spoiler visualizarMari Sales 15/06/2016
Amor e suas formar
Antes de encontrar o amor verdadeiro é possível nos depararmos com amores falsos, amores insalubres, amores fictícios, amores não correspondidos... “Até quando é amor?” não floreia essa verdade e nos apresenta a busca de Miguel e o seu verdadeiro amor.
Combinando a localização dos acontecimentos do romance, a praia e o diário guardado do protagonista, a capa do livro apela para o “tempo fechado” do mar para nos prepararmos para essa tempestade de sentimentos.
Além de lindos poemas antecipando o início de cada capítulo, ou melhor, dia, o romance é narrado em primeira pessoa pelo protagonista, Miguel, permitindo que toda a delicadeza e candura da personagem invada nossa mente e coração.
Miguel é apaixonado, companheiro e intenso. Ele não trata seus amores e suas amizades superficialmente, ele investe e entra de cabeça, mesmo que não receba tudo o que deve em troca. Ele tenta pensar racionalmente, mas é guiado pelo coração em quase todos os acontecimentos de sua vida, mesmo as mais íntimas e carnais.
Relendo seu diário, Miguel relembra amigas queridos como Julia e Amanda. Além disso, existem outras pessoas a serem lembradas, como seus antigos (e não tão antigo) amores.
Fernando é o cafajeste com pegada. Aquela pessoa que fez Miguel pisar em seu orgulho e se doar por miséria. Sem julgamentos precipitados aqui, porque é visível nos pensamentos de Miguel que ele está sendo guiado pelo amor carnal.
Ralf é amigo, companheiro e carinhoso. Livre de qualquer preconceito, ele gosta de Miguel, mas parece estar mais em busca de se descobrir do que amar alguém.
Jonatas aparece em um momento não tão oportuno, quando o coração de Miguel está em conflito, fazendo com que ele não perceba o quanto os dois são parecidos: se doam sem pedir nada em troca. É intrigante como bonito a forma que eles se aproximam.
Em meio ao amor não correspondido, aventuras sexuais e sofrimento, a trama se desenvolve de forma que conseguimos nos identificar em algumas situações, porque os acontecimentos se aproximam de nossa realidade. Não há fantasia e príncipe encantado, a verdade aqui parece ser nua e crua.
Para os românticos de plantão, que não tem medo de se arriscar por amor e que não tem medo de loucuras de amor, independentemente de sua preferência sexual, esse romance irá cativar!
site: http://www.resenhasnacionais.com.br/2016/06/digo-marchon-ate-quando-e-amor.html