Brasil. Cazuza, Renato Russo e a Transição Democrática

Brasil. Cazuza, Renato Russo e a Transição Democrática Mario Luis Grangeia




Resenhas - Brasil. Cazuza, Renato Russo e a Transição Democrática


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Cleber 13/06/2022

O tempo não para...
A redemocratização do Brasil, a esperança de um país melhor e a decepção de ver a politicagem atrasando e estragando que poderia ser uma nação. Tudo do ponto de vista de dois dos melhores artistas que poderiam representar toda essa fase do país. O autor do livro exemplifica de forma clara, fazendo analogias das letras e entrevistas dos artistas com os acontecimentos políticos e históricos. É interessante ver como as obras dos dois artistas representam toda uma geração e as vezes é triste notar que a história continua se repetindo, com políticos corruptos e irresponsáveis. Fica ainda pior, vendo como a canções continuam atuais e que pouca coisa mudou. "Ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação", "Eu vejo o futuro repetir o passado".
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Henrique Boechat 03/10/2018

Retratos de uma época
Os anos 80 foram uma década marcante no Brasil, não somente pela cultura popular, como os programas de TV e a música, mas também pelos acontecimentos políticos que trouxeram a democracia de volta ao País. Todo período histórico precisa de cronistas para ajudar o povo a se conectar com os fatos e a refletir. E nos anos 80 não foi diferente: com a chegada do BRock (nome dado ao movimento do rock que surgiu no Brasil a partir desta década), dois letristas/cantores se destacaram por justamente traduzir com genialidade todos os sentimentos de um povo que viu nascer o Regime Militar, mas que não queria viver com ele.
Com temas desde amor, relacionamentos e boemia até críticas à política e à corrupção, Cazuza e Renato Russo ajudaram a moldar um rosto e uma personalidade para o povo brasileiro. “Brasil. Cazuza, Renato Russo e a Transição Democrática”, de Mario Luis Grangeia, mergulha não somente nas letras dos dois poetas, mas também em suas entrevistas para diversos veículos de comunicação. Em determinado ponto do livro, fica claro que, ao contrário do que muitos pensam, Cazuza e Renato Russo não tinham a menor intenção de serem porta-vozes de uma geração. Eles escreviam para si próprios, o que eles viviam e sentiam. Porém, percebe-se que os poetas estavam (e ainda estão) inseridos no mesmo caldeirão que todos os brasileiros, por isso, a identificação geral e imediata com suas letras. O que eles estavam fazendo era justamente exprimir todas as expectativas e frustrações de várias gerações.
O livro passeia por temas como desigualdade, patriotismo, autoritarismo, ideologias e orientação sexual, temas bastante ligados ao período turbulento que foi a década de 80 e, ironicamente, aos tempos atuais, trazendo o que cada poeta dizia, tanto em suas letras como em declarações.
No final, é impossível não se questionar: se estivessem vivos hoje, o que diriam sobre a conjuntura atual? Que letras ácidas e declarações à imprensa estariam fazendo? Uma coisa é certa: infelizmente, muito do que Cazuza e Renato Russo escreveram ou falaram ainda soa mais atual do que nunca.
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Fernando 20/11/2021

Tamanho perfeito
Tremenda nostalgia. Esse é melhor resumo deste livro. Boas histórias sobre dois autores diferenciados da música nacional. Muita coisa interessante e a sensação é de uma enorme saudade.

O livro quando começa a ser repetitivo termina. Mérito da autora.

A edição deixa um pouco a desejar em razão da diagramação pobre, mas nada que estrague a leitura e a vontade de cantar junto várias canções que fizeram parte dos anos 80/90.

Vale a leitura.
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