Má feminista

Má feminista Roxane Gay




Resenhas - Má Feminista


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Kiki 29/03/2020

Feministas
Adorei a leitura.
Rosane Gay escreve muito bem. Seu texto é divertido e provocativo.
Me fez fazer boas reflexões e me chamou a atenção em fatos que passavam batidos. Aprendi muito.
Acredito ser uma leitura importante para todas feminista, tanto as más como as boas.
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Débora A. 27/07/2016

Problemas na tradução atrapalham a leitura. Acredito que se tivesse lido o original, talvez gostasse mais do livro, até porque os assuntos/ temas tratados são muito interessantes. Notas no rodapé não usados excessivamente também. Ao longo do livro, acabei deixando de ler. Mia atrapalhou que esclareceu.
Mel 11/11/2016minha estante
Débora qual edição é a sua?


Juliana1553 12/03/2017minha estante
Também tive muitas questões com a tradução. Muitas vezes, fiquei tentando voltar o texto para o inglês na minha cabeça para conseguir entender melhor o que estava escrito. A revisão também não é muito cuidadosa em alguns trechos, que ficam sem sentido.




Jeniffer Geraldine 08/12/2019

Má feminista
O meu desafio pessoal desde quando comecei o mestrado é tentar encaixar na semana um momento para ler ou ver algo que não esteja na lista de tarefas obrigatórias. Pensando nisso, em novembro, assumi um compromisso comigo mesma: ler todo dia no café da manhã. Comecei por Má Feminista - ensaios provocativos de uma ativista desastrosa, da escritora Roxane Gay.

Em Má Feminista, Roxane se autodeclara feminista mas assume a complexidade do termo e do movimento feminista. Faz crítica com humor, traz alfinetadas inteligentes, e experiências pessoais que reforçam a máxima “o pessoal é político”. Além de lançar um olhar muito cirúrgico em determinadas produções culturais, como o filme Histórias Cruzadas.

Eu adoro ensaios/crônicas, ainda mais quando são autobiográficos. É a minha casadinha perfeita. E o tanto que eu amei o termo má feminista como uma oposição ao feminismo essencial? Não há um modo de ser feminista porque não existe um feminismo. Cada vez mais precisamos estar atentas na pluralidade dos movimentos para não cairmos nas armadilhas que acabam por excluir ao invés de reconhecer e aceitar as diferenças.

Roxane diz que é imperfeita como mulher e imperfeita como feminista. No ensaio Má feminista: tomada dois, a autora mostra diversas situações estereotipadas para exemplificar as suas imperfeições, que mostram apenas uma mulher que não deseja ser a superpoderosa exemplar do movimento.

"Quero ser independente, mas quero que cuidem de mim e que haja alguém em casa para quem eu possa voltar. Tenho um emprego em que sou muito boa. Estou no comando das coisas. Estou em comitês. As pessoas me respeitam e vêm se aconselhar comigo. Quero ser forte e agir de modo profissional, mas ressinto-me em como tenho de trabalhar arduamente para ser levada a sério; para receber uma fração da consideração que de outra maneira eu receberia com facilidade.”

A autora questiona o patriarcado, o machismo, o racismo, e boa parte dos seus ensaios perpassa pelo questionamento desse feminismo essencial ou feminismo universal. A discussão sempre traz um viés interseccional e mostra a importância da ampliação das pautas feministas.

Os relatos íntimos nos fazem pensar: que feminista sou ou estou me tornando? O que realmente é ser feminista para mim? E a autora nos abre a possibilidade de ser feminista e nos chama para sair da teoria e partir para uma prática feminista e assim também anti-racista.

"Lide com seus preconceitos. Resista energicamente à tentação de ignorar o problema de gênero. Esforce-se e esforce-se e esforce-se, até que não precise mais; até que não precisemos mais manter este tipo de conversa. Mudança exige intenção e esforço. Ela é de fato bem simples."

O livro é dividido em cinco partes: Eu; Gênero e sexualidade; Raça e entretenimento; Política, gênero e raça; De volta ao meu eu. Em Gênero e sexualidade há o ensaio A linguagem negligente da violência sexual e uma das questões que a Roxane crítica é o termo cultura de estupro.

"Vivemos em uma cultura excessivamente permissiva em relação ao estupro. Enquanto por um lado há muitas pessoas que o entendem, bem como os danos causados por ele, por outro, vivemos em uma época que exige a expressão “cultura do estupro”.

Se chegamos ao ponto de dizer “cultura do estupro” é porque já está normalizado demais. Roxane até diz que talvez usemos a expressão para falar de uma cultura permeada pela violência sexual, mas também sugere usarmos cultura estupradora e que comecemos a levar em consideração o impacto físico, a materialidade do estupro. É mais uma vez a autora nos chamando para sair do campo das ideias e partir para prática, para o material.

Ler Roxane Gay e seu Má Feminista é confrontar ideias e práticas normalizadas. É provocativo, educativo, e a sua maneira esperançoso porque nos diz que não precisamos seguir os rótulos impostos para lutar pelo que acreditamos. Nas palavras da própria autora, “não temos todos de acreditar no mesmo feminismo. Ele pode ser pluralista, desde que respeitemos os diferentes feminismos que levamos conosco; desde que nos esforcemos o suficiente para tentar minimizar as rupturas entre nós.”





site: http://jeniffergeraldine.com/ma-feminista/
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Catarina 02/11/2021

Bem-vindos a uma grande decepção literária!
Eu estava extremamente empolgada e ansiosa para ler esse livro. É o meu primeiro da Roxane Gay e depois de tudo que eu ouvi falar dela eu estava em um estado absurdo de ânimo para ler logo.

Pelo título, eu esperava que os ensaios fossem debater o feminismo de uma forma mais incisiva, fugindo um pouco do superficial, falando também sobre raça e classe, bem no estilo dos livros da Bell Hooks, só que eu estava enganada.

Eu sinceramente não entendi o propósito desse livro. Os ensaios não tem um elo entre eles, parece que muita coisa tá ali só para fazer volume, sabe? Os ensaios que são de fato sobre o feminismo são interessantes e muito bem escritos, o problema é que são poucos quando comparados aos demais com temas aleatórios.

Muitos dos ensaios são um suco do twitter e da cultura pop, ou seja, se você é alheio assim como eu, te digo que você vai ficar boiando na maior parte dos textos. Filmes e séries que eu nunca ouvi falar na minha vida são citados e debatidos a rodo e quem nunca assistiu fica simplesmente perdido. Foi muito difícil terminar esse livro, cogitei várias vezes abandonar, a única razão de ter persistido era a esperança de que em algum momento iria melhorar, spoiler alert: não melhora.

Ainda pretendo ler outros livros da Roxane Gay, talvez “Má Feminista” não foi uma boa escolha para conhecer a escrita da autora. O livro não é ruim, mas se fossem retirados alguns textos do livro (como o que fala sobre jogar Scrabble/Jogos de Palavras Cruzadas) e deixassem apenas aqueles que realmente falam sobre o feminismo, com certeza o resultado seria mais satisfatório.
Alanna. 02/11/2021minha estante
Eu lembro de ter tido essa mesma sensação lendo esse livro, que parece que são muitos pensamentos aleatórios em forma de texto. Mas eu já comecei a leitura sabendo disso, quem me indicou já havia me dito, então não criei expectativa e consegui aproveitar a leitura por essa variedade de temas. Eu acho que os textos dela sobre feminismo são realmente melhores que os demais, mas como não esperava apenas isso, a leitura não me decepcionou.


Catarina 02/11/2021minha estante
Foi isso me incomodou tanto, era pra ser um livro sobre feminismo aí ela começa a falar de tanta coisa aleatória que simplesmente não condiz com a proposta do livro. O que mais me chocou foi o tanto de avaliação positiva que esse livro tem aqui no skoob achei até que eu tava doida por não ter gostado, eu fui ler as opiniões do pessoal lá no goodreads e por lá o livro não foi tão bem recebido assim.. Sorte sua já ter ido ler já sabendo disso kkkk eu fui na maior expectativa e fui tombada.




Mary Manzolli 26/02/2022

Bom mas não me ganhou
Resenha curtinha hoje porque não me conectei com essa leitura, mas vou falar um pouquinho dela.

Má Feminista já é considerado um clássico contemporâneo sobre os desafios e lutas das mulheres e as barreiras que ainda precisam ser quebradas. Roxane é irônica, mordaz, de uma sinceridade intimidante e os ensaios, na maior parte do tempo são corajosos, engraçados e questionadores.

O livro é, basicamente, um compilado de ensaios e artigos escritos pela autora, que tratam de feminismo, feminismo sob o viés racial, racismo, análises de séries, filmes, livros, músicas e cultura pop, dentro de um olhar social, além de um artigo pessoal sobre sua participação em campeonatos de Scrabble (palavras cruzadas).

Não há como negar que Roxane Gay tenha um olhar diferenciado sobre o feminismo, principalmente aquele que se relaciona às mulheres negras.

Alguns ensaios são, realmente muito bons, principalmente no que diz respeito às duras críticas ao feminismo que padroniza mulheres, outros não me prenderam tanto por abordarem sobre séries, filmes e outros temas da cultura pop os quais não conheço, apesar de entender a intenção da autora em demonstrar o quanto o tipo de cultura que consumimos pode moldar quem somos e nos manter presos a esteriótipos de gênero, raça e sexualidade.

Embora eu não goste de postar resenhas de livros que não me agradaram, entendo que Má Feminista é um bom livro, apesar da minha falta de conexão com muitos dos ensaios, sinto que saí desta leitura com alguma bagagem, então valeu a pena e, provavelmente, um outro leitor pode ter uma experiência diferente, principalmente se tiver mais afinidade com os gosto de Roxane para séries e filmes.
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helmalu 15/08/2016

Um relato intimista de uma mulher e sua relação com o feminismo
Má feminista é um livro que, apesar do que o título pode sugerir, não trata somente do feminismo, como também, de diversos temas que envolvem as mulheres e a sua representação na sociedade, literatura, mídia etc.. Esse hibridismo é a característica mais forte do livro, pois, pelo prisma do feminismo, Gay consegue apontar diversos outros temas que diretamente se relacionam a ele, nos guiando por exemplos. Estes exemplos que a autora traz, para mim, são a parte mais interessante do texto todo, sendo que ela usa séries como Girls, Law&Order: SVU, livros como Garota exemplar, a trilogia Jogos Vorazes e Cinquenta tons de cinza, além de diversos outros produtos culturais para mostrar como a mulher vem sendo representada na atualidade. Além de tudo isso, os ensaios são muito intimistas, pois, ao longo do livro, Gay, enquanto mulher negra e imigrante haitiana morando nos EUA, relata momentos da vida dela (como o estupro que ela foi vítima na adolescência e o preconceito que sofreu na universidade) para mostrar a relação dela com o feminismo.

O livro é dividido em seções, sendo elas: Eu; Gênero e sexualidade; Raça e entretenimento; Política, gênero e raça e De volta ao meu eu. Cada seção traz diversos ensaios relacionados e discussões muito pertinentes.
Na primeira seção, então, Gay vai falar sobre a relação que ela tem com o feminismo, porque se considera uma má feminista e como ela vê o movimento:

"Na verdade, justifica-se a imperfeição do feminismo por ele ser um movimento alimentado por pessoas, e estas são inerentemente imperfeitas. [...] Adoto abertamente o rótulo de má feminista. E faço isso porque sou imperfeita e humana. Não sou perita em história do feminismo. Também não sou, como gostaria, perita na leitura de textos feministas fundamentais. Tenho alguns... interesses, peculiaridades de personalidade e opiniões que podem não se alinhar com o feminismo tradicional, mas, mesmo assim, ainda sou uma feminista.." (p. 8)

Na seção Gênero e sexualidade, a autora fala sobre a representação da mulher na mídia e como isso tem nos prejudicado, ela também questiona a falta de representatividade não só da mulher, como também da mulher negra e fora dos padrões estéticos.

"Existem poucas oportunidades para as pessoas de cor se reconhecerem na literatura, no teatro, na televisão e no cinema." (p. 64)

Um termo que eu não conhecia e que a autora apresenta no texto é o termo "negro mágico", em inglês magical negro. Esse termo é designado para um personagem negro que aparece na trama só para salvar a pele do branco, aquele lugar-comum que tantas vezes vimos em filmes. O negro é o que morre primeiro. É o melhor amigo do protagonista branco. O personagem secundário que se sacrifica para o bem maior dos outros (brancos). E por aí vai. Esse artifício é usado tantas vezes que não é de se assombrar que já tenha um termo para designá-lo. E o que é mais triste é que até hoje isso ainda é usado. Enquanto eu lia essa parte do livro, consegui lembrar de pelo menos três filmes/séries em que esse personagem aparece.

Sem falar na representação da mulher: sexista, objetificada. A autora vai trazer, em sua análise, algumas protagonistas mulheres que fogem desse padrão, como é o caso de Amy, do livro Garota exemplar, ela é representada como uma mulher desagradável, vingativa, que foge do estereótipo de que as mulheres PRECISAM ser amáveis e aturar as traições de seus maridos. É um verdadeiro tapa na cara da sociedade. A escritora de Garota exemplar traz uma personagem humana. E Gay traz à tona o fato de que anti heróis são muito mais aceitos pela sociedade e pela crítica do que as anti heroínas. Enfim, esses são alguns exemplos que Gay traz e que comprovam como as mulheres e os negros têm sido usados para apagar seu protagonismo na mídia. Afinal de contas, você não vai poder dizer que determinado filme ou livro não tem uma mulher ou um negro no elenco, eles estão lá sim!
Algo que a Julya me falou, enquanto discutíamos essa questão, é que, aqui no Brasil, é fácil perceber que as novelas que concentram maior número de negros em seus elencos são aquelas em que o enredo envolve ou o período da escravidão no Brasil, ou o contexto das favelas. Diante disso eu não preciso falar mais nada, não é?

Na seção Raça e entretenimento, a autora fala mais pontualmente de alguns filmes com personagens negros os quais ela assistiu e como ela se decepcionou. Histórias cruzadas (2011), Django livre (2012) e 12 anos de escravidão (2013) são filmes que, apesar das premissas terem se mostrado inovadoras para ela, foram uma decepção. Apesar de os filmes em questão serem protagonizados ou focados em negros, eles continuam reforçando aquela velha ideia de que os brancos é que salvam os negros no final, além de usarem do sofrimento dos negros (físico e emocional) para atingir o "coração do público", realçando cenas em que os negros sofrem, são humilhados, agredidos, para Gay, isso é sofrimento demais e ela já está cansada disso. Eu imagino.

Há também a discussão sobre "cultura do estupro" e sobre como o estupro vem sendo representado nos livros, jornais, televisão etc. erroneamente. Para ilustrar essa afirmação, a autora cita o caso de uma menina de onze anos estuprada por dezoito homens no Texas (um estupro coletivo, vejamos, isso aconteceu há pouco tempo no Brasil) e como um artigo do The New York Times tratou do assunto: preocupado com a cidade, cujos moradores nunca mais seriam os mesmos e, pasmem, os dezoito rapazes também nunca mais seriam os mesmos. É sério isso? Não sei porque eu fico surpresa. E a vítima onde fica?

"Houve discussão sobre o fato de a menina de onze anos, a criança, vestir-se como se tivesse vinte, deixando implícita a possibilidade de que uma mulher possa "pedir por isso" e também de que, de alguma forma, é compreensível que dezoito homens estuprem uma menina." (p. 132)

Eu, na minha ignorante concepção de mundo, achava que discussões como a da cultura do estupro existissem somente no Brasil. Ledo engano. Nós, mulheres, não estamos seguras em parte alguma. A autora sugere, inclusive, que troquemos o termo por "Cultura de estupradores", pois quem sabe, assim, as pessoas tenham uma ideia mais clara da dimensão do problema.

Enfim, posso dizer que os temas que a autora traz são de extrema importância e precisam ser discutidos o quanto antes. Pois é visível que ser mulher, apesar dos avanços que foram feitos em relação à igualdade de gênero, ainda é muito perigoso. Enquanto a mídia continuar objetificando-nos e tratando casos de estupro com trivialidade, induzindo-nos a pensar que a vítima é a culpada, nada disso vai mudar.

***

Fiquei muito presa a essa leitura, não posso negar, pois, assim como a Roxane Gay, também me considero uma má feminista, logo, tenho tentado cada vez mais me aprofundar para entender o movimento feminista. Posso dizer que essa leitura me abriu os olhos para muitas coisas e me fez aumentar minha empatia em relação às mulheres negras, já que pude ler o relato de uma, a própria autora. Isso me lembra a sororidade ❤.

Antes de terminar, preciso fazer um pequeno comentário à edição. Encontrei alguns erros de revisão, oito, para ser mais exata, erros de descuido mesmo, nada em relação à grafia. Outra coisa que me incomodou foi a tradução. Às vezes, eu sentia que aquilo não tava bem traduzido, dava para saber certinho o que estava escrito no original, porque não soava como português, em alguns momentos dava para sentir que a sintaxe e a prosódia eram do inglês. Eu imagino que a estilística da autora, no original, fosse algo que beirasse o linguajar jovem, com gírias e muitas expressões da língua inglesa, por isso, eu imagino que para a tradutora deve ter sido muito difícil traduzir esse livro, já que, se ela optasse por uma adaptação cultural... Não, ela nem deveria cogitar a ideia de tradução por adaptação cultural. Enfim, foi por esses dois motivos que eu dei 4 estrelas ao livro no Skoob, que são referentes à edição e não à obra. Agora vou parar porque meu pequeno comentário já está tão grande quanto um dos volumes de As crônicas de gelo e fogo, haha.

site: http://leiturasegatices.blogspot.com.br/2016/08/ma-feminista-roxane-gay.html
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Michelly 28/04/2021

Será que sou uma péssima feminista?
Vamos começar pelo conteúdo do livro: como o próprio nome diz, é um ensaio (um conteúdo que não é definitivo) sobre como Roxane foi levada ao movimento feminista e como não acha se encaixar nos padrões que o próprio movimento definem.
Aqui, Gay faz análises de obras, músicas, políticas de saúde que tratam sobre desigualdade de gênero, sobre racismo, sobre livros que normalizam relacionamentos tóxicos, homossexualidade e cultura da magreza.
O que eu achei? Eu gostei, pois é tudo escrito de forma compreensível e sem termos exageradamente complicados. Tudo tem um contexto com uma experiência da própria autora e me identifiquei com alguns relatos.
E ela tem dúvidas se pode ser considerada feminista, mesmo sendo ativa em causas sociais, se declarando a favor ou contra pautas discutidas... Não seriam esses fatores que a faz parte do feminismo? Porém a "irmandade" tem criado padrões do que deve existir e de quem devemos ser, sendo que o feminismo é sobre você fazer escolhas.
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tray 09/10/2018

Marcas
Fechar este livro foi doloroso, Roxane me lixou, me expôs, ler mulheres negras é sempre um eco, um estranhamento e um encontro, alguns ensaios me cansaram, outros me lembram situações de violência que a gente fica abafando, mas que ta ali a gente sabe, Roxane é a voz que o feminismo nem sempre quer escutar, por ser a voz das contradições, pois somos contradições, as vezes a gente vai rebolar com aquele refrão machista e precisamos saber lidar com isso, um livro poderoso, dolorido , tenha na sua estante!
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Patrícia Gonçalves 11/06/2019

Seja uma má feminista
Confesso que sempre tive minhas ressalvas com o rótulo do ?feminismo?, mas com esse livro, acho que é melhor sermos más feministas do que não feministas. Além do feminismo em si a autora aborta vários outros temas. O racismo também é uma constante no livro. Mulheres, leiam!
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Clariar 02/03/2024

Fiquei decepcionada, pois o primeiro livro que li da autora (Fome), é um dos meus favoritos e me arrebatou, me impactou... faz anos que li e até hoje lembro do que li, mas Má Feminista não é nem de longe marcante.
Muitas citações de séries e programas que tornam praticamente impossível o aproveitamento da leitura e ensaios aleatórios que não condiziam a temática feminista.
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Aléxia 02/05/2023

Ensaios sobre gênero, raça e entretenimento nos anos 2010
Eu tinha muito preconceito com ensaios até conhecer a Jia Tolentino (Falso Espelho top livros de 2021). Aí eu percebi que na verdade eu adoro esse gênero porque de alguma forma me identifico com a mistura de opiniões pessoais baseadas na própria experiência e linhas de argumentação não acadêmicas que conectam pontos às vezes aleatórios.

Má Feminista é uma série de ensaios sobre gênero, raça e entretenimento da professora de escrita criativa Roxane Gay - mulher negra norte-americana e filha de pais haitianos. Ela explica o nome do livro já na largada: ela se sente aquém das feministas “sérias” que conhecem a fundo a teoria de gênero, mas mesmo assim prefere contribuir com esse tema da forma como pode.

O livro, publicado originalmente em 2014, tem 200% a energia desse início de década. É até fofa a ingenuidade com que certos temas são tratados - como aquele otimismo naïve de que as redes sociais davam voz a pautas e pessoas que normalmente não ganhavam visibilidade na grande mídia. Pois bem, dez anos depois, olha o monstro que se criou.

Outra coisa que mudou foi a reivindicação pela representatividade no entretenimento, que ainda era tão incipiente. A forma introdutória como ela aborda esse assunto mostra que o cenário era completamente outro no momento em que o texto foi escrito. Nesse caso, ponto pra gente: a discussão continua avançando.

Pra mim, um dos pontos altos e atemporais da autora é o tom ácido das resenhas antirracistas de filmes como Histórias Cruzadas e Django Livre. Ela faz um contraponto essencial pra uma leitura mais óbvia e passadora de pano que se tem deles.

No geral, o livro é uma forma de furar a bolha e ler opiniões diferentes que te ajudam a expandir certas percepções.
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Carol 25/03/2021

Bom
Roxane tem um escrita direta e sem paps na língua... gosto disso! Mas o livro não me prendeu como eu gostaria...
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Stephanie214 27/06/2022

Uma feminista imperfeita
A autora mostra através de ensaios suas experiências pessoais e opiniões sobre: Racismo,violência contra a mulher, política, sexualidade, cultura do estupro, violência policial, raça,gênero, relacionamentos, trabalho, preconceito,filmes,séries, músicas, livros e feminismo.
Foi muito bom conhecer a autora e o que ela pensa sobre cada questão pois sendo uma mulher negra, filha de imigrantes, escritora e feminista tem muito a dizer sobre o mundo a sua volta.
Cada ensaio complementa o outro trazendo mais informações e fazendo o público refletir sobre suas palavras (pelo menos eu me senti assim).
A própria se declara sendo uma má feminista pois está fracassando como feminista, sendo uma bem ruim e uma confusão de contradições. E que aceitar livremente o rótulo de feminista não seria justo com as boas feministas. Acho que o que ela quis dizer é que toda mulher no fundo é feminista mesmo que não saiba ou que se negue a ser, lutar pelos nossos direitos é um dever para que possamos ter um futuro melhor para as garotas e mulheres, sem medo de ser quem são, estarem expostas a algum tipo de violência ou feminicídio,lutar por políticas públicas que ajudem as mulheres desde pequenas até quando forem adultas e poderem escolher se querem ter um filho ou não sem interferência do estado. No final não há um jeito certo de ser feminista basta só ser feminista.
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