Luiza Helena (@balaiodebabados) 02/09/2016Originalmente postada em http://balaiodebabados.blogspot.com.br/Quando o Guilherme entrou em contato comigo, para perguntar se eu estaria interessada numa obra que lembrasse Percy Jackson e que tinha como base a lenda de Rei Arthur, na hora eu aceitei. Se tem uma história que amo são histórias que envolvem Rei Arthur.'
Thomas Button é um garoto de 12 anos que mora com seu avô, Norman que não é Bates, sua única família no mundo, já que ele foi adotado pelo velhinho. Quando seu avô morre, ele recebe a visita do corvo Jackdaw e sua vida muda completamente: ele descobre que é um druida.
Depois de muita insistência por parte de Jackdaw, Thomas parte para Avalon com o único objetivo de que, no Samhain, ele consiga ver e falar com o espírito do seu avô. Não é bem isso que acontece.
Durante o festejo, zumbis à la TWD sequestram Thomas e Brenda, uma jovem druida que tenho certeza que foi inspirada na Merida e eles acabam na Floresta Sombria. Isso tudo foi um plano de Sebastian Floyd, um druida DUMAL!, que foi para o lado negro da magia.
Para fugir da Floresta, Thomas, Brenda e Jackdaw tem de encontrar os Talismãs de Camelot. Porém, essa missão não vai ser tão fácil como parece, já que Sebastian tem outros planos.
Geralmente eu tenho um cadinho de receio quando usam lendas antigas como base para história, mas aqui funcionou muito bem. Eu AMEI - repito AMEI - como Guilherme usou a lenda do rei Arthur para criar sua própria história.
Adorei como foram construídos os clãs, suas culturas e funções diferentes em Avalon. Adorei como os personagens foram construídos, principalmente Brenda e Thomas. Mas quem roubou a minha atenção foi o corvo Jackdaw. Gente, eu só conseguia imaginar ele como o corvo Jubileu, de Pica-Pau, que só queria pipoca quentinha na manteiga.
Eu ria demais das interações entre Thomas e Jackdaw. O corvo sempre querendo ensinar o menino e ele de graça. Parece eu nessa vida. E isso gera muitos diálogos engraçados.
Uma amizade que também gostei muito foi a de Thomas com Brenda. Eles são de clãs completamente diferentes, assim suas personalidades são diferentes. Mas, é como dizem, amizades acontecem quando o bicho pega. E eu tenho certeza que Brenda foi inspirada na Merida.
OK! Confesso que tive um pouquinho de birra com a Brenda, mas é porque ela tem uma personalidade bem parecida com a minha. Então, a galera que convive comigo tem um lugar no céu porque olha… Mas, apesar de ser cabeça-dura e teimosa, Brenda é bem leal e protege as pessoas que ela gosta.
Boa parte do livro foca em Thomas e seus companheiros na Floresta Sombria. Temos alguns capítulos que se passam fora dela, que nos mostram outros personagens que, apesar de poucas aparições, são bastante importantes, dentre eles, Jago, Auron e o jovem Connor.
Quando a história vai se aproximando do final, o coração fica na mão com alguns acontecimentos e você não sabe nem pensar no que realmente pode acontecer dali pra frente. Mas, ainda com tiro, porrada e bomba rolando, temos alguns diálogos engraçados para quebrar o clima tenso.
"- [...]Eu farei uma pergunta pra você: por que acha que este lugar é a Floresta Sombria?
- Porque ela dá medo, não é?"
Quando terminei a história, eu tinha de “brigar” com o Guilherme por conta de algumas coisinhas, mas, com sua resposta, eu entendi o porquê dele ter feito o que fez.
Se você gosta da lenda do Rei Arthur e, ao mesmo tempo, está procurando por uma fantasia infanto-juvenil nacional, Os Talismãs de Camelot é uma pedida mais que certa.
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