Descobri que Estava Morto

Descobri que Estava Morto João Paulo Cuenca




Resenhas - Descobri que estava morto


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@varaomichel 11/10/2016

"Descobri que estava morto" é um livro de leitura rápida, a respeito da crise de uma personagem que descobre, ao precisar da delegacia por um incidente com seus vizinhos, que tinha sido declarada morta havia 3 anos. Isso se passa no Rio pré-olímpico. Com digressões sobre a especulação imobiliária, a incongruência da cidade em estar destruindo os marcos importantes de seu passado e forjando novos marcos sobre expectativas flutuantes se relaciona com a trajetória da personagem. Ambos com corpos declarados mortos - o dele por uma declaração do IML, e os da cidade pelas marcas de despejo estampadas em fachadas de casas na região a ser "revitalizada" - e com corpos que seguem vivos mas que estão agora marcados pela morte. O estilo do autor sustenta boa parte do livro mais do que a trama em si. Acredito que, de fato, a trama não seja a coisa mais importante de um livro, mas senti que é muito errante o encerramento da história. O estilo muda de maneira muito abrupta e a sensação é de que o Cuenca só quer terminar o livro de uma vez. O livro contém reflexões interessantes e tem a intenção de ser moderno abordando temas geopolíticos e de organização social recentes. Eu comprei o livro pelo ótimo texto do autor publicado na Granta (que está presente nessa história) e pela indicação de Enrique Vila-Matas na contra capa, tinha expectativas altas e no fim...
Ana 10/02/2017minha estante
e no fim ... rs exatamente!


Carla 20/03/2023minha estante
Adorei a sua resenha. Gostei da analogia que apontaste sobre a morte da cidade e a morte do escritor, ambos morrendo em vida. A prosa do autor é bem interessante, mas acho que faltou mesmo uma linha narrativa para conduzir a um final mais alicerçado na história que prometeu contar.


@varaomichel 04/04/2023minha estante
Obrigado pela gentileza! Nunca mais li nenhum livro dele, mas tenho aqui o "O único final feliz possível para uma história de amor é um acidente". Parece uma ficção científica. Me deixou curioso, em breve eu devo ler. Boas leituras!


Carla 05/04/2023minha estante
O título do livro parece bem instigante! Aguardarei as tuas percepções.




Mari 03/08/2021

"O limite entre a resistência e a desistência é muito estreito. Às vezes, é quase invisível. Também a fronteira entre o pessimismo e a coragem costuma nos confundir. São territórios limítrofes, em geral desérticos e habitados por nômades ou suicidas."

Este é o típico livro que termino de ler sem saber exatamente o que pensar. Foi meu primeiro do João Paulo Cuenca, e gostei da escrita, o texto flui, tem alguma coisa ali que me prende, vou lendo, sempre querendo caminhar por ali. Mas, é uma forma de literatura que não prioriza o enredo, então acaba havendo uma superposição de fatos quase exasperante, em alguns momentos. Outras estranhezas, como o universo peculiar do personagem principal, não deixam de ser um trieiro um pouco mais árduo de percorrer, mas não prejudica a leitura.
É um livro que traz uma experiência muito particular do autor - que descobriu ter sido registrada uma ocorrência policial da morte de alguém que usava seu documento de identidade - fato que dispara uma espécie de epifania muito pessoal, como se o autor se transmutasse em personagem e tivesse que percorrer também uma via crucis de morte, de dissolução.
Vale a leitura, apesar de para mim, fazer falta um pouco mais do contar de uma história.
Vitoria 03/08/2021minha estante
Uma escrita dele para si próprio, foi o que tua resenha me fez pensar. Algo como os tantos relatos sobre "o que aprendi no caminho de Santiago", que dizem muito de si para si.


Mari 04/08/2021minha estante
Pois é, eu acho que é um texto com excesso de elementos, talvez... metade é essa epifania muito pessoal, metade é uma tentativa de demonstrar essa dissolução também do contexto (Rio de Janeiro pré-Olimpíadas 2014, acaba que isso não coloquei na resenha, mas é um traço forte do livro, uma denúnica de um estado de coisas institucional/social catastrófico). O lance é que fica mesmo informação demais, enredo de menos... confuso




Joice (Jojo) 28/06/2017

Exercício do ego
Eu não era familiarizada com a escrita de João Paulo Cuenca, sendo este meu primeiro contato com o autor brasileiro. Famoso por suas crônicas (que nunca li), ele chegou até mim bem recomendado, e achei a proposta do livro bem interessante. Contudo, toda a leitura foi uma grande decepção.

No sentido de domínio da linguagem escrita como técnica, não há dúvida de que Cuenca é um bom escritor. E, talvez, as crônicas sejam mesmo um estilo mais adequado ao estilo dele, que gosta de deixar o pensamento seguir seu próprio curso e, quando percebemos, um assunto já virou outro, que virou outro, que virou outro... Contudo, para um livro com (supostamente) começo, meio e fim, a escrita do autor é desesperadora.

Em "Descobri que estava morto", o enredo principal não ocupa mais do que poucas dezenas de páginas. O restante são regressões do autor sobre literatura, política, ego, relacionamentos, mercado imobiliário, Copa do Mundo, raízes, drogas, etc., etc., etc. Algumas dessas reflexões são até interessantes, mas na maioria tive a clara sensação de que o autor estava lustrando o próprio ego.

A frase mais verdadeira deste livro foi proferida pelo personagem de Roberto Protz: "no fim das contas, o movimento de encarecimento da cidade e as violações dos direitos humanos me incomodavam apenas o suficiente para eu me aproveitar disso num livro antes de me mudar de cidade e de país".

Não recomendo.
buca 05/11/2017minha estante
me senti da mesma forma! a trama principal do livro fica abandonada e no final achei que nem fez sentido. além disso, me incomodou a forma como o autor retrata as mulheres no livro. foi uma leitura bem decepcionante :(




Milena 10/07/2021

Descobri que estava morto
Uma obra nada óbvia, em que o autor descobre, acidentalmente, que fora considerado morto anos antes. Discorre sobre o mundo que o cerca, enquanto investiga a sua ?morte?. O foco está no meio, no desenrolar da trama, sem preocupação com um desfecho, um fim, uma resposta.
Isabela Barboza 10/07/2021minha estante
Que interessante! ?




ThelioFarias 23/04/2017

A narração da morte por quem não morreu
João Paulo Cuenca receba a notícia que teria morrido, com documento original e lauda cadavérico. Se surpreende e passa a investigar sua morte. Aí começa a trama, que torna o livro diferente é surpreendente...
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Uilians 30/01/2018

Um livro bem interessante que aborda questões que se tornaram proféticas sobre o Rio de Janeiro, um busca de resposta para uma questão que está no titulo da obra em uma escrita envolvente, fala sobre o processo de escrever, o que é ser autor hoje me dia, a futilidade da classe média. Um livro bem legal, agora ganhar um prêmio tão importante como o da Biblioteca Nacional é uma outra questão. Eu indico. É preciso ter uma certa maturidade literária para ler essa obra.
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Biblioteca Álvaro Guerra 30/04/2018

Descobri que Estava Morto é um romance sobre a morte, «real», do autor. Ou melhor, sobre a famosa questão da morte do autor no sentido real e no literário.A ação passa-se num atualíssimo Rio de Janeiro pré-olimpíadas 2016; onde a «expulsão» e a «pacificação» dos favelados e outros excluídos da sociedade carioca «deixa permanecer» uma corrupta e endinheirada classe média e alta que tanto sai beneficiada como se «perde» na turbulência da cidade.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788542207576
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Paulo Sousa 29/05/2018

Livro lido 7°/Mai//29°/2018
Título: Descobri que estava morto
Autor: João Paulo Cuenca (BRA)
Editora: Planeta, selo Tusquets
Ano de lançamento: 2015
Ano desta edição: 2016
Páginas: 240
Classificação: ??????
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"(...) o fato de que o destino tivesse realizado a minha tão sonhada fuga, o meu sonho de desaparição, sem que eu saísse do lugar. Aquela morte era só para mim" (Posição no Kindle 1002/61%).
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O livro relata, como ponto de partida, a notificação ao autor de que um corpo havia sido identificado pela polícia com sua certidão de nascimento. O que o torna, para efeitos legais, morto. Desencadei-se a investigação do fato, em páginas ambietados num Rio de Janeiro nos anos que antecedem as Olimpíadas de 2016 (a descoberta do corpo se dá em 2011) e cujos matizes vão sendo explorados e delineados pela visão nostálgica do autor, que não exita em se misturar e se reescrever na trama.
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Eu não saberia classificar o livro de Cueca de romance policial, embora a pegada policialesca esteja presente e que dá um tom de suspense que muito me agradou. Contudo, fica ainda mais latente a busca por decifrar os próprios dilemas do autor/personagem, no seu olhar crítico, politizado e arguto por um Rio que aos poucos vai mudando para acolher o evento olímpico.
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O estilo do autor não decepciona, embora um revés abrupto, já no final do livro, deixa de lado a ideia central da trama e acaba por dar um fim de certa forma confuso e inconcluso.
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Rodrigo.Vieira 19/06/2018

DESCOBRI QUE ESTAVA MORTO
Eu gostei da leitura, o cara escreve bem, fluído, mas tudo fica muito confuso, e parece que houve pressa em terminar.
O tema é ótimo: um escritor que descobre estar morto, no Rio pré-olímpico. Rola um paralelo interessante com o próprio declínio pessoal, e o da cidade. Vale a leitura.
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leonardo camargo 11/07/2018

Um exercício de (re)inventar a própria morte?
O livro apresenta uma proposta digna de “escritor” – como ressaltado durante o livro – onde o personagem tem a possibilidade de investigar a própria morte. Contudo, o que era para ser a linha direta de um romance policial, acaba puxando o leitor para um emaranhado de pensamentos mal resolvidos do autor. Por meio de suas diversas reflexões e comentários sobre a vida pessoal, Cuenca reinventa a sua morte e deixa o assunto principal de lado, podemos assim dizer, com o intuito de adicionar o seu próprio drama em algo que não passa de documentos e dados perdidos, sobre um conflito que não cabe ao leitor resolver.
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isa.dantas 07/08/2019

A proposta de enredo é interessantíssima, e a escrita de Cuenca é muito boa e fluida, mas sempre quando vc acha que a história vai decolar, ela se perde em uma confusão mental. O final, que ganha ritmo intenso, acaba se perdendo na confusão...
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Renata 18/06/2023

Foge bastante da sinopse
Comprei pela sinopse. Achei a premissa interessante, porém foi bem frustrante ler e perceber que o livro tomou outro rumo... no fim terminei sem entender bem o que aconteceu. Não gostei, achei o cara chato e a história se perdeu.
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@gugugb 05/11/2020

Com um pouquinho menos de pretensão teríamos um livro mais coeso.
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Candido Neto 04/12/2020

Como morrer mais profundamente ou mais extensivamente.
O que foi dito no livro de Cuenca não cabe no livro, num livro, em alguma coisa de ler. O autor faz o leitor ler o tempo do livro, o espírito da época, depois o Brasil, o Rio e depois uma coleção de ruas e paisagens, não sem tentar rotas de fuga, mas em segredo ele olha para seu lugar vazio e volta para este lugar. Ele não foge de seu locus, ele se afasta para olhar seu lugar de outra perspectiva ( é isso o que faz a leitura de um modo geral?).

Há um clip do Robbie Williams, Rock DJ, sob efeito da música ele dança para mulheres que rodopiam ao redor dele em patins, ele tira a roupa, e o streptease prende a atenção daquele público, mas a nudez não consegue isso, então ele despe a pele e depois se decompõe músculo por músculo, até seu esqueleto glorioso sensualizar com a DJ. É isso o que faz J.P. descarna seu nome, seu habitat, suas relações, seus vínculos laborais, sua verve e literatura, seu telefone, seus hábitos, signos, identidade, seu rosto, sua integridade.

Mas o que forma Cuenca? Se ele assumidamente é o personagem fictício de seu romance, quem é esse a quem presenciamos a desmontagem a partir do nome Cuenca? 

Na verdade a brincadeira não está em saber quem era o personagem real que gerou a personagem imaginária. A brincadeira é observar a decomposição de uma pessoa sem tentar se desmontar também (crianças, não façam isso em casa - em canto algum).

O livro curto é montado em quatro capítulos, e esses em breves sessões. A forma de escrita é homogênea em substâncias, e diversa em intensidades e textura. Narrativa, ensaio, fluxo de pensamento, descrição, tudo compõe o romance-caleidoscópio. Por isso é bom seguir a sugestão do personagem e observar o livro a distância de vez em quando.

Hermético? Talvez pornográfico, não de cunho sexual, no sentido de iniciar, percorrer e terminar um percurso mimético sem interações do Cuenca ficcional com mais nenhum personagem, todo diálogo e existência de qualquer pessoa no livro é para o ser do protagonista. E isso não é bom, ou ruim, isso apenas é o que é.

Thiago Novaes falou em qualquer lugar do YouTube, a violência está para a morte como a pornografia está para a insignificância. Esse é talvez um livro sobre a insignificância de tudo o que podemos nomear.
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Bárbara 11/12/2020

Achei que fosse mais mais
O livro me pegou pelo título e pela sinopse, mas na real... esperava alguma coisa e não foi nd. A única coisa que gostei, foram os fatos históricos.
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