Se eu Pudesse Viver Minha Vida Novamente...

Se eu Pudesse Viver Minha Vida Novamente... Rubem Alves




Resenhas - Se eu Pudesse Viver Minha Vida Novamente...


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Deise.Maria 22/01/2024

Cheguei onde cheguei por caminhos que não planejei!!
Mas uma obra de Rubens Alves e como sempre me deparo com cronicas que trazem reflexões nobres sobre diversos temas da vida ,nessas seleções de cronicas o título de baseia nessa pergunta o que faria se pudesse viver minha vida novamente?
Será qu faríamos coisas melhores? O Rubens aqui destaca pontos importantes sobre sua vida o que ele teria sido se não fosse escritor, carreira que ele tomou por coincidência por ter fracassado como pianista. Assim ele compôs música com suas palavras . E nessas cronicas ele traz um pouco do que é viver de nostalgia de coisas que vivemos e as de que sentimos falta e termos vivido .Assim é a vida tomamos rumos que nem imaginávamos mas que se torna um caminho de felicidade e realizações,eu me emocionei com algumas crônicas do Alves e como sempre adoro suas citações sobre outras obras do Fernando Pessoa e do Guimarães Rosa ,ele sempre me ensinando a ver por outro ângulo essas obras.
Como ele próprio destacou tudo o que vivemos é um acúmulo, então é bom termos uma nostalgia, relembrar de fatos e momentos agradáveis que foram únicos mas na vida não existe uma segunda chance ou uma segunda vida ,tudo o que vivemos aqui é um acúmulo de coisas .E pra quem fica o que acumulamos?
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Gustavo 17/05/2021

VIVER É TRANSFORMAR DOR EM FLOR
Texto bom. Curtinho, mas profundo. São divagações poéticas tecidas sobre vida e morte, literatura, liberdade, eternidade, infância e velhice, para citar alguns dos principais temas. Parte da herança de Rubem Alves está contida aí.
Destaco aqui 3 importantes temas:

1. A arte e o artista: Alves descreve o artista como um alquimista que busca resistir ao crepúsculo existêncial, eternizando o efêmero, transformando dor em flor. É por meio da dor, da solidão e abandono que fluem, marcada por sangue, as expressões artísticas. Em suas palavras, "[...] a beleza da arte nasce da tristeza" (p. 92). Ao compartilhar o que lhe toca, o artista solidariza-se e comunga com aqueles que desfrutam de sua arte. Em resumo, a arte nasce da dor; o artista tenta capturar o belo, que é efêmero; e assim o faz partilhando de suas entranhas com seus pares.

2. Infância é o destino de quem aprendeu a viver. O lugar de retorno já conhecido, mas sempre novo, para o qual caminhamos. 'Criança é fim, o lugar aonde todo adulto deve chegar' (p. 25). Essa criança que é '[...] desejo de prazer, corpo entregue ao brinquedo, atividade que é um fim em si mesmo, pela pura alegria que produz' (p. 51), é figura arquetipica que representa essa capacidade de amar e desfrutar deste nosso mundo, brincando e se alegrando nele.

3. O tempo da alma da criança e do velho é o mesmo. A alma não é cronológica, mas eterna. Nosso desejo nostálgico e imaginativo assim o provam. A memória, como um vôo para o passado, nos resgata e orienta. O tempo da alma é contado como um álbum fotográfico, sem início, meio e fim, mas como uma seqüência de imagens onde todo sentido contido numa única imagem de nossa experiência, carrega coisas eternas, que permanecem (p. 87)

Vale a leitura pela beleza poética e sensibilidade diante dos mistérios da existência.
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