Núbia Cortinhas 17/05/2023
Simplesmente, o "Último Turno".
E mais uma vez Stephen King conseguiu me surpreender, arrancar gargalhadas com o seu humor típico que eu tanto gosto e me deixar tensa, ansiosa e curiosa para saber mais e mais o que aconteceria no próximo capítulo, que são curtos mas bem escritos.
E que livro! Que ficção bizarra mais criativa que mescla o suspense policial com o drama pessoal de cada personagem, e não somente neste livro mais em toda a trilogia. Portanto aconselho a ler na ordem os livros, para que possam ter uma melhor experiência com a genialidade desse autor. A maneira como ele interligou os fatos, as vítimas e como ele sempre volta aos fatos iniciais do primeiro livro, tanto no segundo quanto no terceiro volume é simplesmente para aplaudir de pé.
E eu não poderia deixar de parabenizar o criador das capas assim como as escolhas de cada título, pois todos tem muito haver com cada estória.
Eu não li a sinopse da trilogia. Só sabia que era um thriller policial e pesado, que possuía um tema delicado, o suicídio. King nos alerta para prestarmos a atenção, conversarmos mais, com os nossos adolescentes e também com aqueles que nos cercam para que tal tragédia não nos alcance e nem aqueles que conhecemos de alguma forma.
E por não ter lido a sinopse tudo foi incrivelmente surpreendente, foi uma experiência muito boa, simplesmente confiei na sugestão de um amigo aqui no Skoob, e que já agradeço, que falou: " Você quer iniciar a ler King, comece pela trilogia policial Bill Hodges." Mergulhei de cabeça, e neste gênero vou deixá-la favoritada!
E mais uma vez ressaltarei a amizade desses personagens incríveis, Bill, Holly e Jerome. Viva a inclusão social! Para eles não importa a cor, a idade ou se a pessoa sofreu algum trauma e por isso é cheia de manias e medos. Eles desfrutaram de uma linda amizade e parceria. O amor fraternal cura, a paciência e a compreensão fazem a diferença, como Hodges e Jerome nos ensinaram pois os foram tantas vezes com a Holly, promovendo assim a sua evolução psicológica e a inclusão social desta personagem maravilhosa que sofria com o desconhecimento da família que a tratava como uma criança.
King você é D+!! Uma trilogia cheia de camadas!
E os vilões também foram muito bem escritos! O vocabulário chulo, os apelidos depreciativos, os traumas, as obsessões, a manipulação, as crises de raiva, o ser "lobo em pele de ovelha", o modus operandi, tudo isso e muito mais foram muito bem expostos pelo autor.
Enfim, a sensação é de que conhecemos muito bem todos os personagens, principalmente aqueles que acompanhamos desde o início da saga e com o encerramento desta obra prima só nos resta um sentimento: o de saudades, principalmente deste trio improvável.
"- Não dava para dividir a banda antes do último show, dava?"
" Ele abriu uma porta para mim. Uma porta para o mundo. Ele me deu um objetivo. Algo com significado."