Sopa de Lágrimas

Sopa de Lágrimas Gilbert Hernandez




Resenhas - Sopa de Lágrimas


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Leonardo1263 23/09/2023

Tem todo jeitão das obras de Gabriel García Márquez
Gilbert Hernandez apresenta um trabalho elogiadíssimo pelos grandes escritores do Underground. Beirando a similaridades, como as obras de Robert Crumb e Will Eisner, Gilbert tem o dom de prender o leitor com uma mistura confortável de aventuras e desventuras de pessoas simples da cidade de Palomar. SOPA DE LÁGRIMAS, publicada anteriormente no Brasil por outras editoras, não teve o devido tratamento e a edição comentada aqui será da EDITORA VENETA, que faz jus a obra e apresenta um belo encadernado publicado em 2016.

Palomar, uma pequena cidade localizada em algum lugar da América Latina, onde tudo parece atrasado e retrógrado, sem recursos básicos como televisão, rádio, escolas e hospitais, a cidade praticamente se restringe a um velho cinema caindo aos pedaços, onde os filmes são totalmente desatualizados. O contexto central da obra, de início, é apresentar de forma clara e divertida as peripécias de um pequeno grupo de crianças/adolescentes que brincam, brigam, aprontam, crescem e tomam caminhos diferentes. Sopa de lágrimas traz um pouco do que é viver em regiões tão afastadas, onde a falta de educação (educação no sentido acadêmico) aflora a imaginação e crença, onde as lendas urbanas ganham força e as fofocas tem um poder inimaginável. Uma terra simplesmente esquecida por Deus.

Vale a pena lembrar que por mais simples que sejam os traços e narrativa gráfica Gilbert brincou bem com as muitas referências em cenários, onde os supostos figurantes nos mostravam coisas absurdas e surreais, personagens já falecidos e disformes.

Destaque principal para a atraente Luba (capa), uma índigena que já foi desejo sexual de quase todos os homens da pequena cidade. Luba se destaca por não ser conservadora, vive a vida da melhor forma possível e cuida de suas meninas fazendo as vezes de pai e mãe. Os homens da cidade são desastrados e tratados entre o cômico e o trágico, todos meio covardes mas de grande humor.

A obra é ficcional mas traz uma bagagem muito forte sobre a década de 80 quando foi escrita. Vale a pena conferir e se divertir!
comentários(0)comente



Gabriel Farias Martins 14/05/2023

Vivi em Palomar
Que local mágico, estive por lá com Luba, Manuel, Carmen, Pipo, Chelo, Israel, Jesus e tantos outros..
Não é considerado "o cem anos de solidão em quadrinhos" atoa, a obra tem uma identidade mágica, os personagens e suas vidas..
Recomendo conhecerem todos, em seus pequenos detalhes
Palomar é mágica, e eu estive lá
comentários(0)comente



Mari Pereira 23/02/2023

Ao ler "Sopa de lágrimas" encontrei sim um tanto de América Latina, de literatura fantástica, de crítica social...
Mas confesso que a HQ não me envolveu... Não consegui entrar no ritmo da narrativa, não entrei no tom das histórias... Algumas achei interessantes, outras nem tanto. Em muitas partes achei tudo um bocado estereotipado.
Reconheço a importância da obra, mas não foi dessa vez que rolou o encanto.
comentários(0)comente



mononoke 17/02/2023

Realismo fantástico em Quadrinhos
Realismo fantástico em quadrinhos realmente só podia dar certo, e assim foi Sopa de lágrimas. O livro se passa em Palomar, um vilarejo ficticio de localização inexata e aparentemente dificíl acesso, percorrendo gerações de habitantes desse local através de anos, se aprofundando em suas vidas pessoais e relações ao longo do livro, fugindo de uma ordem cronológica linear, mas ao mesmo tempo avançando nos anos. O domínio de todos os personagens e do vilarejo com a quantidade de camadas que vão sendo adicionadas é exemplar, além de as histórias serem cativantes, cômicas, trágicas e extremamente envolventes. Não se é o mesmo depois de conhecer Palomar.
comentários(0)comente



Henry 13/09/2022

Causos de Palomar
Como já disse no título, esse encadernado reúne histórias inusitadas que aconteceram na cidade - fictícia - de Palomar.

Gilbert Hernández se mostrou um exímio contador de histórias e utiliza toda sua criatividade para desenvolver os vários personagens que compõem essa HQ.

Muitas delas são bem críveis, ou seja, acreditamos que possa acontecer facilmente em alguma vila ou comunidade ao redor do mundo, mas há aquelas que beiram o fantasioso.

Os desenhos em PB são satisfatórios, nada que me desaponte ou agregue tanto.

Minha avaliação só não foi melhor porque, ao mesmo tempo que curti demais alguns contos, detestei outros.
comentários(0)comente



veroneze.ta 13/04/2020

REALIDADE EXPLÍCITA...
UAU, QUE LEITURA! Fascinada por cada canto obscuro de Palomar!
Tantos detalhes individualizando cada personagem... os trazem à vida!
Foi triste chegar á última página, quero mais!
comentários(0)comente



Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2018

Em Palomar, um vilarejo localizado em algum ponto da América do Sul, Gato amava Pipo que amava Manuel que não amava ninguém, mas namorava todas. Dentre histórias de amor, dramas familiares, brincadeiras de moleques e uma pitada de sobrenatural, o leitor é apresentado a Luba, uma exuberante forasteira que se instala no povoado; Chelo, a bañadora oficial da cidade; e Típin Típin, o último romântico de coração partido.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788563137678
comentários(0)comente



David 14/02/2018

Sopa de América Latina
Sopa de lágrimas, HQ de Gilbert Hernandez, é uma obra declaradamente inspirada em Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez.
Um povoado fictício, distante das metrópoles, com modos de vida ainda algo “arcaicos” em comparação com cidades altamente tecnológicas, e aquele tempero latino-americano. A Macondo do escritor colombiano aqui dá lugar a Palomar e seus habitantes excêntricos.
Mas, vale repetir desde cedo, “Cem Anos...” é inspiração de e não adaptada em Sopa de Lágrimas, escrita ao longo dos anos 1980.
Hernandez nasceu nos Estados Unidos, mas tem mãe mexicana. E a HQ é, fundamentalmente, latino-americana. A crítica social sutil (mas nem sempre) está muito mais pra Márquez e pra Galeano do que pra qualquer outro escritor estadunidense.
Dito isso, a trama de Gilbert anda por si só. Com histórias curtas e, por vezes, despretensiosas, Hernandez constrói suas personagens com uma profundidade impressionante.
Assim, acompanhamos uma série de habitantes da cidade em seus dramas e tragédias ao longo dos anos. Uma boa dose de realismo mágico também permeia Sopa de Lágrimas, é claro.
Obra-prima.

site: https://rabiscrevendo.wordpress.com/2018/02/14/sopa-de-america-latina/
Fran 14/02/2018minha estante
ele é resenhista ele


David 14/02/2018minha estante
Hahahahahaha trouxa


David 17/04/2018minha estante
Quero ler.




Cilmara Lopes 18/09/2017

Lembra meu avô me contando histórias...
Alguns anos atrás eu li uma história que me deixou extasiada por um bom tempo. Dentro do realismo fantástico conheci uma grande família que gostava de passar os mesmos nomes de geração após geração, isso com o passar do tempo se tornou até uma anedota.
Eu lembro com muito carinho de muitos personagens, eu chorei, ri, mas principalmente, fiquei impressionada. E quando pensei que tudo havia terminado tive uma surpresa que até hoje não aconteceu em nenhuma outra leitura.
Essa leitura foi "Cem anos de solidão" do colombiano Gabriel Garcia Marquez, é nítido que Gilbert Hernandez se inspirou na família Buendia para criar "Sopa de Lágrimas".
Eu vi Macondo em Polomar, o povoado simples, mas recheado de surpresas.
Tudo inicia com a parteira e banhadeira Chelo, que trouxe a luz mais de 100 crianças, sua posição significativa dentro da cidade muda quando a faceira Luba chega e se coloca como sua concorrente nos banhos e ainda abre um cinema na região.
À partir daí seguimos conhecendo o cotidiano de cada personagem como se fosse uma novela, tudo é tão bem entrelaçado que chega a dar gosto de ler.
A arte é perfeita para o enredo, é diferente, lembrando caricaturas, as expressões são bem apresentadas nos fazendo se relacionar mentalmente com os personagens.
Eu indico para quem gosta de hqs underground, afinal tanto Gilbert quanto seus irmãos foram fundamentais para segmentar esse gênero tão importante!
E para quem também ama "Cem anos de solidão" é uma boa pedida, mas se não tiver habituado a ler grafic novels recomendo que vá com calma, vale a pena a tentativa!
AleixoItalo 19/01/2021minha estante
Por isso amo tanto o realismo fantástico, me lembra as histórias do meu avô também




9 encontrados | exibindo 1 a 9


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR