da visão estereotipada sobre a violência nas favelas que o Brasil tem no exterior. No entanto, achei que o relato foi pouco imparcial, já que fica claro o esforço do autor para suavizar - não sei se de forma proposital ou não - o lado negativo e cruel por trás da vida de um chefe de tráfico. A despeito disso, é um livro necessário, esclarecedor e extremamente atual!

site: https://www.instagram.com/book.ster
comentários(0)comente



understars 02/08/2023

De chacinas extrajudiciais, ao mundo do tráfico.
"Não consigo me lembrar de nenhum policial bonzinho. Mas acho que dá para dizer que alguns eram menos ruins. Em todo caso, mesmo quando éramos meninos, eles nos perseguiam e, se nos pegavam, batiam na cabeça da gente.?

?Os moradores comuns da Rocinha ficam entre a cruz e a espada. A confiança na polícia é praticamente zero.?

?[...] enquanto o Estado não se comprometesse de maneira positiva com as favelas e seus moradores, atendendo aos problemas sociais e econômicos, jamais se venceria a batalha contra a violência. Os moradores das favelas, observou ele, sentiam apenas medo e desprezo pela polícia; enquanto isso não mudasse, o Rio estaria condenado.?

Aprendi tanto em tão poucas páginas.
Esse livro abriu um leque na minha cabeça, tive que parar diversas vezes de ler para poder refletir, é um monte de informações entregues de bandeja. Impossível ler sem se apegar.
comentários(0)comente



Paty 09/02/2022

O Dono do Morro
É um livro muito bem escrito que aborda a realidade das favelas do Rio de Janeiro diante do narcotráfico.

Diante desse cenário, acompanha a ascensão e queda de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, um dos grandes
chefes do tráfico.
comentários(0)comente



Beatriz 29/01/2023

Bem fórmula, escrito e fluido
Uma coisa q eu sempre gosto em livros escritos por jornalistas é a forma, são simples, fluido e aguçam o interesse. O dono do morro não é diferente.
Ao escrever sobre história do Nem Misha Grenny entrelaça a história do Rio, das facções e dos problemas sociais e políticos do país. A contextualização traz mais entendimento da realidade nessas favelas, junto com a linguagem do local q ele utiliza muitas vezes choca e nos faz pensar e comparar com a nossa, tão distantes.
E quanto ao próprio Nem, a gente acaba tendo um sentimento conflitante. Ele é um personagem excepcional neste meio. que suscita ojeriza e respeito.
Enfim, esse livro é muito bem escrito e traz muito a se pensar e q não passa em branco.
comentários(0)comente



eduardabuainain 30/01/2021

Jornalismo de qualidade. Percebe-se que Misha realmente entregou-se por completo a esse trabalho! O britânico pesquisou muito, entrevistou inúmeras pessoas, estudou a história e geografia do local, a cultura do povo brasileiro e inclusive morou na Rocinha por um tempo.
É um livro muito didático e essencial a todos os brasileiros. Com ele, entendi muito da estrutura política e história do tráfico no Brasil, como começou o sistema de corrupção que permeia a polícia até hoje, as origens e funcionamento de organizações criminosas, entre outros aprendizados.
10/10!
comentários(0)comente



Paula.Moreira 15/12/2021

Difícil de dar nota
Eu comecei o livro gostando muito do jeito carismático do autor (Misha Glenny). A leitura estava sendo super interessante e fluida. Conforme fui avançando o livro, me deparei sentindo algumas estranhezas na forma com que ele construia os parágrafos... Tinham vezes que a sensação era de que ele cortava a ideia de uma frase para outra. Mas como um todo a experiência foi positiva! Ainda mais por dar um panorama geral da história das favelas do rio (principalmente da Rocinha), de como o tráfico operou até o ano do livro, como as autoridades lidaram com a situação da violência no Rio. Foi bom para conhecer e relembrar muita coisa.
comentários(0)comente



Afonso74 07/06/2021

Nem da Rocinha
Uma boa biografia sobre um criminoso ou sobre qualquer outro notório malfeitor deve sim trazer humanidade e versar sobre o que motivou o protagonista a praticar atos injustificáveis perante a maioria da população. Caso contrário, o livro seria uma transcrição de crimes no estilo “Cidade Alerta” no qual o bandido é apenas descrito como um monstro.

O que devemos julgar é se o biógrafo ultrapassa o limite do que é aceitável a partir do momento em que se envolve na vida do biografado e quer, pelo bem da narrativa, criar um arco no qual o leitor se identifique com esse anti-herói.

A mensagem de “O Dono do Morro” é de que a comunidade estava em relativa paz no período em que Nem mandava em comparação com outros períodos, quando criminosos mais cruéis exerciam o poder ou estavam em guerra com outros grupos pelo controle do tráfico.

Embora entenda a crítica de que o biógrafo “pegou leve” com o Nem da Rocinha, e isso também tenha me incomodado em alguns momentos da leitura, ele fez frisa em muitos momentos de que ele estava longe de um “santo”.

Dito isso, é um livro muito bom, informativo, de leitura fluida mas que tropeça em algumas descrições do Rio de Janeiro e do Brasil no primeiro terço do livro. E esse último ponto foi a razão das 4 estrelas ao invés de 5.

O “fascínio” que o Rio de Janeiro e seus problemas de segurança pública exerce sobre os brasileiros de forma são um excelente chamariz para essa obra. Recomendo a leitura para todos os que se interessam pelo tema mas peço (sugiro!) que não se arvorem de grandes especialistas após sua leitura... pois a realidade é muito mais complexa e cada comunidade tem a sua dinâmica e complexidades próprias.

PS: Morei mais de 80% da minha vida toda à menos de 2 km da Rocinha e, embora já tenha entrado em uma comunidade, muito pouco sabia sobre a dinâmica das relações de poder dentro dela. Isso me motivou bastante a terminar a leitura em pouco menos de uma semana.
comentários(0)comente



Octávio 15/07/2021

O dono do morro
Livro muito bom para entender a história da violência nós morros carioca. Super interessante como um jornalista inglês aprendeu português, mudou para a rocinha tudo para entender e escrever esse ótimo livro sobre o tráfico nas favelas do Rio!
comentários(0)comente



Lotus Fierce 17/08/2023

Não sabia que poderia gostar tanto desse tipo de livro
Gostei muito porque o autor não apenas nos conta a história do Nem e da sua prisão, mas também trás todo um contexto histórico da vida dele, da rocinha, do CV e etc. que muito provavelmente eu nunca saberia e gostei muito de ter conhecido essa história.
Geralmente eu tenho dificuldade pra engatar a leitura de livros desse gênero e provavelmente esse foi o primeiro que consegui ler até o fim. Me cativou.
Indico muito!
understars 08/01/2024minha estante
saudades vivi ?


Lotus Fierce 08/01/2024minha estante
Saudade amg ?




Belos 26/01/2022

Livro muito bom sobre o nascimento do narcotráfico no Rio, além do próprio Nem.
O estilo direto com uma pegada jornalística deixa o texto fácil de ser lido.
comentários(0)comente



99 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR