Nas Sombras do Estado Islâmico

Nas Sombras do Estado Islâmico Sophie Kasiki




Resenhas - Nas Sombras do Estado Islâmico


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Isabelle333 19/05/2023

Bom, mas não surpreendente.
O livro poderia ser melhor desenvolvido no final pois ele prende o leitor que fica esperando algo bombástico acontecer. Comparado com o restante do livro, o final da trama é bem morno.
Acredito que ela tenha muito a acrescentar nos próximos lançamentos, pois esse foi seu livro de estreia e acho normal alguns erros serem cometidos.
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dami 25/11/2022

Não sou de fazer resenhas, mas gostaria de deixar mais a minha impressão. Vi muitos comentários negativos sobre o livro principalmente pela questão de não dar muitos detalhes sobre o estado islâmico, mas o próprio nome já diz: ,"nas sombras"... Ou seja, o livro realmente não é sobre o estado islâmico. Também criticam a falta de detalhes, superficialidade na narração... Pelo contrário, fiquei extremamente comovida e achei a escrita muito rica. Torci por Sophie apesar de dar muita raiva do que ela fez e agonia do começo ao fim.
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Baconzitas 26/06/2023

Rápido
No começo foi arrastado, mas depois não consegui desgrudar do livro, queria correr para saber o que aconteceria

Apesar disso, o livro ser tão curto me faz achar rápido demais, não dá muito tempo para criar laço afetivo com os personagens, parece até um jeito de forçar a barra

Tem uns toques bem sensacionalistas e acho importante estar atento a isso para não generalizar maus exemplos a todas as pessoas dessa religião
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Bruna.Cristia 15/08/2020

Um livro intenso que relata fatos reias pelos quais uma pessoa passa quando está submetida ao estado islâmico, conta as atrocidades e como uma pessoa livre tomou um caminho errado e passou subitamente a ser mantida contra a sua vontade em um país estrangeiro. O Livro irá contar a trajetória da protagonista que se viu presa as amarras do estado islâmico e como sua jornada foi desesperadora.
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Lu 20/12/2022

Um relato interessante de alguém que pensava o mundo de uma forma diferente, que buscava um sentido mais significativo, porém ilusório e que se deixou levar sem noção real do risco mesmo sabendo o que o lugar bom oferecido estava em guerra. O livro não conta nenhuma história excepcional, porém o simples fato da autora poder fazer esse relato já demonstra a beleza da história: poder sobreviver após estar num lugar devastado pela guerra, pela maldade e pela intolerância.
Margô 12/03/2023minha estante
Li. A leitura é fluida, apesar de ser uma sucessão de cenas fortes...




Luis Henrique 06/02/2023

Governo x Depressão
Mostra como o governo (nesse caso o francês) é super eficiente para nos punir, já para nós ajudar é completamente insignificante.

Depressão abre brechas para coisas inimagináveis.
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Vivi 22/01/2021

É um relato realmente angustiante. Tudo que que ela queria é dar um sentido maior na vida. Depois de uma vida de luto e depressão.
Foi em busca da religião e em seguida acreditou que ia fazer o bem e caiu em uma grande armadilha confiando em pessoas que infelizmente eram de seu convívio. Colocou inclusive o filho em risco. E pagou muito caro duplamente por isso. Impressionante!
Empossivel também não sentir toda sua angústia e medo.
Sinopse: O testemunho extraordinário da mulher francesa que se juntou ao Estado Islâmico e conseguiu sobreviver a uma jornada em um verdadeiro inferno. Sophie Kasiki trabalhava como assistente social nos subúrbios de Paris quando três dos jovens que auxiliava abandonaram a França para se juntar ao Estado Islâmico, na Síria. Em pouco tempo, aqueles que ela carinhosamente chamava de "os meninos" voltariam a procurá-la. A princípio, Sophie ingenuamente esperava convencê-los a voltar, mas o que de fato aconteceu foi exatamente o oposto. Em Nas sombras do Estado Islâmico, Sophie Kasiki relata, de forma muito emocionante, todo o terror que passou na cidade de Raqqa, coração do Estado Islâmico na Síria.
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Simone de Cássia 20/11/2019

Quis ler esse livro por curiosidade, queria entender como é que as pessoas acabam indo parar nessa "roubada". No caso da Sophie foi uma mistura de depressão com falta do que fazer. Tá certo que a vida dela deu uma volta absurda quando ainda era criança e tudo isso deu início à depressão, mas quando adulta ela foi muito bem amparada e ainda assim entrou numa de "achar sentido" pra vida" e surtou. Claro que é nessas horas que a "imunidade mental" abaixa e os oportunistas se instalam, mas credito uma grande parte do acontecido à falta de responsabilidade dela. Não consegui sentir empatia por ela tamanha a burrada e a cegueira mental. Até pra fazer besteira a gente tem de ter limite. Com relação ao Estado Islâmico, só aumentou meu horror à esse povo louco... Medo!
Riva 20/11/2019minha estante
Que bom que gostou da doação!!!!


Simone de Cássia 20/11/2019minha estante
Mesmo que não tivesse gostado do livro, o gesto eu já amava! brigaduuuu S2


hassdc 10/10/2023minha estante
Muito boa a resenha. Vale a pena a leitura?




Pâmela Sampaio 18/11/2019

UM CONJUNTO DE FATORES.
NOTA | 4.0


Seria bem mais fácil julgar a Sophie Kasiki. Criticá-la por ter sido estúpida ao ponto de se deixar enganar, por ter acreditado cegamente e por ter se sujeitado a tudo aquilo. Mas nada acontece por conta de apenas UM fator. Eu acredito que a depressão, a solidão e o vazio que a Sophie sentia a levou a fazer o que fez. Também acredito que se aproveitaram da sua fragilidade e ingenuidade, e, principalmente, da sua procura por um porto seguro e da sua vontade de ajudar o próximo.

Sophie sempre esteve a procura de algo que a fizesse se sentir útil, como a mesma diz ao longo do livro. Ela não estava se sentindo útil no seu emprego, seu casamento não estava bom, e ela não tinha nenhum familiar ou amigo próximo de verdade. Aparece, então, a oportunidade de realmente ajudar pessoas. De ir para um país afetado por uma guerra e auxiliar aqueles que realmente precisavam. Aparece a oportunidade de se fazer útil, ao mesmo tempo em que se tem a garantia de que vai ser uma viagem temporária e que se estará protegida por pessoas que estão lá há algum tempo e que ela conhece. Como recusar uma oportunidade dessas, levando em consideração sua situação atual? Sophie tem, sim, responsabilidade pelo que aconteceu. Mas não sejamos injustos ao ponto de dizer que ela, individualmente, é culpada de tudo.

Li uma reportagem no The Guardian sobre sua experiência e nele fica ainda mais claro o quanto ela estava fragilizada e como isso foi usado para manipula-la. Quem tiver interesse, aqui vai o link:

https://www.theguardian.com/world/2016/jan/09/sophie-kasiki-isis-raqqa-child-radicalised.

Este livro é um relato triste, mas necessário. Com ele, podemos ver como é poderosa a propaganda do EI, como a Europa ainda é bastante racista e xenofobica, e principalmente, como a depressão pode levar as pessoas a fazerem as coisas mais impensáveis. Dito isto, espero mesmo que a autora, com o pseudônimo de Sophie Kasiki, esteja em um lugar melhor agora e que ela tenha encontrado seu propósito.
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Niájera 28/09/2019

Chocante!
Saber que a história é verídica deixa tudo mais impressionante. Não imaginava a frieza com a qual o estado islâmico alicia suas vítimas e como é a verdadeira realidade, muito pior... Leitura pesada mas que vale a pena.
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Tamirez | @resenhandosonhos 23/08/2018

Nas Sombras do Estado Islâmico
Quando optei por fazer essa leitura, pelo que diz na contra capa sobre ela “se juntar ao Estado Islâmico”, imaginei que seu envolvimento com aquela situação tivesse sido completamente consciente. Porém, ao começar a ler a história, vi que Sophie foi uma vítima da depressão e da maldade das pessoas.

A depressão ainda é algo que gera muita discussão. Algumas pessoas não acreditam verdadeiramente nas coisas horríveis que essa doença pode causar na vida de uma pessoa e colocam tudo como uma frescura, quando na verdade é algo sério. A tristeza que consome a vida de quem sofre com isso é palpável e não está ali porque a pessoa quer, é uma condição do seu corpo e da sua mente.

“Agradeço àqueles que sabem que a depressão não é uma escolha, um modo de vida ou uma fraqueza moral: é uma doença terrível.”

A Sophie cresceu com isso, sendo tímida e mantendo-se isolada. Ela sentia falta da vida que tinha na África, da mãe e de tudo o que ficou pra trás. Como ela gostava de ajudar e conhecia os meninos, acreditou no que eles lhe diziam e viu na necessidade de voluntários para ajudar as pessoas na Síria, uma oportunidade de se fazer útil novamente. Isso sempre foi o que a moveu, ajudar os outros, trazer luz a vida alheia enquanto vivia na escuridão.

Com as palavras certas, aqueles jovens que ela conhecia e confiava conseguiram lhe pintar uma realidade distorcida, mas que era a isca perfeita para que ela fosse aliciada. Achando que estava indo por vontade própria e que poderia mudar de ideia a qualquer momento, ela embarca em uma viagem quase sem volta em que acaba por pôr em risco a vida do filho. O marido que ficou, do qual ela já havia a muito se afastado, quando descobre onde ela está e o que fez, faz o que era requisitado na época e a denuncia às autoridades, complicando ainda mais a sua situação.

“Assustada, me perguntava como pudera chegar àquele ponto, dependendo de desconhecidos, fugindo para salvar minha vida e carregando meu filho adormecido, em um país em guerra.”

Perdida em si e mantida em cativeiro por um grupo extremista ela bola planos para tentar escapar, falar com pessoas, pedir ajuda. Mas tudo é muito difícil. Ou ela está trancada ou não pode sair sozinha e também nunca se sabe em quem confiar. Quem faz parte do Estado Islâmico e quem não?

A religião muçulmana é vista por muito com maus olhos por causa de toda a carga de extremismo que vem com ela. Porém, política e religião não andam em todos os casos lado a lado. Quando conheceu o Islã através do Alcorão Sophie encontrou conforto, algo que aquietou sua alma, que lhe trouxe paz. Mudar um pouco os seus hábitos para estar mais plena com relação à religião a ajudou a melhorar, a se sentir mais viva.

Porém, infelizmente, também foi isso que lhe aproximou ainda mais daqueles que a ludibriaram e traíram. Sei que muitos podem dizer que ela sabia exatamente o que estava fazendo e mereceu o que a vida lhe reservou, mas a coisa não é bem assim. Ela tinha uma personalidade fraca em função da depressão, tinha no ato de querer ajudar as pessoas outra fraqueza e, claro, a afinidade que compartilhava com os garotos quanto a religião a fez mais suscetível a confiar.

“Não consigo encontrar um fato isolado, dentro da galáxia de pequenos acontecimentos que compõem minha vida, que possa explicar tudo. O grande erro seria acusar a religião como causa única e suficiente.”

Sophie Kasiki sofreu por ter perdido a mãe, sofreu com a depressão, sofreu pelo cativeiro, por ser afastada das coisas que conhecia, sofreu por ser enganada e, quando finalmente escapou, sofreu as consequências de ter ido a Síria. Quando pôs os pés na França, depois de uma arriscada fuga que temos um trecho logo no primeiro capítulo, ela foi julgada e condenada por ter “se juntado ao Estado Islâmico”. A culpa pelo que aconteceu pode ser de inúmeras pessoas incluindo a própria Sophie, mas jamais será de um fator só, como a quote que pus a cima diz. Não foi a religião, não foi a depressão, não foi somente os jovens ou somente a vontade de ajudar que aquela mulher sentia. Foi um combinado de todos esses fatores sob uma má influência.

O livro tem somente 160 páginas, mas não é uma leitura leve ou super fluída. Conheceremos a história de Sophie desde o começo, com capítulos bem separados entre os momentos de sua vida. A leitura é rica e enervante. Você realmente sente muito as coisas que ela está sentindo e percebe em suas palavras o peso que aquilo tem sobre ela. Parece que mesmo agora, depois de algum tempo, ela ainda não é capaz de explicar puramente como aquilo aconteceu. É impossível apontar somente um motivo, assim como pra Kasiki naquela época, era impossível enxergar os objetivos ocultos daqueles jovens que ela julgava inocentes.

As Sombras do Estado Islâmico é um livro bem diferente do que eu costumo ler. Foi meu primeiro contato com uma história que envolvia a religião muçulmana ou todo o conflito político que esses países sofrem. Uma das coisas mais normais ao ser humano é o ato de julgar e de tirar conclusões e aqui eu vacilei. Não consegui apontar o dedo para Sophie e dizer o quanto ela era “burra” por não ter percebido o que estava acontecendo, pois conheço tantas pessoas que são sensíveis, lutam contra a depressão, e estariam tão suscetíveis quanto ela. Há tanta gente no mundo passando por isso, pra coisas tão mais simples do que se juntar a um grupo extremista. As vezes é um relacionamento abusivo, uma amizade que suga tudo da pessoa, são os outros se aproveitando de você. Infelizmente é real e está próximo de todos nós.

Fiquei triste com o livro e com o que ela passou. Demorei um tempo para refletir sobre o peso de tudo o que li. Sou uma pessoa que não religiosa mas que acredita em Deus. Sou uma pessoa que não é simpatizante com nenhum partido político, mas sabe da importância da discussão e da militância. Porém essas coisas facilmente saem do controle, levando ribanceira a baixo muitos dos conceitos defendidos. Como falei anteriormente, a religião muçulmana não deveria arcar com o peso da guerra política e com o fato de muitos a usarem como motivo para atos terroristas ou desumanos. Há muita gente que encontra conforto em acreditar em Deus, seja a religião que for, e é tão errado julgar as pessoas por essa escolha quanto é unicamente pelas ideologias políticas.

Nas Sombras do Estado Islâmico é um livro pesado, mas que merece ser lido. A reflexão é enorme e as discussões da jornada contada nele são infinitas. Porém o que Sophie nos ensina com clareza é a não julgar e principalmente a buscar compreender que sofremos de maus diferentes, cada um de nós. A pressa, a depressão, a ansiedade, o excesso de trabalho, o desamor, a traição, a solidão. São todos maus que nos cercam e que nos tornam mais fracos e propícios a errar.

Não sei se há como justificar o que aconteceu, ou até mesmo perdoar para alguns envolvidos. Me pergunto o desespero desse pai ao saber que o filho era refém em um país sitiado. Porém não cabe a nós julgar. Cabe compreender, processar, e lutar por um mundo melhor, onde coisas assim parem de acontecer.

site: http://resenhandosonhos.com/nas-sombras-do-estado-islamico-sophie-kasiki/
Tailane Santos 28/08/2018minha estante
Uau! Fiquei impactada e nem li o livro ainda!




Evandro.Calado 31/03/2020

Curti
Já vi e li vários relatos sobre homens e mulheres sempre enganados pela estado islâmico esse é mais um caso. Valeu a leitura.
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Driely Meira 06/08/2016

Tenso e real
Sophie nasceu no Congo, onde viveu por nove anos, até sua mãe morrer. Após isso, ela foi morar com a irmã mais velha, na França, mas sentia-se invisível e uma intrusa na casa, já que a irmã já tinha marido e, depois, filhos. O luto pela morte da mãe durara anos, o mundo de Sophie não tinha mais cores, ela sentia falta da mãe, sentia-se sozinha, sem sentido. Até o nascimento de suas sobrinhas gêmeas, o que deixou seu mundo feliz mais uma vez, salvando-a da depressão em que se encontrava.

Com 17 anos, ela conseguiu seu primeiro emprego, e, alguns anos depois, passou a trabalhar como educadora especial num subúrbio de Paris, onde ajudava adultos com necessidades especiais. E, depois, quando ganhou Hugo, seu primeiro e único filho, trabalhou numa casa de bairro apoiando as famílias das redondezas, imigrantes do Norte e Oeste da África. Mas aquilo não a satisfazia. Sophie queria fazer mais, queria sentir-se mais útil, queria sentir-se completa.

E é aí que Sophie acaba convertendo-se ao islamismo. Encontrara na religião e nas ideologias algo que a completava, mas não contou ao marido, Julien, por medo de que ele fosse julgá-la, e o casamento deles não estava lá às mil maravilhas. Quando três dos meninos (Mohammed, Idriss e Souleymane) cujas famílias Sophie conhecia fogem e vão para a Síria, juntar-se ao Estado Islâmico, ela não consegue imaginar o que os levou a tal ato. Por que alguém abandonaria uma vida boa num país bom para ir a um país de guerra, juntar-se a uma organização terrorista?

"Dessa vez a ideia de partir para a Síria se apresentava como alternativa à vontade de morrer. Ou, então, era o meio que eu havia encontrado para me matar." – página 49

As famílias do trio ficaram inconsoláveis ao saber o que acontecera, e Sophie também. Eram bons meninos, porque fizeram uma decisão como aquela? Quando recebe um telefonema de Idriss, que queria saber como estava sua família, Sophie acredita que pode fazê-lo mudar de ideia, e trazê-lo de volta. Mas não é o que acontece. Fisgada pela ideia de ajudar os sírios, a cuidar de pessoas que precisam de ajuda e de salvar vidas, Sophie acaba tomando uma decisão: levando o filho consigo, ela parte para a Síria, ao encontro dos meninos.

"E a mãe voltava a chorar, inconsolável. O que ela deixara escapar? O que poderiam ter feito para os filhos partirem daquela maneira?" – página 41

Muitos podem pensar que as ações de Sophie foram muito irresponsáveis: ir a um país de guerra ao encontro do EI, e, ainda por cima, levar seu filho, sem conhecimento do marido. Mas, pensem comigo. Ela sofria de depressão desde pequena, estava sentindo-se inútil, vazia. Ajudar pessoas era o que mais gostava de fazer, e os meninos sabiam disso, por isso pintaram em sua cabeça a ideia de que ela faria muita diferença na Síria, além de falarem coisas maravilhosas sobre a cidade onde viviam, que era justamente a capital do EI. Sophie não sabia no que estava se metendo.

"Pela primeira vez, um tanto incrédula, me perguntei: será que passei por uma lavagem cerebral?" – página 76

Acompanhar os passos de Sophie e ver pelo o que ela passou foi tenso. Mais tenso que isso é imaginar quantas pessoas, no mundo inteiro, não passam pela mesma coisa: não são fisgadas pela ideia de ajudar na Síria e acabam presas no Estado Islâmico. Sophie teve sorte, do contrário, não sei o que teria acontecido com ela e seu filho, que, certamente, teria se tornado um combatente.

O livro é curtinho, e achei que o final ficou um pouco corrido, queria saber mais sobre o que aconteceu com Sophie após tudo isso. A última frase da obra me deixou um pouco triste, e eu ainda não sei como me sentir em relação aos três meninos; não sabemos o que se passava pela cabeça deles, tudo o que sei sobre Mohammed, Idriss e Souleymane é o que Sophie contou, mas ela não conhecia os novos Mohammed, Idriss e Souleymane, os soldados do EI. Ela conhecia os meninos que cresceram juntos e que cuidavam uns dos outros quando pequenos.

"Assustada, me perguntava como pudera chegar àquele ponto, dependendo de desconhecidos, fugindo para salvar minha vida e carregando meu filho adormecido, em um país de guerra." – página 10

Este livro é uma coisa incrível, é um depoimento triste e assustador que nos faz sentir raiva por saber que realmente aconteceu, e que pode estar acontecendo com várias pessoas neste exato momento. Fico feliz em saber que Sophie e Hugo escaparam, mas triste ao imaginar quantos não conseguiram o mesmo, e mais triste ainda ao imaginar quantos se renderam ao EI e que gostaram das atrocidades que o grupo comete.

Infelizmente, esta é a realidade de milhares de pessoas no mundo, e não há nada que possamos fazer para mudar isso. Espero do fundo do meu coração que Sophie (pseudônimo usado pela mulher, para evitar retaliações do EI) esteja bem agora, e que sua história inspire e impeça que outros façam o mesmo. Mohammed, Idriss e Souleymane não eram os mesmos, eles tinham mudado, mas Sophie não havia percebido isso. Não tinha como, ela confiava naqueles meninos, e tal confiança quase causou sua morte e a de Hugo.

"Concentro-me em uma só meta: tirar Hugo dali. Sobrevivo por ele. Se pudesse encontrar uma solução que o deixasse protegido, aceitaria morrer com alegria." – página 91

Nas sombras do Estado Islâmico é um livro que vale muito a pena ser lido, mas é uma história tensa do início ao fim, com passagens tristes, duras e realistas que podem não agradar a todos. Só queria que o livro fosse maior e que contasse mais sobre a vida de Sophie depois de tudo o que aconteceu.


site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
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Vanessa 01/02/2021

Chocante
É chocante a forma como a história de Sophie nos mostra como funciona o aliciamento de pessoas com o intuito de mostrar um regime perfeito na Síria.
Histórias como a dela precisam ser lidas pra sabermos que acontece isso e para não serem repetidas.
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_San_ 13/01/2021

Uma história comovente e ao mesmo tempo eletrizante!
Ela teve muita sorte!
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