Preconceito, orgulho & CAFÉ

Preconceito, orgulho & CAFÉ Moira Bianchi




Resenhas - Preconceito, orgulho & CAFÉ


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Cris Moraes 29/08/2021

Um romance muito gostoso.
Preconceito, Orgulho & Café é uma história cujo casal protagonista se baseia no casal Darcy e Elizabeth, do romance Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. Se a ideia da autora Moira Bianchi era reescrever um clássico, invertendo a situação do casal protagonista e acrescentando alguns toques bem apimentados e cheios de sensualidade à história, creio que ela conseguiu.
Maria Antonia (Toni) e Maurício Noronha (Mau) possuem um relacionamento muito doido, daquelas histórias em que se conheceram por acaso, começam a sair sem nenhum compromisso, vão se conhecendo e vão se descobrindo e, entre muitas discordâncias e sempre às turras, acabam se entregando a um sentimento de amor.
Neste caso, nosso Mr. Darcy é Maurício, o advogado que conquistou tudo na vida à custa de muito suor e de muito trabalho. Seu estômago chega a queimar (literalmente) todas as vezes em que ele pensa como bancar a jaguatirica Maria Antonia, nossa Elizabeth muito moderna, rica demais, bem de vida, cheia das vontades e com muita personalidade própria.
A narrativa da autora é bem ágil e tem uma estrutura bastante peculiar no sentido de que parece acompanhar o ritmo intenso e corrido do nosso casal. Não há muita separação entre os pensamentos e ações de um ou de outro. Estamos acompanhando a fala de um deles e já no outro parágrafo estamos imersos nos pensamentos do outro. E isso acaba fazendo com que a leitura seja bem ágil e bastante interativa até o final. Além disso, a presença das famílias gera situações muito hilárias, embora a autora deixe claro o sentimento de união e de proteção entre todos eles.
No mais, todo esse cenário de romance apimentado é regado a café. Toni é barista e tem uma escala toda especial de avaliar os homens como comida. Inclusive, a família dela toda faz isso. É mais um toque muito picante e divertido que a autora imprime a nossa história, pois vamos descobrindo se realmente Maurício é tipo o café forte e encorpado, dando conta ou não do recado... Ou se é daqueles que pede arrego ao primeiro sinal de fumaça na estrada. Na verdade, a comparação maior que Toni e sua família fazem é se os homens são simples iscas de fígado ou bife de panela... Acho que prefiro as comparações à base de café... rsrsrsrs
Enfim, uma história muito boa e deliciosa, bastante divertida, que nos apresenta um casal nada padrão, mas que pode, muito bem, representar a força do verdadeiro amor. Vale à pena conhecer e fazer esta leitura de excelente entretenimento. Se puder, põe um cafezinho para acompanhar. Será muito gostoso.
comentários(0)comente



LidosdaCris 29/11/2022

Uma releitura moderna de Orgulho e Preconceito. Moira sempre escreve releituras da Jane Austen e todas são maravilhosas.

A história é surpreendente e emocionante, os personagens mantém a essência da Elisabeth e Sr Darcy.
comentários(0)comente



mara sop 07/02/2017

Tudo fica melhor com café
Essa adaptação de Orgulho e Preconceito bebe pouco da fonte, mas não deixa de ter um pézinho bem firme no mundo de Jane Austen.

Maurício é um jovem advogado que está se destacando profissionalmente. Sério, ético e comprometido com suas causas, ele fica fascinado ao conhecer Maria Antonia, uma verdadeira conhecedora de café com muita classe que trabalha com importação e exportação desse produto. Os dois, mesmo com tanto para os separar, especialmente as classes sociais, já que Toni (Maria Antonia) é podre de rica, se vêem enfeitiçados um pelo outro. Eles querem coisas diferentes - ele não quer casar, ela sonha com uma vidinha conjugal - mas a paixão fala mais alto fazendo com que não consigam viver um sem o outro. Porém uma das causas de Maurício envolve Toni, e as coisas podem mudar. Seriam eles capazes de transpor mais esse obstáculo?


site: https://goo.gl/XBYNpG
comentários(0)comente



Vânia 06/07/2017

Vai um cafezinho aí?
Sabe aquela história de Orgulho & Preconceito, em que Mr Darcy é o ricaço que não se encanta tanto assim pela moça do interior (Lizzy), é cheio de preconceito mas acaba de quatro pela mesma mocinha que ele desdenhou? E por sua vez, Lizzy é a garota simples que até acha o cavalheiro simpático, mas logo fica encrespada - feito uma gata - porque o cara pisou no calo dela e ela, com seu orgulho, resolveu pagar na mesma moeda?

ESQUEÇA!

Aqui, o livro é tomado como base, mas tudo vem às avessas.

Maria Antonia, ou Toni, é rica e bem-sucedida em sua empresa com a família (a mãe e suas irmãs, Maria Luiza e Maria Catarina). Ricas do tipo, deu vontade de ir jantar na Argentina e vão. Nesse nível.

Numa bela tarde, Toni literalmente sofre uma topada com Henrique, um advogado que tem um novo escritório no mesmo prédio que uma amiga dela.
Henrique fica todo serelepe achando que vai conseguir algo com ela, mas é com Maurício que o fio se desenrola.

Toni trabalha numa importadora e é expert em café. Fez até cursos de barista na Itália.
Quando ela e Maurício começam a sair, coisa sem compromisso, a moça sempre testa os homens com quem sai, e ela tem um jeito todo especial de avaliá-los: como comida.

Sim, você não entendeu errado.
Ela olha para a cara do sujeito e já o avalia se ele é do tipo isca de fígado ou bife de panela. Coisa de louco isso, Pior é que toda sua família entrou no esquema.

Maurício não era o rico na situação.
Ele era advogado e tudo que possuía até então era com muito suor. A princípio, ele acha que não vai ter cacife para manter uma mulher cara como Toni.
Mas além de sentir uma baita atração por ela - ela era mesmo uma mulher interessante -, Maurício torna-se o advogado que cuidaria do caso de um estelionatário, Saulo Torres. O caso era para representar um grupo de pessoas prejudicado por um homem, entre esses clientes estava um juiz, e só mais à frente Maurício fica sabendo de que forma este caso o aproxima mais de Toni.

Meio que sem querer, o romance dos dois deslancha.
Entre os muitos gastos de Toni (só numa tarde num salão de beleza, foram mais de mil reais, fora as viagens relâmpagos) e as muitas contas de planejamentos de gastos que Mau teria de fazer para acompanhá-la, o romance tem seus altos e baixos.

O casal se dá super bem, para, num outro momento, estar às turras. E com o desenvolvimento do relacionamento, um fica sabendo de particularidades do outro, que geralmente manteriam escondidos, que poderiam fazer o romance esfriar de vez, ou alavancar a níveis mais sérios.
Mas, assim como na história original, algo faz com que o casal não mais possa ficar junto.
E daí? Eles deixam com que a comida esfrie ou partem para mais uma rodada de guloseimas regada a muito café forte?

Vou ser bem sincera, sou chata com esse negócio de reescrever histórias famosas. Mas sempre que pego um livro de Moira, fico na expectativa. Ela consegue ter sempre uma nova visão de um clássico que já foi recontado de várias maneiras, seja em romance de época ou contemporâneo.

Aqui, numa versão ultra moderna, com uma "Lizzy" bem de vida, viajada, instruída, ela topa com um "Darcy" versão econômica, mas nem por isso menos machista em alguns quesitos.

A dinâmica familiar dos dois personagens é diferente e engraçada (porque na verdade, toda família tem seu lado engraçado). E esse fator de ela qualificar os homens por gosto alimentício é uma sacada muito legal.

Um livro para ler numa tarde, sem pretensão de aprofundamentos éticos e moral, mas com o claro intuito de divertir.
Sem cliffhanger. Stand alone.
Uma autora independente de qualidade e que merece ficar mais conhecida.
5 estrelas
comentários(0)comente



5 encontrados | exibindo 1 a 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR