Corações cicatrizados

Corações cicatrizados Max Blecher




Resenhas - Corações cicatrizados


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Marina 15/02/2024

Decidi ler esse livro porque fiquei muito intrigada a premissa da história: um jovem estudante de medicina que descobre ter tuberculose óssea e tem que passar meses em um sanatório na França, com o torso completamente engessado, na posição horizontal. Apesar da imobilidade dos pacientes, a cidade em si, Berck-sur-Mer, é totalmente adaptada e os doentes conseguem ter vidas quase normais, se deslocando pelas ruas nas suas camas com rodas e nas charretes, usando espelhos para ver ao seu redor, comendo todos juntos num mesmo refeitório. Parece até um pouco surreal, inventado, mas era o que acontecia no início do século XX.

É muito interessante ver como se desenrola essa vida adaptada, as amizades e relacionamentos que surgem entre os doentes, as dificuldades e frustrações da doença, a esperança, o desespero, a resignação. A história fica ainda mais potente ao saber que ela tem fundo autobiográfico, já que o autor romeno, Max Blecher, foi também diagnosticado com o Mal de Pott (tuberculose óssea) aos 19 anos e passou a última década da sua vida engessado em diferentes sanatórios. É triste, mas ele consegue transmitir a experiência de uma forma leve e comovente. Que bom que esse livro foi "resgatado" do esquecimento na Romênia e traduzido para o português, vale muito a pena a leitura.
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Rafael.Rovath 08/07/2023

Corações Cicatrizados
"Mas, como você bem sabe, na vida, justamente os gestos que teriam mais sentido são proibidos."

Um livro que retrata, com um toque autobiográfico, a vida de um jovem acometido pelo Mal de Pott, a tuberculose nos ossos.

Acompanhamos a angústia e incertezas que acompanham o diagnóstico, a internação em Berck (uma cidade na França adaptada para receber os doentes), a imobilização do corpo com gesso, até sua melhora. Neste meio tempo, descobertas, amizades e perdas na rotina do hospital.

O autor também descobriu a doença aos 19 anos, e durante 10 anos passou por diversos sanatórios até falecer aos 29 anos, não sem antes deixar um legado importante para a literatura romena.

"A despedida foi simples e rápida. Eles haviam se atrasado e só tinham um minuto até a partida do trem. Seu pai o abraçou às pressas e desapareceu num andar bamboleante. Levava na alma, com um peso insuportável, a melancolia da partida demasiado apressada."
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Rodrigo1001 26/03/2023

Existir, ainda que não totalmente (Sem Spoilers)
Título: Corações Cicatrizados
Título original: Inimi Cicatrizate
Autor: Max Blecher
Editora: Carambaia
Número de páginas: 232

Em sua curta vida completamente definida e confinada por uma doença chamada Mal de Pott (ou tuberculose óssea, como é comumente conhecida), o escritor romeno Max Blecher (1909-1938) produziu dois livros amplamente consagrados, uma coleção de poesia e inúmeras prosas e traduções.

Convenhamos que, para um jovem que passou a última década de seus curtos 28 anos em vários sanatórios, deitado e com o torso completamente imobilizado em gesso, é uma conquista e tanto.

Assim, a publicação, em 2016, da nova tradução de Corações Cicatrizados diretamente do Romeno para o Português pelas mãos de Fernando Klabin via Editora Carambaia trouxe a visão singular e dolorosa de Blecher para um público entusiasmado; inclusive eu!

Permitam-me começar, portanto, falando sobre a edição em si.

Como bem definido pela própria Editora, o projeto gráfico do livro inspirou-se no enredo do romance para estimular no leitor algumas das sensações descritas pelo autor. A capa é estampada com os detalhes da trama de uma atadura, base para o gesso no qual é envolvido o personagem principal durante boa parte da história. Envolta em tecido, capa, contracapa e lombada trazem ao toque dos dedos a sensação de gesso na pele. Além disso, a orientação do texto também acompanha o protagonista e inverte-se no exato momento em que ele passa a viver na posição horizontal – ou seja, a partir do instante em que Emanuel vê-se colocado em uma cama, o leitor passa a saborear as páginas não mais em posição “retrato”, mas, sim, em modo “paisagem”.

Que espetáculo extraordinário! Dentre todos os livros que já vi, talvez esse seja o projeto gráfico mais incrível que já tive em mãos!

Sobre a história em si, posso dizer que Corações Cicatrizados me deixou completamente sem ar nas 30 primeiras páginas. Que escrita primorosa! As palavras são precisas, impecavelmente lapidadas, com frases curtas excepcionalmente bem redigidas, uma eloquência contundente capaz de conduzir o leitor ao âmago do que pretende o autor. Me causou um frisson tamanho que encerrei a leitura simplesmente para poder me maravilhar com o que tinha em mãos.

Em resumo, Corações Cicatrizados conta a história de Emanuel, um estudante de Medicina que descobre sofrer de uma tuberculose óssea que afeta a coluna vertebral. Emanuel parte, então, para Berck-sur-Mer, balneário no litoral norte da França especializado no tratamento da enfermidade. É ali que toda a história se desenrola. O mais impressionante é identificar que a história do autor se confunde com a do personagem. Blecher também foi diagnosticado com Mal de Pott aos 19 anos e faleceu vítima dessa enfermidade. É, portanto, um livro autobiográfico.

Enfim, passada a emoção intensa do início, me vi devorando o livro em doses homeopáticas, reduzindo propositalmente a velocidade da leitura. Quanto mais lia, mais desejava voltar ao início para saboreá-lo de novo.

Já no fim, tomado por profunda melancolia, fechei o livro com a certeza de ter uma grande obra em mãos. Todo livro melancólico encerra em si um lado luminoso. É como uma moeda, com duas faces. Não tenho certeza sobre a intenção de Blecher com esse livro, mas a minha interpretação particular me fez olhar para o outro lado da moeda: se Blecher, no alto dos seus vinte e tantos anos e vivendo sob condições tão horríveis, ainda assim foi capaz de produzir um livro tão intenso, do que reclamamos das nossas vidas? A vida nos impõe limites inimagináveis, isso é certo, mas, certo também é o martelo que cada um possui dentro de si para quebrar essas paredes.

Que belo martelo o senhor encerrava dentro de si, Sr. Blecher.

Recomendo este livro para todos que buscam conhecer a literatura romena, para todos que buscam por uma leitura profunda e de qualidade. Você sairá melancólico, mas, por favor, olhe o outro lado da moeda.

Por fim, ao contrário dos protagonistas de tanta ficção recente, Emanuel nunca é uma vítima, mas um observador perspicaz da natureza humana, incluindo a sua própria.

Leva 5 de 5 estrelas.

Passagem interessante:

“O mistério mais perturbador talvez seja aquele que se nos apresenta na mais simples evidência” (pg. 78)
edu basílio 26/03/2023minha estante
rods, eu queria poder dar 5 estrelas para suas resenhas...


Rodrigo1001 26/03/2023minha estante
Pois eu me sinto nas estrelas a cada comentário seu. Obrigado, obrigado, obrigado!


edu basílio 26/03/2023minha estante
?????




Ana 12/03/2023

"O paradoxo constava em existir, mas Não estar vivo."
Publicado em 1937 pelo escritor Romeno Max Blecher, esse livro tem muito de autobiográfico. Assim como o autor o protagonista é um jovem estudante de medicina que é diagnosticado com mal de Pott ou tbm chamado de tuberculose óssea. Dessa forma é internado num sanatório no sul da França para se recuperar. O Interessante nessa estória é que ele precisa usar um colete de gesso e ficar deitado o tempo todo, no entanto, essa cidade onde ele vai se tratar é especialista nesse tipo doença e a cidade se adaptou para esses pacientes que precisam ficar deitados. Eles se locomovem em charretes por todo o lugar. Mesmo deitados. Achei isso muito difícil de visualizar, e tbm muito estranho. Está aí uma característica dessa narrativa. Ela causa estranhamento e enclausuramento. Mas ao mesmo tempo é narrado de forma às vezes até divertida. Como se o escritor estivesse tirando sarro de si mesmo. Nessa cidade Emanuel conhecerá outros pacientes, fará amizades e viverá diversos tipos de relacionamentos. Seria uma estória banal se os personagens não estivessem confinados numa cama e se o escritor não tivesse morrido tão jovem da mesma doença de seu protagonista. Acredito que esse livro aborda a inevitabilidade da morte e como no final das contas não temos controle sobre nada mas é preciso continuar seguindo de alguma forma. Gostei bastante.
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luizguilherme.puga 18/08/2021

Comovente história de Emanuel que mora em Paris quando descobre sofrer do mal de Pott, tuberculose óssea na coluna vertebral. Sua unica alternativa é um tratamento no balneário francês Berck-sur-Mer. Por conta do problema, ele tem que engessar seu abdómen e é forçado a passar angustiantes meses deitados, à espera de que seus ossos roídos sejam novamente consolidados. Lá ele conhece várias pessoas que padecem do mesmo mal ou enfermidades semelhantes sendo que esses encontros, amizades e paixões dão a tona da história. O livro é triste sem ser trágico. Experiência super válida.
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Kaka 21/07/2021

Recomendo ?
Corações Cicatrizados-Max Blecher

Tive sorte em encontrar esse livro a venda em um sebo da vida, por um preço muito bom.Sabe aquele ditado" não julgue pela capa" ?Então ,a CARAMBAIA caprichou nessa edição a qual fui atraída literalmente pelo que vi.Encapado em tecido, tenta reproduzir as ataduras que faziam parte do colete de gesso usado pelos doentes de Bercker ,cidade onde ficava o sanatório que era especializado no tratamento da doença de Pott.

Emanuel do dia para noite se vê em uma condição contrária a tudo aquilo que almejava para sua vida.Recém calouro de medicina na França ,o protagonista descobre sofrer do mal de Pott- tuberculose óssea que afeta a coluna vertebral , a qual só tinha um tratamento nada comum (engessamento da coluna).Logo, era o que a medicina tinha para tratar essas pessoas em 1920.

Com o engessanento da coluna de Emanuel , a diagramação do livro também fica na horizontal , trazendo ao leitor a forma como o narrador se vê no mundo. Achei genial!

Essa leitura me lembrou muito as obras, o Escafandro e a borboleta de Jean-Dominique Bauby e Quando eu era invisível de Martin Pistorius.Livros os quais eu já li e estão na minha lista dos melhores da vida.

Coracoes cicatrizados fala, assim como os livros que citei , acerca da efêmeridade da vida .Embora toda a restriçao sofrida pelo narrador, que é muito reflexivo , percebe-se a imensa vontade de viver as melhores sensações possíveis , muitas vezes descritas de forma até cômica por ele .

Recomendo !!!
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Paulo 22/09/2020

É sempre bom encontrar fluidez e leveza na abordagem de um tema tão mórbido quanto a doença e a convalescença. Baseada na própria vida do autor, o enredo que se passa numa pequena cidade balneária do Norte da França, famosa pelos seus sanatórios, é pincelado por uma beleza morna e calma, com descrições bem humoradas e fatos singelos, que captam o drama da dor e da proximidade da morte, mas que nunca deixam de fora o milagre que é a própria vida.

"Todos nós já fomos agitados...todos já acordamos no meio da madrugada e apalpamos desesperados o nosso gesso. Todos... Todos... Mas, depois, quando os golpes se atiçaram, não senti mais nada...você sabe o que se chama em medicina, "tecido cicatrizado"? É aquela pele roxa e contraída que se forma em cima de uma ferida curada. É uma pele quase normal, mas insensível ao frio, ao calor, ao toque...
- Está vendo, os corações dos doentes receberam em vida tantos golpes de faca que se transformaram em tecido cicatrizado... Insensíveis ao frio... ao calor... e à dor... Insensíveis e roxos de dureza.

Tudo isso foi dito com um sorriso da mais perfeita tranquilidade interior."
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AnnaFernani (@maeefilhaqueleem) 11/09/2020

Emanuel se muda para a França para estudar Química, porém com constantes dores nas costas acaba descobrindo em exames sofrer do Mal de Pott, a Tuberculose óssea na vértebras. Como tratamento é indicado a sua ida a cidade de Berck, uma cidade costeira onde vão pessoas de todo o mundo com a mesma doença p/ se tratar.
O tratamento é feito engessando o corpo dos pacientes e mantendo eles deitados, porém, por ser uma cidade com muitos doentes, ela foi adaptada p/ q eles possam ter uma vida quase normal nos sanatórios, saindo p/ passeios de charrete e conhecendo novas pessoas em sua jornada em busca da cura.

Para começar a falar dessa leitura incrível q fiz, primeiramente, preciso falar dessa edição da Carambaia q tem uma capa em tecido simulando um gesso, e tb da escrita q muda da vertical p/ a horizontal conforme a posição do protagonista... faz vc realmente viajar nas sensações dos pacientes de Berck e tb do próprio escritor Max Blecher, o romeno q escreveu Corações Cicatrizados como ficção, porém inspirada em sua própria experiência, quando começando seus estudos em medicina, se descobriu aos 19 anos com o Mal de Pott e seguindo para Berck p/ realizar tratamento.
As descrições são tão reais, q a cidade se torna um dos personagens e vc se vê nas dores, dificuldades e frustações de Emanuel.
Super indico essa leitura, ou melhor, essa experiência q essa edição perfeita proporcionou
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André Foltran 10/03/2019

Engessado
Como tudo escrito por Max Blecher, Corações cicatrizados parte de uma dolorosa experiência autobiográfica. Quando cursava medicina em Paris, o autor foi diagnosticado com o mal de Pott (tuberculose óssea na coluna), cujo tratamento no início do século 20 consistia em engessar o local atingido e manter o enfermo numa cama. Morreu aos 28 anos, após passar praticamente um terço de sua vida deitado, o que não o impediu de escrever o melhor da literatura romena. De seu tratamento em Berck-sur-Mer, cidade no litoral da França totalmente voltada aos acometidos pela doença, nasce este livro único.

Logo no primeiro capítulo, o protagonista recebe o terrível diagnóstico da doença que o condenará a uma existência horizontal. E nós também, já que, no momento exato em que Emanuel é forçado a viver na cama, inverte-se a diagramação do livro, o que nos obriga a reaprender o modo de observar a página, tal como Emanuel tem de reaprender a enxergar o mundo. Não só a orientação do livro, mas o projeto gráfico como um todo tenta nos causar fisicamente o que internamente o texto já nos causa: desde a capa em tecido, estampada com a trama de uma atadura, às folhas terrivelmente brancas, como o gesso que envolverá Emanuel por meses, a ponto de se tornar uma segunda pele, e que por algumas horas nos envolverá também. Ficamos ali, como Emanuel, engessados no livro, intimamente embolorados, o peito cheio de pus. Uma experiência tocante — e terrível.

No entanto, há qualquer coisa de esperança nesse romance desolador. Todos em Berck, se não estão doentes, estão ligados de alguma forma à doença e por isso possuem em comum uma comovente ânsia por viver. Mesmo engessados, imobilizados em goteiras, passeiam de charrete, vestem suas melhores roupas para jantares e festas com os amigos. Gesso sobre gesso, encontram um jeito de se tocar, de se amar. Na mais absurda das condições, na realidade mais surreal, tentam viver uma vida normal.
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@rmendes29 04/02/2019

Poético
Uma narrativa poética, de boa leitura e sobretudo uma estória surpreendente. Adorei.
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Pandora 12/05/2018

Emanuel está no início da faculdade de Medicina em Paris quando é diagnosticado com o Mal de Pott (tuberculose óssea na coluna). Aconselhado por seus médicos, muda-se para a cidade de Berck-sur-Mer, no litoral norte, que é totalmente voltada aos acometidos pela tuberculose óssea. Naquela época, o tratamento consistia em engessar o local atingido e manter o enfermo numa cama. O próprio autor foi diagnosticado com a doença quando fazia Medicina e morreu aos 28 após passar dez anos praticamente deitado. Isto não o impediu de ter um livro de poemas e três romances publicados - um deles postumamente - e de manter correspondência com vários escritores e pensadores romenos e intelectuais estrangeiros.

Acompanhamos o protagonista desde a descoberta da doença, quando sem entender direito ainda o que está acontecendo, o rapaz se deixa levar e aceita pacificamente a solução que lhe oferecem. Depois, tendo que se acostumar a uma nova rotina ?horizontal?, tem que lidar com as dificuldades físicas e emocionais de sua condição, além de exercitar a convivência com os outros pacientes.

É uma história triste, mas não é aquele tipo de livro que faz você ficar em prantos. Isso se deve a uma narrativa leve e fluida, até mesmo irônica algumas vezes. Todos em Berck ou estão doentes ou estão ligados aos doentes de alguma forma e, em comum, há uma ânsia de viver da maneira mais normal possível. Mesmo imobilizados em suas goteiras*, os doentes querem passear, namorar, participar de festas, colocar suas melhores roupas, impressionar os amigos. Há até mesmo aqueles que, embora curados, preferem permanecer no sanatório a voltar para suas casas. Ali, eles estão entre os iguais. Também não é um livro específico sobre a doença, ele trata de emoções e sentimentos, de dor e perda.

?Corações Cicatrizados? foi adaptado para o cinema em 2016.

*Carrinho de quatro grandes rodas de borracha, dotado de um chassi na medida exata do corpo, sobre o qual o doente fica deitado. Entre o chassi e as rodas, molas fortes amortecem todos os choques e solavancos do trajeto.
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Carol 27/06/2016

Que lembrança terrível a enfrentar - Kierkegaard
Mikhail Bulgakov, em O Mestre e Margarida, escreve que “os manuscritos não se queimam”, em referência à censura na antiga URSS. Mesmo sem fogueiras, livros publicados podem vir a desaparecer no decurso do tempo.

É com alegria que agora possuo esta edição de Corações Cicatrizados do romeno Max Blecher, traduzido por Fernando Kablin. Lançamento da editora Carambaia.

Max Blecher, ainda jovem, foi diagnosticado com tuberculose óssea e esteve internado em diversos sanatórios até sua morte precoce, com apenas 28 anos. Mesmo doente, colaborou com a revista literária Le Surréalisme au service de la révolution, de André Breton e manteve farta correspondência com autores e filósofos renomados como André Gide e Martin Heidegger.

Seu protagonista, Emanuel, assim como o escritor, sofre do mal de Pott e vai buscar tratamento em Berck-sur-Mer, no norte da França. Engessado, ele é forçado a passar meses deitado, à espera que seus ossos sejam endireitados.

No entanto, Corações Cicatrizados não é um livro apenas sobre sofrimento. Seus personagens encontram força suficiente para moldar experiências por quais uma pessoa saudável passaria. Sob o estigma de uma doença paralisante, todos eles vibram por vida.

Devido à ambientação num sanatório, em alguns aspectos, a leitura fez com que eu me recordasse de A Montanha Mágica, de Thomas Mann. Já o surrealismo cômico do autor e suas descrições minuciosas remetem a Franz Kafka.

Max Blecher é um autor injustamente desconhecido em nosso país e merece um maior reconhecimento. Recomendo fortemente Corações Cicatrizados, um livro surpreendentemente doce mesmo que não seja feliz.
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