Noite e dia

Noite e dia Virginia Woolf




Resenhas - Noite e Dia


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Claire Scorzi 19/02/2009

Ciranda do Amor Imperfeito
Se algum dia Virginia Woolf escreveu um romance de amor, foi este.
Encontros e desencontros, equívocos (toda história de amor que se preza tem!), herói que luta consigo mesmo (e mente para si mesmo, o que é pior), heroína que não conhece a si mesma, momentos de "ciranda do amor imperfeito" ( A que gosta de B que gosta de C...), ironia e suprema arte literária, além de tipos curiosos como a mãe da heroína.
Katherine Mansfield não gostava desse livro. Mas é o meu favorito de Virginia. Atenção, porém: não espere que Virginia Woolf escreva uma história de amor como a maioria!
Thara 09/06/2010minha estante
Kath chatinha.


Renata 20/07/2012minha estante
O bom das resenhas daqui é isso, uns adoram, outros nem tanto. Literatura é isso, toca cada leitor de um modo diferente.




Tiago 31/03/2021

A escrita como tratamento estético e mental
Em carta data de 16 de outubro de 1930, Virgínia estava às voltas com a escrita de Noite e Dia e relata: "temia e tremia tanto por minha própria insanidade que escrevi Noite e Dia, principalmente para provar, dando satisfação a mim mesma, que eu podia manter-me inteiramente afastada desses termos perigosos" (pág. 71 de "Virgínia Woolf: A medida da Vida", de Herbert Mader).

Este é seu segundo romance, que surge como uma forma de dar tratamento aos contornos da lucidez, que haviam se perdido durante a escrita de seu primeiro romance, A Viagem. Há mesmo na estrutura da história uma dicotomia que parece por a tona uma ideia de limite, de borda que resguardam em seus devidos lugares a razão e a emoção: a começar pelo título, "Noite e Dia", que separa os dois estados do curso de um dia, a manhã e a noite. Seus personagens, todos eles, não escapam ao sinal da civilização que divide a vida dos sujeitos em momentos de trabalho, discussão política e literária com os momentos de atenção às questões do coração, da alma. Podemos ver isso em passagens como a de Ralph Derhan na página 159 da edição da Novo Século, onde encontramos: "(...) com a idade de vinte e nove anos, pensava poder orgulhar-se de uma vida rigidamente dividida entre horas e trabalho e horas de devaneio; as coisas viviam lado a lado sem prejudicarem uma a outra".

Suspeito que Virgínia, como qualquer artista, aprende com sua obra. É uma troca: o artista cria e vê-se sendo criado por sua obra. Por nos seus romances essas questões nos personagens era um tratamento dado a si própria, que encontrava na letra a construção de uma borda que pudesse salva-la de uma invasão insuportável da loucura que, como sabemos, mais tarde a levaria ao suicídio. Em todos os seus textos encontramos nas entrelinhas essa tentativa de construir uma vida que bastasse viva, tentando colocar a escrita como o suporte que a sustentaria.

O romance é apostado em um estilo mais clássico, como apontado por Raul de Sá Barbosa, que assina a introdução, mais próximo de romances como o de Jane Austen. Apostar em um estilo mais clássico é também mais seguro, visto que seus experimentos mais modernistas propunham desbravar a criação de um novo terreno, que era um estilo mais próprio, que precisava encontrar uma forma de fazer laço com a literatura e não cair num hermetismo sem nenhuma estrutura, sem valor literário. Esta tarefa arriscada Virgínia assume a partir de seu próximo romance, O Quarto de Jacob. E outro momento é Flush que virá para dar um alívio mental, tal qual aqui assume a mesma função Noite e Dia.

No prefácio da edição já descobrimos que os personagens do romance são inspirados em familiares de Virgínia. Mrs. Hilberty, por exemplo, é diretamente inspirada em sua tia Anny Thackeray, sendo apontado por Quentin Bell, sobrinho e biografo de Virgínia, como a homenageada do romance, encarnada na personagem Mrs. Hilberty.
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Mariana Sousa 12/07/2021

Noite & Dia: realidade e expectativa
Ao ler Noite & Dia me peguei muitas vezes refletindo sobre o título, o que ele representa? Ou quem? Ao término do livro sou da opinião que não se trata de quem, mas do quê. Noite e dia é a representação do estado de espírito de seus personagens que por vários trechos estiveram imersos na escuridão da noite, mas que também chegavam a se sentir resplandecentes como o dia. Essa dualidade permeia cada capítulo do romance, pois assim como o dia e a noite se sucedem infinitamente, o estado emocional dos personagens também oscila constantemente entre a esperança e a depressão, a realidade e o devaneio.
A história gira em torno das relações sociais de um pequeno grupo em que se destacam principalmente William Rodney e Katharine Hilbery, Ralph Denham e Mary Datchet, ambos os casais possuem uma amizade de longa data e por meio de laços profissionais, culturais e pessoais acabam se conhecendo e estreitando as relações. Alianças amorosas serão firmadas, amizades abaladas e algumas discussões pertinentes são pontuadas, como o aprisionamento causado pelas condições financeiras e sociais, a expectativa em torno do papel feminino e do sucesso profissional.
Contudo, em minha opinião a história fala principalmente sobre a tirania sentimental, sobre as máscaras que usamos para nos apresentar em sociedade e até mesmo em família. A autora me passa a impressão de que os sentimentos são opressivos, sejam para o bem ou para o mal, o sentir acaba nos colocando em situações delicadas e constrangedoras que geram expectativas sobre aquilo que somos ou que devemos ser. Além disso, a mim pareceu que todos os personagens vivenciavam pequenas crises existenciais, muitas vezes se perdendo em um mundo idealizado em suas próprias mentes.
Esse estado de devaneio e opressão vivido pelos personagens definitivamente não casou com o meu, senti dificuldade em compreender suas ações e motivações, e até mesmo as discussões sociais foram se tornando enfadonhas. Não digo com isso que o livro é ruim, mas que no meu caso, dificultou uma relação positiva com a história. Este é um livro que caminha lentamente, seus personagens agem de maneira muito subjetiva, dando vasão as interpretações que fazem uns dos outros e com isso supondo o certo, o errado e o que fazer. De maneira geral foi uma leitura bastante válida, meu primeiro contato com a escrita de Virginia Woolf, e embora não tenha sido agradável me deu uma amostra do seu universo criativo e do seu tom crítico e melancólico.
SALETE 01/08/2021minha estante
Uau!! Você fez a resenha que eu gostaria de ter competência para fazer expressou muito bem!


Mariana Sousa 01/08/2021minha estante
Owhh obrigada!




Larinha 13/03/2021

Opostos
Um livro muito bom e com um final surpreendente.
Amores entre amigos, amores não correspondidos, status sociais. Tudo isso misturado em uma única história.
O final surpreende, mas pode também não te surpreender. Tudo vai depender de como você interpreta toda a história desde o início.
Um assunto atual também é muito bem explorado: a expectativa e ilusão que depositamos na figura de uma pessoa. Muitas vezes criamos a imagem de uma pessoa na nossa cabeça e aceitamos aquilo como verdade. Quando confrontada em relação a essa imagem com a realidade muitas vezes nos decepcionamos e queremos nos fechar no mundo que criamos, mas isso não é nada saudável e o livro mostra isso de forma sútil.
Um livro ótimo, com bastante reviravolta e situações que superam nossas expectativas.
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Elaine | @naneverso 01/06/2020

Dizer que Woolf era uma mulher à frente de seu tempo já virou clichê, mas é a mais pura verdade. São 639 páginas que discutem temas como o diferente tratamento de pessoas dependendo de sua classe social, a iniquidade entre homens e mulheres e, não menos importante, o real significado da palavra "amor" (tema, aliás, que já marca presença na obra de Woolf desde A viagem). Precisamos mesmo nos casar? Quem disse? Por quê?

Woolf faz uso de sua perfeita maneira de descrever paisagens e pensamentos para traduzir o abstrato, para dar força à voz das mulheres, para dar força à voz de uma sociedade que grita por mudanças e que nem sempre sabe por onde começar.

Quem quiser ler mais, a resenha completa está em @naneandherbooks no Instagram :)
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Patty 26/03/2021

Noite & Dia conta a história de Katharine Hilbery, uma jovem da alta classe que precisa escolher entre William Rodney, um poeta aprovado por sua família, ou Ralph Denham, um cara pobre por quem ela tem uma atração, porém, a diferença de classe pode atrapalhar esse romance.
Fazia tempo que eu tinha vontade de ler algo da Virginia Woolf, mas nunca tinha dado certo, até que recebi esse livro no Clube de Leitores da Pedrazul, porém, confesso que o romance demorou um pouco para me prender, fazendo a leitura demorar mais do que eu imaginava, mas no fim até que gostei.
Quem leu Orgulho e Preconceito, vai perceber que ele inspirou Virginia a escrever Noite & Dia, já que Katharine lembra um pouco o Mr. Darcy, a pesar deste ter me cativado mais do que ela.
É um belo romance leve, sem grandes dramas, de forma que nem dá para imaginar que a pessoa que o criou terminou sua vida da maneira como foi.
Enfim, não se tornou o livro favorito do clube, mas a leitura até que terminou por ser agradável.
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Francine 01/10/2010

Noite e Dia, um romance de Virginia Woolf
Noite e Dia, escrito em 1917, é conhecido como o livro mais simples de Virginia Woolf, no entanto não é o primeiro livro dela, ou seja, alguns podem pensar que ela poderia ter feito melhor, talvez. Noite e Dia é um romance sobre os valores do casamento e a necessidade de liberdade de uma mulher. O que temos é a personagem Katharine não se importando tanto com um suposto casamento. O que temos é Ralph tão maduro e tão romanticamente apaixonado. O que temos é uma família inglesa adoradora de literatura, uma bela casa, festas (chás) e outras coisas mais que acontecem noite e dia; noite e dia em Londres. E o romance se desenrola de acordo com o impulso e a razão de Katharine misturados, em alguns momentos, com sua doce sabedoria. É interessante ver a busca de Virginia Woolf para mostrar que sua personagem principal não era uma simples mulher e era uma simples mulher: atitudes infantis, outras normais, outras sábias e maduras (a personagem foi inspirada na irmã de Virginia Woolf, Vanessa Bell).

O que me deixa absolutamente feliz foi que, no início da leitura, achei que eu estava diante de uma história no estilo de Jane Austen, o que me entristeceu um pouco – não porque eu considere a Austen ruim, pelo contrário, ela é ótima – mas me entristeceu saber que em determinado momento, sabe-se lá por que, Virginia Woolf quisesse uma história típica dos romances de Jane Austen. Ainda bem que eu me enganei. Noite e Dia é como uma cortina que se abre para Londres, é como se dia após dia aquele passarinho que pousa numa janela relatasse os acontecimentos de pessoas…humanas! Simples e maravilhosamente humanas! E nesse ponto Virginia Woolf é tão sagaz, fazendo do simples belo, da rotina aventura. Os personagens dançam confortáveis entre as amarguras da vida. Eles revelam uma característica de sempre optar por encarar o problema, por resolver a situação de acordo com os seus impulsos. Gosto muito disso.

Assim como Katherine Mansfield criticou o romance Noite e Dia (e foi por isso que as duas não mais se entenderam como amigas), ela também o elogiou. E também é essa a minha vontade: gosto, fico muito feliz com muitos pontos do livro. Em outros, porém, Virginia Woolf deslizou um pouquinho, por exemplo: o pai de Katharine Hilbery é de personalidade forte, mas ao longo da história ele quase não aparece até que, em certo momento, ele surge “do nada”. Faltou alguma coisa ali e, por outro lado, o susto que senti quando o pai de Katharine volta à história, fosse o mesmo sentido pelos personagens quando “notaram” a presença dele, ou seja, ela pode ter feito isso propositalmente. E nos capítulos finais, diferente de todo o livro que é lento e repleto de detalhes, ela acelerou um pouco o ritmo da história. Mas é um livro de Virginia Woolf e isso basta: pela técnica, pela sinestesia, pelo mergulho na mente romântica de cada personagem.

As frases lindas do livro Noite e Dia foram o meu alimento para o twitter @woolfv nesse últimos dois meses. Alguns outros trechos, os maiores, estão no blog e revelam uma história romântica, como Virginia Woolf poderia estar na época em que o escreveu. Sim, Virginia Woolf romântica! Isso lhe soa estranho? Para mim, depois de ler Noite e Dia, não mais.

http://acontadora.wordpress.com/2010/09/21/noite-e-dia-um-romance-de-virginia-woolf/
Thara 20/03/2011minha estante
Proposital o fato do pai não aparecer muito porque simplesmente o que importa sobremaneira no texto é Katharine, e a mãe é proeminente justamente pelo efeito de contraste a fim de contornar a imagem da filha. Do mesmo modo os parentes de Denham e Mary são mencionados com fins esmiuçativos das características desses personagens focais...


Daniel 06/08/2013minha estante
Eu também gostei, embora não se pareça nada com os outros livros que li dela (Mrs. Dalloway, Ao Farol e Orlando). Talvez um pouco longo demais, com certeza dos livros que li da autora, este é o mais romântico, o mais direto, mais fácil de ler. Porém, o menos "Virginia Woolf"... Parece que a própria Virginia ainda estava encontrando seu caminho.




Rodolfo Vilar 27/09/2022

"Noite e dia" é o segundo romance publicado por Virginia Woolf, exatamente em 1919. Assim como o primeiro romance, trata-se de uma história diferente da famosa construção que tornou Virginia famosa nos meios literários. Alguns o acham totamente tedioso, com suas longas descrições, digressões e devaneios que mergulham o leitor na cabeça e nas preocupações dos personagens que compõem o livro. Concordo que o livro é extremamente massante em alguns momentos, mas isso seria apenas um ensaio para o que Virginia Woolf se transformaria. Com diálogos muito bem construídos, a autora consegue retratar muito bem à sua época, assim como a mudança que ocorria nos meio femininos quanto a independência das mulheres.
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Retratando os conflitos entre a era vitoriana e a moderna, o livro nos convida a conhecer um pouco mais sobre a sociedade e seus costumes, algo bem parecido com os livros de Jane Austin. O livro vai narrar os conflitos amorosos entre os quatro personagens aqui apresentados: de um lado Katherine Hilbery, uma jovem bem abastada que sente tédio pela vida que leva e não consegue inspiração para sair dos confltos familiares que a rodeia; Ralph Denham, um jovem advogado de familia mais pobre que os sustenta e que vê a vida como um jogo de poderes e de consternação. Nesse meio surge a amizade com a Mary, uma jovem do meio sufragio que conseguiu sua liberdade com custos, mas que colhe os frutos vivendo em sua própria casa, com seu trabalho e seus momentos nos meios literários. Além de outros personagens que formam uma grande rede de intrigas, laços de amor e revoltas.
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Virginia Woolf aqui interpõe as dualidades entre amor e racionalidade, liberdade e a vida presa aos costumes de uma época que aos poucos começa a mudar, o tradicionalismo e a construção de uma nova sociedade. Nos apegamos aos personagens com pensamento libertador, que enxergam nas mudaças o começo de uma nova era (como a própria Mary, assim como aqueles que enxergam na tradição familiar uma corrente que prende aqueles que buscam a felicidade (como a Sra Hilbery).
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Leitura divertida, para os que gostam de Jane Austin ou querem conhecer mais sobre Woolf.
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Carotti 24/01/2021

Bom
O livro é essencial para quem quer refletir sobre o papel feminino no início do século passado.

?
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Laura_f_sousa 18/01/2024

?Quem sabe alguma coisa, exceto que o amor é a nossa fé??
Katharine, jovem de família abastada e descendente de intelectuais, se vê numa situação crítica quando não consegue decidir entre se casar com William - seu melhor amigo e confidente - ou Ralph, jovem advogado que sustenta os irmãos.

Nesse clássico romance inglês, Woolf escreve sobre o apaixonar-se. Apesar de ter um estilo mais leve e comum, é possível notar a característica marcante da autora: o destrinchar emocional dos personagens.

Acompanhamos Katharine no entendimento do próprio coração, assim como William com seus sentimentos confusos e as negações de Ralph. Uma montanha russa de emoções regada a desencontros e amenidades em Londres.

Mas não é só sobre o amor. ?Noite e dia? também traz reflexões sobre o feminismo, o casamento e a amizade, rendendo comparações com Jane Austen.

?Procurar um sentimento verdadeiro por entre o caos das insensibilidades [?]; reconhecê-lo como tal, quando encontrado, e aceitar as consequências da descoberta, é coisa que marca com rugas de fronte mais serena, ao mesmo tempo que aviva o lume do olhar?
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renata 02/11/2011

Sem Título.
Já deixei de ler os prefácios do livros da Virginia porque dá última vez encontrei um spoiler tão grande que me tirou muita da graça de ler o livro.

Noite e Dia me deu sono, vontade de abandonar 5487 vezes. A Viagem, foi bem melhor, pelo menos não teve um numero tão assustador de "vontade de abandonar". É um romance inglês, que tem seus personagens indecisos, com medo de amar e com muita vontade de tomar chá. E é isso.

Mas o livro não é ruim. Foi só um tanto entediante para mim. A partir da metade o livro melhora um pouco e tem até um pouquinho de emoção.

Minha única recomendação é que se você nunca leu nada da Virginia, não comece por Noite e Dia.
Patrick 23/12/2011minha estante
Eu comecei. FUUU


Zambe 13/01/2012minha estante
Também estou começando justamente por esse. Confesso que quase dormi lendo o 1º capítulo.


Renata 20/07/2012minha estante
Pois, deve ser o péssimo prefácio da Novo Século, tb caí nessa armadilha.


Guilherme 11/01/2013minha estante
Noite e Dia? Joguei-o de lado muitas, inúmeras vezes. No entanto quando terminei de ler achei-o excelente porque o livro não imita a vida, é ela por si só. =D


Bethinha 11/04/2013minha estante
Ah, droga! hahaha
Comecei, agora vou terminar...
:P


Bel 10/06/2013minha estante
Eu acho que li o mesmo prefácio que você, com o spoiler.. Isso não se faz..


Jes 30/12/2016minha estante
nuss, to tentando ele pela milésima vez. sempre dá vontade de parar mesmo...




Nanda5Oli 08/03/2023

"Foi isso que fiz da minha vida: nada, nada, nada."
Tive um pouco de dificuldade de me conectar com o livro por ser extenso... O Romance fala sobre os valores do casamento na visão das mulheres, a pressão da sociedade, existencialismo, encontros e desencontros.
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Anna.Beatriz 26/12/2021

“… desejavam mais que tudo movimento, silêncio, liberdade de pensamento, e ar livre.”
Noite e Dia nos conta a história de duas mulheres únicas, de personalidades extremamente fortes e mentes admiráveis: Katharine Hilbery e Mary Datchet.

Katharine Hilbery ao contrário de sua família de poetas e amantes da literatura, tem sua paixão depositada na matemática, isso reflete em sua personalidade prática, sem muitos rodeios ou devaneios. Katharine é objetiva, não vê sentido ou razão em certas dramatizações em questões que, para ela, são muito simples.

Mary Datchet é uma célebre ativista pelo sufrágio, mulher encantadora e forte, que tem sua independência como bem maior. Porém, sendo ainda humana, não deixa de enfrentar nossos problemas causados pela inescapável e imparável força da paixão.

Eu gosto como os personagens e, principalmente, relações entre esses personagens são construídos de forma tão complexa e profunda por Virginia nessa obra de mais de 500 páginas. É realmente lindo de ver emoções e interações humanas descritas de forma tão magistral. 🧠

Meu instagram literário: @mindrefugee
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marcinha 18/03/2021

Uma história de amor e poesia
Uma mulher dividida entre dois homens uma história de amor aos livros a poesia e a cultura. Muito bom esse livro com citações para quem ama livro e poesia.
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Ariadne 20/08/2021

Uma boa releitura
Lido para um desafio literário que envolve Virgínia Woolf e a leitura de todos os seus romances em 2021.

Esse livro era para eu ter começado e terminado de ler em fevereiro, mas enrolei com outras leituras e acabei começando de verdade em julho e terminando agora no final de agosto. Para mim foi uma agradável releitura (já tinha lido o livro em 2012) e boa para relembrar como era o livro já que fazem quase dez anos que o li.

É um bom romance, com encontros e desencontros de amor. Só acho a história um pouco longa demais, às vezes. Demora a engrenar e quando engrena Woolf acelera ali no terço final e acaba tudo de forma rápida e brusca.

O desafio literário que eu estou fazendo foi promovido por um perfil no Instagram que não existe mais, mas mesmo assim pretendo continuar já acho muito interessante a ideia de ler todos os romances dela em um ano.

Sobre a edição: acho as edições da Novo Século meio porcas. Falta uma revisão mais minuciosa e encontrei vários erros de digitação nesse e-book. Fora a tradução antiga, né. Relançar o livro em uma edição mais bonita, mas com a mesma tradução de não sei quantos anos é um trabalho muito do preguiçoso. Espero que a Autêntica lance uma edição deste livro para que eu possa finalmente tê-lo na minha estante porque essa edição da Novo Século, sem condições.
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