Poemas pendentes

Poemas pendentes Rodolfo Alonso




Resenhas - Poemas pendentes


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Penalux 19/10/2017

Na variedade das formas

O poeta forte é aquele que consegue se flexibilizar, não só quanto ao tema, mas também quanto a forma. Desta maneira, Rodolfo Alonso mostra uma capacidade de longo alcance, transmitindo seu intento em poucas, mas também em muitas palavras.
No poema curto “Poeta é aquele” o autor em 4 linhas resume a essência do poeta, trabalhando para isto várias imagens, nos trechos “Poeta é aquele que não está fazendo/ cálculos de lucros quando para/ num canto de uma rua da city/ a escrever algo, apressando, num papel.” , o escritor sintetiza suas ideias mostrando quem é o poeta. Para ele, o poeta é aquele que encontra uma pausa em meio a movimentação acelerada das cidades, e neste pequeno intervalo consegue captar as belezas quase perdidas camufladas entre as preocupações mundanas.
Já no poema “Carne do sol” o poeta apresenta uma contradição, que é a de “Vi a beleza negra erguida em sua beleza”, o autor em um dia de sol, só consegue ver a beleza na melancolia daquilo que é negro e sem esperança porque a Bahia que ele conheceu, não é a Bahia real, é a Bahia pintada na sua emoção de tristeza “ e choviam e choviam melodias na névoa”.
Rodolfo Alonso também tem o domínio da prosa, na qual em “Sim, mas”, ele explora a argumentação características deste gênero, para expressar a complexidade de seu ser. Rodolfo se reconhece como possuidor de uma cabeça cujos pensamentos são acelerados e extensos como uma grande alameda. O gênero de prosa casa-se bem ao conteúdo da forma, pois a complexidade inerente a essência do poeta - que pensa sobre tudo – encontra forma ideal para ser expressa, nas linhas argumentativas e predicadas da prosa.
Como diria Drummond sobre Rodolfo “ sua poesia tenta exprimir o máximo de valores no mínimo de matéria vocabular”. O leitor viajará em grandes imagens, profundas, por meios dos versos sucintos, mas poderosos.
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Dani - Bibliotecária Leitora 23/11/2016

Poesia é universal.
Poemas pendentes (Penalux, 2016, 196 p.) do autor argentino Rodolfo Alonso é uma edição bilíngue, e é dividida em duas seções. A primeira, “Aparecidos”, são poemas inéditos e a segunda, “Aparições”, uma reunião de poemas recentes já publicados em seu último livro editado. O próprio autor mostra uma pequena insegurança ao publicar a primeira parte, mas vemos que ele acaba se desapegando de um possível esquecimento engavetado: “Eles existem, me impedem de desfazer-me deles, me impedem de me desfazer, não se resignam ao silêncio, nosso inimigo comum, e agora – como que por sua conta – acaso procuram leitor. Que posso fazer, senão escutá-los (e escutar-me)? Assim seja.”.
Leia completo no blog: https://bibliotecarialeitora.wordpress.com/2016/06/22/poemas-pendentes-rodolfo-alonso/

site: https://bibliotecarialeitora.wordpress.com/2016/06/22/poemas-pendentes-rodolfo-alonso/
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