A viagem

A viagem Virginia Woolf




Resenhas - A Viagem


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Andre.28 11/10/2020

Um viagem introspectiva
Quando um livro traz à tona todo um repertorio de abstrações através de uma narrativa simples, porém carregada de filosofia e compreensão diversa do universo interior, ele cumpre um papel importantíssimo a literatura. Consagrada pela sua literatura, Virginia Woolf parafraseia sua vida através dos seus livros. A sua literatura se confunde com as suas experiências pessoais. Em “A Viagem”, seu livro de estreia publicado em 1915, Virginia Woolf nos apresenta uma jornada fascinante pelo desconhecido mundo da existência humana.

O livro, narrado em terceira pessoa, nos conta a história de Rachel Vinrace, é uma jovem mulher de 24 anos, com poucas perspectivas em mente sobre sua vida. Com uma sensação de incompletude Rachel vive suas indecisões, criando para si um visão do mundo ingênua e distante. Na mesma medida ela consegue articular uma inteligência e uma capacidade extraordinária de perceber os outros. Uma mulher que pensa e reflete sobre as imagens que cria, uma filosofa da vida interior. E refletindo suas angustias da juventude, Rachel vai descobrir um novo mundo mais diverso e recheado de novidades que ela jamais poderia imaginar, com muita intensidade.

Logo após uma viagem de férias com o seu pai, Rachel decide partir para uma temporada de férias com os seus tios, Mr. e Mrs. Ambrose, num pais da América do Sul (Brasil?), um país que fica nas entrelinhas. Virginia Woolf cria personagens cheios de angústias e dúvidas sobre a vida. Nessa viagem a um lugar e descrições sobre um mundo fantástico que quase beira irrealidade Virginia Woolf expõe o amor e a dificuldades das personalidades, as variadas forma de perceber um universo fantástico e exótico.

Nessa “colônia inglesa” na América d Sul Rachel conhece Terence Hewet, um jovem romancista de 27 anos que está tentando escrever um romance sobre o silêncio. Hewet acaba se tornando uma companhia amorosa para Rachel, que a faz deseja-lo em pensamentos ambíguos entre o sentimento e a compatibilidade de gênios. Uma provocação silêncios filosóficos, de sentimentos abertos, vastos e diferentes. Entre a indiferença e o desejo Rachel e Hewet decidem se casar. A trama apresenta outras histórias, de casais e intrigas pequenas, dos amigos de Rachel e Hewet, que também preenchem a história do livro.

Recheado de diálogos, esse livro vai te conquistando aos poucos. O livro tem muitas abstrações, e um que pesado da melancolia da Virginia. Há uma diversidade na analise dos caracteres humanos. É importante ressaltar o crossover de Mr. e Mrs Dalloway que a Virginia faz nesse romance. Particularmente eu me encantei. O final é tremendamente triste e melancólico, num misto de desesperança e reflexão. Emoção e indiferença, medos e incompreensões. Hesitações e atitudes. Virginia Woolf nos brinda com um romance fantástico.
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Lista de Livros 23/08/2014

Lista de Livros: A Viagem, de Virginia Woolf
“- É preferível ser um assassino a um chato.”
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“Quando se cria expectativas, sempre há desapontamentos.”
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“- É tão raro pensarmos em algo além de nós mesmos que uma ferroada de vez em quando é até agradável.”
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“O amor parece explicar todas as coisas.”
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Mais em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2014/08/a-viagem-virginia-woolf.html
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Sara 01/08/2010

Uma leitura sobre leituras?
A leitura ocorre tão naturalmente que não se dá conta de quantas páginas conseguimos ler em minutos... é do tipo de livro que desejamos avidamente terminar de lê-lo, não pelo sentimento de responsabilidade ou de cumprir uma obrigação - embora ache que seja quase uma obrigação ler as obras de Vírginia Woolf; mas a vontade de continuação acirrada se deve ao fato de cada final de capítulo nos deixar curiosos em relação ao que está por vir... Entenda-se que não se trata de uma narrativa sensacionalista onde coisas misteriosas andam acontecendo a toda hora, ou seja, a cada capítulo, mas o fato se dá pelo deslumbramento da linguagem e da necessidade que criamos em nós mesmos de continuar desfrutando da inteligência pelo qual a narrativa se desenvolve bem como pelo apego que criamos pelos personagens e pela sagacidade e/ou defeitos dos personagens com quais ora nos identificamos, ora concordamos ou discordamos do que dizem e fazem.
Outro aspecto que chama a atenção na obra diz respeito a dinâmica da leitura pelos quais vemos os personagens enveredar...principalmente quando se trata de leituras das quais já desfrutamos ou as citações de autores que também amamos ler como Jane Austen, Émile Bronte, Shakespeare, Milton entre outros... a ideia da possibilidade de escrita de outros romances com temas inusitados como O silêncio é algo bem original que sem sombra de dúvidas chega a tirar o fôlego na expectativa de saber como ele será embora, é claro, que o romance não nos é acessível ou porque nunca chegou a ser escrito pelo personagem que o idealiza ou porque não caberia na trama... confesso que fiquei louca pelo romance, mas Vírginia tinha sua história pra contar e Hewet...talvez não teve a sua chance.
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Toni 16/11/2020

A viagem [1915]
Virginia Woolf (Inglaterra, 1882-1941)
Novo Século, 2008, 552 p.

Apesar de admirador confesso da obra de Virginia Woolf, esta foi minha primeira—e sofrida—incursão em seu romance de estreia, publicado em 1915 por seu meio-irmão ultra-conservador. Curiosamente, este primeiro romance tem grande parte de sua ação em uma cidade portuária na América do Sul, a imaginária Santa Marina, situada na “boca do Amazonas” de um possível Brasil com nomes e expressões hispânicas (nas palavras do sobrinho e biógrafo Quentin Bell, “As noções de Virginia sobre a América do Sul eram grotescas”). Dividido em 27 capítulos, o livro tem um começo auspicioso (onde aparece o casal Dalloway 😜) e um final muito bom, mas seu miolo de quase 400 páginas é um desafio à paciência e perseverança.

O romance é atravancado, obra de um estilo em construção (possivelmente) constrangido pelo ambiente editorial da época. Woolf propõe um microuniverso da alta sociedade inglesa em uma paisagem tropical de calor e exuberância natural, mas não consegue transformar esse contraste em matéria para explorar psiques. O resultado é uma confusão de personagens aristocráticas que poderiam estar em qualquer lugar do mundo, ora satisfeitas com chás e passeios, ora irritadiças e flagrantemente rudes umas com as outras (os nativos, claro, não passam de borrões ao fundo). O ponto de vista é mordaz, sem perdoar a futilidade ou pequenez desses sujeitos perdidos numa frágil ilusão de superioridade civilizacional.

Em linhas gerais, o livro conta a história da jovem Rachel Vinrace que viaja no cargueiro do pai acompanhada de um casal de tios e é convidada a passar uma temporada na “casa de verão” destes em Santa Marina, espécie de “colônia de férias” latina para ingleses. Ainda que salpicada de passagens de pura beleza, é uma narrativa estagnada, modorrenta, com muito pouco do brilhantismo de um livro apenas dez anos mais velho, Mrs. Dalloway. E para quem não aprecia GRANDES spoilers, recomendo pular a leitura do prefácio e da introdução que acompanham esta edição.
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isa farinacio 24/12/2023

Fiquei pensando em como uma história tão simples é impossível de largar, daí lembrei que ela é da VW, e tudo fez sentido

A primeira metade tem uma galera mt irritante com uma mentalidade tão atrasada que me deixou pensando em como a msm autora de um teto todo seu escreveu isso; mas ela continua sendo inglesa, então né
Mas mesmo assim não pensei em largar o livro, pq apesar de não gostar de quase ninguém é mt bem escrito (e é o primeiro romance dela!!)

A segunda metade, minha gente, agora ninguém segura essa mulher
Diálogos maravilhosos e uma narrativa impecável, além de uma construção de cenário linda

Ainda não é em fluxo de consciência, mas dá pra vê-lo despontando nas experimentações dela, é incrível como ela te transporta de um personagem pra outro sem vc perceber, as coisas vão acontecendo tão naturalmente que mesmo os eventos mais chocantes são reais

Enfim, adoro a Virginia, mas não o pessoal do livro (menos vc Rachel), não dá pra não perceber o fato de serem xenofóbicos e misóginos e se acharem superiores às classes trabalhadoras porque sim (??)
isa farinacio 24/12/2023minha estante
Extras com spoilers:
- menção honrosa pra Evelyn que teve coragem suficiente pra fazer o que queria
- tem discussões interessantes sobre temas como religião, amor, vida
- a mrs Dalloway!!! (apesar de q n gostei mt dela aqui)
- alguns trechos lembram Jane Austen, não surpreendente pq VW era fã
- um acontecimento pode mudar completamente a vida de uma pessoa, mas para as outras não há o que fazer além de seguir em frente (é a vida)
- o fim é meio aberto, deu a sensação de ter observado um recorte da vida das personagens mesmo, vou sentir saudade desse livro




Francine 10/02/2011

A Viagem
A Viagem é o primeiro romance de Virginia Woolf e ela demorou nove anos para escrevê-lo, isso contando do momento da ideia para o livro até a edição final. E nesse tempo muitas coisas aconteceram na vida de Virginia Woolf que, sem dúvida, influenciaram na composição da obra. Refiro-me à morte de sua mãe e a sua primeira crise de depressão. Portanto, em A Viagem temos muitas passagens tristes (eu chorei ao ler a primeira cena), intercaladas por outras de um humor muito refinado, típico de Virginia.

A personagem principal chama-se Rachel Vinrace, é uma jovem pianista que, como todos os jovens e seus 20 e poucos anos, não sabem muito bem para onde ir. Uma sensação de indecisão acompanha Rachel fazendo ela, muitas vezes, parecer distante do mundo. Mas é absolutamente ao contrário, Rachel dá tanta importância ao seu cotidiano, à família e ao que ela deve fazer de sua vida, que seus pensamentos sempre estão a mil, fazendo dela uma grande pensadora sobre o que é realmente a vida.

Ela parte para uma viagem com os seus tios, Mr. e Mrs. Ambrose, e, acredite, o destino é o Brasil. Não é falado sobre isso com clareza, mas fica nas entrelinhas. Não acho que Virginia Woolf tenha pensado “vou escrever um romance que se passa no Brasil”, não. Ela usou apenas a America do Sul como referência, era preciso que os personagens fizessem uma viagem para um lugar distante, desconhecido e exótico. E isso fica claro com as descrições do ambiente que remetem a um lugar que não existe de verdade.

A passagem de Mr. e Mrs Dalloway pela história é fantástica! É como se o perfume (eu acredito que seja floral) invadisse toda a história e mudasse o tom, o ritmo: Mrs. Dalloway é uma antagonista em A Viagem, pois ela e seu marido colocam em Rachel uma pequena ponta de provocação.

Já em terras estrangeiras, Rachel conhece Terence Hewet, um jovem que está tentando escrever um romance sobre o silêncio. E as aventuras de Rachel na América do Sul são na companhia de Hewet, seja fisicamente, seja em seus pensamentos, pois demora certo tempo para Rachel concluir que ele pode ser a pessoa certa para um casamento. Outras histórias aparecem na trama, outros casais se formam, mas o desenrolar da história acontece conforme as ideias de Rachel.

Personagem muito interessante também é a tia de Rachel, chamada Helen, que mantém um equilibro sobre a vida muito bonito, um carinho especial pela sobrinha e um amor tenro pelo marido Ridley. Helen se sente na missão de “educar” Rachel, pois a considera ingênua demais, frágil demais. Sugere a ela livros e amigos intelectuais na tentativa de transformar sua sobrinha menina numa mulher. Mas Rachel não precisa disso, pois a música – ela toca piano muito bem – a preenche como a literatura preenche sua tia Rachel, mas ela não entende.

O mais difícil é falar sobre o final desse livro. É um final perfeito, é o que posso dizer. Pois somente com o final que Virginia Woolf nos forneceu foi possível compreender toda a dimensão de uma viagem, A Viagem.

Conselho: para quem está lendo a edição da Novo Século há uma introdução feita por Angelica Garnett, não leia! Deixe para o final. É a minha dica.

http://livroecafe.com/2011/02/10/a-viagem-o-primeiro-romance-de-v-woolf/
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Nina 01/08/2011

Eu nunca senti tanto uma ligação com alguém, como senti com Virginia ao ler esse livro. Nunca havia lido um romance tão verdadeiro e tão complexo.
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Renata 20/07/2012

O início da viagem 'woolfiana'
Quando resolvi ler a obra de Virginia Woolf decidi fazer isso em sua ordem cronológica, começando então com seu primeiro romance, A viagem. Como é o primeiro contato com Woolf não tenho como colocar a obra em perspectiva em relação aos demais romances.

O tema que me pareceu de maior importância é a busca de sentido, de entendimento sobre a vida, principalmente pelos dois personagens principais Rachel e Terence, que refletem grandemente sobre cada acontecimento com que se deparam, o interessante é que são personagens que falam muito e pensam e repensam mais ainda, e Woolf vai ao ponto de revelar não somente os pensamentos lógicos de seus personagens como também aqueles sobre os quais hesitam ou se arrependem.

E cada grupo de personagens encontra seu próprio sentido, seja na vida intelectual ou no casamento, nos negócios ou na rebelião.

Woolf ainda aborda sutilmente, sem levantamento de bandeiras por parte de suas personagens, a condição feminina, sua condição social inferior, proibição de voto, indicando um momento de transição com a discussão sobre a condição feminina permeando as falas.

Quanto a edição que eu lí, de 2008 da Novo Século há duas ressalvas:
1 – O prefácio é muito infeliz quando conta um desdobramento crucial do fim do livro, quem lê mais de 500 páginas deveria ter o direito de descobri-lo em seu próprio tempo, resguardadas as surpresas e emoções.

2 – Não sei as edições mais recentes, mas esta precisa de revisão. É possível encontrar vários erros de concordância, umas duas palavras fora de lugar, que causam estranhamento ao longo do texto.
GustavoCampello 01/12/2012minha estante
Renata, as suas duas OBSERVAÇÕES estão corretissímas!

Fiquei muito PUTO ao ler o Prefácio! Quase abandonei o livro.

Erros de ortografia demais, principalmente nos dois últimos capítulos.


Maria Bezerra 16/08/2016minha estante
Também odiei o prefácio!!! Fiz uma anotacao de um trecho interessante do prefácio. Estava no meio do livro e fui reler minhas anotações... puff... desmotivei




Amanda 25/03/2020

Esse foi meu primeiro contato com os romances de Virginia Woolf, antes disso, havia lido duas obras de não-ficção que expõem claramente o viés feminista de Woolf. Ao ler "A Viagem", então, não pude deixar de notar o início de um movimento feminista presente no livro, principalmente em Rachel, que busca o sentido das coisas e busca algo mais que apenas um relacionamento romântico, e em várias críticas sutis a falas que diminuem a importância das mulheres na sociedade.
Não vou mentir, a leitura foi difícil em alguns momentos. O ambiente não é totalmente definido e há uma grande quantidade de personagens que somem e reaparecem, o que dificultou minha ambientação na história. Porém, depois que consegui me estabelecer e entender mais o estilo de Woolf, a história fluiu e passei a compreender mais os personagens e as ideias por trás de suas falas. Então, entendi a genialidade da escritora que é conhecida - com toda razão - como uma mulher além de seu tempo.
A viagem realizada é tão interior quanto exterior, todos presentes na história fazem uma expedição para dentro de si mesmos e saem de suas zonas de conforto para questionar aspectos da vida e do convívio em sociedade. A trama não possui grandes acontecimentos ou reviravoltas exceto no final, mas o que nos fascina é ver como algo tão simples como o convívio com estranhos pode levar a reflexões e mudanças tão profundas na maneira que vemos a vida.
Nesse primeiro romance conseguimos ver que Virginia coloca na sua obra não o que ela acha que deve ser escrito, mas sim o que ela pensa e vê como o rumo real das coisas. É um livro que nos faz refletir e questionar, junto com as personagens, qual é, afinal, o sentido de tudo que vivemos e fazemos.
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tmullerh 25/07/2021

eu nem sei como descrever o que aconteceu aqui, mas magicamente esse livro trouxe todas as respostas para as perguntas que eu nem sabia que minha alma tava fazendo no momento exato em que eu peguei ele.
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Thais 18/09/2020

Ok
Esse livro foi uma montanha russa de sentimentos! Ora desgostei e queria imensamente abandona-lo, ora o tive como um grande favorito.

Virgínia Woolf sabe usar as palavras. Seu primeiro romance é uma carga de sentimentos e descrições sem tamanho. Não decepciona.
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Gabriela.Andrade 28/06/2023

Eu tenho tanta coisa pra falar sobre este livro que não sei nem como começar ou sintetizar..

Mas tentarei passar para palavras o que estou pensando sobre ele.

Em primeiro lugar, de acordo com meu gosto pessoal eu não considerei uma obra prima (mas entendo quem considere), entendo porque é muito bem escrito e por vezes lembra um pouco uma versão da jane Austen moderna com um tom melancólico.. Virgínia era muito fã da jane então era de se esperar!

Não é um livro com muitos plots, achei tranquilo a questão do fluxo de consciência, o que me atrapalhou mesmo foi o nome de alguns personagens.. só no final do livro que eu fui entender que o sr hirst era st. John tb, e sinto que minha interpretação sobre a estória possa ter sido influenciada por essa atrapalhação!

Com ctza irei ler esporadicamente outros livros da autora!

No geral, eu interpretei a conclusão do livro como: a morte de uma pessoa pode ser sentida de diferentes formas por pessoas diferentes e tudo isso depende da proximidade que o morto tenha com a pessoa, porque acima de tudo, tudo passa e a vida tem que seguir
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underlou 22/01/2024

Melancolia do Desapego
"? Nunca houve duas pessoas tão felizes como nós fomos. Ninguém amou como nós amamos."

Logo no primeiro romance da carreira, Virgínia Woolf cria essa passagem impactante, a qual seria citada pela última vez por ela mesma na data da sua morte. "A Viagem" é um livro difícil de acompanhar, de leitura prolongada e pausas indeterminadas; há muita vida correndo por entre as páginas, é preciso digerir tudo com calma, por assim dizer.

A jornada da jovem Rachel Vinrace pelos confins da América do Sul por vezes é lenta e desencoraja um leitor menos ávido. Porém tão logo nos vemos diante do rompante de felicidade que culmina numa tragédia, ficamos estarrecidos com as possibilidades da vida real. Por mais pueril que possa aparecer, resta a indagação: por que acontece o que acontece conosco e com nossos pares enquanto se livram as figuras da maldade?

Virgínia Woolf, enquanto destrincha suas próprias competências literárias ao decorrer da obra (como a inclusão do lendário casal Dalloway - uma das passagens mais fabulosas da história), proporciona uma leitura rígida, oclusiva; mas também, aproveitando o trocadilho com o título, assegura que, encerrada a narrativa, tenhamos a sensação de termos feito uma viagem memorável (só de imaginar o que anuncia o silêncio das ondas quebrando o mar... ah!).
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Carolina Del Puppo 24/04/2023

Bom?
Foi desgastante terminar este livro, motivos pessoais, mas achei extremamente chato, não que ele seja em todo ruim, porque afinal é VW, mas mal via a hora de acabar
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LAvia 26/04/2022

eu tava achando o livro meio chato até a metade MAS AI ACONTECE UMA COISA NO FINAL QUE ME DEIXOU SEM CHÃO VIRGINIA WOOLF COMO VC PÔDE
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