Se eu fechar os olhos agora

Se eu fechar os olhos agora Edney Silvestre




Resenhas - Se eu fechar os olhos agora


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Jessé 09/05/2020

E se eu abrisse os olhos agora? O que eu perceberia?
Paulo e Eduardo descobrem um corpo morto na beira do lago. Eles estavam ali para brincar, mas acabaram se deparando com uma cena sangrenta e macabra de assassinato. A mulher assassinada era Anita, esposa do dentista da cidade. Duas crianças de cara com a morte, com a podridão da vida. Certamente eles não seriam os mesmos depois daquilo.

Junta-se aos dois garotos o velho Ubiratan, que mora no Asilo São Simão e não tem ninguém com quem conversar ou jogar xadrez, o que o obriga a escapar diversas vezes, pulando o muro da instituição, para ver algo de interessante na cidade. De modo muito inusitado, o velho e os dois moleques entram no arriscado empreendimento de tentar descobrir quem matou Anita, mas eles não esperavam que essa morte envolveria a elite da cidade e toda a classe política econômica que comandava aquele pedaço de terra.

Escrito de forma rápida e intensa, quase como um torpedo, o livro de estreia do autor Edney Silvestre nos presenteia com vários momentos belos e catárticos. Todas as personagens têm os seus esqueletos no armário. Todos os traumas nos são apresentados, ou melhor, são jogados na nossa cara. Em algumas ocasiões podem até causar desconforto, mas a crueza de tudo também encanta ao não nos poupar nenhum detalhe sórdido das pessoas que habitam aquela cidade.

Ao final, o livro é uma síntese da história do Brasil e seus sucessivos golpes, conchavos, lascívias e dissabores. É uma leitura que deixa um gosto amargo na boca. Porém, fica aquela esperança de que afeições verdadeiras e amizades reais possam ser maiores do que o horror espalhado pela humanidade. Ainda existem Paulos e Eduardos no mundo, felizmente.

site: https://sobreoquelievivi.blogspot.com/2020/05/se-eu-fechar-os-olhos-agora-edney.html
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Magnos_Moreira 28/03/2020

Se eu fechar os olhos agora
Um livro de romance, drama e suspense perfeito, com uma narrativa perfeita, com o olhar de dois garotos protagonistas aos acontecimentos dentro do livro cria uma outra atmosfera, com uma trama totalmente forte e sensata.
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juliarosini 17/02/2020

?O começo foi um pouco confuso;
?O livro possuí diálogos extremamente curtos e tbm bem confusos
?Uma coisa que me irritou pra caramba é que nenhum personagem responde às perguntas feitas AHHHHH
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Myckaio 06/02/2020

Existe uma fluidez narrativa nesse livro que é linda. A própria história intriga e desperta interesse o bastante pra continuar atento com os desvendamentos das investigações do mistério do livro, além de ter todo um contexto histórico perfeito.
Quantos aos personagens não tem muito o que contradizer porque todos eles são muito bem construídos e desenvolvidos, talvez a dupla principal, Eduardo e Paulo, poderiam ter tido um pouco mais de tempo pra que a amizade dos dois crescesse mais, mas também admiro o ponto de toda história se passar em curto período de tempo, o que da um ótimo senso de urgência.
No geral acho que o livro se perde por conta da simplicidade das investigações q incomodam por essa tentativa, ou uma quase obsessão em parecerem muito mais complexas do que realmente são. Não ironicamente os dois capítulos finais pouco falam das resoluções do mistério ou demais explicações desnecessárias sobre outros personagens, e são os melhores e os mais emotivos por tratarem da importancia da amizade que esses dois tiveram.
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meuslivros.meumundo 16/12/2019

Livro necessário!!!!
A abertura do Livro já me emergiu a uma atmosfera tensa e repugnante, a descoberta do corpo. E é à partir daí que tudo começa...
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Paulo e Eduardo, 2 amigos de 12 anos, parceiros em tudo, nos estudos, nas porradas, sempre um disposto a estender a mão ao outro. Amigos da mesma sala da escola. Porém muito diferentes entre si: 1 negro, classe baixa, órfão de mãe e que sofre opressão física e verbal nas mãos do pai e irmão, ambos brancos; O outro de classe média, branco, mãe e pai presentes, inteligente, interessado nos estudos. Mas isso não impede de serem parceiros. Eles se juntam ao um senhor que mora em no asilo da pequena cidade no interior do Rio de Janeiro em busca por respostas relacionadas ao assassinato de uma mulher, o que abre uma trama política da cidade em que moram, e também os hábitos e culturas do Brasil na década de 60.
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O livro trás claramente um jogo de poder político, onde famílias tradicionais e "responsáveis" pelo desenvolvimento regional é que mandam, podem tudo. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. Trás também temas como violência sexual contra mulheres, racismo, corrupção, alianças políticas.
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Uma discussão que me chamou muita atenção foi referente à indagação de um dos meninos a respeito do seu futuro: "...apesar de seus desejos e empenhos a respeito de uma formação escolar que permitisse a ele a oportunidade de decidir seu futuro, porém começou a sentir que esse futuro poderia estar nas mãos do "sistema", aquele "sistema", onde apesar da democracia que nos ensinavam nos colégios, onde o povo tem eleições livres e decidem que irá nos governar, e se poderes neste mesmo Brasil que ele não sabia dizer quais eram, ou o que eram, nem tampouco apontar onde estavam, e se as houvesse, essas forças, esses poderes capazes de decidir o destino dele, sem que ele pudesse intervir?"
Algum governo aqui no Brasil tem essa ideologia?
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Amei, recomendo, leitura fácil, rápida, carregada de informação relevante sobre nossa história, e que principalmente faz aquela "coceguinha" no nosso cérebro para mais sede de reflexão e busca de informação a respeito.
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Algumas "forçadas de barra" durante a investigação, como quando os meninos invadem a casa em que a moça encontrada morta morava e lá conhecem o senhor que os ajuda; ou quando eles roubam o hábito de um padre para o senhor se disfarçar e visitar o orfanato (eles mal se conhecem) onde a defunta teria passado sua infância; e quando invadem a prefeitura pelo telhado à procura de documentos..., são os pontos negativos,
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Chamo a atenção para uma característica do livro: menção a fatos históricos e políticos do Brasil dos anos 60! Muita referência a dados históricos da época da ditadura de GetúlioVargas



site: https://www.instagram.com/p/B4C8Xx0Dnoo/?igshid=1uts77qihbeno
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Léo 03/12/2019

Bom suspense
Este livro foi uma boa experiência de suspense razoável.
Um dos pontos que mais gostei do livro foi a ambientação da trama. A forma como o livro descreve a pequena cidade no interior do Brasil já década de 1960 é bem interessante, de certa forma a apresentação do local possui uma atmosfera sinistra e que ajuda a instaurar um clima de suspense. Os personagens também se mostraram razoavelmente interessantes, a relação de cumplicidade entre eles não chega a ser grandiosa, mas ainda é notável. O livro não chega a ter dezenas de personagens que vão se mostrando suspeitos do crime como estou acostumado em tramas policiais, o que me levou a não desconfiar da maioria dos mesmos durante a leitura, oq chegou a ser meio massante.
Um dos pontos que mais me incomodou na escrita do autor foram os diálogos, que em muitos momentos se mostraram meio confusos e até mesmo irritantes com os personagens constantemente ignorando as falas do outro.
O desfecho do livro é um dos seus pontos mais fortes, pois além de ser surpreendente, tem um pé no perturbador, ao retratar de uma forma ousada e brutal uma trágica realidade do passado do país, algo que se mostra presente em boa parte do livro.
A leitura no geral foi boa, porém, o livro possui alguns pontos fracos, que não o tornam ruim, apenas não o fazem tão marcante e memorável, mas ainda é uma boa dica para os leitores de trhriller policial.
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Cley 26/11/2019

Paulo e Eduardo terão suas vidas transformadas depois de terem encontrado o corpo mutilado de uma jovem. Após terem sido acusados do assassinato, os dois garotos de doze anos são liberados depois de o esposo da vítima ter confessado o crime. Mas, a forma que o caso foi tratado deixa Paulo e Eduardo intrigados e decidem investigar o que de fato aconteceu, contando com a ajuda de um velho misterioso. O que Paulo, Eduardo e o velho não imaginavam é que, esse crime significava algo além, era apenas a ponta do iceberg, abaixo que se concentrava o verdadeiro horror.

"Os mortos não ficam onde os enterramos."

Uma obra nacional muito bem construída, revelando uma cidade do interior fluminense da década de 60, em que havia muito preconceito, racismo, machismo, coisas que hoje em dia também existem, mas antes isso era escancarado.
A atmosfera criada pelo Silvestre me fez criar conexão com essa história, narrativa que conduz a refletir sobre uma sociedade elitizada que, quando algo a ameaça, ela precisa impedir, independentemente das consequências desastrosas.

Demorei um pouco para acostumar com a escrita do autor, pois a linguagem não segue o padrão dos romances mais contemporâneos, mas isso se torna um mero detalhe diante da grande obra que ele apresenta.
O autor fez várias denúncias sociais, e apresentou muito bem um cenário caótico que expressa o poder de um grupo dominante para um grupo dominado.

Fora o mistério que é apresentado em toda obra, destaco a bela amizade entre Paulo e Eduardo, em meio às situações, a lealdade e companheirismo que um tem pelo outro ultrapassa qualquer barreira.

Minha única ressalva vai para o final, o qual achei corrido. Essa obra foi escolhida pelo clube do livro que participo. Livro do mês de novembro que é muito mais que uma história de assassinato. Mas, uma narrativa que revela o que o homem tem de pior dentro de si e do que ele pode fazer para esconder sua verdadeira essência. “Se eu fechar os olhos agora” também mostra que nem tudo é o que parece.
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Silmara 13/10/2019

Recomendo
Amei a história, as personagens, a escrita do autor, um livro gostoso de ler, mas que li em doses homeopáticas, acho válido degustar a história, pq é pesada, apesar de bem escrita. Uma ótima leitura e premiada que recomendo!
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Ladis 06/10/2019

Pesadíssimo!
Chorei no final.
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Michele 08/09/2019

Para nos abrir os olhos...
O romance "Se eu fechar os olhos agora", de Edney Silvestre, trata da história de dois meninos de doze anos, Paulo e Eduardo, os quais encontram o corpo de uma mulher assassinada a facadas enquanto se banham no lago. O desfecho frustrante da investigação com a confissão de autoria do crime por parte do marido da vítima os instiga a tomar a iniciativa de buscar novas evidências e hipóteses que elucidem o crime.
Com a ajuda de Ubiratan, um idoso interno em um asilo, os meninos vão descobrindo não apenas as novas verdades sobre o caso, mas também as verdades das relações sociais: os homens em posição de vantagem em relação às mulheres, os brancos em relação aos negros e os ricos relação aos pobres.
Numa história ambientada no interior do RJ durante a década de sessenta, passamos por diversas citações e menções a fatos políticos e culturais pertinentes não apenas a este tempo, mas ainda necessários nas discussões atuais. As denúncias sociais são sem dúvida o ponto alto do enredo.
A minha maior crítica é em relação à falta de revisão do texto que na sua nona edição pela Record merecia mais atenção.
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Bela 26/08/2019

Livro extasiante
Faz um tempão que não tinha estas reações enquanto lia um romance. História densa, possui uma narrativa incrível, a construção dos personagens principais é excelente.

Li o livro inteiro boquiaberta.
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Cassionei 24/07/2019

UM ROMANCE SOBRE AS PALAVRAS
Se eu fechar os olhos agora, de Edney Silvestre (Record, 266 páginas), não é um romance sobre um crime. Quer dizer, é, mas não é. É um romance que trata de um crime, da investigação sobre este crime, das pessoas envolvidas, de suspeitos, de inocentes, de intriga entre poderosos (da política, da igreja, da polícia) e traz ainda temas como racismo, machismo, adultério, abandono, perversões sexuais. Em muitos momentos, lembra os romances policiais dirigidos ao público infanto-juvenil, como O gênio do crime, de João Carlos Marinho, recentemente falecido, ou A droga da obediência, de Pedro Bandeira, pois dois dos “detetives” da história são meninos entrando da adolescência, ajudados por um velho, morador de um asilo. No entanto, é um romance adulto, bem adulto, impróprio para menores em muitos momentos.

Como eu dizia, não é um romance sobre um crime. É, na verdade, um romance sobre as palavras. Ele não é apenas composto por palavras, mas elas têm também papel fundamental na história. É a palavra dita ou escamoteada (“Não repetirei a palavra que usou para definir a relação dos velhos com os meninos”, diz uma freira ao velho), a certa ou a incorreta, a que consola ou machuca, a que nomeia, a que julga, a de gente importante, a do inocente, a que acentua a diferença de classe social ou de raça, a que vale e a que não vale, as palavras feias e as bonitas, as antigas e as novas, as nobres e os palavrões (“...poucos hoje em dia sabem que chato é palavra de baixo calão”, diz a mesma freira). Muitas são guardadas por um dos meninos em tiras de papel, com seus significados vistos no dicionário do amigo, que corrigia o outro quando derrapava na língua. Um deles é quem escreve a história. O outro esboça a história, não encontra as palavras para contar o que viveram. O outro então as encontra e elas formam a história que lemos.

Paulo e Eduardo são os meninos. Têm doze anos quando o enredo se desenrola. Início dos anos 60, o país vivendo entre duas ditaduras, mas que continha pequenas tiranias nas cidades do interior. Um desses territórios é governado há três gerações pela família Marques Torres. “Nada neste país é o que parece. E esta cidade é um microcosmo do Brasil”, diz o velho aos meninos. Ubiratan é seu nome, mas também é Basílio da Gama, quando se disfarça de padre para obter informações de uma freira, ou Basílio Gomes, quando se disfarça de advogado da família da mulher assassinada. Anita é o nome dela, mas não o nome de pia. Ela era loira, mas não era branca. Era casada com o dentista da cidade, mas não era sua mulher. Nada é o que parece ser nessa história.

Tudo começa com os meninos encontrando-a morta na beira de um lago. Num primeiro momento viram suspeitos, até que o dentista assume a culpa. Ele, porém, é muito velho e fraco, por isso os meninos não acreditam nessa possibilidade. Então decidem investigar, vão se meter onde não deviam, vão mexer num vespeiro, com a ajuda do velho Ubiratan, um homem que não fecha os olhos para a injustiça. E o que se segue é uma trama que nos prende, conduzindo para um final que, se não nos surpreende de todo, é bem amarrado, mas com um nó que ainda pode ser desfeito.

Edney Silvestre demonstrou suas qualidades literárias nesse primeiro romance, lançado em 2009, e que recebe agora, exatos dez anos depois, uma nova edição, motivada pela minissérie da TV Globo inspirada no livro. Se no jornalismo demonstrava saber como poucos trabalhar com as palavras, na literatura vem seguindo a mesma trilha.


site: https://cassionei.blogspot.com/2019/04/um-romance-sobre-as-palavras.html
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Miranda82 13/07/2019

Regular
Ponto forte: citações históricas (embora superficialmente o autor menciona fatos históricos, como a chegada do homem à lua e a construção de Brasília, que contribuem na contextualização do enredo);
Ponto fraco: diálogos (terrivelmente rasos, parecem que foram escritos apenas para ocupar espaço na diagramação do livro);
Personagens: Anita/Aparecida (moça cujo corpo é encontrado à beira de um lago por dois meninos que decidem investigar o motivo do assassinato); Eduardo (um dos meninos que encontra o corpo de Anita, garoto branco, classe média, reside com seus pais); Paulo (amigo de Eduardo, o outro menino que encontra o corpo, órfão de mãe, mulato, pobre, vítima de violência doméstica); Ubiratan (aposentado que, para fugir do tédio no asilo em que reside, ajuda os dois meninos na investigação sobre o assassinato de Anita).
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Vivi 06/05/2019

Nunca li nada do autor, nem sei quais outros livros teriam dele mas posso afirmar que achei a escrita maravilhosa e dava até para ler em pouco tempo mas eu quis dar aquela prolongada não queria que acabasse logo.
Ano é de 1961 temos dois meninos de 12 anos Paulo e Eduardo que moram no interior e que descobrem em suas aventuras de meninos da época o corpo de uma jovem mutilado e com diversas facadas. Vão a polícia e acabam ficando detidos até que a o marido acaba sendo o acusado. Só que esses garotos não se contentaram de que seria realmente esse o assassino pois diversas teorias os levavam a essa conclusão. E decidiram investigar e no meio de tudo isso conhecem Ubiratan um senhor que foge todas as noites do asilo que tb tem o mesmo propósito. A cada nova descoberta os três foram arrumando inimigos , muitas mascaram foram caindo e o que era de se esperar... não sobrava um que não tinha o dedo podre nessa história. Com o virar se cada pagina vamos acompanhando de forma dolorosa o amadurecimento desses garotos. Em algumas brechas temos tb ai algumas críticas no contexto político e econômico do nosso Brasil que nao deixam de ser mentiras de coisas que aconteciam na época um pouco depois e não muda muito do que é hoje.
Temos tb violência doméstica, prostituição, racismo estupro e muita corrupção. Aquela velha história de quem tem dinheiro manda mais grita por aqui pq eles desvendaram o mistério mas pagaram um preço alto por isso.
Anos depois ficamos sabendo o que houve com esses meninos ano preciso seria 2002 e confesso que fiquei triste por eles. E o final do livro não poderia ser melhor esse desfecho magistral.
A mensagem é muito bacana sobre a amizade desses dois e não foge muito da realidade.
Em breve vou assistir a serie e espero ser tão empolgante quanto essa escrita.
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