O Problema dos Três Corpos

O Problema dos Três Corpos Cixin Liu




Resenhas - O Problema dos Três Corpos


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Clio0 22/06/2022

Este foi o primeiro livro de ficção científica chinesa que li, sendo assim não tenho uma base de comparação com outras obras que representem a cultura e o estilo. Usando, então, Clarke e Asimov - os clássicos ocidentais - posso afirmar que a obra respeita preceitos básicos do gênero e consegue trazer uma abordagem interessante do já famoso tema de "videogame".

Se você frequenta um pouco o mundo dos games online já ouviu falar de problemas matemáticos, easter-eggs e os Hunters (jogadores da Deep Web que promovem gincanas). Vários desses jogos são enigmas altamente elaborados e Cixin usa um deles, com sua devida licença poética, para criar o mistério da trama.

Essa é narrada em dois frontes: Ye Wenjie que inicia a história e fornece o background cultural e político necessário para criar a conjuntura que favorecerá os atos de Wang Miao - o responsável pela maior parte da especulação tecnológica presente na história.

As discussões filosóficas apresentadas são conectadas as motivações e acontecimentos, fugindo a tendência atual de "muleta" para o desenvolvimento das personagens. Isso pode desagradar alguns leitores não acostumados com ficção científica pura. Contudo, Shi Quiang (um detetive) serve como auto-inserção sem ser uma personalidade neutra.

Apesar de ser o primeiro livro de uma trilogia, é possível lê-lo tranquilamente pois o autor teve o cuidado de criar um final aberto, mas não carregado de suspense.
Lelouch_ph 20/07/2022minha estante
Lê A última transmissão, é de um mestre da ficção científica japonesa. É bem interessante.




spoiler visualizar
Regis 30/07/2023minha estante
Que pena, não vou poder ler a resenha até ler o livro.?


Brujo 30/07/2023minha estante
Poxa...? Mas pode ter certeza que vai valer muito investir seu tempo lendo esse livro fantástico!


Wagner47 30/07/2023minha estante
Uma das coisas fabulosas desse livro é de como a sinopse pode ser mega genérica: um sci-fi envolvendo contato alienígena. Eu sabia bem pouco quando adentrei nesse universo e comecei porque o título é muito chamativo.

Meus únicos rasos poréns é o pouco desenvolvimento da maioria dos personagens (só os centrais que de fato são explorados) e a impressão que todo mundo é cientista, sendo Da Shi o único que representa o leitor leigo, além do final mega aberto (confesso que isso não me incomodou muito, uma vez que eu já pretendia ler a trilogia).

Ironicamente esses "erros" são consertados na sequência e pra mim fica ainda melhor, com altos destaques para o significado do título. Saí ainda mais maravilhado com a proporção que tudo vai tomando.
É menos técnico, mas tão inteligente quanto os demais.

Excelente resenha, Sidney! Na curiosidade do que vai achar da sequência


Regis 30/07/2023minha estante
Lerei, Sidney, já coloquei na lista. ??


bardo 31/07/2023minha estante
Eu falei.. Eu te disse... E eu to cada vez mais mordido para reler... Vi gente dizendo que o segundo volume é mais fraco, mas eu realmente discordo, para mim essa trilogia é uma ascendente que vai jogando mais e mais coisas para o leitor pensar e ele que lute. E o conceito apresentado no segundo volume, é de uma beleza e ao mesmo tempo simplicidade... Aperte os cintos..


Brujo 31/07/2023minha estante
Wagner,
Obrigado pelas palavras ! Sobre o final aberto, pra ser sincero eu nem reparei... Como esse é o primeiro livro de uma trilogia, é natural que fiquem pontas soltas.

Regis,
Tenho certeza que você vai gostar !

Rogério,
Obrigado pela recomendação sobre os próximos livros ! Devo começar o segundo está semana ainda.


Cosmonauta 04/08/2023minha estante
Deu vontade de ler esse


Brujo 04/08/2023minha estante
Leia, Cosmonauta (curti o nickname ? ), vc vai gostar !




Vania.Cristina 08/04/2024

Só a ciência poderá salvar a humanidade
Há uma recente adaptação desse livro chinês na Netflix e talvez você fique na dúvida se deve começar com o livro ou com a série. Na minha opinião, tanto faz, porque a adaptação fez várias alterações no texto, o que a meu ver não é um problema. Há spoilers, mas não acho que eles comprometam a experiência. O livro é mais que isso.

Trata-se do primeiro de três livros, de ficção científica hard, ou seja, cheia de descrições de pensamentos e processos científicos. Se você não gosta disso, talvez não consiga apreciar a história. Eu não entendo quase nada de física ou matemática, mas procurei captar o que as ideias passam em geral, sem me ater a apreender os detalhes de forma significativa. Funcionou para mim. Se você topar o desafio, vai encontrar uma história original, instigante, criativa e extremamente perturbadora. Há quem chame a obra de terror cósmico, tipo Lovecraft.

Há dois tempos narrativos simultâneos, a China dos anos 60 e da Revolução Cultural, e a China dos anos 2000. O primeiro tem como protagonista a jovem Ye Wenjie e o segundo o maduro Wang Miau.

O livro começa perturbador quando a acadêmica Ye Wenjie presencia o assassinato público do pai, um pesquisador e educador da disciplina de física da universidade. Estão em um tipo de assembleia que acontecia na época, chamada sessão de luta, onde professores, que teimavam em continuar ensinando e defendendo as teorias científicas ocidentais, eram torturados publicamente pela juventude maoísta, para se arrependerem e se retratarem, assumindo a nova narrativa oficial "científica". Se não o fizessem, podiam ser espancados até a morte. Teorias como a da Relatividade, de Einstein, ou a da explosão do Big Bang, eram consideradas mentiras ocidentais, propagadas por "autoridades acadêmicas burguesas reacionárias".

Presenciamos, assim, um momento histórico real, que visava controlar as pessoas e a narrativa de forma autoritária, conforme os interesses do poder. Se no livro isso é realizado pelos seguidores de Mao Tse Tung, no Brasil foi recentemente praticado pelo Movimento, de extrema direita, Escola sem Partido, quando estimulava adolescentes a denunciarem professores. História muito próxima da gente, muito atual, extremamente perturbadora.

No livro, essa experiência vivenciada por Ye Wenjie vai marcá-la profundamente, e iniciar uma série de abusos e traições que ela vai ver e sofrer durante sua vida. Esses traumas seguidos vão levá-la a desacreditar totalmente na espécie humana. E isso vai determinar todo o futuro da humanidade e os acontecimentos dos três livros.

A segunda linha narrativa, que se passa quarenta anos depois da primeira, nos apresenta a história pelo olhar do pesquisador de nanotecnologias Wang Miao. Ele é convocado para uma reunião misteriosa, de forma inesperada, grosseira e repentina.

A reunião acontece no Centro de Comando em Batalha do Exército, e tem a presença de outros renomados cientistas, de militares chineses, norte americanos e ingleses, e de policiais. Quase niinguém está entendendo o motivo da reunião. Só se percebe que há uma movimentação de guerra, mas guerra contra quem? E por qual motivo?

O fato é que, nos últimos dois meses, importantes cientistas de vanguarda do mundo da física foram levados ao suicídio, porque tudo o que aprenderam sobre a matéria, a física e a própria vida, começou a não fazer mais sentido.

A partir daí, iremos acompanhar outros fatos misteriosos e reviravoltas, muitas coisas que não se consegue explicar. Parte da história é vivenciada dentro de um game de realidade aumentada, que usa de uma tecnologia totalmente desconhecida. Esses momentos são bem loucos, como se estivéssemos numa história de fantasia nom sense. Mas tudo no livro acaba tendo sua explicação científica detalhada.

Aos poucos, os dois tempos narrativos vão se entrelaçando e a história se torna uma grande homenagem ao fazer científico e ao conhecimento. Só a ciência poderá salvar a humanidade, imbuída do nosso espírito de luta e resiliência.

Ao mesmo tempo, o livro também grita para que tenhamos consciência de nosso papel nesse mundo, responsabilidade com a coletividade, com a natureza e com o próprio planeta.
Max 08/04/2024minha estante
Ótima resenha, Vânia! ?


Vania.Cristina 08/04/2024minha estante
Obrigada Max! ?


Dee Teixeira 09/04/2024minha estante
Ótima resenha Acredito muito que só a ciência pode salvar a humanidade


Cleber 09/04/2024minha estante
Vania, adorei sua resenha! Estou super curioso para ler a trilogia.


Vania.Cristina 09/04/2024minha estante
Obrigada Diane! Sim!!! Sem a ciência não somos nada, a pandemia de covid deixou isso claro pra mim.


Vania.Cristina 09/04/2024minha estante
Obrigada Cleber. Fico feliz. ?


Regis 16/04/2024minha estante
Sua resenha é maravilhosa, Vânia! ???
Acho que a série não despertou muito minha curiosidade, mas o livro sim.


Max 16/04/2024minha estante
A série, Regis, está sendo muito criticada, principalmente na China, país do autor.


Vania.Cristina 16/04/2024minha estante
Obrigada Regis! ?


Regis 16/04/2024minha estante
Sim, Max, fiquei sabendo e no processo descobri que tem uma série chinesa que dizem ser mil vezes melhor. Quando ler a trilogia vou assistir a série chinesa e ignorar completamente a da Netflix.




Murilove 19/02/2024

A ficção cientifica é um gênero que aborda um ambiente tecnológico futurístico e seu impacto em uma sociedade. No livro O Problema Dos Três corpos esse tema é tratado em paralelo com questões políticas.

Pelo pouco que conheço do Isaac Asimov, pelo único livro dele que li (A fundação), pude notar semelhanças com a forma de tratar ficção cientifica e política com a escrita de Liu Cixin.

É interessante a forma que o tempo é tratado no livro, transmitindo ao leitor a forma de política presente na República Popular da China, um governo de projeção política a longo prazo, com impactos sociais que talvez não seja perceptível de forma concreta em uma mesma geração.

A um tempo que eu não lia nada desse gênero, tema que não é dos meus favoritos, mas valeu muito a pena, ainda mais sendo minha primeira leitura de um escritor chinês.

Recomendo a leitura e ansioso para o próximo da triologia.
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John 23/06/2021

Para onde estamos caminhando...
Uma história que começa dando uma aula sobre a China e te carrega nos braços da ciência por uma jornada cheia de mistérios e questionamentos que te fazem querer decifrar as coisas na frente do livro.

Muitas emoções ao ler.

Para quem ama ciência e tecnologia, esse livro é muito bom.

Para quem ama física e astronomia, esse livro é muito bom.

Para quem ama sociologia e filosofia, esse livro é muito bom.

Pesado no sci fi, mas impossível não deixar minha recomendação até mesmo para quem prefere algo mais leve.
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Pedro Sucupira 19/12/2023

2023 LIVRO 17 ¬– O Problema dos Três Corpos, por Cixin Liu.
Uma das ficções científicas mais complexas e intrigantes que já tive a oportunidade de ler. Que universo fantástico que o Cixin Liu foi capaz de criar. Uma verdadeira obra de arte. Li algumas críticas ao fato de o autor se aprofundar muito em questões de astrofísica/física o que discordo veemente. Essa é uma das maravilhas dessa obra, quando você se dá conta está tendo uma aula de astrofísica e nem percebe de tão leve, preciso e bem concatenado que o autor encaixa esses temas mais “espinhosos” ao longo da trama. Sou suspeito, pois sou fã do didatismo. Os amantes de astrofísica que vão se deleitar.

Comecei a ler essa trilogia depois de ver o trailer de divulgação da Netflix que vai lançar a séria desse universo em 21 de março de 2024. Impressionou-me tanto que não consegui aguardar. Torço muito para que a Netflix não faça cagada (expectativas foram criadas).

"Mas não posso fugir e abandonar a realidade, do mesmo modo como não posso abandonar a minha sombra. A realidade impõe sobre cada um de nós sua marca indelével. Cada era prende grilhões invisíveis nas pessoas que as viveram, e eu só posso dançar com minhas correntes."
Maycee0 19/12/2023minha estante
Fiquei curiosa pra lerr




Max 16/08/2023

Três corpos...
Como todo bom livro de Sci-Fi a história em si tem de envolver um mínimo de lógica científica e ser verossímil nas suas ações. Sendo um leitor voraz de livros científicos fiquei satisfeito com o trabalho do autor. Sua escrita peculiar, não linear, dá um certo charme a toda narrativa.
O livro é muito sólido, bem escrito e cheio de camadas.
Apesar de sabermos ao final da leitura que muita coisa ruim está por vir, o autor, ainda nos premia com uma ponta de esperança.
Super recomendo!
João 16/08/2023minha estante
Curioso sobre esse final, já até imagino o que seja... rsrs


Eduardo.Weiland 16/08/2023minha estante
Fiquei curioso também, depois de ler essa resenha. Vou adicionar à minha lista ?


Max 16/08/2023minha estante
Imagina nada João! Termina de ler... hahaha?


J. Silva 18/02/2024minha estante
Ainda ontem, li uma matéria sobre uma série sobre esse livro, em produção pela Netflix.


Max 18/02/2024minha estante
Vamos conferir, J.Silva!




Lane @juntodoslivros 15/12/2016

Esse problema precisa de uma resolução logo!
Sou muito fã de ficção-científica. Então quando vi a capa de O Problema dos Três Corpos não tinha como confundir o livro com outro gênero. Vamos ver o que achei dessa leitura?

O Problema dos Três Corpos acompanha a trajetória de dois personagens centrais: Ye Wenjie e Wang Miao, intercalando entre o passado e o presente. Ye Wenjie vê toda a sua família ser despedaça pela Revolução Cultural e com isso acaba desacreditando na humanidade. Ela acredita que a humanidade deva ser reformulada, mas sozinha não irá conseguir. Depois de passar anos por várias situações desagradáveis, sua descrença apenas aumenta. Até que ela é convidada a trabalhar na Costa Vermelha, mesmo sabendo que nunca mais poderá sair de lá, por conta de seu passado, Ye vê a chance de ajudar a humanidade a crescer de modo positivo.

Décadas depois, os atos de Ye Wenjie tem impacto no futuro de Wang Miao, um físico e pesquisador de nanomateriais. Wang se vê envolvido com as Forças Armadas para a resolução de um problema e logo depois se vê inserido em um jogo nada convencional conhecido como Três Corpos. O jogo não é nada do que se espera dos jogos de vídeo game e por esse motivo atrai o público de matemáticos e físicos, todos em busca da resolução do problema dos três corpos no jogo. Mas o que esse jogo tem relação com o antigo trabalho de Ye na Costa Vermelha? A revelação deixa Wang e companhia bastante perturbados, e agora o futuro da humanidade depende deles.

Cixin Liu embasa o livro em fatos históricos verdadeiros e importantes de seu país. Essa ponta de realismo deixa o livro mais interessante e nos dá uma visão da cultura chinesa. O início de toda a trama começa com a Revolução Cultural na China, em 1967, onde os guardas-vermelhos eram a milícia e atacavam todos aqueles que eram contra o governo de Mao Tsé-tung.

Um fato que me chamou atenção foi que o tradutor tenta nos familiarizar com termos e fatos históricos ao longo da narrativa por meio das notas de rodapé. Esse cuidado do Selo Suma de Letras fez toda a diferença na leitura para mim.

O autor nos conta os fatos e a parte da história de Ye de forma direta, mas peca por ter muitas partes técnicas. O Problema dos Três Corpos não é um livro de leitura fácil e rápida. Para aqueles que se aventurarem no universo desse livro já deixo o aviso, existem muitos termos técnicos que deixam a leitura bem densa e difícil de interpretar. Quem é da área de ciências, vai conseguir aproveitar bem mais a leitura. Não posso deixar de citar que o livro ganhou o Prêmio Hugo de Melhor Romance em 2015, o prêmio mais importante desse gênero de literatura.

O Problema dos Três Corpos é apenas o primeiro livro da trilogia homônima. Ainda sem previsão de lançamento aqui no Brasil do segundo livro, The Dark Forest, mas espero que seja para logo.

site: http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2016/11/resenha-o-problema-dos-tres-corpos.html
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Lucca 31/01/2024

LI O PROBLEMA DOS TRÊS CORPOS
Já estava de olho nesse livro ( na trilogia também) a algum tempo pois me interesso muito por ficção científica
E realmente valeu muito a pena essa leitura
Confesso que tive dificuldade no começo pois tava sentindo uma escrita muito arrastada com excesso de detalhes científicos
Sim esse livro abusa dos detalhes científicos que eventualmente pode deixar o enredo confuso
Mas depois de uns cinco capítulos a história engrena de uma maneira extremamente profunda
Quando me dei conta estava diante de um enredo extremamente profundo e crítico
A partir desse livro pude ter uma maior clareza de como a ficção científica é uma crítica alegórica de várias questões sociais atuais
O autor foi bastante inteligente em expor suas críticas e visões em relação ao mundo contemporâneo
E é interessante ler uma história da ótica de um autor que não está inserido na hegemonia industrial do Ocidente
É uma história que pode assustar no começo devido ao jeito lento e detalhista
Mas se você continuar
Você estará diante de diversas reflexões extremamente profundas e até mesma poéticas
Anseios e temores
Esse primeiro livro é uma ótima recomendação
Pretendo ler os demais
Mas recomendo a leitura dessa história
??????
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Alexandre 02/01/2023

Complexo e surpreendente!
Talvez uma das leituras de ficção mais complexas q já fiz, mas certamente recompensadora.
Me fez pensar em questões q nunca antecipei porém q mesmo após a leitura não ficaram claras em minha mente. Livro brilhante do início ao fim! Mesmo tendo um ritmo mais lento no início e acelerado no final. É o primeiro volume de uma trilogia que com certeza seguirei lendo!
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Jamille 19/09/2021

Esse livro foi extremamente diferente de tudo que já li! Pra mim foi semelhante a construção de uma parece, com pequenos blocos construindo aos poucos o enredo.
O livro tem um premissa bem criativa, e nós só vamos compreender tudo nas últimas páginas. É um livro um pouco mais lento e não acho que seja pra iniciantes em ficção científica, pois tem alguns conceitos mais complexos de física e momentos filosóficos.
Mesmo assim, fiquei completamente envolvida e vou pensar nele por muito tempo.
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Mandy 30/03/2024

O problema dos 3 corpos
Esse livro foi só ???????

É uma leitura bem confusa e um tanto complexa (pelo menos pra mim), o que pra muitos pode ser algo maçante, mas me deixou muito curiosa ao ponto de ler textos imensos no google sobre a radiação cósmica de fundo em microondas, por exemplo. Algo que não sabia o que era e achei muito interessante.

O livro me fez lembrar de O mundo de Sofia, que trata sobre a filosofia desde os primórdios e me fez questionar muitas coisas, só que a pegada do problema dos 3 corpos é sobre física, astronomia, partículas subatômicas e afins (óbvio, afinal é um sci-fi puro).

O final do livro pra mim foi uma viagem que eu não consegui compreender e me arremeteu um pouco O guia do mochileiro das galáxias kkkkkkk ?????

De toda forma, quero ler o próximo livro siiim!!

Acho que esse livro vai ser do tipo 8 ou 80 e dividir opiniões
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João 07/09/2023

Lembrança Do Passado Da Terra: Livro 1
O conceito desse livro é maravilhoso, e até mesmo assustador. Paramos pouco para pensar, na hipótese de existir vida inteligente fora da terra, e se ela for um pouquinho parecida com a humanidade, provavelmente ela não será pacífica.

Envolto em mistérios, e com uma história não linear isso é apresentado magistralmente, mas o livro peca muito nos personagens. Todos os personagens são parecidos, tirando uma personagem, não a quase desenvolvimento nenhum. No final do livro é apresentado novos importantes personagens, e a falta de descrição de como eles são, diminuiu bastante a minha experiência.

Livro de hard sci-fi muito aclamado, que apesar dos pontos negativos vale a leitura.
Nazli.Dias 07/09/2023minha estante
Esse tá na minha lista, bom saber que o livro vale a pena.


João 07/09/2023minha estante
Sim. Vai sair uma adaptação na Netflix, lançaram um trailer e parece bem fiel ao livro.


Max 08/09/2023minha estante
Ótima resenha, João! ?


João 08/09/2023minha estante
Obrigado, Max. Vai ler a sequência? O segundo livro parece ser o melhor da trilogia.


Max 08/09/2023minha estante
O diabo, João, que não sabia que era uma trilogia, agora estamos ferrados, mais 1500 páginas... hahahaha ?


João 08/09/2023minha estante
Desculpa te fazer passar por isso, amigo... rsrsrs




Fabio Di Pietro 11/04/2024

Bem interessante a condução da história. Acabou me prendendo. O livro tem aquela estrutura de ir soltando aos poucos todo o mistério que está ocorrendo. Você quer saber o que está acontecendo e uns porquês. Há partes bem teóricas e científicas, mas o seu não entendimento não traz grandes problemas para a história.
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Ricardo 28/03/2021

Pulp fiction de quinta categoria
Aqui vai uma lista de vida inteligente na literatura quando se trata de alienígenas, para aqueles leitores que se nivelam por cima e gostam de leituras mais aprofundadas, mesmo que apenas para diversão:

Esfera: Michael Chrichton
O Cardume: Frank Schätzing
Os Invasores de Corpos: Jack Finney
Aniquilação: Jeff Vandermeer
O Terror: Dan Simmons
A Cor que Caiu do Espaço: H. P. Lovecraft
Encontro com Rama: Arthur Charles Clarke
Caixa de Pássaros: Josh Malerman
Contato: Carl Sagan
As Águas Vivas Não Sabem de Si: Aline Valek

Estes são livros que se aprofundam bastante no tema, seja na discussão sobre natureza alienígena ou apenas na criatividade da forma que eles poderiam ter ou se manifestar em nosso mundo, com ênfase na sua estranheza ou na incompreensão e conflito gerados pelas diferentes naturezas de percepção humana/alienígena.

Esta foi a parte construtiva da minha crítica, agora vem a parte raivosa.

Como podem ver, sou um grande fã da temática alienígena, razão pela qual criei uma enorme expectativa ao ler e ver tantas críticas boas sobre O Problema dos Três Corpos.
Deus do Céu, que decepção! Por estes motivos sugiro fortemente ao leitor que esteja pensando em gastar dinheiro com este livro que mudem sua atenção para qualquer um destes listados acima, porque, a despeito do sucesso que tem feito pelo mundo, garanto que O PROBLEMA DOS TRÊS CORPOS foi um dos livros mais mal escritos que já tomei nas mãos, não apenas como ficção científica, mas em qualquer categoria. Em sentido oposto, e a despeito da obscuridade de alguns títulos acima, como O Cardume, estes sim são diamantes para a mente. Esta resenha contém pequenos spoilers, mas se seu dinheiro não cresce em árvore, ou se você valoriza o seu tempo, sugiro que leia antes de gastar qualquer dos dois nessa leitura.

Cixin Liu tem a sofisticação da escrita de um pré-adolescente de 12 anos. A temática é ótima, a premissa excelente, a ambientação muito pitoresca, mas os personagens não tem consistência e o enredo é uma colcha de retalhos non sense, onde fatos científicos são simplesmente jogados ao Deus dará, como pérolas aos porcos.

O cara não tem a menor ideia de como construir um personagem, os que aparecem são meros artifícios para diálogos onde ele despeja o conteúdo que quer passar. Isso não é novidade na literatura, vários escritores com veia científica como Aristóteles, Flammarion e até Galileu usaram esse artifício. Mais perto de nós, Aldous Huxley costuma ser criticado por isso, mas acontece que, como os demais, Huxley escreve bem, com maturidade e genialidade, enquanto esse Liu, coitado, não passa de um rapaz prepotente que acredita ser um grande escritor. Eu não sei como esse coisa pode ter sido publicada, muito menos traduzida e o seu sucesso no Brasil para mim só pode ser compreendido através da nível baixíssimo da nossa educação literária.

Eu já senti que o livro não seria aquilo que eu estava esperando nos primeiros parágrafos. O autor cria uma cena em que um professor universitário é publicamente humilhado e coagido a negar tudo aquilo que ensina em sala de aula, sem dúvidas uma forma poderosa de mostrar a essência do que foi a Revolução Cultural na China dos anos 60. A ideia de começar essa história por aí foi excelente, mas a reação do personagem na cena mostra a inépcia do autor em criar qualquer coisa com um pé que seja no realismo.

Vejamos: o homem está amarrado, com pesos nas costas e na cabeça, sangrando e sendo açoitado com chicotes, exausto e humilhado na frente de todos. Este personagem deveria estar com confusão metal, apenas vagamente consciente do que se passa ao seu redor, no mínimo totalmente consumido pela dor física e moral, mas ainda assim rebate os argumentos das alunas que o torturam com a desenvoltura verbal de um palestrante de Harvard. Como engolir uma cena dessas?

Há claras tentativas de criar personalidades distintas, diferenciações, mas são completamente ridículas. Por exemplo, existe um personagem que é taxado repetidamente como “preguiçoso”, adjetivo que aparece duas ou três vezes por parágrafo no capítulo em que ele é apresentado, um tentativa de enfatizar essa característica altamente estilizada mas que só serve para irritar. Como se não bastasse, na sua fala inicial esta pessoa desfia uma longa e entediante história que NADA tem a ver com os acontecimentos que se desenrolam na trama. Depois desse devaneio verbal inexplicável, um outro personagem pergunta de um detalhe que ele deveria ter falado, mas aí ele diz que não comentou disso por ser “muito preguiçoso”.
WTF?!?!

E aquele jogo que ocupa metade do livro e que, a despeito do narrador insistir que só poderia interessar a pessoas muito inteligentes, é apenas um arremedo de episódios históricos com tons surrealistas totalmente sem sentido. Ao invés de inteligente, a palavra pedante soa muito mais apropriada, quem sabe um artifício do autor, a quem deve sobrar sentimentos de vaidade intelectual, para esconder a fraqueza de seus argumentos. É isso ou ele é mais idiota do que parece. Esse raio de jogo aparece entremeando os capítulos e os diálogos se arrastam com conteúdo científico e piadas incompreensíveis numa lenga lenga interminável, que nem o artifício de acelerar o tempo utilizado pelo jogador torna mais suportável.

Mas esperem, porque se a coisa é bem ruim quando se trata dos personagens humanos, piora sensivelmente quando se trata dos alienígenas, que embora sejam os astros principais da história e tenhamos alguns diálogos entre as entidades, não aparecem de maneira física em todo o livro (para quê escrever um livro ruim quando você pode escrever três?!).

Não sei se não mostrar os trissolarianos foi uma forma de criar suspense ou porque Cixin Liu não conseguiu pensar em uma. Possivelmente a primeira opção, mas o resultado foi uma desgraça tão grande que arrasa com qualquer esperança de ler alguma coisa interessante nos volumes seguintes. Se os humanos que aparecem são fracos sob todos os pontos de vista, os alienígenas são pálidas formas de atributos menos que humanos, mas tão somente políticos, com estereótipos pipocando a cada linha. Em um momento, eles mandam uma mensagem para a Terra enquanto preparam suas naves para uma invasão. A mensagem?

“Vocês são insetos!”

Ahhhhhh mas que ódio ter gasto meu dinheiro nesse lixo! Acaso há insetos em Trissolaris, Cixin Liu? Com a mesma conotação pejorativa que tem para alguns humanos na Terra? Como diabos ele pode explicar uma coisa dessas??? Eu mesmo respondo: mais uma expressão de seu ego inflado, como ele deixa claro no epílogo, que eu já vou comentar. Os interesses e as motivações dos alienígenas nesse livro não são apenas idênticos aos humanos, mas um arremedo barato de pessoas de verdade, algo que tem tanta substância quanto um vilão de novela mexicana dos anos 90.

No final tem um epílogo cheio de pedantismo onde ele explica as origens de seu interesse pela ciência e porque a ficção-científca é um gênero SUPERIOR de literatura. Eu discordo redondamente de quem acha que seja um gênero inferior, mas superior? Ele explica: Como fiel seguidor e acreditador do método científico, acredita que a ciência é meio de se alcançar a verdade sobre o universo, o homem e tudo mais, repudiando todas as outras expressões humanas de contato com o mundo. Diz que o Big Bang é uma história muito superior a qualquer mito de criação, qualquer epopéia já criada (o que me deu vontade de perguntar quantos ele já leu, mas podemos imaginar a resposta), parecendo não ter muita consciência de que a Ciência é “tão subjetiva e está tão condicionada psicologicamente quanto qualquer outra empresa humana”, nas palavras do nosso tio Albert Einstein.

Para mim, que esperava uma ficção-científica que fosse discutir em profundidade a filosofia e a ciência envolvidas quando o assunto é inteligência extraterrestre, foi um banho de água gelada.

É um mistério o porquê de sua popularidade. Não entendo como um livro com esse nível medonho de escrita pode ganhar prêmios e ser traduzido a outros idiomas. Será que nós, leitores de ficção-científica, somos menos exigentes em termos literários? É possível que sim. Basta escrever algo que seja abarrotado de conteúdo científico, não importa em que ordem ou quão bem amarrado com o restante da história, e todos pagam pau para a alegada inteligência do autor.

Saiu um estudo dizendo que a inteligência humana, pela primeira vez desde que os testes de QI foram inventados, diminuiu em nossa geração, ao invés de aumentar. Olhando a popularidade com que um livro desses alcança, enquanto autores consagrados são relegados a um canto obscuro das discussões, é mesmo de se acreditar que estamos cada vez mais burros. Carl Sagan e Michael Chricton devem estar se revirando no túmulo.
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