Belgravia

Belgravia Julian Fellowes




Resenhas - Belgravia


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Tammy 08/12/2016

Depois dessa sinopse completamente instigante, seria impossível deixar passar essa excelente leitura, e agradecemos a Editora Intrínseca pelo convite de pertencer a Belgravia. Sim leitores! Como já devem ter percebido, será uma resenha daquelas, para tentar expor opiniões sinceras a respeito dessa obra.

"Ela era bonita, muito bonita mesmo, de um jeito inglês clássico, loura de olhos azuis, mas seus lábios, como vidro lapidado, deixavam claro que essa garota em particular não precisaria da permissão de nenhuma mamãe para embarcar em uma aventura." p.10

Sophia Trenchard caiu aos encantos do futuro visconde, com sua beleza notória, teve o apoio de seu pai, James, para que o romance seguisse adiante. Edmund Bellasis, não via Sophia como uma conquista, devotava a ela sua atenção e tempo, e por esse motivo, conseguiu que sua amada juntamente com os pais, tivesse um lugar reservado no baile oferecido por sua tia, a duquesa de Richmond. Isso séria no mínimo, inapropriado para a sociedade da época, levando em consideração que o patriarca da família Trenchard era um comerciante.

Passado a revelação inicial, a família Trenchard conseguiu se estabelecer no baile, mesmo a contragosto da duquesa, que por sinal já havia percebido a atenção particular do sobrinho para Sophia, que com certeza não estava a sua altura. Mas ela não poderia imaginar que esse seria o menor dos problemas naquele fatídico dia. Com o avanço de Napoleão, muitos jovens deixaram seu salão para ir de encontro a morte, inclusive seu sobrinho, Edmund.

"Que bela mentirosa ela era. Anne quase a admirava por isso. Esse é o problema de uma situação como a nossa: fez de todos nós mentirosos, pensou." p. 222

A partir desse momento, a história avança 25 anos, e vamos descobrindo como seguiram em frente os principais personagens dessa história. Anne Trenchard, apesar de não concordar com a ideia de seu marido em participar de alguma forma do ciclo da alta sociedade, sempre lhe apoiou no que fosse necessário, inclusive participar de diversas reuniões com as mulheres da classe alta, claro que agora, com a ascendência de sua família no meio da construção, ela tinha consciência que ainda continuaria sendo minimizada aos olhos do pilar da sociedade. E foi em um desses eventos que reencontrou a duquesa de Richmond e conheceu Carolina, a condessa de Brockenhurst, mãe de Edmund Bellasis, e a partir desse momento o leitor entra de cabeça nas diversas tramas, mentiras e revelações por trás do dia da batalha de Waterloo, e pelo aparecimento do misterioso comerciante Charles Pope.

Belgravia não traz somente um romance de época, ele se entrelaça com diversos temas já tão costumeiros desse tipo de romance, como os grandes segredos mantidos em família para evitar seu nome sendo ridicularizado, a luxuria desenfreada, a velha desigualdade social e os escândalos que faziam a sociedade fervilhar na época, mas também coloca na mesa o oportunismo, a ambição e a inveja seguindo lado a lado com esses fatores. Julian Fellowes construiu uma obra completa, com diversos personagens que em nenhum momento foram colocados de lado, cada um tem a sua importância e papel determinante para a conclusão da obra. A narrativa é bem envolvente, não deixa o leitor ficar monótono durante a leitura, e isso se dá pelo fato de que em cada instante é possível observar tramas sendo feitas, mentiras sendo desfeitas, mais segredos sendo compartilhados e verdades impossíveis de serem escondidas. A cada momento aparece uma nova dinâmica que deixa o leitor curioso pela resolução de todos os fatos.

A ambientação está impecável, Fellowes narra de forma tão íntima, que é impossível o leitor não se transportar para dentro da obra e se sentir pertencente ao século XIX, junto com os seus costumes e realidades da época. A história é recheada de fatores históricos como podemos observar já no próprio nome da obra. Nomes como Napoleão, Cubitt e o próprio artista Henry O'Neil ao apresentar sua obra Before Waterloo deixa o leitor completamente dentro dos acontecimentos.

Belgravia não é uma excelente obra somente pelos pontos descritos acima, ela também nos faz refletir que não estamos distantes da sociedade do século XIX. Tirando os pontos que determinavam o fator "escândalo", percebe-se que não houve grande distancia do comportamento humano nesses dois séculos que se passaram, onde novos "escândalos" são determinados nas famílias e sociedade atual. O prazer em olhar para si, em se importar só com o que lhe traz benefícios, as atitudes impensadas e a determinação em chegar ao topo por qualquer caminho, ainda permanecem, e de maneira mais sombria ainda. Assim como acreditar no amor, mas sobre isso ouso dizer que será imutável, não importa quantos séculos passe, ele ainda será a razão de diversas posições e atitudes acaloradas por esse sentimento, o que torna a obra ainda mais sublime e envolvente.

A diagramação está ótima, as margens e os espaçamentos estão em sincronia, as letras estão em bom tamanho e as páginas são amareladas. Os capítulos são separados por uma página e cada um possui seu título, que dar uma ideia do que vem a seguir. O livro é narrado em terceira pessoa, o que foi essencial, levando em consideração a quantidade de personagens e suas visões sobre a história, e não podemos deixar de comentar também o brinde que a editora enviou que combina perfeitamente com a história, pois, é possível vislumbrar o início do "chá das cinco" sendo oferecido pela duquesa de Bedford.

Belgravia é um livro encantador e completamente envolvente, que traz uma sociedade que se importa com os lucros, posição social e não se envergonha das mentiras jorradas para a própria proteção, mas também mostra o quão verdadeiro poder ser o sentimento de amar, onde muitos estão dispostos a cometer certos atos de loucura para garantir esse sentimento e fugir do futuro de apenas aturar quem estar ao seu lado. E apesar de suas 432 páginas, o leitor chega a última página do livro querendo que exista mais, por ainda não está preparado para encerrar sua temporada nessa Londres de 1841, onde por tantos momentos se sentiu parte dessas famílias.

"A cada dia que passa, aprendemos mais sobre nós mesmos." p.181

site: http://www.livreando.com.br/
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Ellem - @colecionandoprimaveras 01/12/2016

Resenha completa no Blog: http://www.colecionandoprimaveras.com.br/2016/10/resenha-belgravia.html

James Trenchard é um comerciante ambicioso, que está fazendo fortuna em Londres no século 19. Porém, nem mesmo a sua fortuna crescente consegue dar-lhe o que ele tanto quer: um lugar de destaque na sociedade.

Por isso, quando James vê o envolvimento da sua filha, Sophia com Edmund Bellasis, filho de um visconde, ele muito se entusiasma, mesmo que sua esposa, Anne, não veja esse envolvimento e nem a ambição do marido com bons olhos.

Uma noite, os tios de Edmund fazem um grande Baile e ele faz com que a família de Sophia seja convidada e algumas coisas que acontecem durante e depois desse baile unirão essas duas famílias tão diferentes para sempre.

Eu comecei a ler esse livro um tanto apreensiva, pois nunca tinha lido um romance de época escrito por um homem, mas devo dizer que a escrita do Julian Fellowes me surpreendeu e agradou muito.

Belgravia é narrado em terceira pessoa e alterna entre os pontos de vista de todos os personagens. O enredo é cheio de suspenses e segredos, o que prende o leitor do início ao fim. Eu gostei muito da forma com que a história foi conduzida e o final muito me agradou, embora eu esperasse uma coisa diferente hehe'.

Eu adorei os personagens. Todos são daquele tipo bem reais, que fazem você amá-los e daqui a pouco odiá-los e depois amá-los de novo, vocês já sabem que estes são meus tipos de personagens preferidos.

Outra coisa que eu amei foi que mesmo sendo escrito por um homem, o livro dá um destaque muito grande às mulheres. No final da leitura, eu parei e pensei: As mulheres resolveram tudo, foram a peça chave da história! Gostei muito dessa sensibilidade do escritor.

Enfim, eu recomendo muito esse livro, especialmente para quem curte romances de época e clássicos.

site: http://www.colecionandoprimaveras.com.br/2016/10/resenha-belgravia.html
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@uaitolendo 22/11/2016

Minha Primeira Vez
Ja vou logo dizendo que o livro tem 430 paginas e nao 368 como esta aqui no Skoob!!
Agora vamos falar de Belgravia!! Foi o primeiro romance de epoca que li escrito por um homem,e eu confesso:estou IMPRECIONADA!! Juntou tudo que gosto em um so livro!! Sem duvida um excelente livro!! Um livro envolvente!! Por inumeras vezes me surpreendi com as reviravoltas do enredo. Perdi o folego com o desfecho!! Era o que esperava?? Sim,era!! Mas nao foi o que imaginava!! Nao tenho pontos negativos para falar de Belgravia,confesso que ate procurei,mas nao achei!! O livro ja esta na minha lista de FAVORITO!! Leiam!! Leiam!! Vale muito a pena!!
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Jeff.Rodrigues 02/11/2016

Bruxelas, 1815. A Duquesa de Richmond concede, em sua residência, um baile em homenagem ao Duque de Wellington, às vésperas da famosa Batalha de Waterloo, que selou o destino de Napoleão. O fato, real, é o ponto de partida para o desenvolvimento de um romance histórico de primeira grandeza com as qualidades literárias de um dos melhores autores do gênero, na minha opinião.
Belgravia tem dois núcleos de personagens cujas histórias se entrelaçam para compor a trama. De um lado a família Trenchard, comerciantes cujo patriarca, James, busca avidamente a ascensão social e o reconhecimento nos círculos nobres. De outro, Lady Caroline, a Condessa de Brockenhurst, uma mulher enlutada pela perda do filho em Waterloo que endureceu seu coração para o mundo. O elo que vai unir classes sociais tão distantes para a época é o fato da filha dos Trenchard, Sophia, ter se envolvido amorosamente com o falecido herdeiro de Caroline.

Confira a resenha completa no link abaixo:

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2016/11/01/resenha-belgravia-julian-fellowes/
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Virgílio César 01/11/2016

Livro sensacional. Não conhecia o autor e achei uma leitura viciante com várias intrigas e segredos. Não é um livro de romance em que um casal se apaixona e acaba tudo bem no final. É um livro com vários personagens que aparentemente não tem nada em comum mas que no final estão todos interligados. Achei o autor um grande contador de histórias no nível de Jeffrey Archer e Ken Follett. Pena que tenha poucos livros.
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Bruuh 31/10/2016

"Belgravia é a leitura certa para quem se apaixonou por Downton Abbey"
Publicado pela Editora Intrínseca, Belgravia traz a história de duas famílias que tiveram uma grande perda, mas uma delas guarda um segredo escandalosamente intrigante.

Um baile ocorreu em 1815 e neste haviam dois jovens apaixonados, Sophia Trenchard e Edmund Bellasis. Porém, nesse evento aterrador, nem tudo fora brilhoso e galante. A Batalha de Waterloo veio à tona, e a maioria dos jovens que estavam nesse baile foram para a batalha. Muitos morreram, inclusive o jovem Bellasis.
Vinte e cinco anos se passam e Anne Trenchard está em um chá, neste ela encontra Caroline Brockenhurst, mãe do jovem Bellasis. Ao conversarem, mesmo com o tom cético e ácido de Caroline, Anne se compadece com ela, pois esta perdera seu único filho e herdeiro.

Entretanto, Anne guarda um segredo, algo capaz de mudar a vida de sua família e a de Caroline para o resto de suas vidas.

Por quanto tempo eles continuarão desfrutando a sorte antes que tudo desabasse sobre a cabeça de todos?

Será que Anne contará este segredo? Se sim, como os Bellasis irão reagir a ele?

Toda a trama se passa no bairro de Belgravia, que está prestes a se preencher de escândalos, planos mirabolantes e muitas intrigas. Até os criados estão no meio disso.

Julian Fellowes, criador, roteirista e produtor da aclamada série que ganhou três prêmios Emmy, Downton Abbey, é fantástico em sua estreia no meio literário. Belgravia é digno de uma série, ou até mesmo de um filme. Seu enredo é rico e muito bem interligado, mesmo sendo uma história simples, o leitor fica em expectativa sobre como o segredo será revelado e quais serão suas consequências para as famílias. Uma obra recheada de fatos históricos da época, deixando sua ambientação impecável.

Se vocês, caros leitores, apaixonaram-se por Downton Abbey, tenho certeza que se apaixonarão por esta obra.

site: http://oracullo.com/
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a.bookaholic 28/10/2016

Eu adoro esses livros de época bem caracterizados e Belgravia não deixou nada a desejar! Com uma descrição perfeita da época e costumes, somos conduzidos por uma complexa rede de intrigas que une duas famílias na arrogante sociedade londrina do século XIX.

James Trenchardt é um comerciante ambicioso em busca da ascensão social. Uma das artimanhas usadas para isso foi incentivar a própria filha cair na conversa de um aristocrata chamado Edmund Bellasis. Edmund e Sophia casaram em segredo. Alguns dias depois, Edmund morre durante uma batalha, deixando Sophia se descobrir sozinha, grávida e com uma certidão falsa de casamento.

Se em pleno 2016 mães solteiras já são julgadas, imagine em 1816. Por isso, a família escondeu a gravidez de Sophia e entregou o bebê à uma família de clérigos assim que nasceu. Tudo ocorreu como planejado, com exceção de um detalhe: Sophia morreu durante o parto.

Vinte e cinco anos depois, os Trenchardt finalmente alcançam a tão desejada ascensão social. Conseguiram subir na vida através de investimentos em construções, sendo responsáveis por erguer diversas cidades. E, agora que os Trenchardt vivem à margem da aristocracia (à margem, pois para ser um aristocrata não basta ser rico; é necessário uma linhagem), inevitavelmente Anne Trenchardt encontra Caroline, mãe de Edmund.

Um dia, Caroline comenta a tristeza da morte do único filho e Anne, após muito titubear, resolve revelar que elas possuem um neto bastardo em comum. Apesar de duvidar do que a mulher está falando, Caroline mantém uma pulga atrás da orelha. Indo atrás de informações, consegue encontrar o neto, que é praticamente uma cópia do filho. A descoberta desse rapaz e a insistência de Caroline de colocá-lo no círculo social gera burburinhos e especulações.

Aos olhos da sociedade em 1841, não haveria problema no fato de ter um homem ter um filho fora do casamento. Mas uma mulher seria chamada de prostituta. Com esse impasse, as famílias mantém um pé atrás ao decidir se revelam ou não a real identidade de Charles. Enquanto isso, a inveja se alastra entre membros dessas famílias, que farão o que custar para retomar a normalidade de suas vidas arrogantes.

Essa história é surpreendente e nada é o que parece! Praticamente devorei as últimas 150 páginas, não consegui parar de ler até descobrir o que aconteceria!
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Bianquinha 29/09/2016

Belgravia - Apaixonadas por Livros
Julian Fellowes tem um talento único, a capacidade de nos transferir para o passado com sua narrativa. Talvez a linguagem e os impulsos tenham mudado muito em relação há duzentos anos, mas os hábitos certamente mudaram e o autor navega nesse mundo de restrições e costumes sociais de forma primorosa.

Em seu novo romance, duas famílias sofrem com a perda de seus filhos enquanto um jovem é criado por um clérigo sem os pais verdadeiros. Mas ele é amado e cresce gentil, inteligente, com atitudes corretas e com uma ambição saudável.

A história começa com o famoso baile da Duquesa de Richmond em Bruxelas, na véspera da batalha de Waterloo. Este baile, em homenagem ao Duque de Wellington, realmente aconteceu e na história, grandes nomes da aristocracia inglesa estavam presentes e entre eles estão James, Anne e Sophia Trenchard, que são da classe de comerciantes e mesmo que James se relacione com os mais notórios homens da época, ele ainda é visto como um simples fornecedor do exército, contudo, sua filha Sophia atraiu a atenção do Visconde Bellasis e assim a família Trenchard é convidada para o baile e como na realidade, muitas vidas são alteradas durante esta noite.

Vinte e cinco anos depois, muitos ainda sofrem as perdas decorrentes daquela noite e de volta à Inglaterra, James e Anne Trenchard estão entre aqueles atormentados pela destruição que a batalha de Waterloo causou, eles perderam sua filha Sophia e além da dor da ausência, ainda precisam suportar o peso de um segredo que pode destruir todas as conquistas financeiras e sociais que James se esforçou tanto para conseguir.

Do outro lado da trama, conhecemos Lady Caroline, a Condessa de Brockenhurst, uma mulher enlutada, austera e esnobe que nunca mais viu felicidade em nada após a morte de seu filho. Depois de um encontro casual com Anne em um chá, segredos que envolvem as duas, que estavam guardados tão profundamente emergem e na superfície, desencadeiam uma série de acontecimentos e descobertas com as quais nenhuma das duas famílias contava.

Para não correr o risco de comprometer as surpresas que essa história intrincada reserva, vou deixar de lado os detalhes e acontecimentos presentes no livro, mas não vejo problemas em discorrer sobre o excelente trabalho do autor no desenvolvimento da trama. Anne e Caroline são muito diferentes uma da outra, enquanto Anne Trenchard é lindamente idealizada como uma mulher pouco interessada nas armadilhas da sociedade, mas, no entanto, está presa na teia de sua importância, Lady Caroline Brockenhurst, é deliciosamente mordaz e ainda assim consegue despertar a solidariedade do leitor, por ter perdido o seu único herdeiro, justo no momento que ele se revelava muito promissor. Ela ainda é obrigada a enfrentar a infeliz perspectiva de deixar seu título e riquezas para um sobrinho indigno a quem ela despreza.

Não há ninguém como Julian Fellowes e sua capacidade de escrever personagens únicos. Seu romance tende a fazer o leitor viajar e imaginar perfeitamente cada lugar descrito e a maneira como a história vai sendo desenhada só pode conduzir a uma maravilhosa experiência para quem o lê. Esse é um daqueles romances que nos envolvem profundamente, mas não nos afligem.

Apesar de Belgravia se passar em 1800, eu acho que as pessoas ainda podem relacionar muitas questões da história com os dias atuais, há escândalos, romances secretos, relações familiares complicadas, famílias que lutam por dinheiro, problemas com heranças, ciúme, pais que tentando controlar seus filhos, gravidez secreta e muito mais.

Também apreciei muito de uso da ironia dramática que Julian utilizou na narrativa de Belgravia. Nós, leitores, estamos cientes de quem Charles Pope é, mas muitos dos personagens ainda são deixados na obscuridade e isso só contribui para o suspense e o drama. Obviamente o autor usa essa técnica muito bem. Outro recurso usado por ele que me agradou muito foi a tensão constante entre os patrões e os empregados das grandes mansões de Belgravia. Há sempre drama e segredos entre a criadagem e os nobres, ou quase nobres da trama. A classe trabalhadora se esgueira por entre a vida e segredos dos patrões e usam o que sabem para benefício próprio e tal fato só aumenta expectativa do leitor.

Os leitores que amaram Downton Abbey irão desfrutar profundamente de Belgravia. Alguns pontos da dinâmica familiar, bem como as regras da sociedade são muito similares. Toda a luta de encontrar e / ou lidar com um herdeiro também é semelhante à Downton e, claro, os segredos de família profundamente enraizados também são. Fãs de romance histórico precisam ler esse livro.

Para finalizar preciso reafirmar que é uma leitura muito agradável que acompanha várias famílias de diferentes classes que se enroscam em um trágico mal-entendido. O autor revela apenas o suficiente para manter o leitor interessado e o deixa querendo desesperadamente saber o que vai acontecer a seguir. Personagens maquinadores, alpinistas sociais e amantes que tem o destino cruzado por coincidências e, cuja motivação é criar uma teia emaranhada ao redor dos outros personagens. O autor desembaraça tudo isso no final, tornando a leitura um pouco tensa e algo divertida.

Uma grata surpresa que recebi da Editora Intrínseca em uma parceria pontual, como não assisti a Downton Abbey, realmente me surpreendi com a narrativa do autor e agora só me resta procurar toda e qualquer coisa que o autor escreva para devorar prontamente, com a certeza de que vou amar.




site: http://www.apaixonadasporlivros.com.br/resenha-belgravia-de-julian-fellowes/
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Apaixonadas por 29/09/2016

Belgravia em Apaixonadas por Livros
Julian Fellowes tem um talento único, a capacidade de nos transferir para o passado com sua narrativa. Talvez a linguagem e os impulsos tenham mudado muito em relação há duzentos anos, mas os hábitos certamente mudaram e o autor navega nesse mundo de restrições e costumes sociais de forma primorosa.

Em seu novo romance, duas famílias sofrem com a perda de seus filhos enquanto um jovem é criado por um clérigo sem os pais verdadeiros. Mas ele é amado e cresce gentil, inteligente, com atitudes corretas e com uma ambição saudável.

A história começa com o famoso baile da Duquesa de Richmond em Bruxelas, na véspera da batalha de Waterloo. Este baile, em homenagem ao Duque de Wellington, realmente aconteceu e na história, grandes nomes da aristocracia inglesa estavam presentes e entre eles estão James, Anne e Sophia Trenchard, que são da classe de comerciantes e mesmo que James se relacione com os mais notórios homens da época, ele ainda é visto como um simples fornecedor do exército, contudo, sua filha Sophia atraiu a atenção do Visconde Bellasis e assim a família Trenchard é convidada para o baile e como na realidade, muitas vidas são alteradas durante esta noite.

Vinte e cinco anos depois, muitos ainda sofrem as perdas decorrentes daquela noite e de volta à Inglaterra, James e Anne Trenchard estão entre aqueles atormentados pela destruição que a batalha de Waterloo causou, eles perderam sua filha Sophia e além da dor da ausência, ainda precisam suportar o peso de um segredo que pode destruir todas as conquistas financeiras e sociais que James se esforçou tanto para conseguir.

Do outro lado da trama, conhecemos Lady Caroline, a Condessa de Brockenhurst, uma mulher enlutada, austera e esnobe que nunca mais viu felicidade em nada após a morte de seu filho. Depois de um encontro casual com Anne em um chá, segredos que envolvem as duas, que estavam guardados tão profundamente emergem e na superfície, desencadeiam uma série de acontecimentos e descobertas com as quais nenhuma das duas famílias contava.

Para não correr o risco de comprometer as surpresas que essa história intrincada reserva, vou deixar de lado os detalhes e acontecimentos presentes no livro, mas não vejo problemas em discorrer sobre o excelente trabalho do autor no desenvolvimento da trama. Anne e Caroline são muito diferentes uma da outra, enquanto Anne Trenchard é lindamente idealizada como uma mulher pouco interessada nas armadilhas da sociedade, mas, no entanto, está presa na teia de sua importância, Lady Caroline Brockenhurst, é deliciosamente mordaz e ainda assim consegue despertar a solidariedade do leitor, por ter perdido o seu único herdeiro, justo no momento que ele se revelava muito promissor. Ela ainda é obrigada a enfrentar a infeliz perspectiva de deixar seu título e riquezas para um sobrinho indigno a quem ela despreza.

Não há ninguém como Julian Fellowes e sua capacidade de escrever personagens únicos. Seu romance tende a fazer o leitor viajar e imaginar perfeitamente cada lugar descrito e a maneira como a história vai sendo desenhada só pode conduzir a uma maravilhosa experiência para quem o lê. Esse é um daqueles romances que nos envolvem profundamente, mas não nos afligem.

Apesar de Belgravia se passar em 1800, eu acho que as pessoas ainda podem relacionar muitas questões da história com os dias atuais, há escândalos, romances secretos, relações familiares complicadas, famílias que lutam por dinheiro, problemas com heranças, ciúme, pais que tentando controlar seus filhos, gravidez secreta e muito mais.

Também apreciei muito de uso da ironia dramática que Julian utilizou na narrativa de Belgravia. Nós, leitores, estamos cientes de quem Charles Pope é, mas muitos dos personagens ainda são deixados na obscuridade e isso só contribui para o suspense e o drama. Obviamente o autor usa essa técnica muito bem. Outro recurso usado por ele que me agradou muito foi a tensão constante entre os patrões e os empregados das grandes mansões de Belgravia. Há sempre drama e segredos entre a criadagem e os nobres, ou quase nobres da trama. A classe trabalhadora se esgueira por entre a vida e segredos dos patrões e usam o que sabem para benefício próprio e tal fato só aumenta expectativa do leitor.

Os leitores que amaram Downton Abbey irão desfrutar profundamente de Belgravia. Alguns pontos da dinâmica familiar, bem como as regras da sociedade são muito similares. Toda a luta de encontrar e / ou lidar com um herdeiro também é semelhante à Downton e, claro, os segredos de família profundamente enraizados também são. Fãs de romance histórico precisam ler esse livro.

Para finalizar preciso reafirmar que é uma leitura muito agradável que acompanha várias famílias de diferentes classes que se enroscam em um trágico mal-entendido. O autor revela apenas o suficiente para manter o leitor interessado e o deixa querendo desesperadamente saber o que vai acontecer a seguir. Personagens maquinadores, alpinistas sociais e amantes que tem o destino cruzado por coincidências e, cuja motivação é criar uma teia emaranhada ao redor dos outros personagens. O autor desembaraça tudo isso no final, tornando a leitura um pouco tensa e algo divertida.

Uma grata surpresa que recebi da Editora Intrínseca em uma parceria pontual, como não assisti a Downton Abbey, realmente me surpreendi com a narrativa do autor e agora só me resta procurar toda e qualquer coisa que o autor escreva para devorar prontamente, com a certeza de que vou amar.


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Tami 25/09/2016

Esta é uma história sobre pessoas que viveram há dois séculos e, ainda assim, muito do que elas desejaram, muito do que se ressentiam e as paixões arrebatadoras em seus corações, eram bastante parecidos com os dramas que vivemos agora, em nosso tempo…
Bruxelas, junho de 1815, às vésperas da Batalha de Waterloo, conhecemos a família Trenchard, composta por James, o patriarca, Anne, sua esposa, Sophia, a filha mais velha e Oliver, o mais novo. James, filho de um comerciante, viu sua vida mudar drasticamente quando conquistou a confiança do importante duque de Wellington e passou a ser o fornecedor de suprimentos do Exército naqueles tempos difíceis. Esta tarefa fez com que ele ascendesse financeiramente, mas não socialmente. Ele era um emergente; tinha dinheiro, mas não tinha prestígio. E prestígio era o que ele mais queria.

Sophia parecia ter herdado essa ambição de ser socialmente reconhecida. Então, quando a menina consegue convites para o baile da duquesa de Richmond, James vê no evento uma grande chance de socializar com as pessoas mais importantes da sociedade naquela época. Sophia, que está interessada em Edmund Bellasis, sobrinho da duquesa de Richmond, vê no evento a oportunidade de ficar perto do amado e de ser aceita como uma possível pretendente do mesmo.

Anne era a única que via os males dessa ambição. Para ela não importava ser reconhecida. O caminho para chegarem onde estavam tinha sido árduo, e só o fato de terem uma vida confortável já bastava para ela. Ela, inclusive tenta desencorajar a filha em relação ao rapaz, afinal, o que um lorde poderia querer com a filha de James Trenchard?

"Havia momentos em que Anne Trenchard ficava irritada com os filhos. Eles sabiam muito pouco da vida, apesar do ar de superioridade. Tinham sido muito mimados desde a infância, estragados pelo pai, até que ambos tomaram a própria boa sorte como garantida e mal pensavam nela. Eles não sabiam nada sobre a jornada que seus pais haviam empreendido para atingir a posição atual, enquanto a mãe se lembrava de cada mínimo passo em terreno pedregoso."

Muitas pessoas estranham a presença dos Trenchard no dia do evento, mas isso não parece perturbar James e Sophia, eles estão em êxtase. Anne, por sua vez, não poderia estar se sentindo mais desconfortável.

O luxuoso baile estava sendo um sucesso, até que o avanço de Napoleão e sua tropa interrompe os festejos. Aquela seria a última noite de muitos pais, filhos e maridos. E mesmo que os Trenchard ainda não soubessem, aquela também seria a noite que mudaria suas vidas, para o bem e para o mal.

Londres, 1841, mais de vinte anos após a Batalha de Waterloo. James Trenchard agora é um importante empreendedor e investiu seu dinheiro nas grandes obras da Londres do século XIX. Junto com os irmãos Cubitt, ele participou da construção de muitos lugares importantes e imponentes, vendo sua fortuna crescer exponencialmente. E entre estes projetos estava a famosa Belgravia, berço da aristocracia londrina.

James não é mais persona non grata, todavia, ainda não alcançou o patamar que gostaria. Mas uma desobediência de Anne traz à tona um segredo guardado a sete chaves, ameaçando destruir o pouco respeito que ele conseguiu.

"James Trenchard temia o dia seguinte. E o outro também, aliás. Ele temia todo o tempo que levaria até o escândalo explodir. Era como um relógio avançando lentamente em direção ao dia do juízo, concluiu ele, deitado na cama, olhando para a cornija branca acima. Era como a granada de um soldado esperando para estourar. Não admirava que ele não conseguisse dormir. Estava deitado havia uma hora, ouvindo o silêncio. Sabia que Anne também não estava dormindo. Deitada ao seu lado, de costas para ele, parecia rígida. Ele podia sentir a tensão dela. "

Em uma época em que o prestígio era herdado, e não conquistado, acompanharemos os desdobramentos de uma rede de segredos e intrigas que percorrerão toda Belgravia, e que transformarão para sempre a vida de todos os envolvidos.

"Pedirei para o Sr. Smyth, da Hoare, calcular e informar sua parte na herança de seu pai, minha querida, e, no futuro, você vai se comunicar com ele, e não comigo. A partir de agora, não a reconheço mais. Está à deriva e deve conduzir seu próprio barco. E você — ela se virou para Caroline, o ódio reluzindo em seus olhos — roubou minha filha e arruinou minha vida. Eu a amaldiçoo por isso."

•••••♥•••••

Belgravia foi uma leitura excelente! Como vocês já estão cansados de saber, eu sou apaixonada pelo gênero, sendo assim, quando a Intrínseca me convidou para a parceria pontual, eu não pensei duas vezes. Mas o que eu encontrei nas quatrocentas e trinta e duas páginas de Belgravia vai além. Para começar, ele é um romance histórico, não de época como eu pensei inicialmente, e sim, há diferenças. A preocupação que Julian Fellowes teve de inserir datas, fatos históricos e até mesmo personalidades da época, fez com que o livro se tornasse uma leitura extremamente crível e interessante.

CONTINUE LENDO A RESENHA NO BLOG! ;)

site: http://meuepilogo.com/resenha-belgravia-julian-fellowes/
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SahRosa 16/09/2016

Resenha Exclusiva do Blog Da Imaginação à Escrita

Intrigas, traições, vingança, ambição e romance, características que marcam a história de Belgravia, um livro de época que traz um diferencial incrível, sem aquele típico clichê do gênero, a qual sinceramente me faz fugir de obras dessa temática, mas a trama de Julian Fellowes superou minhas expectativas e tive em mãos um livro intenso, envolvente e cativante. Esqueça donzelas a frente do seu tempo, apaixonadas por brutamontes grosseirões, em Belgravia teremos uma trama bem orquestrada, com ganchos ótimos e personagens cativantes, estes possuem papéis fundamentais na história, sendo tão importantes que completam nossa leitura.

Em meio a guerra, a jovem Sophia Trenchard, encontra o amor, Edmund Bellasis era tudo que ela poderia querer em seu futuro marido e não relutou em lhe entregar seu coração. No entanto, no baile duquesa de Richmond, a moça testemunha o fim de seu conto de fadas... Sophia sente-se traída, enganada e agora espera o fruto desse amor, mas como viver com essa nova realidade sem ser humilhada pela sociedade? O futuro de sua família e de seu nome esta em jogo e somente há uma única saída...

Anos mais tarde, os acontecimentos daquele fatídico baile começam a vir a tona e com ele, um escândalo que abalará toda Belgrave Square, mas será que os fatos realmente são verdadeiros, ou existe uma nova possibilidade para um final feliz? Em meio a ganância, a verdade prevalecerá! Nenhum segredo pode ficar para sempre enterrado e as ações de Sophia e Edmund terão consequências irreversíveis!

Apesar do romance ser presente na narrativa, o que realmente se destaca, é o segredo envolvendo Sophia e Edmund, em uma sociedade que presa o bons costumes e a castidade do lar, esse segredo jamais poderia vir a tona e a cada página, Julian vai nos presenteando com possibilidades impressionantes sobre isso, inúmeras vezes fiquei pensando qual seria a conclusão e não me passou pela cabeça alguns fatos envolvendo os personagens, o que torna esse segredo impressionante no final, principalmente por conta de uma revelação bombástica. Belgravia, tem aquela atmosfera gostosa de novela, mas como mencionei, sem aqueles típicos clichês, o modo como o autor descreve seus personagens e ambientes, tornam a leitura ainda mais fluída, você realmente se sente naquela época, torcendo para os personagens e até odiando alguns.

Belgravia nos mostra, que todas nossas ações tem consequências, mesmo que sejam boas, podem desencadear uma série de possibilidades, tanto positivas, quanto negativas, cabe a nós mesmo enfrenta-las e claro, nenhum segredo ficará oculto, um dia a verdade irá dar as caras. No entanto, por mais que a obra tenha sido uma boa leitura, que realmente me agradou e surpreendeu, em alguns momentos a fluidez foi se dissipando e acredito que algumas partes poderiam sim serem enxugadas para que a trama fosse mais dinâmica, mas não se deixe influenciar por este fator, afinal, Belgravia realmente é uma fascinante surpresa e nos momentos finais não consegui parar de ler, a genialidade do autor e de sua história é incrível, ouso dizer que Belgravia foi o melhor romance de época que tive o prazer de ler, a editora Intrínseca apostou em uma obra tão bem delineada, que qualquer leitor irá se encantar por essa história cheia de intrigas e escândalos, e com aquele toque magico de época.

Contando com 11 capítulos e 432 páginas, Belgravia é uma leitura que surpreendendo o leitor pela genialidade que Julian Fellowes conduziu seus personagens e suas histórias, tudo é bem amarrado e sem pontas soltas, é aquele típico livro que te cativa por sua ambientação e desenvolvimento. Para quem busca um livro que foge dos padrões comuns e que foca em sua história, segredos e reviravoltas, Belgravia com certeza será a melhor escolha, a editora Intríseca ainda nos brinda com uma edição impecável, a diagramação interna é simples, porém requintada, a capa combina perfeitamente com a trama e é aveludada, quanto a revisão, não encontrei um único erro e só tenho a dizer que quero mais Julian Fellowes que com sua escrita ótima e personagens bem planejados, ganha o leitor facilmente desde o primeiro capítulo!

site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/2016/09/resenha-belgravia-julian-fellowes.html
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carolmndss 12/09/2016

Mais no blog Virando Amor
Belgravia, inicalmente, gira em torno de duas famílias da Inglaterra em 1815, uma é composta pelo duque e duquesa Brockenhurst e a outra pelos Trenchard. Em um baile que acontece em Bruxelas oferecido pela duquesa de Richmond, James Trenchard vê a chance de se aproximar de pessoas com o título mais elevado que ele, pois ele é um comerciante e não tem título pra esse tipo de evento. Anne, sua esposa, não gosta disso, mas não o impede, pois sabe como é importante pra ele. Então os dois, junto com Sophia, sua filha mais velha, comparecem ao baile.

Sophia se envolve com Edmund Bellasis, filho da duquesa de Brockenhurst, algo que nenhuma das famílias aprova, exceto por seu pai, que vê o envolvimento dos jovens como uma oportunidade de ascender socialmente.

Depois somos transportados para Belgravia de 1840, os Trenchard prosperaram financeiramente e um encontro entre Anne Trenchard e a duquesa de Brockenhurst vai trazer à tona um segredo que vai mudar tudo entre as duas famílias (...)

site: http://www.virandoamor.com/2016/08/resenha-belgravia-de-julian-fellowes.html
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Na Nossa Estante 10/09/2016

Meu primeiro contato com Belgravia foi ao saber que a Editora Intrínseca estaria lançando os capítulos do livro online. Uma forma de nos fazer acompanhar a história como um folhetim e adorei a ideia. Ler um capítulo por semana é leve, divertido e nos instiga a acompanhar a história! No entanto, ter o livro completo em mãos me ajudou na ansiedade de saber sobre toda a trama!

Belgravia tem 11 capítulos em uma narrativa fácil e ao mesmo tempo com personagens com boas camadas de profundidade, algo já bem conhecido do autor Julian Fellowes, criador da série Downton Abbey. Em meados de 1840 a sociedade precisa aprender a conviver com uma nova classe emergente por conta da Revolução Industrial e para os mais nobres e esnobes isso não é muito fácil. O primeiro capítulo, Dançando para a batalha, que está disponível online, mostra Sophia e Edmund, um casal de classes sociais diferentes, protagonistas de uma tragédia logo ao início do livro. Depois disso, toda a história é desenvolvida pelas consequências do ato do casal, com narração de outros personagens, mas principalmente de James e Anne, país de Sophia, 25 anos depois do ocorrido.

Anne é uma mulher que, apesar do dinheiro conquistado pelo marido no comércio, não é deslumbrada. Pelo contrário, a matriarca não se sente como as outras damas, como se seu lugar no fosse com elas. No entanto, o novo status do seu marido a obriga participar da alta sociedade. Já James é quase o oposto, deslumbrado com a nobreza, o pai de Sophie sempre quis reconhecimento. Já a família Brockenhurst, de Edmund, é o estereótipo da aristocracia, que só pensa em dinheiro e aparências. Entretanto, todos os personagens, sem exceção, mostram complexidade expressando um realismo incrível em que a humanidade deles é retratada com excelência. Não temos mocinhos ou vilões, todos cometem seus pecados, todos sofrem, todos podem ser odiados e amados, menos Charles e Maria, que possuem caraterísticas de heróis de romances.

Charles é trabalhador, esforçado e Maria gosta do rapaz mesmo sabendo que ele não é tão importante na sociedade como seu noivo. Em se tratando de Anne, é difícil não se simpatizar com a personagem, com sua determinação e inteligencia, mas a senhora cometeu atos que apensar de se arrepender condiz claramente com a sociedade da época. Já James é tão apaixonado pelo status que irrita e ao mesmo tempo nos compadece com sua ingenuidade. Claro que os Brockenhurst podem ganhar facilmente a antipatia dos leitores, mas também sofrem como os Trenchard.

Belgravia não é um romance vitoriano, apesar de ambientado no século 19, não temos como ponto de partida uma heroína sofredora, o que temos é uma trama bem desenvolvida fortemente marcada por uma narrativa de costumes. Vemos diversos pontos de vista inclusive dos empregados que julgam os Trenchard por não serem nobres. E o decorrer do enredo prende como se fosse uma boa novela televisiva em que cada capítulo parte do enredo é trabalhado. Existe claramente uma excelente construção de personagens, com núcleos secundários muito bem explorados, com tramas paralelas que se fundem ao enredo principal. No final da leitura você se sente parte da história, como se finalmente entendesse os motivos dos personagens. Tudo termina de uma maneira bem amarrada, sem pontas soltas e ainda assim ficamos com enorme gosto de quero mais!

Michele Lima

site: http://www.oquetemnanossaestante.com.br/2016/09/belgravia-resenha-literaria.html
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Na Nossa Estante 10/09/2016

Meu primeiro contato com Belgravia foi ao saber que a Editora Intrínseca estaria lançando os capítulos do livro online. Uma forma de nos fazer acompanhar a história como um folhetim e adorei a ideia. Ler um capítulo por semana é leve, divertido e nos instiga a acompanhar a história! No entanto, ter o livro completo em mãos me ajudou na ansiedade de saber sobre toda a trama!

Belgravia tem 11 capítulos em uma narrativa fácil e ao mesmo tempo com personagens com boas camadas de profundidade, algo já bem conhecido do autor Julian Fellowes, criador da série Downton Abbey. Em meados de 1840 a sociedade precisa aprender a conviver com uma nova classe emergente por conta da Revolução Industrial e para os mais nobres e esnobes isso não é muito fácil. O primeiro capítulo, Dançando para a batalha, que está disponível online, mostra Sophia e Edmund, um casal de classes sociais diferentes, protagonistas de uma tragédia logo ao início do livro. Depois disso, toda a história é desenvolvida pelas consequências do ato do casal, com narração de outros personagens, mas principalmente de James e Anne, país de Sophia, 25 anos depois do ocorrido.

Anne é uma mulher que, apesar do dinheiro conquistado pelo marido no comércio, não é deslumbrada. Pelo contrário, a matriarca não se sente como as outras damas, como se seu lugar no fosse com elas. No entanto, o novo status do seu marido a obriga participar da alta sociedade. Já James é quase o oposto, deslumbrado com a nobreza, o pai de Sophie sempre quis reconhecimento. Já a família Brockenhurst, de Edmund, é o estereótipo da aristocracia, que só pensa em dinheiro e aparências. Entretanto, todos os personagens, sem exceção, mostram complexidade expressando um realismo incrível em que a humanidade deles é retratada com excelência. Não temos mocinhos ou vilões, todos cometem seus pecados, todos sofrem, todos podem ser odiados e amados, menos Charles e Maria, que possuem caraterísticas de heróis de romances.

Charles é trabalhador, esforçado e Maria gosta do rapaz mesmo sabendo que ele não é tão importante na sociedade como seu noivo. Em se tratando de Anne, é difícil não se simpatizar com a personagem, com sua determinação e inteligencia, mas a senhora cometeu atos que apensar de se arrepender condiz claramente com a sociedade da época. Já James é tão apaixonado pelo status que irrita e ao mesmo tempo nos compadece com sua ingenuidade. Claro que os Brockenhurst podem ganhar facilmente a antipatia dos leitores, mas também sofrem como os Trenchard.

Belgravia não é um romance vitoriano, apesar de ambientado no século 19, não temos como ponto de partida uma heroína sofredora, o que temos é uma trama bem desenvolvida fortemente marcada por uma narrativa de costumes. Vemos diversos pontos de vista inclusive dos empregados que julgam os Trenchard por não serem nobres. E o decorrer do enredo prende como se fosse uma boa novela televisiva em que cada capítulo parte do enredo é trabalhado. Existe claramente uma excelente construção de personagens, com núcleos secundários muito bem explorados, com tramas paralelas que se fundem ao enredo principal. No final da leitura você se sente parte da história, como se finalmente entendesse os motivos dos personagens. Tudo termina de uma maneira bem amarrada, sem pontas soltas e ainda assim ficamos com enorme gosto de quero mais!

Michele Lima

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Kamilla 09/09/2016

Uma grata surpresa!
Belgravia é um romance de época, cheio de surpresas.
Em 1815 começa a história e é pelo que acontece nesse ano que o restante da trama irá se desenrolar. É nele que conhecemos e temos a primeira impressão dos personagens. Conhecemos a Sophia Trenchard que é uma jovem, destemida, bela e apaixonada... mas que é filha de um comerciante, que naquela época nunca se casaria com alguém de títulos. Mas quem disse que a sociedade pode determinar a quem e como amar? Ela se envolve com o Lorde Bellasis. Nunca a família Trenchand foram convidados a ir em um baile, mas graças a Sophia isso acontece. O Edmund Bellasis consegue o convite para os três, para o baile oferecido por sua tia. Eis um grande acontecimento e não foi o baile, mas no mesmo dia, um pouco mais tarde do início do evento... Napoleão e suas tropas invade o país e a maioria dos convidados, dentre eles o Edmund, irão ter que lutar. Depois disso, tudo muda. Se você imaginava que a trama iria se desenrolar na relação "impossível" entre o Lorde e a filha do comerciante, desconsidere isso. Totalmente. Antes do baile, Sophia casou escondida com o Edmund, e descobriu no dia do baile que era um amigo dele que haviam efetivado o casamento, de imediato ela juntou as peças e teve certeza que tudo não passou de uma farsa dele, pra poder tê-la.

O Lorde Belassis faleceu na batalha... e a Sophia pouco tempo depois do falecimento do Edmund descobrira que estava grávida e veio a falecer no momento no parto. Os pais da Sophia, Anna e James Trenchard, resolvem levá-la para longe, pra poder ter o filho e assim não manchar a imagem dela. Após o nascimento (e morte de Sophia) já haviam acordado dar a criança para um casal conhecido dos Trenchard.

Em 1840, anos se passaram desde do falecimento do casal (Sophia e Edmund). A Sra Trenchard, Anna, encontrou a mãe do Lorde Bellasis e por ela sentiu uma empatia, visto que a mulher tinha perdido seu único filho. E resolve contar o segredo de anos. A história como um todo gira em torno desse segredo, que antes era só dos Trenchards, depois também vira dos Bellasis. E deixa a dúvida em toda sociedade daquela época pelo interesse dessas famílias.

Esse é o maior segredo das famílias, mas também a chave mestre pra por fim em todas aflições, dores, desentendimentos e mal entendidos. Esse é o prato principal da trama, mas o autor foi muito feliz em toda a construção da trama... então caro leitor, não é apenas isso que encontramos em Belgravia. Tem um pouco de tudo, tem ódio, drama, suspense, outros segredo, escândalos e romance.

Devo admitir que sempre que leio um romance de época fico ansiando por um romance arrebatador entre dois mocinhos, uma trama clichê? sim, eu gosto. Mas esse livro foi bem mais que isso, tem romance proibido sim, mas não é o foco... O autor te apresenta tanta coisa que você mal percebe a falta de romance no livro e quando enfim acontece, você fica suspirando. E antes que perguntem, o romance é entre o Charles Pope e Maria Grey, uma jovem audaciosa e que não abaixa a cabeça por que é mais conveniente pra sociedade ela casar por status e não por amor. É do tipo de personagem que você gosta de cara, inteligente e determinada.

Belgravia é um livro ótimo de ser lido e apreciado, tem personagens ótimos, bem construído e reais. Você consegue visualizar defeitos, mas você vai gostar deles do mesmo jeito, afinal são humanos. A ambientação também está impecável, o que é um ponto importantíssimo, já que se trata de um livro de época. A narrativa como um todo é viciante.

Sobre os detalhes: A capa é linda, com detalhes mais lindos ainda. O livro tem 432 páginas, divididos em 11 capítulos - que inclusive a Intrínseca publicou os capítulos separados em e-book. Geralmente capítulos extensos me deixam um pouco cansada e isso não aconteceu com Belgravia. O espaçamento interno está ótimo, e não encontrei nenhum erro de digitação ou gramática.

Comentário final: Indico a todos. Se você gosta de romance de época, vai amar, mas se não curte muito vai gostar também, porque a trama está bem recheada e vai conseguir te fisgar.

site: http://www.lendoeapreciando.com/2016/09/resenha-belgravia-julian-fellowes.html
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