daviryba 16/09/2016
É Gabriel Garcia Marquez, mas ainda realista
Mesmo sem a divisão em capítulos e os parágrafos longos, que me assustou logo de cara quando dei uma folheada, o livro segue muito bem e João Cristiano é um personagem apaixonante, me identificando com ele. As pitadas de realismo fantástico estilo Gabriel Garcia Marquez (citado pelo autor em uma entrevista) acabam dando um ar ainda maior de realismo e romantismo à história, como o Ajuntado, o desejo em se tornar lobo após o término de um relacionamento e as duas sombras. E alguns termos do livro eu passei a adotar, como "desagradabilidade atroz", "imbecilidade acachapante" e "era o demônio disfarçado em forma de não-capeta". O único ponto que fiquei um pouco incomodado foi no momento em que li o trecho de Flaviana que, por ser mais extenso, achei um tanto quanto deslocado da parte do navio, ficando melhor no início quando diz que João Cristiano teve alguns relacionamentos. Mas depois passou e nem me importei tanto com isso. Um dos livros que mais me diverti e que fluiu a leitura.