Dias de abandono

Dias de abandono Elena Ferrante




Resenhas - Dias de Abandono


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Julio.Gurgel 14/03/2020

Ladeira abaixo
A narrativa mergulha no psicológico de uma mulher que é repentinamente abandonada pelo marido. A escrita de Ferrante é uma mão fantasmagórica que te puxa para debaixo do poço junto com a personagem. Um incômodo perene atravessa o história, que resvala naquela sensação de ?eu sei que é humilhante mas vou fazer mesmo assim?. Quem nunca?
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Gabriel Dias - @Done.em 14/04/2020

Dias de Abandono
Ser abandonada após 15 anos e sem motivos aparente, com dois filhos, o cachorro – ele queria o cachorro – e todas as responsabilidades recaindo sobre você, é tudo o que Olga passa em “Dias de Abandono”, diante da dúvida, ela percorrerá o passado tentando entender o que aconteceu, o nascimento da motivação, e principalmente a morte daquilo que ela não esperava, o amor.
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Preciso falar que fui extremamente preconceituoso em diversos momentos desta leitura, entender as consequências sobre as incertezas da vida é algo que não cabe a nós tentar, mas a construção narrativa faz questionarmos o que é o certo e o errado, quando na realidade ele nem existe.
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Diversas situações você se depara com uma personagem completamente instável, você duvida dos sentimentos dela, julga e principalmente conclui, os fatores que fazem Olga estar naquela situação, o abandono. Contudo pequenos sinais aparecem e nos fazem refletir o que é insanidade, Olga ou a situação a qual ela se encontra?
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A postura de Olga se modifica, mas tudo não está como era, ela fixa um pensamento, ao qual era mulher perfeita, e mesmo com todos seus esforços sofreu, era merecido? E em diversos posicionamentos a gente entende que é impossível como leitor medir o amor, medir como uma pessoa pode ou não responder a um trauma, não existe regra. ⠀⠀⠀⠀
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Gosto de diversas situações que o livro propõe, por mais bizarras pareçam, carregam um simbolismo necessário para a situação, por ser narrado em primeira pessoa, é nítido que ela está desconfortável, ela se assusta com suas atitudes e em diversos momentos retoma lucidez.
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O livro representa um ciclo, a qual todos podem passar em diversificadas intensidades, mas nos provoca a empatia e principalmente questionar qual seria a resposta das demais pessoas se ela fosse homem, seria normal e merecedor? Vítima ou culpada?
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“O futuro, de certo ponto em diante, é somente a necessidade de viver o passado. Refazer imediatamente os tempos verbais”.

site: https://www.instagram.com/p/B-8DNbkDbqR/
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natália rocha 14/09/2021

Já falei que senti raiva e angústia lendo esse livro hoje? hehe
E pelo o que eu vi, é consenso os sentimentos que esse livro desperta nos seus leitores. Esse foi meu primeiro contato com a escrita de Elena Ferrante e posso dizer que me marcou, apesar de esperar mais do livro.

''Dias de abandono'' começa com um marido anunciando a sua esposa que pretende deixá-la, após 15 anos de casamento. Daqui, sendo mais específica, acompanhamos como Olga vai lidar com o abandono repentino do marido, Mario.

Vemos uma Olga passar por sucessão de sentimentos, semelhante a um luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Muitas vezes briguei com o livro, tive vontade de pegar essa mulher pela mão e trazer de volta para a vida, ajudá-la com os filhos e com o cachorro (!!!), dei conselhos, torci por ela. E vi quando o turbilhão de sentimentos provocado por essa separação foram se acalmando, até que ela consegue colocar sua vida de volta nos trilhos.

É impossível não lembrar da leitura de ''Laços'', do italiano Domenico Starnone, as semelhanças são gritantes - desde o enredo em geral como em alguns detalhes.

Para encerrar, não sei dizer se essa foi uma boa porta de entrada para a escrita da autora, não sei se captei a essência do que ela realmente é ou se fiquei no eco do livro que citei acima. Quero dar uma chance para a Tetralogia Napolitana, mas talvez demore um pouquinho.
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Mariana 26/09/2021

Meu primeiro Elena Ferrante
Meu primeiro Elena Ferrante e não sei explicar muito bem o que senti lendo esse livro! É um pouco angustiante ver todo sofrimento de uma separação narrado com tantos detalhes, me senti um pouco esponja e acho que durante a leitura absorvia um pouco da dor de Olga.
Quanto a leitura, por ter capítulos curtos achei bem fluída, mas em horas não sabia muito bem aonde Elena queria chegar o que me dificultou uma leitura rápida. Por ser a minha primeira leitura de Elena estava com outra expectativa mas gostei bastante do livro e certamente vou ler outras obras dela.
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Terezinha.Clepf 25/10/2023

MULHER OBSESSIVA
Um livro que me aporrentou notavelmente por ser narrado em primeira pessoa pela protagonista Olga, me fazendo sentir agoniada por acompanhar uma mulher obsessiva, transtornada e impulsiva pelo abandono do marido Mário...

Olga se transformou em um ser negligente perdendo o instinto materno no que deveria vir em primeiro lugar: os filhos...

No enredo geral, Olga se desliga da realidade, passando a tratar todos à sua volta de forma agressiva e também, vulgarmente, se transformou em "a pobre coitada"...

Entendi como mensagem desta história um alerta para aquelas esposas que ao serem abandonadas se negligenciam, se anulam em todos os aspectos tanto pessoal como profissional...

Concluindo, achei a narração arrastada, sofrível e angustiante, onde acredito que a mulher deveria ser mais positiva e autêntica nos percalços da vida.

Minha avaliação: Três estrelas
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Lore 27/05/2020

tentando desvendar ainda os porquês desse livro mexer tanto comigo
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Carolina 01/06/2021

Sobrevivendo ao luto
Gostei muito da leitura. Vivi com a personagem todo aquele sofrimento ao ser deixada, todo aquele luto. A leitura fluiu muito bem.
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Nanda Carvalho 22/10/2021

Esse livro contém gatilhos ( estágio de depressão).
Depois de quinze anos de casamento, Olga e abandonada pelo marido com os dois filhos e um cachorro e sem perspectiva nenhuma.
Por causa desse abandono, Olga vai se perdendo cada vez mais dentro de si mesma.

Elena Ferrante é uma autora crua e sem rodeios cada livro que leio dela é um soco no estômago e com esse não foi diferente. Com passagens bem perturbadoras ela me fez ficar dentro da cabeça de Olga e teve horas que eu pensava ? essa mulher tem que reagir?. Uma coisa que Elena faz é fazer você se sentir a personagem não adianta se você nunca passou pelo o que a personagem tá passando mas vai ter aquela passagem que faz ser você.
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Giovanna398 07/02/2024

Achei intenso demais p mim, não tenho certeza ainda se amei ou odiei. fato é que elena ferrante é um grande nome da literatura, realmente uma genialidade para abordar o abismo
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Jadechemale 18/03/2021

A angustia de agosto
Muito bom! Como sempre Elena ferrante mostrando o lado mais real do sujeito. O lado que sabemos que existe mas que deixamos por baixo dos lençóis. A loucura de uma mulher que por 15 anos investiu sua vida em um relacionamento em que não houve subjetividade. E que depois da ruptura de tudo o que acreditava que conhecia, descobriu que não conhecia nada. Nem ela e nem o ex marido.
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Rony 01/06/2021

O que o abandono nos faz
Gosto muito da escrita de Elena Ferrante. Ela é capaz de passar toda a dor e sofrimento dos personagens sem torna-los vítimas. São personagens reais, com sentimentos reais. Ao mesmo tempo em que a escrita da autora é bem poética, os sentimentos são turbulentos, violentos e bem grotescos.
Nesta história Olga é uma escritora que parou de escrever em prol de cuidar da família e foi abandonada por seu marido do dia para a noite, sem que nada de fato tivesse ocorrido.
Até mesmo o linguajar que a personagem adota em certas situações te transmite toda a ira e loucura que ela está sentindo e como ela vai mudando ao longo do livro, como ela vai se perdendo, se esquecendo de tudo, se culpando...
Dias de abandono transmite perfeitamente o que é ser abadonada e principalmente, substituída.
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Lucas1429 12/11/2021

O que dizer?
Elena Ferrante é excelente, a história tem um ritmo forte, é incisiva, bastante estressante, num sentido positivo. Todos os arcos são bem elaborados e amarrados, não é preciso falar mais do que isso.
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cris.leal 26/06/2017

Naufrágio sentimental...
Em "Dias de Abandono", ficamos conhecendo Olga, uma dona de casa de 37 anos, que depois de 15 anos de casada é abandonada por Mario, seu marido, com quem tem dois filhos.

Ao refletir sobre o abandono, Olga se dá conta de que durante o casamento perdeu sua própria vida de vista na medida em que deixou de lado seu ofício de escritora para se dedicar de corpo e alma à família e ao lar. Angustiada com a derrota sofrida, ela passa a não cuidar mais da aparência, começa a usar uma linguagem obscena e esquece dos filhos. A vida vira um inferno.

Lentamente Olga vai se recuperar, mas a sua história sombria e desesperada deixa na gente a certeza de que os nossos naufrágios sentimentais provocam uma espécie de luto, que devemos aceitar e digerir. É preciso tocar o fundo do oceano para, finalmente, regressar à superfície despida de velhas convicções e pronta para recomeçar. Gostei muito, recomendo!
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Geórgia 24/03/2021

Dias angustiantes.
Dias de Abandono ? Elena Ferrante

Minha primeira leitura dessa escritora e eu estou no chão. Sobre o enredo, vemos então o fim do casamento de 15 anos de Olga e Mario. Olga que basicamente se dedicava à família passa a sofrer com o término dessa relação. Sofrer é até um eufemismo, porque o que essa mulher passa com esse divórcio vai além do sofrimento. Meu Deus, é tudo muito intenso e visceral. Elena Ferrante nos joga dentro a mente da personagem e você acaba dando graças a Deus que é só um livro e isso não tá acontecendo com você. A gente tem a visão caótica desses dias de abandono pelos quais Olga passa tentando lidar com as crianças que sofrem pela separação dos pais, com o cachorro que de certa maneira também foi abandonado por Mario, já que o animal era mais dele do que dos filhos. Otto, o cachorro, acaba sofrendo tanto quanto Olga as consequências desse abandono. Nós temos assim, o retrato do sofrimento de uma mulher que ao longo dos anos de relacionamento esqueceu quem era, de onde vinha e para onde queria ir. A escrita da Elena Ferrante é muito clara e objetiva, o que resulta nesse quadro tão fiel do que se passou dentro e fora da nossa protagonista.
Eu indico a leitura em doses homeopáticas, dada intensidade da narrativa.

?Somente sabendo eu poderia retomar a vida e sobreviver mesmo sem ele. Desse jeito, na confusão da vida ao deus-dará, eu estava definhando, murchando, estava seca como uma concha vazia numa praia de verão.?
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