Almas de porcelana

Almas de porcelana Gociante Patissa




Resenhas - Almas de porcelana


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Morgana Brunner 19/10/2016

Resenha l Almas de Porcelana - Gociante Patissa
Oiii gente, como vai?
Hoje venho trazer a resenha de um livro realmente maravilhoso que recebi em parceria com a Editora Penalux e no qual foi uma grande surpresa para mim, estava ansiossíma que chegasse e, quando abri vi esse título que me deixou bastante pensativa e me fazendo refletir sobre o que o autor iria esconder entre as linhas da poesia.

Fiquei sem reação quando tive a honra e oportunidade de ter essa parceria com a editora e além do mais, receber essa obra que possui uma cultura e tanto, coisa rara de se encontrar por aí! Livros únicos dessa maneira fazem a diferença.

As almas de Porcelana realmente me prendeu minha atenção do início ao final, traz a grandeza de palavras simples que remetem muitas das vezes o nosso cotidiano e a maneira que enxergamos as coisas a nossa volta.

Girassol
"Sintonizada a frequência
da melodrama da espécie humana
está ela perplexa humilde e sorridente
no canteiro no quintal.
Escancarada aos raios escaldantes
de um sol que é de todos
traz sonhos alegres
de um amanhã sem toneladas de mortes.
Num mundo de pólvoras
onde escasseia o amor
ri-se da cólera dos homens de toda parte
em conflito com a paz
em conflito consigo mesmos
e no seu verde e amarelo
vai singela a planta girando ao sol."
Pág. 29

É o poder de querer lutar e enfrentar todos, custe o custasse, mas pelo nossos direitos. Direitos da terra, que nos trazem a ser quem somos, é saber que estamos habitando e cuidando de um lugar que é nosso com alma e corpo.

As poesias escritas demonstram o poder que a palavra tem, o abrir seus sentimentos e os expor de uma maneira que realmente fazem a diferença. São poesias que despertam a nossa ânsia de viver, de não apenas sobreviver diante do caos que tudo se encontra.

Porque existimos
"São doridas por hábito as linhas que lembram o amor. Não é justo, amor, como se a flecha quebrada, a flor que secou, o pombo correio que perdeu a rota, sei lá, fossem o tudo. Teimo em cantar vigorosa poesia até sobre crateras eternas que parimos. Que seja curto ou longo, agora não importa. Maresia é que não. Para todos os efeitos, existimos." Pág. 55

As almas de porcelana nos remetem a tristeza diante de algumas situações que são enfrentadas, de um amor muito das vezes esquecido ou esperado por longos tempos e a vontade de querer que tudo acabe bem. É selar cada momento, cada situação com o dever cumprido e a esperança no olhar de quem sabe de uma maneira ou outra um dia tudo irá se ajeitar.

Tenho poucas palavras para escrever e falar sobre a obra, diante do material importante que ela possui e que faz uma diferença e tanto na vida do leitor. Com cada palavra dita, Gociante soube me emocionar e me ensinar em muitas vezes ver a vida de outra maneira e com outros olhos...me sinto grata.

A escrita do autor á maravilhosa, fácil de ser compreendida e com muito sentimentalismo exposto, sendo bem agradável.
Além disso, a edição está linda, como puderam ver a capa está um arraso! E cada poesia tem sua página, aumentando a vontade de realizar a leitura. Realizei a leitura da obra em uma manhã, pois gosto de ler e ficar pensando sobre o que foi dito e reler outras vezes.

site: http://segredosliterarios-oficial.blogspot.com.br/2016/08/resenha-l-almas-de-porcelana-gociante.html
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Dani - Bibliotecária Leitora 23/11/2016

Almas duras, mas moldadas
Hoje vim apresentar a vocês um livro de poesias que li recentemente, que chegou até mim por meio da parceria com a editora Penalux. Almas de porcelana (Penalux, 2016, 86 p.) do autor angolano Gociante Patissa é dividido em três partes: Consulado do Vazio (livro de estreia do poeta, publicado pela primeira vez em Benguela); Guardanapo de papel (segundo livro do autor, lançado primeiramente em Portugal); e Poemas dispersos (que contém poemas inéditos e outros que foram publicados em revistas de Moçambique e Portugal).
Gociante é bem envolvido com causas sociais e políticas, e mostra muito disso em suas poesias. Vemos também paisagens da guerra, mas sobretudo mensagens de esperança ditas com palavras muito acariciadoras. A começar pelo título: Almas de porcelana. Almas, por vezes são coisas tão “duras”… mas que devem ser tratadas com cuidado, como porcelanas. Por coisas que o autor provavelmente passou, sentimos, ao ler seus escritos que ele próprio emoldura sua arte, e assim, sua alma.
Leia a resenha completa no blog: https://bibliotecarialeitora.wordpress.com/2016/07/13/almas-de-porcelana-gociante-patissa/

site: https://bibliotecarialeitora.wordpress.com/2016/07/13/almas-de-porcelana-gociante-patissa/
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Penalux 23/10/2017

A força da porcelana
O poeta enxerga as angústias e a canta no ritmo de suas palavras. Gociante Patissa como poeta reinterpreta o mundo com uma “alma de porcelana”, cuja fragilidade não representa fraqueza, mas sim visão uma visão delicada sobre os acontecimentos.
Gociante Patissa abre sua obra “Almas de porcelana” com o poema “Tríade da pedra do tempo e da obra”. Nestas linhas introdutórias o poeta já demonstra imensa capacidade em condensar suas impressões sobre o mundo através de uma visão sensível, “na madrugada, acelera-se a pulsação/ no movimento irreversível do tempo/ os fantasmas da responsabilidade cantam/ ecoam as lembranças/ é a despedida do repouso”. Para narrar uma noite de lembranças angustiantes o poeta recorre a ajuda do tempo, cuja passagem, sincronizada ao ritmo das pulsações de vida do corpo humano, perdem-se nas linhas do passado.
Com rimas e estruturas simples, o poeta escreve os seus pensamentos, demonstrando ao leitor, que não somente consegue articular suas ideias sustentando-os por cima de metáforas complexas, mas pelo contrário, diz que, a nudez das palavras, também podem transmitir questões de grande profundidade à alma humana, “quando partirem/ não os censurarei/ se me abandonassem/ não os condenaria/ nem que me viesse alguém atiçar, o faria... que não fui eu exemplo consistente de companhia”.
Porcelanas são além de transparentes muito resilientes, como a própria força da sutilidade, desta maneira, a alma de porcelana é a alma do poeta que tira poesia das coisas mais cruas, construindo com esta capacidade a verdadeira fortaleza da porcelana.
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