Phelipe Guilherme Maciel 23/01/2017Um romance repleto de folclore negro.Este pequeno romance de Mia Couto foi uma contribuição para uma expo mundial em Lisboa de 1998, representando Moçambique. Para representar seu país, Mia Couto derramou um mar de conhecimentos do folclore do povo praiano no livro, típicas de seu país. É uma coisa linda de se ver, a história de Zeca e Luarmina. São personagens com o seu quê de poético, seres que resistem às agruras que a vida traz, com uma alegria e uma candura digamos que quase biológica.
Enquanto tenta conquistar a gorducha vizinha, Zeca lhe conta histórias de mar, de seu pai, e os capítulos sempre se iniciam com ditos populares ou dizeres de seu avô, sempre sobre o mar.
O Folclore é vasto. A história mais bela conta do homem que se entrega ao mar em busca de sua amada, e quando volta, tem olhos de tubarão. O pai de Zeca. A mulher que tira as pétalas de rosas jogando-as ao mar, dizendo: Mar me quer, bem me quer. Luarmina.
Um livro pequeno, cândido, belo de se ler. Um pequeno conto que parece poesia.