The Female of the Species

The Female of the Species Mindy McGinnis




Resenhas - The Female of the Species


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Camilla 28/10/2016

Uma excelente representação da mulher
É impossível falar de um livro tão psicológico quanto esse sem falar dos personagens e da mensagem por trás deles, entrando na onda de animalização da autora. The Female of the Species é um contemporâneo com três pontos de vista, sendo eles
1) Alex: a predadora, a magnífica revolucionária mal compreendida que se isola dos demais devido aos traumas da vida e seus pensamentos obscuros, até que aparece:
2) Peekay: a presa, vulnerável porém extremamente bem adaptada à sociedade e aos golpes do cotidiano
3) Jack: o pária, aquele que é tão fraco e comum que segue a correnteza independente de qual for o contexto. Pessoalmente, um dos personagens que eu mais odiei na minha vida.
Também quero destacar a Branley como personagem, porque ela é a clássica ovelha vestida de leão, uma garota mimada, insegura e indecisa, esteriótipo da beleza americana.
Saindo dos personagens, entrando no feminismo, acho que o maior impacto desse livro em mim foi porque eu NUNCA li um livro em que a única heroína é a mulher. Eu me senti, não só bem representada, mas completa, por uma história em que eu posso odiar o personagem masculino por ele ser um incapaz.
Quanto à avaliação, pra mim o livro não foi perfeito por uns detalhes (que são spoilers) de escrita e conteúdo mais no final do livro, que não tirou o mérito da autora de ter escrito um livro muito essencial pro mercado YA.
Layla 28/10/2016minha estante
+ q d + mermo essa mims




Layla 04/11/2016

As Meninas Superpoderosas versão 2.0
"É desse jeito que mato alguém.
Eu aprendo seus hábitos, conheço sua rotina. Não é difícil.
E eu não me sinto mal quanto a isso."

Vocês acreditam em justiça? Que o mundo dá voltas e que pagaremos, cedo ou tarde, pelos erros que cometemos?

Impune, no dicionário, tem como conceito um adjetivo que se dá para alguém que não sofreu o castigo que merecia; que não foi punido de acordo com o crime cometido nem sofrera repressão. O tom da definição nos leva a pensar na equidade, na correspondência de julgar o que é ou não justo. E o tom geral deste livro nos faz questionar o seguinte: numa sociedade em que a justiça é tão abstrata e de difícil alcance, o sistema é falho e as vidas são menos preciosas que um montante de dinheiro, fazer justiça com nossas próprias mãos é assim tão incorreto?

Acho que, em primeiro lugar, devemos refletir sobre o que é justiça. No mundo, cada cultura tem uma visão diferente do que é e de como deve ser feita. Para algumas, a punição para roubar é perder a mão. Para matar, é perder a vida. Para estuprar, é perder a genitália. Olho por olho, dente por dente. Em outras culturas, há a pena de morte, indo de enforcamentos à cadeira elétrica. No modo de ver brasileirinho, justiça é ir preso podendo pagar fiança para sair e/ou ser liberado mais cedo por bom comportamento. Não quero entrar numa discussão sem fim sobre qual modelo é o mais certo e o que poderia ser mudado, apenas quero perguntar a vocês se a punição (quando e se chega) é válida. Ponham-se no papel de vítima, de irmã da vítima, de mãe da vítima, ou qualquer outro que vocês prefiram. É o bastante ver preso por alguns anos alguém que tirou a vida de uma pessoa que você ama? É certo ter de esperar anos para que um juiz tenha que decretar como um criminoso pagará por ter lhe feito mal?

"É mais fácil gostar de animais do que de pessoas, e há uma razão para isso.
Quando os animais cometem um pequeno erro, você ri deles. Um gato calcula mal um pulo. Um cachorro olha de um jeito excessivamente zombeteiro para um objeto simples. Essas são coisas engraçadas. Mas quando uma pessoa não entende algo, se elas julgam mal e freiam tarde demais, elas são culpadas. Elas são estúpidas. Elas estão erradas."

Alex perdera a irmã para um estuprador. Desde então, ela tem se aprimorado em defesa pessoal, adotando a tática de bater primeiro e perguntar depois. Ela não é uma adolescente normal, devo logo esclarecer. A Mims (amiga mara que leu junto comigo) por vezes perguntara se ela (Alex) era psicopata ou não. Ela não é, e isso fica claro quando vemos que ela SENTE. Ódio, alegria, amor, preocupação... ela sente, não importa o quê. Ela mesmo já se vira frente a frente com a definição de psicopatia e sociopatia sem encontrar-se nelas.

"Eu não estou bem, e duvido que um dia estarei.
Os livros não me ajudaram a achar uma palavra para mim mesma; meu pai se recusou a aceitar o peso disso. E então eu fiz a minha própria palavra.
Eu sou vingança."

O problema da Alex não é de função psicológica, muito pelo contrário. Ela é fria. Lógica. Faz o que tem de fazer sem pensar no por quê ou no e se. Só que ela não é uma heroína igual as outras. Ela não é como os heróis de quadrinhos e séries, os vigilantes mascarados que encontram um jeito de salvar aqueles que eles amam de qualquer jeito sem encontrar a punição pelos percalços e erros encontrados no caminho. Alex é real num livro cheio de realidades. Não há poderes, visão noturna, superforça, invisibilidade. Ela não vestia capas e não contava com munhequeiras douradas nem laços ultra resistentes. Não há como Alex fazer justiça sem ser perseguida por ela, e esse é o aspecto tão amargo e pesado do livro: ver que é certo e tão errado, ficção e tão verídico. E foi isso que me deixou brava, no final de tudo: a Alex ser uma heroína para mim e tudo acabar com a dose de realidade que a diferencia do Batman, do Demolidor, do Arqueiro Verde. Ela não pode ir contra a lei sem ser perseguida por ela. E isso é irritante. Revoltante. Certo até dizer chega, mas enlouquecedor na mesma medida.

"Vivo num mundo onde não ser molestada quando criança é considerado sorte."

The Female Of The Species é um tremendo livro. Uma leitura muito importante em meio a uma sociedade tão machista e patriarcal. É girl power da primeira até a última página. Temos os pontos de vista da incrível Alex, da Peekay, filha de pastor mais p*rra louca da história e do Jack, o cara que é a mocinha de todo o enredo. O que me atraiu neste livro fora a união das personagens femininas e de todo o feminismo, não explicitamente jogado na nossa cara e sim explorado nas relações das meninas. Em todo livro há rivalidade entre garotas, principalmente num young adult; neste também há, mas o ponto principal fora que elas superaram isso quando tiveram de se unir e se ajudar. O fato de o cara gato que supostamente deveria ser o pilar de força e segurança ser um bocó inseguro e até mesmo um tanto tosco fora uma surpresa bem vinda também. O livro se mostrou ser nem um pouco convencional e retratou o luto de um modo que não estamos acostumados a ler por aí.

"Todos pensam que se você ajustar um cachorro macho ele diminuirá sua agressividade, mas a maior parte dos cães que mordem são fêmeas. É um instinto básico para proteger o ventre. Você pode ver isso em todos os animais - a fêmea da espécie é mais mortal que o macho."

Decepcionei-me com alguns personagens no final, mas vi (de modo concreto e cheio de sentido, e não num modo John Green em Cidades de Papel) que as pessoas são como são e elas não são perfeitas, apesar dos pesares, então não fora uma decepção DECEPÇÃO, e sim uma decepção do tipo você-me-desapontou-porém-eu-te-saquei. No livro tem abuso (sexual e mental), tem assassinato, romance, brigas, amizades, injustiça, cachorros fofinhos, cachorros nem tão fofinhos assim, gatinhos que valem a pena amar (os felinos de verdade) e gatinhos que não valem nem um pouco a pena perder seu tempo (humaninhos, neste caso). Mas, sobretudo, há a martelada da justiça. E é essa que balança seu coração e faz você questionar que espécie de justiça queremos e qual é suficiente pra sanar o que perdemos.

Mais do que páginas de ficção dosadas da realidade pútrida em que vivemos, TFOTS nos dá exemplos de mulheres que não cedem, e para as jovens que leem o estilo YA e estão construindo a identidade delas enquanto habitam um mundo que não aceita formas diferentes das pequenas e pré-programadas ideias deles de como devemos ser, é uma paleta de cores novas em meio ao preto e branco dos quais estamos acostumados. Mostra um lado feminista sem o dogmatismo e as brigas que conhecemos, um feminismo prático e simples que zela o lado humano de mesmos direitos, de mesmas oportunidades e de mesmas punições. É rico, é exemplar, é divino. Bate de frente com a frase A CULPA É DA MULHER e é completamente coerente e bem aplicado, sem nos jogar no meio de um enredo esperando que encontremos um sentido que não existe. Alex dissera exatamente o seguinte: "Estou te dizendo. Não importa. O que você estava usando. Como se parecia. Nada disso importa. Assista o canal sobre natureza. Predadores vão atrás de presas fáceis." e isso pode parecer completamente normal, sem novidade alguma para uma maioria, mas, para alguém que já passara por uma situação de agressão, essas palavras podem ser novas, podem mostrar uma concepção de certo e de errado que nunca fora vista antes, podem ser botes salva-vidas em meio a um temporal. Alguns leitores podem ter passado por estes trechos sem realmente notar quão grandiosa a cena era, mas eu vi, senti e internalizei; nos tempos atuais, qualquer apoio que possamos encontrar e dar é super importante. ESTE LIVRO É SUPER IMPORTANTE, e sem sombra de dúvida, numa era em que Trumps têm chances e agressões sexuais ainda são justificadas com o tamanho da roupa da vítima, estas páginas são quase bíblicas. São relevantes. Críveis. Fundamentais. São mais necessárias para as jovens do que o velho bê-a-bá de Pedro-Álvares-Cabral-queria-ir-para-a-Índia-e-acabou-vindo-pra-cá. Indicado para as migas, pros migos, para as primas, titias e mamães. Pros papais mentes concretizadas e vovôs com pé no século vinte e um mas espírito no dezoito. Todos devem ler, não importa a fase da vida e das experiências sentidas.

Porque tudo se trata de empoderamento.

Uma personagem da história perguntara a Alex quem era o supervisor dela, e ela pura e diretamente dissera que seu supervisor era Deus. Deus, que é por definição um ser divino, não dizendo se é homem, mulher, negro(a), branco(a), bonito(a) ou feio(a). Deus, que numa sociedade patriarcal, é retratado como um homem branco de barba branca e expressão austera. Deus, o único capaz de julgar certo, e ele é um homem. Vocês provavelmente não conseguem ouvir meu riso de escárnio daí, mas estou rindo. Porque tudo se trata de empoderamento. Tudo se trata da crença de que um é inferior ao outro. E não há nada melhor do que um livro pra mudar essa balança.

Nada como uma fêmea da espécie para mostrar que a justiça pode ser feita por ela.

Leiam. Vivam. Repensem.

Este é o livro certo pra isso.

site: https://www.instagram.com/laylafromthebooks/
Aline Marques 05/11/2016minha estante
Mas que joça, Lay. Você não cansa de ser maravilhosa?




Luiza Helena (@balaiodebabados) 02/02/2017

Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/
The Female of the Species foi um livro que me chamou atenção desde seu lançamento internacional. Posso dizer que esse livro trouxe uma quebra de estereótipos e um outro ponto de vista.

Geralmente em livros que têm personagens que sofreram algum tipo de abuso, vemos somente o lado dessa pessoa. Aqui, Mindy mostra como o abuso afeta as pessoas próximas àquela que foi abusada e a sociedade que vive. A história é contada por três personagens diferentes: Alex, Jack e Peekay.

"Vou continuar fazendo isso mesmo que ela não esteja aqui para se defender.
Porque existem outros como ele ainda. Hoje à noite eles usaram palavras que eles conhecem, palavras que não incomodam mais as pessoas. Eles disseram vadia. Eles disseram a outra garota que colocariam seus pintos em sua boca. Ninguém protestou porque esta é a nossa língua agora. Mas então eu usei minhas palavras, enfiadas em frases que cortaram fundo, e as pessoas prestaram atenção; as pessoas se sobressaltaram. As pessoas não sabiam o que pensar.
Minha língua é chocante.*"

Alex é uma protagonista diferente e estranha. Sim, isso mesmo. Ela é uma anti-heroína, mas ainda assim você não deixa de se simpatizar com ela. Muitos podem achá-la um tanto psicopata ou sociopata, mas o estupro e assassinato da sua irmã e o assassino sair impune mexe ainda bastante com ela. E sua mãe ser negligente também não colabora muito. Sua vida foi marcada com violência e injustiça, então ela crê que cabe a ela fazer a justiça. Mas não pense que ela acha que está certa: Alex sabe que o que faz é errado, mas não sabe como e pra quem pedir ajuda.

"É assim que eu mato alguém. E não me sinto mal por isso.*"

Jack foi um personagem que gostei bastante também porque ele mostrou um lado mais sensível dos homens, principalmente na fase da adolescência. Geralmente, nos YAs da vida, vemos somente a mocinha sofrendo pelo carinha, com suas inseguranças e dúvidas. Bom, aqui esse papel é designado a Jack e achei isso bem importante. Não é só porque é homem que o cara não pode sofrer por amor, ser inseguro quanto à sua parceira.

"Estou apaixonado por essa garota.
E isso é o que eu estou me segurando agora, neste momento."

Peekay**, de nome de batismo Claire, é aquela personagem que logo na primeira aparição você quer que seja sua amiga. Como seu apelido diz, ela é filha de pastor, mas nem por isso deixa de curtir a adolescência. Ela passa por algumas barras pesadas durante a história, mas é na sua amizade inusitada com Alex que ela encontra apoio e coragem para superar.

O livro trata de muitos assuntos que infelizmente ainda estão presentes na sociedade e muitos insistem em fechar os olhos. The Female of the Species trata de uma forma direta e sem muito rodeio cultura do estupro, assédio sexual, pedofilia, slut shaming, entre outros. Em determinada cena, eu senti como se fosse comigo e doeu bastante. E o pior de tudo é que isso acontece corriqueiramente na sociedade como se fosse algo normal.

"[...] garotos serão garotos, nossa frase favorita para desculpar tantas coisas, enquanto a única coisa que nós temos para o gênero oposto é mulheres, dito com desdém e indicando com um rolar de olhos.*"

O livro também fala sobre maltrato de animais - Alex e Peekay trabalham num abrigo. É de cortar o coração algumas cenas sobre os abandonos dos animais. Então, se você é daqueles que não consegue ver um animal ser maltratado, vai sofrer horrores aqui. Infelizmente é outra realidade que se fecham os olhos.

Achei que o título do livro combinou com a história, principalmente com Alex, justamente por conta da natureza das fêmeas de qualquer espécies: algumas matam, mas todas têm um instinto de proteção e defesa maior que os machos.

"- Você vê em todos os animais - a fêmea das espécies é mais mortal que o macho.
- Exceto em humanos."

O final, apesar de não ter sido muito do meu agrado, foi o único final que a história poderia ter, isso eu tenho de admitir. E eu estou de bem com isso; não poderia ter um final diferente.

The Female of the Species tem lançamento nacional previsto para junho deste ano, pela Plataforma21.


* Traduções feitas por mim
** Pronúncia de PK, expressão em inglês que significa preachers' kid == filh@ de pastores)

Leia mais resenhas em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/

site: https://balaiodebabados.blogspot.com.br/2017/02/resenha-135-the-female-of-the-species.html
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Maria Fernanda 08/03/2017

FUI COM MUITA SEDE AO POTE
Ah... Essa foi difícil. De longe, a resenha mais difícil que eu já escrevi até hoje. Primeiro porque terminei a leitura com uma gritaria na minha cabeça, meus pensamentos se atropelando para ver qual conseguiria tomar uma forma discernível mais rapidamente. Segundo porque precisei de alguns dias debatendo comigo mesma a inteligência e a burrice de The Female of The Species para poder chegar a um veredicto.

Então... Por onde eu começo?

Mindy McGinnis produziu uma obra cuja melhor palavra para adjetivá-la só pode ser "agridoce". É um livro tão extremamente incômodo quanto pertinente. Isso porque a autora aborda assuntos problemáticos, como cultura do estupro, machismo, misoginia, caráter e moralidade, mas com a aparência de subtexto. McGinnis não chega a realmente bater de frente e escancarar o que poderia ter sido uma intensa dissertação, preferindo, ao invés, adotar um tom que provoca e desafia o leitor a inferir qual é a sua real mensagem.

Podem chamar de sutil, eu chamo de débil.

Débil, pois, ao tentar estabelecer nas entrelinhas um confronto entre concepções e comportamentos condicionados e a forma como verdadeiramente nos sentimos, na minha opinião, a autora acabou inocentemente fazendo um desserviço. Por quê? Ora, entrelinhas só existem para quem sabe lê-las, e para isso é necessário ter bagagem contextual. Quando classifiquei anteriormente The Female of The Species como um livro incômodo, estava me referindo à postura de Jack e Peekay. Esses personagens internalizaram o machismo tão profundamente que a convicção com que expõem suas interpretações de mundo podem vir a parecer perfeitamente plausíveis para aqueles leitores que, infelizmente, partilham da mesma ótica. E, nesse caso, eu pergunto: o subtexto ainda se aplica? A questão ainda está posta se o questionado não tem consciência dela?

Um tiro que possivelmente vai terminar saindo pela culatra.

Para piorar, eu não consegui me conectar com o enredo, nem com os narradores. Os três primeiros capítulos, onde temos o contato inicial com cada um dos protagonistas - Alex, Peekay e Jack -, são tão fantásticos e prendem tanto a atenção que eu fiquei vidrada. Mas, passadas algumas dezenas de páginas, aquela euforia já tinha arrefecido... Talvez Peekay tenha me cativado um pouquinho, mas só. Jack é um babaca que avalia garotas pelo tamanho de suas roupas. E o que falar de Alex, o elemento crucial da trama? O compromisso de McGinnis com o desenvolvimento da inquietante ética controversa da garota perde força quando ela se envolve no que talvez seja o instalove mais estúpido da história dos YA, um romancezinho totalmente imbecil e inoportuno. Afinal, por que a protagonista precisa ter um interesse amoroso?

Ironicamente, a única que ativou meu senso de preocupação leitor-personagem com efeito foi Branley, a típica antagonista, porém, a personagem mais interessante - pelo menos para mim-, mas que vemos apenas a partir da perspectiva dos narradores. O que, particularmente, achei um desperdício. Branley merecia seu próprio pov, bem como maior densidade psicológica. Até porque ela é um perfeito retrato do que essa sociedade patriarcal em que vivemos faz com nossas garotas.

No fim, The Female of The Species poderia ter sido um manifesto extraordinário, porém, a autora perdeu o fio da meada ao decidir deitar sua história na fôrma padrão de fazer YA, que cada vez mais não me desce. Todavia, apesar dos pesares, eu não me arrependo de ter lido esse livro, tampouco me atrevo a tachá-lo de ruim. Muito pelo contrário, acho que foi uma leitura assustadoramente significativa. Só não posso dizer que gostei.

site: http://instagram.com/_bookhunter
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Fernanda 09/09/2017

Que livro merda! (Sem spoiler)
Desculpem-me pelo palavreado, mas não consigo expressar minha raiva de outro modo.
Eu esperava encontrar um romance dark nesse livro. Apenas encontrei personagens mal construidos, um enredo chato e ridículo e uma escrita enfadonha. E isso porque nem vou me aprofundar no romance forçado e completamente sem química entre Jack e Alex. Foi o casal mais broxante que eu já li.
Enfim, o livro tem um final horroroso. Não é um romance, mas um ode ao feminismo. E um péssimo ode ao feminismo, porque passa uma mensagem completamente desesperançada de que se você for mulher, sempre será machucada por tudo e todos durante toda a sua vida.
Não gostei. Pela leitura nós temos a ideia de que todos os homens são monstros e que grande parte das mulheres fecham os olhos para as crueldades que são cometidas. E fora as inúmeras piadas sobre estupro... Isso foi além de desrespeitoso. E eu nunca conheci alguém que tenha feito piada sobre isso. Posso ter dado sorte, mas não acredito que todas as pessoas sejam monstros.
Enfim, não recomendo. Não recomendo as feministas; não recomendo as não-feministas; não recomendo a nenhuma mulher ou ser humano.

P.s.: "A distância entre nós" (Thrity Umrigar) é um livro lindo e delicado sobre a força feminina. E com certeza mais enriquecedor que essa porcaria que eu acabei de ler.
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Lune 26/04/2022

surpreendente
Eu tinha visto esse livro como uma recomendação no Tiktok e fiquei curiosa sobre, porém eu não sabia exatamente qual era o plot.

Gostei bastante desse livro porque muitas vezes eu não sabia o que esperar e sempre acabava supreendida.

Assim que comecei a leitura, não consegui parar por nada de tão envolvida que eu fiquei com a história.

tw: assassinato, tortura, assédio, estupro
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Isa 02/06/2017

Este livro é honesto e de quebrar o coração, lidando com temas difíceis como a cultura do estupro e slut-shaming de maneira única e brutal. Recomendo demais.

site: https://www.goodreads.com/review/show/1796555410
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Adnan 19/09/2017

Um soco no estômago. Leitura difícil, mas que proporciona diversas reflexões.
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