A ordem do discurso

A ordem do discurso Michel Foucault




Resenhas - A ordem do discurso


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Gustavo.Henrique 12/01/2022

Nesta pequena obra resultado de uma conferência, foucault faz uma breve explanação sobre as diversas ordens do discurso, mostrando suas diversas faces e se valendo de seus próprios estudos para evidenciar tal tese. Uma obra breve, mas serve como introdução a metodologia foucautiana de análise, mais do que uma obra explicativas, é seu caráter de instigação que emerge para o leitor e o arrebata.
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Natália D 01/04/2009

Antes de "A Ordem do Discurso", meus contatos com as obras de Foucault estavam restritos à cópias de capítulos que os professores sugeriam como leitura.

Apesar dessa restrição, desenvolvi uma certa antipatia em relação ao Foucault. Tanto por achar que como filósofo, ele é um dedicado historiador, quanto por compartilhar da opinião de que para escrever bem e expor uma idéia, uma pessoa não deve usar apenas palavras bonitas, mas também se fazer entender.

Ao ler "A Ordem do Discurso", ficou a impressão de um Foucault prolixo, que inicia uma idéia, mas não consegue terminá-la.

O verdadeiro mérito deveria ser dado aos que escrevem as sinopses de seus livros, e a todos aqueles que fazem uma releitura de suas obras, para que nós, meros mortais, possamos compreender o que Foucault estava tentando nos dizer.

Na verdade, ao lê-lo, sempre tenho a ligeira impressão de que Foucault está zombando de todos nós.



Bell_016 02/04/2010minha estante
Sorte que temos os "comentadores" para os textos dele, então?


Thiago Benício 14/05/2015minha estante
Se ele conseguiu ou não terminar a ideia não posso afirmar com certeza pq simplesmente não entendi uma considerável parte do livro, pois embora eu tenha escutado a noção sobre o que trata o livro, a forma como ele escreve, como você já comentou, realmente parece prolixo além do fato de parecer que ele queira restringir a apenas um grupo o entendimento sobre o texto, o que não acho tão interessante.


Luan.Sehn 13/12/2015minha estante
"Na verdade, ao lê-lo, sempre tenho a ligeira impressão de que Foucault está zombando de todos nós" hahaha Adorei essa parte.

Então, não daria para considerar o Foucault como "um dedicado historiador", mas entendo o que queres dizer. A contribuição dele e a sua visão está muito mais no campo da filosofia do que da História (inclusive a concepção de tudo ser um discurso).
Agora, entrando especificamente dentro desse livro, ao dar esse discurso, Foucault queria não muito mais que especificar seus métodos, onde pretendia aplicá-los e sua concepção dentro da área das ciências humanas. Por isso imagino que tenhas achado que ele "inicia uma idéia, mas não consegue terminá-la".
E acho compreensível a escrita dele ser "mais difícil" justamente por ser filósofo, área em que isso é bastante comum, mas como diria o historiador Marc Bloch, devemos ?saber falar aos doutos e o aos escolares?.




Locimar 28/08/2020

......
A obra que me iniciou na compreensão mesmo que limitada do poder do discurso ou do que os discursos significam na vida das pessoas. Fabuloso. Uma das obras mais compreensíveis de Foucault, juntamente com "A história da loucura".
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Lu_Augusto 27/10/2023

Um livro curto, na verdade uma transcrição de uma palestra dada por Foucault.
Entretanto, mesmo sendo um texto pequeno nos apresenta informações relevantes acerca do modo como o discurso é formado e difundido.
É uma excelente obra que leva a reflexões como: por que o discurso de ódio é tão difundido por aí, principalmente nos últimos quatro anos; além disso, nos mostra também que esse discurso, assim como outros, são minuciosamente formados por poucos para serem propagados por muitos.
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Eduarda Veloso 13/01/2022

Iniciando a Psicanálise
Michel Foucault foi o autor escolhido por um dos meus mais queridos docentes na hora de me introduzir aos estudos psicanalíticos, não através deste livro, mas sim de "História da Sexualidade" (o qual li apenas alguns capítulos). Porém, foi através dessa aula e do estudo de seus escritos que a paixão por Foucault teve início.

Ler "A ordem do discurso" significa despertar. Despertar para tudo aquilo que nos acomete enquanto sujeitos sociais e que precisam conviver com o Outro. A leitura nos demonstra e explica, de uma forma simplificada, mas não menos clara, toda a repressão moderna a qual somos acometidos de forma inconsciente. É mesmo um despertar.
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Messias 04/09/2023

Um livro simples, curto, de entendimento razoavelmente fácil. Do ponto de vista do conteúdo, acho bom, mas nada excepcional. O ponto positivo é que é curto, então não chega a ser cansativo. Gostei bastante do trabalho de edição.
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Jéssica Silvestre 27/12/2021

Pequeno e complexo
Um livro que sintetiza bem o pensamento do Foucault mas não e um bom livro para quem não conhece os principais conceitos trabalhados pelo autor, principalmente sobre poder. O livro aborda estruturas que organizam o discurso, desde sobre o que se fala, quem fala, para quem fala, como fala e minúcias dentro de todos esses tópicos.
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Milla 26/03/2016

Resumo para a Universidade
Em A Ordem do Discurso, Michel Foucault nos apresenta suas perspectivas sobre o discurso, seus poderes e perigos.
Primeiramente, é necessário dissociar o discurso de seu significado mais irrisório que seria a fala oral, o discurso deve ser compreendido como toda capacidade de transmitir expressividade.
O autor deixa claro supor que em toda sociedade a produção de discurso é controlada, selecionada, organizada e redistribuída com a função de conjurar esses poderes e perigos e que isso se dá por meio de procedimentos de exclusão divididos por ele em três: interdição, separação e rejeição.
A interdição se revela como a palavra proibida, considerando-se que não se tem o direito de dizer tudo, que não se pode falar de tudo em qualquer circunstância.
A exclusão se dá pela oposição de razão e loucura considerando-se que a palavra do louco era rejeitada tão logo proferida.
Por último, a rejeição seria a oposição entre a verdade e a mentira; por ser a verdade o discurso detentor de justiça, futuro e realizações e por existir em nossa sociedade uma grande vontade de verdade/de saber que nos faz enxergar a verdade como riqueza, fecundidade, força doce e insidiosamente universal. A vontade de saber desenhava planos de objetos possíveis, observáveis, mensuráveis, classificáveis e assim causava grande coerção sobre outros discursos. Essa forma de exclusão passa por Sócrates como uma separação do discurso verdadeiro e do discurso falso, depois passa pela vontade de saber e pela ideologia do positivismo.
Ao observar as colocações do autor, fica claro que um discurso proferido se constitui muito mais do que não é proferido, do que é represado; que a produção de um discurso é composta principalmente pela parte não produzida devido aos poderes coercitivos do discurso. Construir um discurso é um ato que enfrenta a interdição, a exclusão e a rejeição antes de ser efetivado.
Dentre os tabus do discurso, o autor elucida a política e a sexualidade que, além de enunciarem sua luta e seu desejo, mas também são aquilo por que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar.
Adiante, podemos refletir sobre as possibilidades de um discurso e classificá-los singelamente de duas formas: o discurso original e o discurso repetido acerca do primeiro. Para a compreensão, podemos pensá-los em textos literários.
O discurso original traz consigo um ato de origem e pode ser considerado um discurso fundamental, enquanto o discurso repetido traz novos atos e são eles que repetem, glosam e comentam o original, fazendo-nos concluir também que o discurso repetido é um comentário do original e que sua novidade está, portanto, nas circunstâncias que o trazem à vida. A distância entre essas duas modalidades de discurso é o que permite que novos discursos e novas circunstâncias existam. O comentário é um discurso repetido disfarçado de modo que se diga pela primeira vez o que já foi dito e não tem outra função que não dizer o que já estava dito no texto primeiro.
Assim como essa resenha busca trazer aos olhos coisas que já existiam no discurso original proferido por Foucault, mas de uma forma nova devido às circunstâncias. Seu ponto de chegada não é além do seu ponto de partida.
Podemos ver outra espécie de limitação e reunião de discursos na construção de disciplinas, a disciplina reúne discursos mas sem ser necessariamente a soma de tudo o que pode ser dito sobre determinado tema ou todas as suas verdades, pois em seu interior as disciplinas reconhecem proposições verdadeiras e falsas e as falsas também fazem parte de seu discurso, mas apesar de possuir um papel positivo, a disciplina também é coercitiva, restritiva e atua como uma forma de controle do discurso.
Uma outra forma de controlar discursos é determinar as condições de seu funcionamento, além de determinar regras aos que proferem o discurso, ela restringe quem terá acesso a eles e resume em si as coerções do discurso. Um exemplo seriam as atitudes que se esperam de um professor sobre seu comportamento social, a escolha de seu vocabulário ao discursar, um controle que busca definir todo seu padrão e conjunto de condutas que devem ser tomadas. Seguindo o rumo da educação, sabe-se que a educação é o caminho da inclusão social e fortalecimento da subjetividade do indivíduo e meio pelo qual o individuo pode ter acesso a qualquer tipo de discurso, mas ainda assim os discursos são controlados por todo um sistema de coerção e que nos faz concluir que o controle de discurso é uma questão política e de poder.
Portanto, fica evidente que venerar o discurso é uma expressão do nosso temor por ele.
Em oposição às formas de coerção do discurso, Foucault nos sugere, não destituí-lo desse temor que sentimos, mas analisá-lo através do questionamento da nossa vontade de verdade, restituir ao discurso seu caráter de acontecimento e suspender a soberania do significante. Para isso oferece os princípios da inversão, da descontinuidade, da especificidade e da exterioridade e com isso é possível, em alguns casos é preciso, reconhecer o jogo negativo de um recorte, tratar os discursos como práticas descontinuas, conceber o discurso com uma violência que fazemos às coisas, utilizar do discurso para conhecer suas possibilidades às condições externas. Por fim o autor nos apresenta suas considerações sobre possibilidades de estudos a respeito de discursos.
Considerando que esse texto é uma aula inaugural, vemos uma atitude, não de combate, mas de análise e compreensão das capacidades, causas e consequências de um discurso dentro de um campo de produção de discursos, por parte do autor.

(Millena Bezerra: Graduando Bacharelado em Museologia, Universidade Federal de Pernambuco.)
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Joachin 07/12/2012

Na conferência A ordem do discurso, pronunciada no Collége de France em 1970, Foucault toma a palavra para tentar explicar seu projeto de pesquisa e docência enquanto estiver atuante na instituição. O inicio dessa fala é bastante emblemática na medida em que o próprio filósofo francês solicita que o público não o perceba como o portador de uma voz autorizada pelos ritos acadêmicos, mas como um sujeito que consegue burlar essa mesma ordem do discurso ao colocar em pauta os perigos que cercam a fala ritualizada e a sua proliferação entre os ouvintes. A questão é que, basicamente, nas sociedades ocidentais, os discursos oficiais tem uma função até temível, pois excluem e interditam outras falas que não estão ligadas a legitimação de um poder que tem como objetivo disciplinar mentes e corpos.
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Mari 09/01/2010

A ordem do discurso - Michel Foucault
Este pequeno discurso é a aula inaugural que Foucault pronunciou ao assumir a cátedra no Collège de France, de forma que pode ser considerada uma leitura introdutória ao pensamento do filósofo, um texto de ligação entre suas obras. O pequeno livro trata do discurso e as formas de poder presentes neste, elucidando ao mesmo tempo diversos temas que serão estudados pelo pensador francês. Trata-se de uma leitura essencial para pensar mais sobre a nossa sociedade, tão envolvida em comunicação e, portanto, em diversos discursos. É essencial que possamos reconhecer as formas coercivas de dicurso e o jogo de poder que existe neste para que possamos viver mais conscientemente em sociedade.
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Eliete 02/05/2021

Nao vai ser bem uma resenha, mas um incentivo.
A escrita e a obra de Foucault é bem complexa, apesar de já ter lido outros livros, não consegui entender esse em toda a sua complexidade, acho que já li pelo menos umas 3 ou 4 vezes ( é um livro bem pequeno), mas vou precisar ler outros de Foucault para conseguir voltar nesse e enfim ler com toda compreensão que quero.
De qualquer forma, ler Foucault é sempre incrível!!
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Allan G. 11/11/2012

Belíssimo
Logofobia, logofilia, brilhantismo e por ai vai essa bela obra de M.F. Será mesmo que você é dono das suas ideias?
Allan G. 12/11/2012minha estante
É denso, mas vale a pena.


Marli.Lemos 31/10/2017minha estante
Isso mesmo, será que ele e dono de suas próprias ideias? Grande Foucault, será que vc usou o poder para subtrair nosso entender?




Ingrid.Pardinho 12/03/2021

Breve e denso
Não há divisões de capítulos por se tratar de uma transcrição de uma aula. Foucault não dá respostas simples sobre o discurso porque a própria questão é complexa. O livro termina de forma suave.
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Matheus 23/05/2022

Só li por conta do mestrado e no início me senti muito confuso (para mim foucault não tava falando nada com nada), porém - depois de mais algumas leituras - percebi o quão manipulados nós somos e como a linguagem pode ser nossa pior inimiga
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