Fernanda631 31/07/2023
Amor Letal (O Clã das Freiras Assassinas #3)
Amor Letal (O Clã das Freiras Assassinas #3) foi escrito por Robin Lafevers.
No terceiro livro, acompanhamos a Annith. Annith apareceu no primeiro livro como uma mocinha dócil e prestativa, e para todas as meninas que chegavam ao convento com medo e inseguras, ela dava o suporte necessário. Desde de seu nascimento fora criada ali, como era aluna aplicada, se dedicava e superava a todas. Mas a sua verdadeira vontade era a de aventurar-se, de ser enviada para alguma missão e provar a Mortain – deus da morte –, que era digna de ser chamada de filha.
Ela é praticamente a melhor do clã. Ela é a que melhor monta cavalos, a melhor no arco e flecha, mas então, porque nunca foi escolhida para uma missão? Ela morre de medo de acabar sendo a escolhida para ser a próxima oráculo, que estranhamente começou a ficar bem fraca e doente de repente. No entanto, isso nunca aconteceu e na sua tristeza se rebelou. Tornando-se desconfiada, Annith não entendia o porquê de apenas ela não receber o chamado. Annith sonhava em sair pelo mundo afora servindo ao seu deus, quem ela amava além da conta.
Logo seus medos tornaram-se realidade. Ela foi escolhida para ficar confinada naquele quarto escuro substituindo a velha oráculo. Em conflito com suas emoções, Annith decide fugir do convento para conhecer o mundo.
Como Annith foi criada no convento, a primeira coisa que passa pela minha cabeça, é que sua vida foi mais fácil, se engano. Ela foi muito judiada pela antiga abadessa, sofreu maus tratos, a mantiveram trancada várias vezes no escuro e era espancada, ainda pequena. As recordações da nossa filha de Mortain são terríveis, todavia isso serviu para molda-la e fazer com que nunca desista de seus propósitos.
Annith não queria esperar mais, então saiu do convento em busca de fazer seu próprio destino, e isso a levou a cruzar o caminho de Baltazaar e de seu bando de hallequins, que tinham a missão de dar fim as almas perdidas em troca de poder salvar as suas próprias.
Por mais que, o que Annith queira, era fugir, sua jornada a levou ao palácio que estava um caos, por causa das guerras travadas em busca de poder. No entanto, o que realmente chateou a nossa personagem, foi a abadessa, em quem sempre confiou e que agora diz que tem outros planos para ela.
Nossa protagonista não aceita ser controlada pela abadessa, criando assim uma discórdia entre elas, mas apesar disso Annith estava muito feliz em rever suas irmãs, Ismae e Sybella, unindo-se a elas para ajudar a por fim na discórdia, brigas políticas e assim deixar a duquesa Anne reinar, que é seu direito.
O que mais me intrigou é não saber a origem real de Annith, de onde ela realmente vem? Como uma recém nascida vai parar em um convento sem uma origem, sem saber se ela é mesmo uma serva de Mortain? As outras personagens foram parar no convento depois que demonstraram certos dons, não antes. Annith tem dons naturais, e isso só faz aumentar o mistério ao entorno da verdadeira origem da personagem, mas a autora nos prende e cativa ao decorrer da leitura, e vai revelando os segredos e cada um é mais interessante do que o outro.
Eu poderia dizer que esse foi o meu favorito, mas eu pensei assim quando terminei todos os livros. Annith passa por muitos momentos de tensão ao longo da sua fuga, conhece muitas verdades sobre o convento. Fiquei bem surpresa com as reviravoltas deste livro, que foram algumas.
O romance neste acontece mais rápido, mas nem por isso deixa de ser eletrizante e ninguém conseguiria imaginar com quem ela vai se enolver.
O clã das freiras assassinas é, na minha opinião, uma das melhores trilogias que li. A autora nos apresenta um universo bem elaborado, um enredo cativante e o encerra sem pontas soltas. Os personagens secundários também me conquistaram e o desfecho final foi fantástico e surpreendente.