Fernanda @condutaliteraria 25/07/2016Maravilhoso!!Todos têm amigos imaginários!
É difícil fazer uma resenha de "A Noiva de Papelão"; colocar no papel todo sentimento é complicado. Mas vamos lá!
Esse foi o segundo livro que li do Flavio e não me decepcionou, pelo contrário. quando li "Talvez Nunca Mais Um País" (resenha aqui) já me deparei com uma escrita bastante diferente e peculiar. Em "A Noiva de Papelão" o autor não só mantém esse estilo viciante, como se supera.
Sim, esse livro entrou para os meus favoritos!
"Eu queria levar a vida (ordinária) - sem restrições, medicações, senhores de perna amputada -, desenhando flores e potes de ouro no final do arco-íris, talvez gnomos, unicórnios, passarinhos e borboletas coloridas. Nem com remédio ou felicidade borbulhante."
Para começar, só saberemos o nome do nosso protagonista no final do livro! Peripécia do autor!
A história alterna presente e passado, onde nosso protagonista conversa com seu analista, e discorre sobre acontecimentos passados e o tempo presente, em uma tentativa de organizar suas ideias.
"Falar sozinho é conversar com a alma, traz alívio."
Conhecemos, então, pessoas que fazem parte da vida do protagonista, como sua mãe que é promotora e sua irmã. Temos ainda a vizinha, Manuela, a velha do 603, o avô contador de histórias, o Sr. Goiabada e tantos outros. Mas não se engane, alguns podem ser imaginários.
E ainda, a tão famosa Noiva de Papelão, Magnólia, e é em torno dela que nossa história segue. Um "não" pode doer. Uma imagem em escala natural, pode ser a solução para matar uma saudade e a necessidade desse alguém.
"Se eu estiver sem você, serei metade."
Com isso o doutor passa uma tarefa com a esperança da cura: escrever uma história, colocar no papel a pior história que já passou e assim tentar chegar a uma certeza.
Nesses devaneios do nosso protagonista, Flavio nos faz viajar em uma história diferente, um tanto "doida", não vou negar, e que te faz pensar. Quando achei que já sabia de tudo, o autor me surpreendeu.
A capa é muito bonita! A diagramação está perfeita, folhas amareladas e fonte confortável para leitura.
Enfim, uma história leve, uma leitura gostosa e desconcertante, um estilo diferente!
Não vou falar mais pra não entregar nada. Apenas... leiam "A Noiva de Papelão"!
"Há incertezas mesmo nas mais perfeita certeza."
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