"Ana Paula" 14/08/2016Quando comecei a ler essa série, não imaginava que me envolveria tanto com a história, com os personagens e muito menos com a autora. Ao finalizar a série, só posso dizer que ame conhecer mais essa história da Mari e claro, desejo desesperadamente, um conto para o anjo que me conquistou desde a primeira página.
Neste último volume, Mari Scotti liga as postas soltas nos volumes anteriores e, por incrível que pareça, dá um novo ar para nossa protagonista mimizenta: Suzanna.
O livro já começa com a narrativa de Arthur e assim, intercalando entre ele, Suzanna e O Encapuzado do Inferno.
"A imortalidade pode ser uma benção, mas também um tormento a se carregar para sempre, principalmente, quando um anjo se apaixona.
Pela pessoa errada."
Uma guerra está para acontecer. O céu e o inferno se enfrentarão mais uma vez e o céu tem uma arma secreta: Suzanna está treinando, se esforçando para manter sua escolha verdadeira e, por mais que pense que é a mais fraca do grupo, seu coração puro e sinceridade, farão dela essa arma poderosa.
Suzanna cresceu muito neste volume. Ainda mantém a mente e atitudes de uma garota de 18 anos, mas em compensação, seu treinamento e vontade de servir, acabou criando uma personagem mais forte, realista e corajosa. Independente de suas atitudes nos livros anteriores, confesso que me peguei gostando muito dela neste e quero, imensamente, esquecer a Suzanna de antigamente!
Arthur e Pietro continuam os mesmos personagens apaixonantes e significativos. Gosto muito desses dois personagens, acho-os constantes e incrivelmente humanos, mesmo que suas asas provem o contrário.
"O certo seria odiá-lo por ter me carregado para o Inferno e quase ter me condenado a ser parte daquele lugar, mas eu o amava! E não estava disposta a abrir mão deste amor, mesmo sabendo que ele não era mais o mesmo."
Todo o enredo foi construído para encantar o leitor. A história baseada na crença religiosa trás não somente, conselhos para nós, mas também personagens tão humanos, passíveis de errar e de serem julgados. Mari explica ao final do livro que sua intensão não é pregar algum tipo de religião na série, mas sim provar-nos que nossas escolhas são únicas. Nós, seres humanos, possuímos o livre arbítrio para escolhermos o que melhor nos convém, mas todos, independente da crença que segue, será julgado por seus atos no futuro. Mesmo não querendo me comover, me senti toda arrepiada com a "batalha final", se é que posso chamar assim. Me senti dentro do livro, visualizando aquela imagem linda e fiquei muito, muito mesmo sensibilizada. Não! Ninguém morre, mas a descrição da autora é tão forte e realista, que fiquei sem palavras...
Amei as capas novas, ficaram perfeitas e condizente com os títulos e o enredo. Infelizmente, ainda não posso tê-las na minha estante, pois somente temos a versão digital, mas creio que, com toda a criatividade e desenvoltura da autora para criar personagens apaixonantes e histórias incríveis, não demorará muito para conseguir tê-los impressos. A única coisa que não gostei no livro foram as poucas páginas... me senti enganada, sério! Pensei que encontraria muito mais. Esperava, pelo menos em algumas cenas, uma descrição maior e claro, no final, a grande noite de Suzanna! >.< rsrsrsrs
Mas... mesmo com esses pequenos pormenores, a história não deixa de encantar e entreter.
"Eu queria me ajoelhar, queria agradecer, queria chorar e também protegê-lo, pois estava totalmente exposto e minúsculo perto do tamanho sobrenatural de Satanás."
Do mais, só tenho que indicar a leitura dessa trilogia. Não desistam no primeiro livro, como eu quis fazer, confesso. Mas dê uma chance. Tenho certeza que vocês vão se surpreender. Mari consegue mexer com nossos sentimentos, escreve com o coração e é impossível não se surpreender.
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