Nina 03/09/2016Brilhantes foi um livro que me surpreendeu muito e por isso assim que terminei, já emendei com a leitura de Um Mundo Melhor. A trama envolve ficção científica, política, terrorismo e nos leva a reflexões sobre igualdade e tolerância.
Nick Cooper vive em um mundo dividido em entre os normais e os brilhantes. Desde a década de 1980 crianças superdotadas começaram a nascer, elas possuem diferentes talentos como inteligência acima da média, dons para música, matemática, informática, reconhecimento de padrões, etc. Aos poucos, essas pessoas começaram a ter alguns privilégios, ameaçando a tranquilidade e a paz do mundo. Aos poucos, o governo foi criando mecanismos para conter os brilhantes, que se defendiam por meio do terrorismo.
O próprio Cooper é um brilhante e por muito tempo trabalhou para o DAR, agência do governo que controlava os brilhantes, mas, para proteger sua filha, ele decidiu se passar por terrorista e se infiltrar em um grupo rebelde, na tentativa de prender seu líder John Smith. Mas no meio do caminho, ele vai descobrir que nem tudo é como ele imagina.
Ao final de sua missão, um novo governo foi implantado e agora Cooper trabalha como consultor para o atual presidente. Mas a paz não veio com esse novo governo e um atentado de proporções até então inimagináveis vai destruir três cidades e colocar Cooper em mais uma missão perigosa.
Mais uma vez Marcus Sakey me surpreendeu com um livro brilhante (com perdão do trocadilho, rsrs). Ele consegue desenvolver a história sem dualidade, sem certo e errado, mostrando que os dois lados tem suas razões e que elas não justificam a violência que ambos usam, e só isso já é razão para amar o livro. A narrativa é ótima mas, como no primeiro volume, ela demora um pouco para se desenvolver e isso atrapalhou minha leitura, só consegui me apegar ao livro depois de quase 200 páginas lidas. Mas depois disso, não conseguia mais parar. Muitas reviravoltas, muita ação e explicações para questões que ficaram do primeiro livro (como a origem dos brilhantes, por exemplo).
Quanto aos personagens, ainda acho Cooper antipático, mas agora um pouco menos do que no primeiro livro. Os outros brilhantes que aparacem salvam o enredo, como Shannon e Soren. John Smith é incrivelmente escorregadio e ainda não consegui sacar qual é a dele. Natalie, a ex-esposa de Cooper, aparece bem mais na história e contribui muito para o enredo, além disso, há novos personagens, como Ethan e sua família cercada por mistérios.
Gostei muito desse livro, até mais do que o primeiro, e recomendo para todo mundo que gosta de uma boa aventura política com ficção científica.
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