Cartas do meu moinho

Cartas do meu moinho Alphonse Daudet




Resenhas - Cartas do meu moinho


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Inlectus 06/02/2010

Obra excelênte.
Lindas contos, que trazem mais suavidade e sinceridade a alma, e nos ajudam a ser mais sensiveis e pensar mais nos encantos da simplicidade. Leitura recomendavel.
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Henrique Fendrich 10/11/2018

Descobri um parente espiritual do Rubem Braga. O francês Alphonse Daudet, em "Cartas do meu moinho", compartilha da mesma visão melancólica sobre a vida e uma relação profunda com a natureza. Seus continhos são muito bonitos.

O livro tem uma unidade muito interessante. O autor faz de conta que comprou um moinho na Provença, interior da França, e se põe a contar historietas daquela gente simples.

Há, por exemplo, “O segredo de mestre Cornille”, a história do dono de um moinho de vento que ficou sem trabalho depois que surgiram moinhos a vapor, mas se recusava a aceitar isso e então continua girando o moinho, fingindo que ainda havia algo para moer. Depois ele seguia com o seu burrico pela cidade levando sacos que dizia ser de farinha, mas era apenas areia. Tudo porque ele não podia viver sem aquele moinho.

São todos textos muito sensíveis e humanos.

Reencontrei no livro “Os velhos” e achei que é ainda melhor do que eu tinha achado da primeira vez. É muito bonita a história da visita que o personagem faz aos avós de um amigo e de como é tratado por eles com toda a reverência do mundo, muito embora nem sempre eles acertassem nos meios de agradá-lo.

Reli também “O elixir do Padre Gaucher”, que fica mais interessante quando cercado por outros textos do mesmo estilo. Esse conto não faria feio no meio do “Decameron”.

São 23 contos e acho que posso dizer que gostei, no mínimo, de 18. Teve alguns mais difíceis, no final do livro, mas o saldo ainda é muito positivo para o autor.

Destaco também o texto “Baladas em prosa”, que conta duas historietas liricamente esplêndidas. Há contos que têm muita graça, como “A mula do Papa”, outros que registram tragédias, como “A arlesiana”.

Alguns contos não são de episódios na Provença, mas de lembranças que ocorreram ao personagem-autor enquanto estava no seu moinho. Histórias de mar como “O naufrágio do “Sémillante” são estupendas e estão entre as que o velho Braga certamente endossaria.
Esses contos lembram mesmo o tom de uma crônica, mas, ao que se imagina, elas tratam mais de um personagem do que autor, embora, naturalmente, façam referências a episódios vividos realmente por ele. Lembram o Braga de “Crônicas da guerra na Itália”, que não é um livro muito famoso dele, mas é um dos mais bonitos. Mas há também um conto chamado “Laranjas”, que trata sobre as ditas cujas, e que poderia muito bem ter sido escrito pelo Braga em outras fases.

Fui ver se Daudet e Braga tiveram alguma relação mesmo, e descobri que o Braga fez uma adaptação de “Tartarin de Tarascon”.

Enfim, gostei do homem e pode ser que, no ano que vem, eu leia mais contos dele.

Seu livro é tão bonito que seria um que eu levaria para uma ilha deserta.
Anthony Almeida 22/03/2022minha estante
Achei ele num sebo. Peguei pra ler por causa dessa tua resenha.




Deghety 10/02/2019

Cartas do Meu Moinho
Cartas do Meu Moinho
Alphonse Daudet
França
Global Editora
1984
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O livro traz vários contos narrados de forma poética, poetizando a vida simples, ambientes e aspectos geográficos.
Leitura bastante agradável. Tais contos possuem um pouco de filosofia e "lições de moral".
Quase todos os contos possuem ares dramáticos e/ ou trágicos.
Recomendo. #desafioliterárioskoob2019
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