A espiã

A espiã Paulo Coelho




Resenhas - A espiã


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Larissa Benevides (Clã) 25/09/2017

Resenha: A espiã
"Mata Hari não foi amarrada nem vendada; ficou olhando seus executores com ar de aparente tranquilidade enquanto o padre, as freiras e o advogado se afastavam dela."
A espiã traz a história da grande dançarina de Paris, Mata Hari.

O livro é dividido em 3 partes: 2 partes são narradas pela própria protagonista e a última narrada por seu advogado.


No início já temos a descrição de como foi a execução da protagonista, morta por fuzilamento sob acusação de espionagem. Assim a história vem da carta que Mata Hari deixa para que seu advogado entregue a sua filha.
"Em uma guerra, a primeira vítima é a dignidade humana. Sua prisão, como disse antes, serviria para mostrar a capacidade dos militares franceses e desviar a atenção para os milhares de jovens que estavam tombando no campo de batalha."
Então, Mata Hari fala sobre a sua vida antes de ser a famosa dançarina. Quando era Margaretha Zelle, uma jovem da Holanda que desde cedo viu o lado negro da humanidade. Sofreu abuso sexual na escola e quando acabou seus estudos resolveu responder um anúncio de jornal para se casar com um jovem militar.

Casou e viajou para a Tailândia onde viveu sob constante abuso do próprio marido. Sem ter para onde correr ou o que fazer para sair desta situação de sofrimento, os anos foram passando e deste relacionamento nasceram dois filhos. O mais novo foi morto pela babá com poucos dias de vida.

"Agora eu tinha apenas minha filha, uma casa que vivia vazia, um marido que não me levava a lugar nenhum com medo de ser traído e uma cidade cuja beleza era tão grande que chegava a ser opressiva; estava no paraíso, vivendo meu inferno pessoal."

Até que durante uma festa, uma grande fatalidade faz com que a moça abra seus olhos e consiga finalmente se impor em casa. Quando consegue retornar a Holanda, não pensa duas vezes e abandona sua família viajando para Paris. Com ajuda de um contato, consegue a viagem e o passaporte com seu novo nome: Mata Hari.

Quando consegue a sua primeira oportunidade de apresentação, resolve apresentar uma dança inovadora, baseada no que viu durante a festa que foi na Tailândia. E o resultado foi um completo sucesso. Logo estava com vários espetáculos marcados.
"Ao contrário do que diziam os críticos que jamais souberam me entender, quando estava no palco, eu simplesmente me esquecia da mulher que era e oferecia tudo aquilo para Deus. Por isso me despia com tanta facilidade. Porque eu, naquele momento, não era nada; nem mesmo o meu corpo; era apenas os movimentos que comungavam com o universo."
Com o sucesso veio também a influência e o relacionamento com pessoas de poder. Como era uma mulher inteligente, conseguia o que precisava apenas manipulando. Aquilo que sempre foi o seu ponto forte, para que ela alcançasse coisas que desejava, também a levou ao final derradeiro.

A história é bem interessante, pois como todas as partes são narradas em primeira pessoa, temos a impressão de realmente estar ouvindo os personagens contando a sua história. Assim a leitura flui tranquilamente e quando menos percebemos, o livro já terminou.
"Escapei de crimes que cometi, o maior deles o de ser uma mulher emancipada e independente em um mundo governado por homens. Fui condenada por espionagem quando tudo o que consegui de concreto foram fofocas nos salões da alta sociedade."
Livros que começam com aquela frase: "Baseado em fatos reais" sempre deixam a história mais tensa. Este não foi diferente. Enquanto contava todas as coisas que passou apenas pelo fato de querer igualdade ou liberdade de viver, meu coração ficava bem apertado e revoltado.

Já comentei em outras oportunidades, mas sempre que encontro um livro que mostra o abuso que algumas pessoas enfrentam, tento refletir em como é necessária a educação das crianças e a punição na sociedade para que estes tipos de situação, não se repitam e não se transformem em coisas do cotidiano.



O livro tem uma ótima diagramação e a divisão dos capítulos também auxilia na leitura tranquila. A capa tem essa imagem que auxilia a imaginação do leitor pois sugere o estilo das roupas que Mata Hari utilizava em suas apresentações.

Apesar de não ser uma biografia e ter alguns fatos alterados para melhorar o desenvolvimento da história, o livro me instigou a procurar saber mais sobre a história. O próprio autor deixa algumas sugestões de títulos, caso queira saber mais sobre a história dessa mulher fantástica e que pagou por não seguir completamente, as regras que o costume da época.
"Todos nós sabemos que serei morta não por causa desta alegação estúpida de espionagem, mas porque decidi ser quem sempre sonhei, e o preço de um sonho é sempre alto."

site: http://www.cladoslivros.com.br/2017/07/resenha-espia-de-paulo-coelho.html
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Larissa Benevides 04/07/2017

Resenha: A espiã - Paulo Coelho
"Mata Hari não foi amarrada nem vendada; ficou olhando seus executores com ar de aparente tranquilidade enquanto o padre, as freiras e o advogado se afastavam dela."
A espiã traz a história da grande dançarina de Paris, Mata Hari.

O livro é dividido em 3 partes: 2 partes são narradas pela própria protagonista e a última narrada por seu advogado.


No início já temos a descrição de como foi a execução da protagonista, morta por fuzilamento sob acusação de espionagem. Assim a história vem da carta que Mata Hari deixa para que seu advogado entregue a sua filha.
"Em uma guerra, a primeira vítima é a dignidade humana. Sua prisão, como disse antes, serviria para mostrar a capacidade dos militares franceses e desviar a atenção para os milhares de jovens que estavam tombando no campo de batalha."
Então, Mata Hari fala sobre a sua vida antes de ser a famosa dançarina. Quando era Margaretha Zelle, uma jovem da Holanda que desde cedo viu o lado negro da humanidade. Sofreu abuso sexual na escola e quando acabou seus estudos resolveu responder um anúncio de jornal para se casar com um jovem militar.

Casou e viajou para a Tailândia onde viveu sob constante abuso do próprio marido. Sem ter para onde correr ou o que fazer para sair desta situação de sofrimento, os anos foram passando e deste relacionamento nasceram dois filhos. O mais novo foi morto pela babá com poucos dias de vida.

"Agora eu tinha apenas minha filha, uma casa que vivia vazia, um marido que não me levava a lugar nenhum com medo de ser traído e uma cidade cuja beleza era tão grande que chegava a ser opressiva; estava no paraíso, vivendo meu inferno pessoal."

Até que durante uma festa, uma grande fatalidade faz com que a moça abra seus olhos e consiga finalmente se impor em casa. Quando consegue retornar a Holanda, não pensa duas vezes e abandona sua família viajando para Paris. Com ajuda de um contato, consegue a viagem e o passaporte com seu novo nome: Mata Hari.

Quando consegue a sua primeira oportunidade de apresentação, resolve apresentar uma dança inovadora, baseada no que viu durante a festa que foi na Tailândia. E o resultado foi um completo sucesso. Logo estava com vários espetáculos marcados.
"Ao contrário do que diziam os críticos que jamais souberam me entender, quando estava no palco, eu simplesmente me esquecia da mulher que era e oferecia tudo aquilo para Deus. Por isso me despia com tanta facilidade. Porque eu, naquele momento, não era nada; nem mesmo o meu corpo; era apenas os movimentos que comungavam com o universo."
Com o sucesso veio também a influência e o relacionamento com pessoas de poder. Como era uma mulher inteligente, conseguia o que precisava apenas manipulando. Aquilo que sempre foi o seu ponto forte, para que ela alcançasse coisas que desejava, também a levou ao final derradeiro.

A história é bem interessante, pois como todas as partes são narradas em primeira pessoa, temos a impressão de realmente estar ouvindo os personagens contando a sua história. Assim a leitura flui tranquilamente e quando menos percebemos, o livro já terminou.
"Escapei de crimes que cometi, o maior deles o de ser uma mulher emancipada e independente em um mundo governado por homens. Fui condenada por espionagem quando tudo o que consegui de concreto foram fofocas nos salões da alta sociedade."
Livros que começam com aquela frase: "Baseado em fatos reais" sempre deixam a história mais tensa. Este não foi diferente. Enquanto contava todas as coisas que passou apenas pelo fato de querer igualdade ou liberdade de viver, meu coração ficava bem apertado e revoltado.

Já comentei em outras oportunidades, mas sempre que encontro um livro que mostra o abuso que algumas pessoas enfrentam, tento refletir em como é necessária a educação das crianças e a punição na sociedade para que estes tipos de situação, não se repitam e não se transformem em coisas do cotidiano.



O livro tem uma ótima diagramação e a divisão dos capítulos também auxilia na leitura tranquila. A capa tem essa imagem que auxilia a imaginação do leitor pois sugere o estilo das roupas que Mata Hari utilizava em suas apresentações.

Apesar de não ser uma biografia e ter alguns fatos alterados para melhorar o desenvolvimento da história, o livro me instigou a procurar saber mais sobre a história. O próprio autor deixa algumas sugestões de títulos, caso queira saber mais sobre a história dessa mulher fantástica e que pagou por não seguir completamente, as regras que o costume da época.
"Todos nós sabemos que serei morta não por causa desta alegação estúpida de espionagem, mas porque decidi ser quem sempre sonhei, e o preço de um sonho é sempre alto."

site: http://www.cladoslivros.com.br/2017/07/resenha-espia-de-paulo-coelho.html
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Henris Andrade 23/06/2017

A Espiã
Gostei muito, uma leitura de conhecimento de fatos verídicos.
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Vanessa Vieira 15/06/2017

A Espiã - Paulo Coelho
O livro A Espiã, do carioca Paulo Coelho, nos conta a história da dançarina exótica Mata Hari, uma figura emblemática e icônica que marcou toda uma época e teve um final extremamente triste. Baseando-se em cartas da própria Mata Hari, Paulo Coelho nos narra sua trajetória da adolescência até os últimos dias, de forma bastante contundente e levemente romântica, retratando com afinco sua personalidade e espírito livre.

Margaretha Zelle, conhecida popularmente pelo vulgo de Mata Hari, foi uma das mulheres mais desejadas na fervilhante Paris da Belle Époque. A bailarina exótica que encantava e chocava as plateias ao se desnudar nos palcos parisienses e que se tornou amante e confidente de homens ricos e extremamente poderosos, despertava o ciúme e a inveja das damas da aristocracia. Mata Hari sempre lutou por sua própria identidade e por uma vida livre dos limites convencionais regidos pela sociedade moralista. Seu desejo de liberdade e de autodomínio próprio nas primeiras décadas do século XX lhe custou muito caro, mas eternizou o seu nome na história, consagrando-a como um símbolo de força e audácia feminina, mesmo após cem anos de sua morte.

Em A Espiã, Paulo Coelho retratou com brilhantismo a vida de Mata Hari e toda a sua excentricidade, utilizando ficcionalmente as cartas trocadas entre a dançarina e o seu advogado enquanto ela aguardava sua sentença na prisão de Saint-Lazare, em Paris. Confesso que esse é o primeiro livro de Paulo Coelho que conseguiu me agradar e me envolver profundamente em sua leitura, visto que nunca consegui mergulhar nas demais obras do autor e acabei até mesmo me desinteressando por suas publicações. A forma como o escritor desenvolveu o enredo, dotada de maestria e profundidade, conseguiu me encantar e me deixar ávida pela vida de Mata Hari. Narrado em primeira pessoa pela protagonista de modo bastante íntimo e visceral e levemente permeado por romance, o livro se mostrou uma leitura intrinsecamente interessante, além de mostrar, nas palavras da própria mãe de Mata Hari, "que as árvores mais altas nascem das menores sementes".

Ao contrário do que aparenta, a vida de Mata Hari foi muito mais triste do que muitos imaginam. Criada em uma pequena cidade da Holanda, ela foi colocada em um internato logo após perder a mãe e foi constantemente estuprada pelo diretor do local. Tentando mudar de vida, a jovem se deparou com um anúncio de casamento em um jornal e decidiu se candidatar, o que culminou com o seu matrimônio e o seu deslocamento para a ilha de Java. Porém, ela sofreu bastante ao lado do marido alcoólatra e também vivenciou diversos abusos sexuais no seio do lar. Ao notar que sua beleza e charme sempre a tornaram alvo de admiração do sexo masculino, a jovem Margaretha Zelle resolveu fugir de casa e tentar a vida de dançarina no solo parisiense, se tornando um verdadeiro sucesso em plena Belle Époque ao se desnudar completamente e representar coreografias exóticas e extremamente sensuais. Consagrando-se como um verdadeiro símbolo sexual, Mata Hari se envolveu com várias figuras importantes da sua época, tais como militares e políticos e por suas relações tanto com franceses quanto com alemães, foi acusada de espiã durante a Primeira Guerra Mundial, mesmo sem terem provas palpáveis sobre isso. Em 15 de outubro de 1917, ela foi considerada culpada e cumpriu sua pena sendo fuzilada. Rezam as lendas que durante sua execução, os soldados do pelotão de fuzilamento tiveram que ser vendados para não sucumbirem a sua beleza. Circulam também versões em que ela jogou beijos aos seus algozes antes de ser fuzilada e de que até mesmo se despiu de sua túnica e morreu completamente nua.

"Sou uma mulher que nasceu na época errada e nada poderá corrigir isso. Não sei se o futuro se lembrará de mim, mas, caso isso ocorra, que jamais me vejam como uma vítima, mas sim como alguém que deu passos corajosos e pagou sem medo o preço que precisava pagar."

Resumidamente, A Espiã é um livro extremamente interessante e embasado, que retrata com profundidade e coesão a história de uma das figuras mais emblemáticas e enigmáticas do século passado. Há controvérsias sobre Mata Hari até hoje - mesmo se completando um centenário de sua morte -, e muitos acreditam que ela foi inocente e que seu fuzilamento foi usado como joguete nas mãos dos poderosos da época como uma forma de desviar a atenção das massas para os horrores da guerra, culminando em uma das teorias mais prováveis sobre a morte da dançarina exótica. A capa do livro nos traz uma foto de Mata Hari colorizada com suavidade e tenacidade e a diagramação está ótima, com fonte em tamanho adequado e revisão de qualidade. Recomendo ☺

site: http://www.newsnessa.com/2017/06/resenha-espia-paulo-coelho.html
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Everton Furtado 12/06/2017

Prego que se destaca leva martelada.
É bom, mas é ruim. Que rica é sua história Mata Hari, a época em que viveu e suas atividades não poderiam culminar de outra forma.
Não posso dizer que este livro é uma biografia, apenas umas história contada sobre a vida de Mata Hari, famosa dançarina e espiã, ou será o contrário? Talvez nenhum dos dois?
Embora seu trágico fim tenha despertado interesse e opiniões a respeito de quem foi esta mulher "livre" eu acredito que seu fim não poderia ter sido diferente, ela esteve em ambos os lados num período de guerra, só sendo muito burra pra achar que tudo culminaria bem, ela é inocente? Minha opinião, sim e não.
Como em outra resenha costumo classificar os livros do Paulo coelho em 3 categorias, quase como um ruim, meia boca e fodásticamente bom, mas este ficaria entre os dois últimos, não é bom, mas também não é ruim, é interessante e ao mesmo tempo entediante, se você dispor de um tempo vale a pena ler, não pela leitura que é meio enfadonha, mas para conhecer a história dessa personagem que viveu e morreu como uma verdadeira mulher numa época em que não tinham direitos algum.
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@zurcenila 22/05/2017

A Espiã - Paulo Coelho
Como já é conhecido por todos, gosto muito dos livros do Paulo.. E o que gosto mais no jeito sutil que ele tem de escrever é não sabermos onde se encontra a linha tênue entre ficção e realidade.
Confesso que conhecia pouco da história da Mata Hari e minha decepção foi maior sobre ela do que sobre o livro.
A espiã conta a história de uma "bailarina exótica" / cortesã holandesa que foi morar em Paris depois de uma história de sofrimento e um casamento fracassado. Mata revolucionou em um tempo de tabus e preconceito, causou inveja pela beleza.. mas também pela ousadia.
Ela foi condenada à morte sob acusação de espionagem entre os governos franceses e alemãs durante à guerra.. mas na verdade muitas outras questões foram enterradas com sua execução..
Talvez a guerra, o governo, os vários políticos e demais homens ilustres com os quais ela se envolveu não tenham sido o maior foco do livro, mas como uma mulher que chegou a um país desconhecido, sem dominar o idioma, sem dinheiro e sem amigos conseguiu em tão pouco tempo, atingir tantas pessoas, seja com relacionamentos, sua dança, sua beleza ou apenas sua fama... e como isso de uma forma ou de outra a matou.
Recomendo! Boa Leitura!

site: https://pelamente.wordpress.com/2017/07/08/resenha-livro-a-espia-paulo-coelho/
Di Maio 24/05/2017minha estante
Amei esse livro. Já li 2x. Tem um filme no netflix sobre ela e também tem um filme "A espiã" quem tem uma história parecida. ? #dica




ELB 31/01/2017

Every Little Book
Sempre tive curiosidade para saber um pouco sobre Mata Hari, figura que incontáveis vezes é mencionada em vários livros de romance. Quando vi o lançamento de Paulo Coelho, pensei em ter a oportunidade de conhecer essa figura que, até hoje, tem em sua história várias interrogações.

Mata Hari, cujo verdadeiro nome era Margaretha Geertruida Zelle, era uma dançarina exótica que despontou em Paris, que conquistava a todos por onde passava, seja por seus traços exóticos ou sua dança sensual, meio pelo qual ela se expressava livremente. Sabedora do poder que exercia sobre os homens, ela tomou isso em seu proveito para ascender socialmente em seu meio e conviver com pessoas de influência social.

“Há muito tinha perdido a ilusão de ser amada por quem era e agora aceitava sem o menor problema flores, adulações e dinheiro que alimentavam meu ego e minha falsa identidade. Com toda a certeza, um dia eu chegaria ao túmulo sem ter conhecido o amor, mas que diferença isso fazia? Para mim, amor e poder eram a mesma coisa. ”

Colecionou uma longa lista de amantes, dentre eles homens importantes, como bancários, empresários e políticos. E foi justamente por essas relações íntimas que, de acordo com pesquisas históricas, no início da Grande Guerra, passou a ser vigiada sob suspeita de espionagem e de revelar conhecimentos secretos para o chefe da espionagem alemã. Acabou por ser presa e condenada à morte e, em 15 de outubro de 1917, foi fuzilada em Vincennes.

“Escapei de crimes que cometi, o maior deles o de ser uma mulher emancipada e independente em um mundo governado por homens. Fui condenada por espionagem quando tudo que consegui de concreto foram fofocas nos salões da alta sociedade.”



Em A Espiã, Paulo Coelho toma como base de seu livro, as cartas trocadas entre Mata Hari e seu advogado, enquanto estava presença à espera da sua sentença. Nelas, conhecemos um pouco sobre sua adolescência, seu casamento conturbado com um marido violento e suas lembranças de como decidiu se tornar uma dançarina e criou todo um papel para si, assim como uma nova identidade.

Enquanto uma curiosa sobre a vida dessa mulher que parece ter marcado tanto a sociedade da época, eu me senti um pouco frustrada com a leitura desse livro. Me pareceu um pouco superficial a forma como o autor abordou sua vida, esperei mais profundidade, pois pelos trechos que você lê, percebe uma personagem intensa, com personalidade igual, que merece que conheçamos mais dela. Afinal, dançarina ou espiã, de alguma forma ela tinha pensamentos feministas, algo pouco comum em seu tempo.

Mas o livro foca em seus momentos finais, em meio às reminiscências de um passado que, para ela, foi glorioso como mulher que não aceitou se prender ao convencional. E isso tirou um pouco do encanto da leitura para mim, porém, para quem gosta do autor e sua escrita, vale a pena ler.

site: http://www.everylittlebook.com.br/2016/12/resenha-espia-paulo-coelho.html
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Juliana 29/01/2017

Nova chance ao Paulo Coelho
Dei mais uma chance ao Paulo Coelho, mas me decepcionei de novo. Lembro de ter gostado dos primeiros livros (O alquimista, Brida, Na margem do Rio Piedra, As Valquírias). Mas depois, nunca mais consegui gostar. O que ele pretendia aqui? Escrever um romance histórico sobre a vida de Mata Hari? Faltou muita profundidade! O panorama da época foi tratado com muita superficialidade, até parece que estava com preguiça de escrever. Preguiça ou falta de competência para tal. Se não era este o objetivo, o que era? Uma biografia ele mesmo afirma que nao era a intenção. Então o quê? Acho que só vender...
Decepção total! . E detestei o fato de ele escrever em primeira pessoa, perdeu a credibilidade, ficou artificial.
Denise.Pereira 28/03/2017minha estante
Concordo plenamente com você. Faltou profundidade.


Vitor.Hofstetter 30/12/2022minha estante
Primeira pessoa é sozinho o motivo que me fez não gostar. Se tivesse usado um pseudônimo de mulher eu teria achado legal. Mas homem escrever em primeira pessoa passando por fêmea me tira completamente da imersão




"Ana Paula" 25/01/2017

Quando solicitei A Espiã, o solicitei por ser um livro do meu autor nacional favorito: Paulo Coelho. Não conhecia a história de Mata Hari e nem sabia de sua existência. Mas fiquei curiosa para conhecê-la, pois o marketing que a editora fez na Bienal sobre o enredo do livro foi maravilhoso e despertou aquela curiosidade, sabe? Então, agora que finalmente terminei a leitura, venho contar para vocês o que achei.

"Sou uma mulher que nasceu na época errada e nada poderá corrigir isso. Não sei se o futuro se lembrará de mim, mas, caso isso ocorra, que jamais me vejam como uma vítima, mas sim como alguém que deu passos corajosos e pagou sem medo o preço que precisava pagar."

A Espiã é uma carta escrita por Mata Hari para seu advogado enquanto a mesma está presa, esperando seu julgamento e, consequentemente, sua condenação. O livro já começa com a execução de Mata Hari, então não espere um romance com um final feliz.
Mata Hari nos conta com suas palavras como foi sua vida e o que a levou a ser acusada de ser uma espiã.

Mata Hari foi uma dançarina exótica reconhecida mundialmente. Chegou a França sem nada e fez o que pode para conquistar sua liberdade e ter uma vida boa. Mata Hari foi conhecida pelas incontáveis mentiras que contava aos seus "amigos" ou a quem quisesse ouvir; também era chamada de prostituta, pois tinha diversos amantes.

"Todos nós sabemos que serei morta não por causa desta alegação estúpida de espionagem, mas porque decidi ser quem sempre sonhei, e o preço de um sonho é sempre alto."

Sua história é de superação e libertação. Paulo Coelho entra no corpo da personagem e nos conta como era ser uma mulher a frente de seu tempo e o que precisou enfrentar para conseguir a fama que ela tanto desejava.
Em um mundo governado por homens, Mata Hari foi acusada injustamente por espionagem. Seu real erro foi ser uma mulher linda, sem marido e com diversos amantes.

Infelizmente, o livro é curto. Possui apenas 183 páginas. A história de Mata Hari nos encanta e cativa. É impossível não deixar de se admirar com a força de vontade dessa mulher e de se sentir traída junto com ela.
O livro também conta com uma ótima diagramação, sem erros aparentes e com fotos e dados históricos sobre a sentença de Mata Hari. O autor baseou este livro na história real de Mata Hari, embora ele mesmo afirme que criou alguns diálogos, fundiu certas cenas e alterou a ordem de alguns dos eventos mencionados neste livro. Também explica que este livro não tem a intenção de ser uma biografia de Mata Hari.

"Mesmo que no momento eu esteja prisioneira, me espírito continua livre. Enquanto todos estão lutando para ver quem sobrevive no meio de tanto sangue, em uma batalha que não termina nunca, eu não preciso lutar mais, apenas esperar que gente que jamais conheci decida quem sou. Se me julgarem culpada, um dia a verdade virá à tona e o manto da vergonha será estendido em suas cabeças, na de seus filhos, seus netos, seu país."

A narrativa é em primeira pessoa, feita por Mata Hari que começa sua história desde a infância. No final do livro, temos uma carta resposta de seu advogado, também narrado em primeira pessoa, o que nos dá mais material para ligar os fatos mencionados por Mata Hari.
A escrita de Paulo Coelho é maravilhosa! O leitor nem percebe que é um homem escrevendo como uma mulher. Os diálogos são inteligentes e breves. O livro todo foi composto somente por momentos mais marcantes. No entanto, senti falta de saber mais sobre a filha de Mata Hari. Foi um ponto pouco explorado e que me deixou muito curiosa.

Do mais, só tenho elogios para a obra. A capa é linda e confesso que é uma das mais bonitas que tenho na estante. O livro todo está perfeito. Sou fã do autor, então sou suspeita para falar de seus livros, sempre vou elogiar e amar cada livro que ele escrever! Rsrsrsrsrs
Espero que vocês também leiam e que gostem tanto quanto eu gostei!

site: http://livrosdeelite.blogspot.com.br/2017/01/resenha-espia-paulo-coelho.html#.WIkXkFUrLIU
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@Vicahelena 21/01/2017

"Amor e poder eram a mesma coisa"
Realmente Mata Hari foi uma mulher que nasceu na época errada. A história do livro é contada pela própria personagem Mata Hari, por uma carta destinada ao seu advogado uns dias antes de ser fuzilada.
Sua história começa quando, ainda na adolescência, ela passa por um trauma muito grande que muda para sempre sua visão de mundo e seus sentimentos. Torna-se uma mulher gananciosa e vaidosa. Usa muito bem seu corpo e seus atributos para conseguir o que quer e com quem quer. Acaba confundindo poder com amor, e acreditar que ama ter o poder.
Mas ela só coloca a prova todos esses sentimentos quando a esposa de um amigo do seu marido se mata na frente dela, falando seus sentimentos e motivos por estar fazendo aquilo. Depois disso ela desiste da vida que leva e vai para Paris fazer o que mais gosta - dançar. Dança, promiscuidade, ganancia, luxo, força, feminismo, e talvez um pouco de inocência, ou muita coragem. Ela amava ser notada, ser referencia, ter poder.
Na nova vida em Paris conhece tudo do melhor, envolve-se com as classes mais altas da sociedade. Até que conflitos entre países iniciam-se e ela é supostamente acusada de espiã - causa mortal para sua vida.
Mata Hari é presa, julgada, e condenada. Uma mulher notável, linda, invejada e almejada. Num dia está nas manchetes glamourosas dos melhores jornais e na boca da mais alta sociedade. Noutro dia está no anonimato, na esquiva, no cárcere. Mas continua sendo noticia, mas da pior estirpe.
Victória.
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Manuel.Ribeiro 16/01/2017

Livro de fácil leitura, como é de costume de Paulo Coelho. Um pouco superficial, passando muito rápido por alguns momentos. Como sempre, contém algumas frases interessantes, como "as maiores árvores também nascem de sementes pequenas" (ou algo parecido, rsrs). Recomendo.
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Nara.Godoy 15/01/2017

Superficial e não envolvente
A história da Mata Hari parece ser interessante, mas poderia ser mto mais explorada. Li até o final por curiosidade, mas não m envolveu d forma q eu quisesse voltar a leitura durante os dias q li. Uma pena
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Quel Magda 13/01/2017

Livro cansativo
Adoro os livros do Paulo Coelho, mas este eu achei que deixou muito a desejar. História cansativa de ser lida e sem aquela sensação de "como essa história terminará?" Que sempre tenho quando leio os livros dele.
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