Resenhas - Longa e Sombria Hora do Chá da Alma

Allan Tancredo 16/08/2020

Douglas Adams é sempre uma boa pedida.
É um livro muito divertido, a gente não chega a entrar na história e viver os personagens, como no épico o Guia do Mochileiro das Galáxias, mas dá pra dar umas boas risadas e em algumas passagens se interessar pela história.

hiohana trissia 19/02/2021

"? Nenhum detetive particular parece um detetive particular. Essa é uma das primeiras regras do nosso ofício.
? Mas se nenhum detetive particular parece um detetive particular, como um detetive particular sabe como ele não deve parecer? Isso é um problema."

Letícia 03/07/2021

Sabia que Douglas Adams escreveu não uma, mas duas séries de ficção científica completamente non sense e hilárias? Embora mais conhecido pelos livros do Mochileiro das Galáxias, ele é também o autor da série Dirk Gently, adaptada em 2016 pela BBB America e pela Netflix.

Faz alguns anos que li o primeiro livro, Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently, mas o segundo, A Longa e Sombria Hora do Chá da Alma, ainda estava parado na minha estante. Em busca de uma leitura leve e divertida, resolvi lê-lo este mês.

Em A Longa e Sombria Hora do Chá da Alma reencontramos o excêntrico Dirk Gently, um detetive holístico que acredita que tudo no universo está interligado e faz uso de métodos não convencionais para solucionar seus casos. Nesta continuação, Dirk está no fundo do poço, sem dinheiro, vivendo de bicos e em guerra com sua faxineira para ver quem limpa primeiro uma geladeira que não é aberta há três meses. Se você já achou isso aleatório, é só o começo.

Dirky descobre que a morte de seu único cliente está conectada a um estranho acidente no Aeroporto de Heathrow e ao desaparecimento de sua ex-secretária. Tem de tudo nesse livro: deuses nórdicos, calculadoras de I Ching, um hospital que trata doenças muito esquisitas, pactos fáusticos às avessas e uma estadunidense furiosa com pizzarias inglesas por não fazerem entregas a domicílio.

O mais genial (e levemente irritante) é que, como a interconectividade é a base da série, Adams consegue inserir na história as mais absurdas e convenientes coincidências, já que Dirk sempre aparece no lugar certo na hora certa. A única coisa que me incomodou foi a fórmula utilizada pelo autor nos dois livros: apresentar os elementos da trama, sem grandes explicações, até todos convergirem entre si e culminarem em um desfecho rápido e, para mim, não totalmente satisfatório.

Apesar disso, é um livro de gargalhar alto, cheio de tiradas ácidas e perspicazes, e que parece ter inspirado desde Neil Gaiman, autor de Deuses Americanos, a Charlie Kaufman, roteirista de Quero Ser John Malkovich. Sim, é aleatório nesse nível.

site: https://www.instagram.com/pulsaoliteraria/

Glaulm 12/07/2022

Confuso
Eu sei... os livros do Douglas Adams não são os mais "não confusos" do mundo, mas esse em particular é bem mais que o padrão. Gostei do começo da história, mas não me prendeu muito e o final parece que ainda está no desenvolvimento.

Nath @biscoito.esperto 11/10/2016

Primeira decepção com o Douglas Adams (?)
Sou fã do Douglas Adams desde 2012, li o clássico Guia do Mochileiro, me apaixonei, aquela ladainha de sempre. Já li todas as obras do tio Doug e inclusive já li biografias dele. Sempre me inspirei nele como pessoa e como escritor, mas principalmente como um sem noção diagnosticado. Quero ser igual a ele quando crescer.

Eu li o primeiro livro da série do Dirk Gently com medo de que fosse ruim. Acabou que adorei o livro, achei a premissa das investigações holísticas geniais, e ainda acho que o autor poderia ter escrito mais livros espetaculares com essa premissa se ainda estivesse entre nós. Teremos uma série de dois livros eternamente.

Quando comecei A Longa e Sombria Hora do Chá da Alma, eu esperava que o livro fosse tão bom quanto o primeiro. Até certo ponto, ele é: a narrativa divertida e maluca é igual, as cenas de comédia britânica absurda me fizeram chorar de rir da mesma forma do primeiro livro, e o jeito como o Douglas escreve quase poderia ter servido de inspiração para Welcome to Night Vale. O problema desse livro foi a história.

ALESHDCDA (saúde) conta várias histórias. Somo apresentados a Kate, uma garota que estava tentando ir à Noruega mas falha miseravelmente , uma vez que o aeroporto explode. Revemos Dirk, que tenta extorquir dinheiro de um homem rico, mas falaha miseravelmente quando o homem comete suicídio (risos) por decapitação, e depois coloca a própria cabeça num disco de vinil tocando uma música péssima sobre batata quente. Conhecemos também uns deuses nórdicos desimportantes e temos um encontro com uma geladeira e uma calculadora filosófica.

Quando eu comecei o livro, estava achando o máximo. Meu problema veio pouco depois da página 100. Você espera que depois da página 100 de um livro a trama comece a se revelar e a se desenrolar, mas o Douglas simplesmente continuou escrevendo coisas sem noção e terminou o livro com um Deus Ex Machina, coisa que eu detesto. Eu gostei da forma como o livro terminou, não me entenda mal, mas acho que ele poderia ter escrito algo diferente. É difícil de explicar sem dar spoiler, mas vou tentar: todos os acontecimentos do começo do livro são importantes para o final, mas o final do livro se utilizou de algo que tinha acabado de acontecer para finalizar os conflitos, e isso não foi legal. Não tive aquele click do primeiro livro de quando todas as coisas se conectaram e meu cérebro gritou: "HOLÍSTICAAA!!!!".

O livro é divertido, mas a história não vai a lugar nenhum. As melhores partes do livro eram com Kate e Dirk, mas esses capítulos eram eclipsados por capítulos longos e chatos sobre os deuses nórdicos. No começo da leitura eu achei que era apenas eu sendo chata, mas foi fisicamente difícil ler os trechos do Sr. Odwin, e o Thor só foi interessante quando ele finalmente se encontrou com a Kate.

Douglas Adams é um autor incrível e eu adoro seus livros. Sei que irei reler O Guia e Dirk Gently, e sei que irei gostar. Se você, como eu, é fã desse gigante sem noção, sei que vai querer ler este livro. Não é o melhor livro dele, mas ainda assim é uma ótima leitura, cheia de maluquices.

site: www.nathlambert.blogspot.com

Débora 21/08/2020

Enredo caótico e muito divertido, cheio de sátiras.
A longa e sombria hora do chá da alma é o segundo e último livro da série de Dirk Gently, um detetive particular holístico que acredita na interconectividade de todas as coisas. Douglas Adams, mundialmente conhecido pelo: Guia do Mochileiro das Galáxias, constrói uma história fascinante, com personagens carismáticos e hilários nessa obra.

O enredo apresenta o detetive Dirk Gently investigando o caso de seu cliente, diante de diversos acontecimentos aparentemente desconectados que se completam perfeitamente no final. A história se inicia com uma explosão no aeroporto que marca o início de uma onda de azar para Kate, protagonista dessa história, além de mostrar o detetive Dirk Gently no outro lado da cidade também encontrando dificuldades. Nesse cenário, uma sequência de eventos bizarros fazem com que eles se encontrem e em meio a elementos bem absurdos, o leitor vai se surpreendendo a medida que as peças do quebra-cabeça vão se encaixando em uma história genial e excêntrica.

Para os leitores já familiarizados com a escrita de Douglas Adams fica evidente que esse livro segue as mesmas características marcantes das suas outras obras como: as sátiras, o humor sarcástico e as críticas a sociedade. É um livro que foge do senso comum e combina fantasia com críticas a sociedade por meio de sátiras e de uma forma hilária e caótica.

O livro possui elementos da mitologia nórdica e traz os deuses nórdicos como personagens, o que resulta em situações esquisitas. Além disso, os personagens não são bem desenvolvidos e apresentados, dificultando um pouco a leitura. É bem diferente do Guia do Mochileiro das Galáxias, mas surpreende pela capacidade do autor em criar uma história viciante pela quantidade de absurdos e elementos impossíveis e bizarros.

Dessa forma, o livro possui um ritmo leve e divertido. Mas, é essencial que o leitor possua a mente aberta para o impossível e o improvável. Possui uma escrita simples e prazerosa, já que o autor constrói um ambiente envolvente, improvável e divertido. O final é um pouco abrupto e bem diferente, mas está coerente com o estilo do autor em misturar críticas a sociedade com fantasia e ambientes surreais.

FabiSaLi 18/07/2021

Louco e interessante
O único livro que eu havia lido do escritoe anteriormente foi o Guia do Mochileiro das Galáxias, que eu gostei, mas só livro o primeiro.
E me surpreendi ao rever o método de escrita do autor, que mistura conhecimentos gerais com acontecimentos insanos.
Me lembrou uma mistura de Desventuras em Série com Os Homens que Não Amavam as mulheres, o enredo maluco de um com o método de escrita de outro.
Adorei, queria ter gostado mais do final.

Renato.Vasconcellos 30/04/2019

Inspiração de American Gods
Infelizmente é o ultimo livro do carismático investigador holístico Dirk Gently. Com sua escrita simples e agradável, Douglas Adams nos leva mais uma vez por uma viagem fascinante pelo imaginário criativo de sua obra. Aqui também temos a fonte de inspiração de Neil Gaiman para o aclamado Deuses Americanos. Apesar de preferir a trilogia de 5 livros do Guia do Mochileiro, esse dueto holístico é uma leitura obrigatória para os fãs de Douglas Adams.

Aqui acompanhamos as desventuras de Kate Schechter que, ao ajudar um desconhecido no aeroporto, acaba se envolvendo com os desígnios divinos em uma rixa entre Odin e Thor. Dirk entra na história quando um dos seus clientes é encontrado decapitado dentro de casa.

Enquanto a história se desenrola entre as mazelas de Kate e as sacadas espertas de Dirk, descobrimos que Odin, o pai dos deuses nórdicos e fonte de seus poderes, vendeu sua alma para um advogado e sua esposa publicitária (os dois piores tipos de pessoa na concepção de Douglas Adams). Acontece que quem redigiu o contrato foi o Goblin Toe Rag e estipulava um limite de tempo para que o portador do contrato fosse ceifado pela morte. O ardiloso advogado simplemente foi passando para frente o contrato que acabou na mão do cliente de Dirk.

Tudo que Thor queria era destruir o contrato, ao conseguir fazer isso com a ajuda de Kate, ele termina o domínio da dupla sobre Odin. O velho deus acaba seus dias numa cama com muito linho, do jeito que gosta. Dirk consegue uma geladeira nova e sua antiga geladeira guardava o novo Deus da Culpa, que devorou Toe Rag.

Taty Vasconcelos 09/08/2016

Dose de absurdo
Acho que pra ler Douglas Adams, vc tem que está familiarizado com os livros do Douglas Adams.

Oi? Como assim?

Douglas Adams tem uma maneira muito particular de escrever, ele vai do inimaginável ao impossível, do absurdo à lógica, passando um pouco pelo improvável, e no final ele consegue dar um sentido a tudo isso, fazendo com que tudo se encaixe perfeitamente!

É maluco!
É estranho!
É engraçado!
É apaixonante!

Nesse livro, Dirk Gently o detetive mais peculiar de todos os tempos, tem um grande problema nas mãos, a cabeça do seu mais recente cliente foi encontrada longe do corpo, em cima de um disco, onde tocava uma musica que ao que tudo indica pode ser a chave para todo o mistério.

Mas como estamos falando de Douglas Adams, nada é tão simples assim, Ele liga uma série de acontecimentos, e nos deparamos até com Deuses nórdicos no meio dos fatos, tudo narrado com uma pitada de humor ácido,e, é claro uma dose de absurdo como só ele é capaz de faze-lo.

Se existisse mais dez livros dessa serie, com certeza eu leria todos, mas talvez eu não seja uma pessoa muito confiável nesse assunto, já que Douglas Adams é o meu autor favorito.

Então, é melhor tirarem suas próprias conclusões.

Emi 10/06/2021

Neste livro, Douglas Adams resolve colocar deuses no meio como Thor. Se fosse outros livro teria achado meio bleh, mas sabia que ele não iria deixar o livro ser chato. Bem estilo Douglas Adams. Amei, mesmo com o final rápido. Fica agora a tristeza por não ter mais aventuras de Dirk Gently..

MizukaYoshino 11/02/2021

A segunda história do detetive Dirk Gently é ainda mais engraçada, nonsense e completamente sem o menor sentido, exatamente como tudo que foi escrito por Douglas Adams!

acarolfeliz 30/04/2021

Confesso que esperava mais, sou apaixonada no personagem do Dirk. Já assisti a série e amei, o primeiro livro não fica atrás. Porém este segundo achei enfadonho, a história e os mistérios não são cativantes e não prendem. A história se passa em praticamente 24h mas há tantas explicações que ao meu ver são desnecessárias que parece uma eternidade. Para ser franca, em alguns momentos nem parece que o livro foi escrito por Douglas Adams.

Thunder Wave 22/04/2017

Resenha: A Longa e Sombria Hora do Chá da Alma- Douglas Adams
A Longa e Sombria Hora do Chá da Alma é o segundo volume da série Dirk Gently, escrito por Douglas Adams. O detetive foi apresentado no primeiro volume, Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently.

Para ser bem sincera, iniciei essa leitura sem muita empolgação. Adoro a narrativa e o humor afiado de Douglas Adams, mas em Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently achei que o autor extrapolou um pouco nos elementos “sem noção” e a obra se tornou um pouco confusa, por isso tive medo de o mesmo acontecer com a A Longa e Sombria Hora do Chá da Alma.
Felizmente, isso não aconteceu e esse volume acabou sendo muito melhor que seu antecessor. Aqui, Adams se focou muito mais em uma investigação simples, sem o uso de muitos fatos paralelos que tanto atrapalharam o outro livro, colocando apenas alguns fatores sobrenaturais muito bem explicados.

Dessa vez, o caso de Dirk é mais sombrio, seu cliente é brutalmente assassinado no primeiro dia, com uma descrição digna de filme de terror. Tudo indica que o motivo é algum tipo de pacto, mas algo nas evidencias não faz sentido. Paralelamente, conhecemos Kate Schechter, que presencia um estranho ataque no aeroporto e resolve tentar descobrir o que realmente aconteceu. Eventualmente, o caminho de Kate e Dirk se cruzam.

Douglas Adams abordou um assunto novo nessa obra: Mitologia. Não vou me aprofundar no assunto para não dar nenhum spoiler, porém posso dizer que o autor usou bastante de religião e mitologia na construção desse mistério e foi isso que deixou A Longa e Sombria Hora do Chá da Alma maravilhoso, como é um assunto mais conhecido pelo público, ficou viável e direto, bem diferente das outras histórias malucas de Adams.

Acredito que a narrativa de Douglas Adams já seja conhecida e por isso não preciso ressaltar como o autor é bom em unir vários detalhes em uma grande trama, sem deixar de colocar seu humor inglês em todos os momentos.

Veja mais no link.

site: https://www.thunderwave.com.br/resenha-longa-e-sombria-hora-do-cha-da-alma-douglas-adams/

Derfell 03/02/2024

Coas toma conta
Esse segundo volume da série é tanto meio caótico, não no sentido habitual que gira em torno de Gently. Apesar de meio confuso gera boas risadas.

Vitor626 15/09/2018

Tem primeira vez pra tudo...
Sou um grande fã da escrita e genialidade do Douglas Adams! O humor dele é maravilhoso e as críticas sociais são de tirar o fôlego, mas esse livro me decepcionou muito! Comecei esperando um mistério cativante, mas tudo começo a ficar aleatório e chato e tudo muito jogado. O final não foi nada satisfatório e terminei o livro com um gande "?" sem saber o motivo disso tudo.

Não sei o que aconteceu, mas sendo esse o meu sétimo livro lido do Adams, fiquei bem chocado com o resultado. Apesar de ainda ter vários pontos que mostram seu humor e genialidade, esse volume não trouxe um enredo interessante. Uma pena...