Hecatombe Hipotética

Hecatombe Hipotética Claudia Gomes




Resenhas - Hecatombe Hipotética


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Leila 27/08/2016

Uma hecatombe, que por enquanto ainda é hipotética (e poética)
A capa e os desenhos do livro são meigos porém, na verdade, o livro é uma hecatombe; tem o trajeto do dia, a viagem e a noite; tem o sexo e o amor; o começo e o fim; e a construção e a desconstrução.

Notei muito essa desconstrução nas poesias; tive essa sensação de começo e fim muito forte e algumas poesias, aquelas nas quais eu me encontrei, trouxeram sentimentos mais fortes ainda.

"Palavras em tubos de ensaio, frases cozinhando num béquer, letras destiladas. Foi um processo fazer este livro. Poesia é uma fórmula muito pessoal, e eu espero que a gente tenha química".

site: https://www.ospaparazzi.com/entretenimento/livro/hecatombe-hipotetica/hecatombe-hipotetica-e-um-livro-de-poesia-da-claudia-gomes-12053.html
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Eu_mabely 18/11/2022

Pensante
Quando comecei a ler me senti perdida, até começar a me identificar. Parece problemático uma adolescente no ensino médio se identificar e entender um livro como esse mas é nossa realidade, pra metade do livro comecei a perceber as coisas que a autora quis dizer. Amei as críticas a sociedade, amei mais as críticas feitas para as próprias críticas. Já li faz um tempo mas tinha esquecido de fazer a resenha ?
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Jônatas 25/06/2016

“Porque desconstruir é necessário. Sempre.”. A orelha do livro nos apresenta esta frase que oferece, no mínimo, a intenção da autora de formar um livro de poesias experimentais. A desconstrução desse livro, a meu ver, se dá no nível da quebra de expectativa; isto não quer dizer que o livro gere humor no leitor; isto quer dizer que o leitor se surpreende a cada poema e que pode refletir em nós sensações múltiplas.

De imediato ao lermos o título “Hecatombe Hipotética” somos deparados com uma dúvida: Afinal, qual o significado da palavra “hecatombe”? Para o Dicionário Aurélio significa “grande carnificina”, e que hoje é utilizado para se referir a grandes crises e catástrofes mundiais. O poema que dá titulo a este livro fala sobre um possível apocalipse que retiraria da terra todas as bibliotecas do mundo, assim sendo, o eu lírico coleciona avidamente livros e mais livros para que as palavras sejam mantidas como armas para esta guerra.

O livro é repleto de situações que demonstram crises e principalmente crises interiores refletindo as perguntas sobre nossa própria identidade, nossos atos, nossas decisões no amor. É um livro que surpreende, primeiramente neste ponto. Eu já cansei de ler poemas extremamente cansativos, recheado de palavroagem desnecessária para dizer coisas supérfluas. Neste livro vejo uma linguagem simples e palavras profundas na sua simplicidade.

A ordem dos poemas é um fator que leva o leitor a surpresas. O livro começa leve e conforme as palavras vão passando, elas a cada vez mais se tornam mais duras, cruas, sua poesia torna-se mais erótica e sensual. O poema “Motel público”, uma homenagem da autora a Hilda Hilst, é um baita ‘tapa na cara’ do leitor que parece nunca está preparado para alcançar este poema. É lindo e cruel.



Como muito se observa, é um livro que aparentemente nos dá uma ideia pré-determinada, a qual na se concretiza. O livro é cheio de desenhos fofinhos, a capa do livro nos lembra, de fato, um livro adolescente. Contudo, as palavras, os poemas e as idéias não correspondem ao que eu encontro refletido nos desenhos. É mais uma dessas surpresas. Não sei se estes complementam a leitura em si, porém vejo que em muitos momentos ajudam a torna tudo mais real. É algo estranho de se dizer, afinal, não faz muito sentido.

É como diz um amigo meu: Não pense a poesia, sinta a poesia.

Como leitor, meu poema favorito chama-se “Solavanco”. A imagem de uma viagem de ônibus pela cidade é tão reconhecível e construída de forma tão realista que me emociona. E não consigo não pensar nele todas as vezes que preciso embarcar em um ônibus.

O mundo é cheio de crises externas e internas. Quem lê precisa das crises, quem escreve também. O eu lírico e a própria autora muitas vezes se confundem neste livro. Aprendo muito na faculdade que nem sempre o poeta diz aquilo que ele sente. Acredito que em muitos momentos isto é válido, neste livro não consigo dizer isto – principalmente quando leio um pouco sobre a história da autora – além disto, é possível perceber que este é um livro muito pessoal. E posso dizer que é uma obra que a autora se coloca para fora em forma de palavras.



Para finalizar, gostaria apenas de ressaltar algumas coisas: a poesia experimental para mim é muito um mistério. Poesia sem rima ainda causa choque para mim. Poesias que parecem frases quebradas ainda não são compreensíveis para mim. E este livro me causou isto de inicio também, contudo fico surpreso de ver tudo isto o qual é tão incompreensível a mim e ainda me surpreender.

É uma leitura que você faz rápido, o que pode ser um problema, indico lê-lo com muita calma. Esta fluidez do livro se deve muito a linguagem, a forma de narrar, os assuntos e a imagens retratadas. Foi uma crise que eu amei viver.

site: http://alma-critica.blogspot.com.br/2016/06/resenha-hecatombe-hipotetica-de-claudia.html
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Mila F. @delivroemlivro_ 29/06/2016

ADORÁVEL.
Falar de poesia, para mim, é falar de sentimentos que muitas vezes não conseguimos expressar em uma conversação normal (cotidiana, rotineira) sem soar démodé e ao mesmo tempo, essa ânsia de se expressar que existe dentro de um indivíduo torna os sentimentos em arte de palavras (rimas, trocadilhos, metáforas). Assim nasce a poesia.
Em Hecatombe Hipotética não temos apenas um tema geral para todas as poesias encontradas e nem uma forma métrica padrão, pelo contrário: as palavras são tão livres que não se prendem um padrão e os temas são tão variados que passeiam entre o impalpável e aos assuntos mais rotineiros e sentimentais - ou não.
O livro em si, é dessas leituras rápidas, no entanto, como pede a poesia deve ser lido e digerido lentamente para que cada palavrinha tenha sentido e, também, sentimento. Acredito que já me tornei suspeita para falar desse livro, pois ele me pegou de jeito e quando isso acontece não conseguimos ser objetivos... então vou deixar meus sentimentos falarem e o próprio livro se defender:
Não estou sendo exagerada quando digo que o livro é bom e que gostei praticamente de TODAS as páginas/poesias - mas é claro que tenho as minhas favoritas - e é incrivelmente lamentável como alguns livros tão bons não são tão conhecidos e, no entanto, mereciam ser.
Portanto, é com alegria demasiada que estou falando e divulgando esse livro na esperança de que ele se destaque e cativem vocês, leitores, que aproveitem a primeira oportunidade de o lerem.
O trabalho gráfico e de diagramação de Hecatombe Hipotética também enche os olhos e deixa o leitor apaixonado. Vê-se o gosto e empenho de "dar à luz" a um livro que marque o leitor de alguma forma e não apenas passe por suas mãos...
Quando terminei a leitura de Hecatombe Hipotética fiquei com aquele gostinho de quero mais e ao mesmo tempo com a alma elevada a tocar nas nuvens... geralmente sinto-me assim quando leio poesia.
Acredito que o mundo precisa de mais poesia, espalhar mais amor e sentimentos bons. Para mim, escrever um poema é muito mais difícil do que uma prosa, pois poemas são seres humanos dissecados no papel... Você não vê um ser humano: você vê a alma humana naquilo que ela tem de melhor ou... pior.
Sei que postei um monte de fotos nesta resenha, mas a minha pretensão era essa mesmo: fazer com que o livro falasse por si mesmo e encantassem vocês. Sinto que minhas palavras para falar de Hecatombe Hipotética não seriam suficientes então, resolvi mostrá-lo.

site: www.delivroemlivro.com.br
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Milla 10/07/2016

Resenha Hecatombe Hepotética
Hecatombe Hipotética é uma coletânea de poemas com os mais variados temas. O amor, a mulher, o dia-a-dia, o sexo, a saudade, são narrados sem pudor, sem medo das críticas de uma sociedade repleta de falso moralistas. São poemas rápidos, modernos e instigantes! E entre cada página há "rabiscos" de desenhos, símbolos como esses que ilustram a capa. É muito lindo esse livro!
Cada poema é um pouquinho do que vivemos, gostaríamos de dizer ou sentimos. São ao todo 45, alguns longos, outros curtos porém de fácil leitura e compreensão.

site: http://distanciacerta.blogspot.com.br/2016/07/hecatombe-hipotetica-claudia-gomes.html
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Leonardo 16/12/2016

Ela me pegou pela mão e fez lembrar do que é ser criança. Onde tudo é, efêmera.
Hecatombe Hipotético, primeiro livro de poesias, publicado pela poetisa, produtora cultural, roteirista e atriz, Claudia Gomes. É, sem dúvidas, uma obra que transpassa o, quase esquecido, gênero poético da Literatura Brasileira. Trazendo com uma singularidade e paixão, lembranças e desejos inerentes a todo ser humano, quase como desejos biológicos, assim que é aberta a primeira página e dá início a caminhada de volta ao prazer de ler boa poesia.

Durante a leitura somos levados a relembrar coisas do passado, acontecimentos que, em dado momento da vida, nos acometerá. Ou mesmo, nos identificar com situações, até então, não discutidas dentro de nós. Algumas das poesias são como uma crônica velada da atual sociedade que vivemos: sempre apressados, cheios de querer, mas cobertos de medo.

Dividido em quarenta poemas, o livro foge do modelo de poesia clássica. Onde o amor, a dor e a saudade eram, quase sempre, o mote da obra. Em Hecatombe, Claudia soube usar suas experiências, o meio em que se insere como pessoa, mulher, trabalhadora e escritora, para entrar de cabeça na poesia moderna. Transgredindo formas, normas e modelos. Transformando tudo o que possa ser tocado ou imaginando em escrita poética.

O que mais chama atenção no livro, além das incríveis poesias, é a linguagem expressiva e cheia de humanidade. A autora se apropria do seu eu poético de uma forma a deixar o medo de lado. lançando mão das críticas e olhares de reprovação de uma sociedade hipócrita, que recrimina quem quer, realmente, ser o que é. Não se choque com os palavrões, com o falar sincero ou a sensualidade encontrados em Hecatombe. Isso é a mais pura poesia. Daquelas que falam de dúvida, como no poema que traz o nome do livro Hecatombe Hipotética (pag. 13). Do prazer de ser admirada(o) como sé é, exemplificado em Autoestima (pag. 64). Do momento em que você sabe que tudo está se esvaindo "A Bailarina - Em Essência" (pag.71).

A linguagem é tão gostosa e verdadeira que quando se dá conta, a leitura terminou. E fica se perguntando se espera a sensação de prazer esfriar ou recomeça imediatamente para vivenciar tudo outra vez. Se você gosta de livros que incitem a reflexão da vida cotidiana sem cagar regras, esse é a melhor pedida. Aposto um Hecatombe que não irá se arrepender.

site: http://www.escrivaninhaliteraria.com/2016/06/resenha-hecatombe-hipotetica-claudia.html
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